Então é isso. Não tem mais jeito. Acabou… Boa sorte!
E lá vou eu de mala e cuia para o meu novo destino: Europa. Quando cheguei na Indonésia, no início dessa minha louca aventura, eu não falava nadica de nada de inglês. Bahasa Indonesia, o idioma local, muito menos. Há um ano, estava aqui postando que não aprendi a dizer adeus (leia aqui). E é uma loucura, porque a gente nunca sabe mesmo!
Fui pra Indonésia ano passado, chorando. Voltei de lá chorando e agora entro no avião me debulhando em lágrimas uma vez mais. Algumas pessoas não entendem, se você chorou quando deixou o Brasil, não devia estar sorrindo quando voltou? Afinal, não era o que você queria?!
Não é tão simples assim. Acredito que uma vez que você saia “de casa”, simplesmente não existe mais casa. Sabe aquela frase pronta de internet? “Lar é onde seu coração está.” – Então, é bem por aí. Você passa a ter amigos espalhados por aí, seu paladar se adapta a diferentes sabores e às vezes me pego querendo um pouco de cada coisa, de cada lugar, sonhando em tomar uma cerveja com amigos de lá e de cá. Imaginando como seria se aquela amiga de adolescência tivesse a oportunidade de conviver com minha mais nova amiga expatriada… É um caminho sem volta.
Você se torna cidadã do mundo e as sensações de inquietação e saudade serão eternas.
Uma amiga dizia que o bom de ir embora é que a gente pode zerar. Verdade! Cada vez que você muda de país é uma oportunidade de literalmente começar do zero. Ninguém sabe nada sobre você, sua vida, seu estilo. Dá até para experimentar diversos modos de vida.
É também uma grande oportunidade de se desapegar, de se esvaziar um pouco. A cada mudança somos obrigadas a nos desfazer de um monte de coisas (embora, verdade seja dita, a gente adquire tudo de novo e as caixas com cacarecos são sempre maiores do que deveriam). Além de deixarmos para trás, aromas e cores, amigos e sabores.
Foi difícil deixar o Brasil, ano passado, para ir para Jakarta, na Indonésia. Eu estava muito, muito apegada ao meu trabalho, minha vida, minhas coisas, mas ao menos eu sabia o que me esperava, e eu amo demais aquele lugar. A Indonésia é o meu lugar no mundo. Minha pátria de coração. Lá minha alma encontra paz e alegria, então por mais que doesse eu sabia que iria passar, agora, Suíça…
O que sei sobre a Suíça? “Nunca nem vi! Só que ouço falar”. O lugar é frio, o povo é frio, não tem o que fazer. Não tem problemas para resolver. Todos os direitos humanos são garantidos. A qualidade de vida é o máximo!
Bom, amigos, preciso ser honesta: não sei se estou preparada para isso… Eu sou uma pessoa que passa frio aos 18 ºC. Que gosta de ficar na praia tostando a pele até arder. Odeio usar roupa (ou ao menos muita roupa) e sou boêmia por natureza.
Dizem que lá tudo fecha às 17 ou 18h… E eu adoro ir no supermercado de madrugada!
Mas dizem por aí que o que não tem remédio, remediado está. Então lá vou eu, com o coração na mão, mas o espírito aberto para descobrir o que esse lugar tem de bom. Espero que o universo saiba o que está fazendo. (sim, ele sabe!)
Uma coisa que aprendi na vida é que todo canto tem seu encanto. Bye Bye Brasil. Bonjour Suíça!
Vou focar no fondue, nas flores e em brincar na neve! Algo que eu nunca fiz.
Vou lá plantar minhas novas flores e colher novos amores. Amigos, canções e paisagens.
Chega de dores!
8 Comments
Querida Fabi, foi um grande privilégio cruzar contigo pelos chãos candangos. Ainda na distância, mesmo com contatos curtos, vou continuar te admirando. Sempre! Voa!
Vem pra cá voar comigo!! 🙂
E eu aqui, que adoro o frio e a Suíça, vou ficar te acompanhando. Boa sorte, querida.
Ao invés de acompanhar, venha me visitar!!
Fabi Mesquita quanta saudades de você querida . Você é um exemplo de mulher sonhadora , guerreira e muito batalhadora.
Obrigado por ser uma pessoa maravilhosa e do bem e peço a Deus que te proteja e te guie aonde fores .
Amo você ????
Ownnnnn Saudade amigo! Passe sempre por aqui!
“…Procurando bem todo mundo tem pereba,marca de bexiga ou vacina. Só a bailarina que não tem. Medo de subir, medo de cair, medo de vertigem quem não tem?
Só a bailarina que não…”
AAAAAAH seu lindo!!!!
Meu amor, que saudade! Vem visitar a gente sempre por aqui!