“Todo começo é difícil”, diz um ditado alemão. Não, o meu começo aqui na Islândia não foi tão difícil. Nem na Alemanha, juro que não. Difícil era saber como começar a contar de mim neste texto.
Fui para a Alemanha em 1993 como au pair, só para ficar um ano e no total, foram quase 15. Morei em Berlim e nunca me senti tão à vontade em lugar nenhum deste mundo até hoje. Berlim é apaixonante, apesar de ser dura – muito dura, às vezes -, mas eu resolvi ficar. Lá conheci um islandês e em 2006 vim de mala e cuia para Reykjavik, depois de muitas férias com sóis da meia-noite, auroras boreais de todas as cores possíveis e nevascas, mas só nas férias: morar é diferente.
As pessoas se admiram e me perguntam: “mas você é de Belém, como pode viver aqui?” E eu me lembro da voz do meu professor de geografia dizendo: “O homem é um ser ubíquo”. E a vida e os lugares não se resumem ao clima, de jeito nenhum; a gente é capaz de assistir a um jogo da copa do mundo sob o sol do Ceará, com 50°C de sensação térmica, como também é capaz de sair para levar as crianças na escola a pé com uma tempestade gelada e ventos de 100 km/h – isso, sem mencionar a temperatura, é claro.
O começo não foi difícil, mas nem sempre tudo foi fácil, absolutamente. Eu saí de uma cidade cosmopolita de 3,5 milhões de habitantes onde a gente se perde nas opções de programa de arte, cultura e gastronomia, a maioria baratíssima, para uma cidade de 120 mil pessoas. Também uma capital e também extremamente criativa, mas nem de longe, cosmopolita. Entretanto, o que importa é atitude e a gente vai aprendendo a gostar e se adapta mais rápido do que imagina.
Em Berlim eu nunca precisei de carro, minha carteira de habilitação venceu e jamais pensei em renová-la. Tinha ônibus e metrô a poucos metros da minha porta, 24 h, sete dias por semana. Uma liberdade enorme, esqueci como se dirige um carro!
Na Islândia, a estatística oficial diz que há um carro para dois habitantes e devo confessar que estranhei o quanto os islandeses são americanos nisso: você não é ninguém sem carro aqui. O transporte público é eficiente, se comparado ao de cidades pequenas no Brasil, mas não ao das grandes. Os ônibus passam, em média, de 20 em 20 minutos e não trafegam de madrugada. E não dão troco se você não pagar com o dinheiro exato. Se você mora fora do centro e não tem carro, terá que desembolsar um dinheirão para pagar o táxi depois da balada; a bandeirada custa um pouco mais que 600 coroas islandesas (aproximadamente € 4,00), mas qualquer voltinha de 2 km já é uma pequena fortuna.
Por outro lado, as ruas são perfeitamente seguras, você volta a qualquer hora a pé para casa e nada acontece. Sei que já virou clichê mencionar esses fatos para brasileiros, mas até para os padrões europeus a Islândia é seguríssima e fazem piada com a polícia que mal deve saber usar armas, pois anda desarmada e tem poucas ocorrências – a não ser nas ondas de protestos que rolam de vez em quando, mas isso é tema para um próximo papo.
Outra coisa que me faz falta aqui é a sensação de anonimato das cidades grandes. Em Berlim, você pode ir ao supermercado de pijama (eu fiz isso várias vezes) e ninguém está nem aí. O escritor João Ubaldo Ribeiro, que morou lá por um ano, escreveu um capítulo de “Um brasileiro em Berlim” sobre o dia em que ele não foi visto e voltou para casa triste. Sim, isso pode ser ruim, mas também ótimo – já pensou, que maravilha, você pode brincar de ser invisível?
Na Islândia isso é quase impossível, a não ser que você saia disfarçado de turista e não abra a boca na rua, para não correr o risco de algum amigo do amigo do vizinho do primo do seu ex colega de trabalho reconhecer a sua voz… Você sempre vai encontrar alguém conhecido no supermercado, ou na sala de espera do médico, ou no shopping, ou na Ikea (aquela loja de móveis sueca enorme). Sim, principalmente na Ikea.
Uma vez, quando eu era recém-chegada aqui, saí de cabelo molhado e despenteado, bem à la Berlim, para a Ikea. Eis que estamos já na fila do caixa e encontramos uma pessoa bem chique do círculo de convivência do meu marido, que me olhou dos pés à cabeça. Justo no dia em que eu não tinha nem penteado os cabelos…
Acontece. Pensei naquilo durante uns dias, mas, aos poucos, eu aprendi a ser berlinense aqui e sair como eu quero na rua, não ligando para as pessoas que reparam no que você veste e que dão muito valor a marcas e coisas chiques e caras. Mas eu, eu adoro a fantasia de turista, não largo meus sapatos de trekking por nada!
Ok, não serei injusta, Reykjavik também tem o seu lado alternativo, o artístico e o gay, que é super animado e me encanta. Aqui é possível realizar um casamento homossexual na igreja há vários anos. O Gay Pride (orgulho gay) é uma festa linda, um carnaval de família, onde se pode ver criancinhas com a bandeira do arco-íris na rua, vibrando com a parada e os concertos. Isso não se vê nem em Berlim, com toda sua cosmopoliticidade e tolerância, não mesmo. Eu conto os dias até o segundo domingo de agosto, quando a parada tem lugar no centro de Reykjavik. E levo as minhas filhas também com bandeirinha e colar colorido para a festa.
Aliás, foi por isso que escolhi viver aqui e olhar para frente. Esta é uma sociedade pequena, às vezes, provinciana, mas relativamente aberta e, acima de tudo, tranquila. E, além disso, o melhor lugar para uma mulher viver no mundo, segundo estudos diversos. Também deve ser um dos lugares com menos machismo; os homens islandeses fazem tudo em casa e podem tirar até 6 meses de licença-paternidade – são 9 meses ao todo, 3 para a mãe e 3 para o pai do bebê, e 3 para os dois dividirem como desejarem. Fraldários existem em ambos os banheiros aqui e é super normal ver pais dando banho em suas crias no banheiro masculino das piscinas públicas.
E a paz das ruas: as crianças de sete anos de idade já vão sozinhas para a escola e brincam na rua sem medo. Aquela falta de anonimato que me incomodava, aos poucos, me agrada, porque, como diz uma amiga, se a gente perder as crianças no supermercado, alguém conhecido pode encontrá-las ou elas encontrarão uma maneira de voltar para casa.
E, por falar em crianças, aqui, como nos outros países nórdicos, elas têm espaço e respeito aonde quer que se vá. Desde as piscinas públicas a restaurantes, museus, hotéis ou lojas, em quase todo lugar há um cantinho dedicado a elas, com brinquedos, lápis de cor e livros infantis. E isso também pesa na hora de mudar de atitude e enxergar que a Islândia, exceto pelo clima, é um dos melhores lugares do mundo para se criar os filhos com segurança e tranquilidade (lá vem o clichê de novo), sabendo que a probabilidade de eles também crescerem tolerantes e abertos para o mundo é bem grande.
Então, quando começam “mas você é de Belém…”, eu penso: somos todos cidadãos do mundo, eu aprendi a ser e a me livrar de muitos preconceitos que nem sabia que tinha quando morava no Brasil.
Atitude é tudo.
132 Comments
Adorei Érika… Espero que possamos nos ver em breve. Na Islândia ou quem sabe aqui…
Obrigada, Ju! Espero, também! A Islândia é linda, venha!
Parabéns pelo blogue, Erika! Flavio, de Berlim.
Obrigada, querido Flávio!
Que saudades!!! o blogue é muito legal! Fazes muita falta aqui Erika!
super beijo da Zinka
Obrigada, Zinca, querida! Beijo enorme e muitas saudades de vocês e de Berlim!
Uma descrição arejada e sensível sobre as vantagens (muitas) e desvantagens (poucas) de se morar na capital nacional mais ao norte do planeta. Uma cidade que ficou ainda melhor de se viver com a chegada da Érika, é claro.
Obrigada, Luciano! Muito generoso!
Adorei o artigo e as fotos 🙂
Obrigada, Gabi!
Querida Erikinha. Adorei seu artigo. Meu deu muita vontade de conhecer sua nova cidade, de ver de perto essa maravilha. Qualquer dia desses eu apareço para lhe visitar. Saudade de vc. Um beijo enorme.
Venha mesmo, Marthinha! Obrigada! Beijo grande!
A verdade é que muitas vezes nos sentimos mais cidadãos em outros países do que aqui no Brasil… beijo Erika!
Tem razão, Alexandre! Beijo e obrigada!
Texto delicioso de se ler Érika, adorei!
Ano que vem te perturbaremos por aí…Bjs.
Obrigada, Rodolfo! Nos vemos por aqui!
Querida Erika, adorei o texto! Escreva mais, seu texto é delicioso de ler. Adorei!! Sinto saudades da Islândia e das tardes de verão que passamos juntas qdo a Luna era neném. Bjosss de saudade!!
Obrigada, querida! Muita saudade, também!
I like the fact that you wrote not only about Iceland, but compared it with 2 other cultures.We are such a cosmo mix! We will never know what is sugar without salt. Keep writing!
Yes, darling, no rainbow without rain… Thanks!
Querida Erika, vc traduziu com muita sabedoria coisas que sentimos ao deixar o Brasil. Sei que cada caso eh um caso, mas sempre encontramos semelhanças com a nossa vida. Se precisar de dicas para próximos tópicos vou mandar umas idéias, ok?
Obrigada, Vicky, quero dicas, sim. É bom escutar a opinião de todos, cada experiência tem seu valor, boa ideia! Bjs
Querida, eu admiro como você enfrenta estes mundos bem diferentes do Brasil e, como Berlinense “da gema” 🙂 adoro ler suas palavras sobre a minha cidade amada. MAS, nunca, mas nunca mesmo vou entender como vc pode gostar a vida no gelo – isso representa a Islândia para mim – mesmo a vida sendo tão mais tranquila, segura e de certa forma confortável. Querida – receba minha admiração (sim. de novo), pois como te conhece vc continua sendo alegre quase todo dia e eu acho que os islandeses tem MUITA SORTE em te ter por perto!!! Imagina este país sem você, com sua alma brasileira…arg ..kkkkkk. Bom, não leva muito serio não, espero que vc e sua família estejam muito bem!!! grande abraço da Uli
Puxa, Uli, me emocionei! Muito obrigada! Te espero aqui um dia, vai ter que ser no verão… Beijo grande
Erika, o seu texto traduz com muita sabedoria essa nossa vivencia de brasileiros/ cidadoes do mundo. O mundo pertece a toda aquela pessoa que é capaz de perceber isto e exercitar seu direito de viver onde se sentir melhor e desejar. Nao é o fato de ter nascido em Belém, Recife, Berlin ou qualquer outra cidade do mundo que impede que nós possamos nos sentir em casa em um outro ponto geográfico do planeta, onde construímos nosso próprio universo. Importante é estar aberto a uma nova situacao e saber aprender e ensinar aos novos conviventes, numa troca enriquecedora, aquilo que trazemos como bagagem existencial/cultural. Viver é um eterno aprendizado e nada é mais gratificante do que descobrir novos pontos de aprendizado e ensinamento. E viva o mundo !
Obrigada, Jairo. Você, que é berlinense, também, deve me entender. Mês que vem tem mais, espero que você possa acompanhar. Bjs
Que legal Erika, assim a gente conhece você melhor e entende perfeitamente o que você escreveu, moro aqui também.
Obrigada, Rosangela! Vou continuar escrevendo, espero que você acompanhe e goste de novo! Abração
Adorei seu texto.
Obrigada, Dani! Beijos!
Erika, vc é um talento menina!
Saudade de vc!
Muito bom ler seu relato, a gente consegue viajar e estar um pouco mais perto de vc.
Katia, querida!
Que bom que você gostou! Obrigada, de coração! Vai ter mais mês que vem, beijo grande
Qu delicia de passeio. Adorei ler e ver as imagens. Um editorial bem bacana dos teus passos. E neve para todo canto…se a gente jogar guaraná Globo e cima, vira raspa raspa? Kkkkkkkk
Adorei a ideia do guaraná, vou fazer no próximo inverno, hehe! Imagina que aqui já tem guaraná Antártica em algumas lojas de produtos asiáticos e ibéricos! Beijos
Já conheci esse país e ele realmente é maravilhoso!!! Sobre tudo o modo de viver e as belezas naturais! Você ta no canto certo! Queria eu estar ai fazendo um churrasco com você nesse sol de 24 horas! Beijo grande e sucesso!
Obrigada, Marcio! Venha aqui de novo, que a gente faz esse churrasco! Bjs
Ótimo texto sobre um país que amo (Alemanha) e outro que desejo conhecer.
Obrigada, Roberto. Venha ver como a Islândia é linda, então!
Erika, você é fantástica, inteligente e um orgulho para nós e para o Brasil! Muitos beijos e saudades
Muito obrigada, D. Lair! Muito generosa e exagerada! Bjs
Erika, querida! Gosto muito da sua homage de ser uma cidadã do mundo, escrito com tanta sensibilidade e com alegria de viver plena de respeito e tolerância. Grande abraço.
Obrigada, Stefan, querido, fico feliz! Abração, também!
E a cidade ainda elegeu um comediante punk para prefeito. Assim provaram que políticos profissionais são perfeitamente substituíveis. Jón Gnarr administrou a cidade de maneira exemplar.
http://www.theguardian.com/world/2014/sep/15/jon-gnarr-comedian-mayor-iceland
Adoro o Jón Gnarr. Na Islândia tudo é possível, obrigada, querida Valéria!
Adorei, Erika! Vc sempre com rodinhas nos pés! De Belém a Berlim, e agora cidadã do mundo islandesa! bjs e saudades!
Obrigada, querida! Beijo e muitas saudades, também!
Que belo texto Erikinha! Conhecemos bem tua inteligência, garra, alegria e sensibilidade. Nossa saudade é muito grande, mas sabemos o quanto estás feliz com tua linda família, vivendo essa vida mais tranquila em um lindo país.
Obrigada, tia querida! Beijo enorme!
Gostei do texto, Erika. Seja bem vinda!
Obrigada, Raquel!
Ah, amiga, um dia, quando vc menos esperar, te deixo mensagem: tô chegando!!
Sua experiência é fantástica e seu texto tem uma narrativa deliciosa! Quero mais, mais, mais! Escreva sobre sua vida, seu dia a dia. Conte outras boas histórias. Estarei aqui para te ler e matar a saudade de ti.
Muitos e saudosos beijos!
Oba, venha mesmo! Obrigada, querida, beijos e saudades
Amei o artigo porque veio exatamente na hora que estava querendo saber mais sobre a Islândia deviado ao seriado SENSE8. Fui a Berlim esse ano e voltei apaixonada por aquela cidade, quanta civilização e história, sorte por morar fora desse nosso país e o mais importante, coragem para mudar!
Obrigada, Eli! Vou procurar o seriado para ver, também fiquei curiosa! Abraço
Adorei a matéria, Tenho que conhecer Berlim, que me parece muito diferente de Frankfurt, Dusseldorf e Munchen.
MOrando aqui na Islandia digo que é verdade, ninguem é invisível aqui, mas penso sempre no lado bom das coisas, e isso é muitas vezes ótimo 🙂
Obrigada, Kyle! Eu estou aprendendo aos poucos a ver o copo meio cheio, aqui na Islândia fica mais fácil!
Amei minha prima!! Tenho muita admiração por vc.
Obrigada, prima! A admiração é mútua, então! Bjs
Oi. legal ler seu texto
Obrigada, José Carlos! Abraço
Muito bom saber que as mulheres aí são as que tem a melhor condição de vida no mundo! E parabéns pela adaptação, não é fácil!
Obrigada, querida Odete! Beijo
Muito bacana. Amo Berlim e amo Reykjavik, mas hoje, aos meus 22 anos e há 15 meses longe de casa, amo mesmo minha São Paulo. Quem sabe mais para frente, eu também venho novamente viver na Islândia e viro uma incrível cidadã do mundo. 🙂
Beijos.
Obrigada, Bells! Se você voltar, a gente se vê por aqui. Bjs
Adorei o texto! Estou indo passar uns dias aí logo mais e vou precisar falar com você 🙂
Que bom, Liliana! Venha! Obrigada! Bjs
É rica, adorei saber notícias suas e que foi para Islândia. Felicia.
Obrigada! Abraços
Erika! Adorei conhecer um pouco mais dessa interessante trajetória! Continue escrevendo para acompanharmos essas diferenças e fatos tão interessantes de culturas distintas. Vou começar a acompanhar esse blog! Abraços 😉
Fico feliz que gostou, Tatiana! Obrigada! O blog é bem legal, estou aprendendo muito com as meninas que escrevem aqui, tem gente do mundo todo, tantas culturas diferentes! Abração
Érika, sempre tão inteligente e disponível para o mundo! Já me levou tanto para seus mundos!! E me leva mas uma vez por meio de seu texto delicioso e divertido!!Escreve mais, amiga!!!
Obrigada, amiga! Nem sei como te agradecer por fazer parte da minha vida! Beijos
Você escreve muito bem e deveria fazê-lo mais vezes. Muito legal poder acompanhar um pouquinho mais da sua vida…Que tal transformar esse primeiro post no início de uma série?
Obrigada, Harley! Vou continuar por aqui, sim, espero que possa acompanhar. Abração.
Erika adorei ler seu texto, me fez viajar e lembrar com saudades das maravilhas de Berlim que vc me apresentou e dos passeios que fizemos juntamente com a Luna e ao mesmo tempo fiquei imaginando como é viver em um lugar com temperatura tão extrema e ventos com tamanha velocidade.
Fico feliz em ver como vc se adaptou tão bem a vida islandesa, desejo felicidades a vc e sua linda família.
Muito obrigada, querida Margareth! Espero que venha aqui um dia para ver as maravilhas da Islândia, também! Beijos
Adorei o teu artigo Erika! Também me apaixonei por essa terra quando estive aí em 2012 🙂 Saudades! Bjs
Obrigada, querida Adriana! Eu digo e repito, você é sempre bem vinda! Beijo
Erika, parabéns pelo texto e obrigado por compartilhar tua experiencia, nos encoraja e fortalece a decisão tomada. Bj.
Muito obrigada, Alexandre, fico feliz que você gostou! Vou continuar por aqui, espero que você possa acompanhar. Bjs
Gostei mesmo muito muito do artigo. Sigue escrevendo!!! Espero que nos vemos pronto. Muitos beijos para todos.
Obrigada, querida Sophie! Espero também que a gente possa se ver logo, tomara que na Islândia! Beijos a todos aí também e na minha amada Berlim!
Erika parceira de trabalho na Copa do Mundo.. adorei seu texto!! 🙂 Já encaminhei p varias amigas que moram fora do Brasil tb! Eu sei como mtas outras brasileiras o que é sair do Brasil, já morei na Alemanha tb e foi um dos países que mais me senti livre!! Apesar de morar agora em Barcelona com meu marido a Alemanha é meu país do coração! Já escutei mto tb “nossa mas vc é do Brasil pq vc saiu de lá ou pq vc mora aqui” e várias outras perguntas ou comentários como esses! rssss.. Eu acho um máximo vc tá morando na Islândia, sempre quis conhecer, deve ser lindo e eu amo o frio e a neve apesar de ser do Brasil (clichê igual vc escreveu) rssss.. pena que meu marido não vive sem praia e o calor se não com certeza estaria morando em algum canto assim tb! Mas acho que é isso mesmo.. não importa aonde moramos ou nascemos e sim a atitude!! 😉 Bjos* Raquel
Raquel! Que legal, eu não lembrava que você também já tinha morado na Alemanha! Venha aqui um dia com o marido, ele vai ver que é possível ter uma prainha no frio, também, hehe… Super obrigada por encaminhar o texto, fico muito feliz!
Mês que vem tem mais, espero que você possa acompanhar. Beijo grande
Lindo Erika, mulher forte e guerreira amei, acredite estas palavras me fortaleceram Mais e muito. Força Erika
Muito obrigada, Lena! Fico feliz que você gostou, beijo e força para todos nós!
Parabéns filha! Demorou!!! Achei lindo o texto, faz lembrar quem conhece, e desperta curiosidade a quem quer conhecer. Perfeito. Seja sempre muito feliz!
Obrigada, mãe! Que bom que gostaste! Beijo e muita paz para todos nós!
Erika, que incrível ler esse teu texto! Pelo mes que trabalhamos juntas pude me admirar do seu jeito de ver o mundo, e querendo ou não, me inspirar. Agora, como já falamos, sigo tuas aventuras e ideias. Muito bom saber que você e as pequenas estão bem, muita muita felicidade pra vocês aí no país gelado!!
Thais, querida,
muito obrigada, puxa, que legal que você gostou e que, mesmo indiretamente, a nossa convivência tenha servido de inspiração. Também digo isso, a gente tem sempre o que aprender das pessoas, com todo mundo, eu aprendo muito.
Beijo grande, espero que a gente possa se ver no ano que vem por aí!
Gosto muito de textos que falam de vivência! Depois pode ser feita quantas analises sociológicas que quiserem, mas primeiro é muito bom seguir o olhar de quem esta vivênciando, sentindo a vida num lugar. Gostei também que algumas comparações são feitas com Berlim dando equilibrio. Continues feliz, isso que importa. beijos
Obrigada pela força, Paula querida, fico feliz que você gostou! Dê um beijo enorme na minha querida Berlim!
Adorei Erika !!!!!!!!!!!!!
Um dos meus sonhos de consumo ; ir à Berlim !!!!!!!
Beijos saudosos !!!!!!!!!!!
Obrigada, querida Israela! Berlim é o máximo, você vai adorar!
Bjs
Minha querida, gostei muito de seu texto. Parece que estou ouvindo vc falar! Vc conseguiu traduzir bem o que é aquela nave louca chamada Berlim. Sinto muitas saudades de lá, onde fiz e deixei bons amigos, inclusive, nós, que nos conhecemos lá e temos tantas histórias divertidas para contar de nossos tempos a la anos 90. Que tal um texto sobre os 90?
Abracos e aguardo mais textos!
Bjs
Deia, querida, obrigada!
Quanta saudade das nossas aventuras em Berlim Vollkorn!!!
Vou pensar nesses anos 90, sim, boa!
Beijo
Parabéns Erika! Texto incrível!
Mesmo a conhecendo bem, me emocionei ao lê-lo. Você é a pessoa mais dinâmica e versátil que conheço, além de inteligente. Espero muito poder visitá-la na Islândia.
Celia, querida!!
Venha aqui, sim, vou adorar! Obrigada pela força, você é muito generosa sempre! Beijo e saudades
Lindo blog, Erika! Adorei o texto e as fotos! Parabéns! Beijão!
Obrigada pela força, Ju! Beijão!
Adorei esse post, adoro os países nórdicos, e a Islândia em especial me fascina. Adorei
Muito obrigada, João!
Queria Erika (Maaaari!), abalou eyjafjallajökull em chamas! O que dizer do post? Bara Wunderbar! Vc arrasa, querida amiga, e me enche de orgulho. Adorei o blog, a mulher brasileira no exterior nao poderia estar melhor representada. Parabéns e sucesso na nova empreitada. Beijos :*
Maari, Querida, obrigada! Vindo de ti é suspeito, mas takk fyrir!!! Beijão
Viajei com seu texto, achei o máximo, Parabéns.
Um beijo grande!!
Obrigada, querida Adryenne! Beijão e saudades
Perfeito
Obrigada, Adriana!
Erika, passamos tantos anos sem nos encontrar mas o texto reflete exatamente a Erika a quem me lembro de ter conhecido ainda criança: verdadeira, objetiva e observadora.
Para mudar de vida (e de País) é necessário desprendimento e força de vontade para abraçar o novo. E isso você tem de sobra.
Muito boa descrição para ajudar quem se aventura ao novo nesse momento.
Um grande abraço saudoso. :*
Chelsea, querida,
quanta saudade! Obrigada, amiga, muito generosa, também!
Beijão
Erika…..muito bom o seu texto, como já lhe disse muito corajosa você mas também privilegiada de escolher viver em um país com essa qualidade de vida e continue escrevendo porque seu texto ficou fantastico!!
Obrigada, Lucia! Vocês são tão generosas comigo! Beijos
Erika, parabéns pela iniciativa, determinação e vontade de conquistar novos horizontes. Você conseguiu mostrar o quanto estamos dispostos a aceitar mudanças em busca da felicidade. Parabéns!!!
Oi, John, muito obrigada! Abraço
Estou arrasada, meus comentários sumiram.
Vou ver se esse sai
Tia, querida, eles estão aguardando o ok da editora, já, já aparecem! Obrigada pelo apoio!!!
Adorei Erika, ainda farei muitos comentários, logo que me curar desta pneumonia neste verao islandês. Quero ler mais :*
Obrigada, querida! Boas melhoras para ti!!!
Erika, amei o texto. Aqui em casa , meu marido e meu filho são loucos para conhecer a Islândia, depois do seu texto então nem se fala. Parabéns amiga e quem sabe não apareço por aí pra te fazer uma visitinha, kkkkk. Beijos
Pode vir, querida Evelyn! Fico feliz que gostou, obrigada! Beijos
Muito bom seu texto!
Tb morei por 6 meses em Berlim e achei a cidade apaixonante! Sempre quando volto por lá meu coração bate mais rápido!
E tb mudei para uma cidade menor mas com filhinhos pequenos tem suas vantagens!
Abraco e boa sorte!
Muito obrigada, Lidia! Eu também, adoro Berlim de paixão!
Boa sorte, também! Abração!
Querida, somente hoje pude ler seu texto.Fiquei emocionada com sua definição de cidadã do mundo. Sabes bem que meu filho é filho de Viking e sabes também minha relação baiana-brasileira-nórdica-londoner-mundana.
Lindo texto. Sincero, leve, cheio de traços de personalidade que definem os altos e baixos aos quais estamos sujeitos e sim, que bom que eles existem para nos tornarem pessoas melhores ou ao menos mais experientes.
Um cheiro enorme e venha nos visitar. Se não vier, iremos até vocês 🙂
Aline, querida,
muito obrigada, de coração!
Beijo grande
Érika! Você é admirável. Fortaleza sente falta de pessoas como você! Adorei ler sobre a sua experiência e perceber, também na sua escrita, o quanto é positiva, alegre, despojada e simples… Uma “camaleoa” no mundo, encantando, driblando as angústias e vivendo com alegria! Temos orgulho de você! Um beijo grande! Gisele
Parabéns pelo Blog. Adorei as fotos e o artigo. 🙂
Obrigada, Lia!
Continue acompanhando por aqui. Abraço!
Olá Érika.
Ótimo blog.
Tenho um pensamento de sair do Brasil e morar em outro país. E a Islândia é um país da minha lista.
Como é em questão de empregos para estrangeiros na Islândia?
Oi, Rafael,
obrigada por ler e comentar, fico feliz que gostou do blog.
Emprego é muito relativo em qualquer lugar e depende da sua profissão e qualificações. Há pouco emprego na Islândia para quem não fala a língua e as maiores chances existem para engenheiros de computação ou na área de TI, em geral. Outras áreas de nível superior você pode esquecer…
Agora o setor de serviços está cheio de gente com mestrado e doutorado dos países do leste europeu ou Espanha e Portugal, trabalhando como vendedores, faxineiros, garçons etc. Se você quer vir só ter uma experiência dessas e tem cidadania europeia, pode tentar. Se quer procurar emprego na sua área, sinceramente, não se iluda, está difícil para todo mundo.
Boa sorte nos seus planos!
Erika, existe alguma comunidade brasileira na capital Reykjavik? Sou jornalista, passo parte do meu tempo em Lisboa, Portugal, e estou começando a visitar comunidades brasileiras organizadas nas diferentes capitais europeias. Venâncio
Olá, José Venâncio,
aqui na Islândia não existe uma comunidade unida, em 2012, foi fundada uma “Associação de Brasileiros na Islândia” com o propósito de promover eventos e a convivência de brasileiros por aqui, mas pouco tem sido feito desde então e hoje só nos comunicamos via Facebook neste grupo:
https://www.facebook.com/groups/122207371225877/
Se você quiser saber mais sobre o grupo, a administradora pode lhe dizer mais, eu estive fora por dois anos e não estou a par das últimas atividades dele.
Boa sorte, se vier à Islândia, pode entrar em contato através do blog.
Que coisa mais linda de se ler e identificar!
Atitude é mesmo tudo.
Beijos de uma cuiabana que também se jogou no mundo:)