Gastronomia peruana.
O Peru tem uma cultura bem definida e costumes tradicionais totalmente diferentes dos nossos, brasileiros.
A cidade que vivo é chamada Arequipa, conhecida como a “ciudad blanca”. Arequipa é rodeada por três vulcões: Chachani, Misti e Pichu Pichu, que sem dúvida para mim é uma das mais bonitas paisagens.
Em Arequipa o clima é seco; tão seco que é necessário o uso constante de hidratantes para o corpo e cabelo. Com população média de 869,351 habitantes, é a segunda cidade mais povoada do Peru.
Este país é cheio de curiosidades, precisaria de outros artigos para escrever tudo que já vi e vivi aqui. Por exemplo, é comum algumas vezes durante a madrugada eu ser despertada por pequenos tremores de terra, devido à placa tectônica. Porém, devemos estar em alerta quando isso sucede por perigo de terremoto.
Mas não é sobre isso que vou falar neste artigo, e sim da mais famosa culinária peruana.
O Peru é conhecido mundialmente por ser o melhor destino culinário do mundo. Já são cinco anos consecutivos que o país lidera o World Travel Awards, que é considerado o “Oscar do Turismo”, segundo o prestigioso diário dos Estados Unidos: The Wall Street Journal.
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Vários restaurantes peruanos já foram incluídos na lista dos 50 melhores de toda a América Latina. O ceviche, o lomo saltado, a causa limeña, os picantes e a grande variedades de pratos peruanos são de deixar qualquer pessoa com água na boca.
Todos os pratos também são preparados com muito tempero, e em todos os restaurantes é servida uma sopa de entrada, e logo depois, o segundo prato.
Também podemos encontrar uma variedade de batatas. Para se ter uma ideia, no mundo existem aproximadamente cinco mil tipos de batata, sendo que três mil são peruanas. Elas são de vários tamanhos, cores e com cada uma conseguimos cozinhar um prato diferente. O que mais me encanta é o pastel de papa, que é na verdade uma torta de batatas, com leite e muito queijo, levada ao forno.
Os peruanos gostam muito de cozinhar – e de comer, é claro – e existe até um prato para cada dia da semana. Também comem bastante frango; na maioria dos restaurantes, o cardápio é composto por frango e pouquíssima carne.
A gastronomia peruana é muito diferente da brasileira; dificilmente comem o nosso famoso prato, “arroz, feijão e bife com batatas fritas”. O feijão, por exemplo, entra no cardápio uma vez por semana. E também não encontramos aqui o nosso brigadeiro, o pastel de feira, torta salgada, coxinha ou pão de queijo, entre outros.
Mas algo que realmente me chamou muita atenção em relação à culinária é um outro prato muito consumido, e que não custa nada barato. Particularmente, eu ainda não fui corajosa o suficiente para experimentar, até porque só de olhar me recordo das mascotes que algumas famílias criam no Brasil. Não existe uma só pessoa que não me convide para comer, e todos dizem que é delicioso.
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Estou falando do Cuy, como é conhecido aqui, ou o nosso porquinho da Índia, como é chamado no Brasil. Aqueles bichinhos fofinhos e gordinhos são um prato fundamental na culinária do país.
Comer o cuy é um costume que vem de muitos anos. Os antigos peruanos já se alimentavam da carne de cuy por ser mais saudável. O Peru é um dos países com maior produção e consumo de cuyes, estamos falando de mais de 50 milhões por ano.
Outra curiosidade é que mais da metade do país consume o cuy como ingrediente principal nas grandes festas ou datas especiais.
Alguns dizem que comer carne de cuy é como comer pescado, devido à carne ser rica em proteínas (21%) e baixa em gordura (7%). O cuy também possui uma grande quantidade de colágeno, vitaminas e minerais. Quem come cuy vive melhor, já que nutre e não engorda, dizem.
O cuy é um alimento completo e até ajuda a prevenir as doenças cardiovasculares, e doenças ligadas ao coração. E você, comeria?
O cuy pode ser preparado de várias formas, mas o preferido aqui é o “cuy chactado”, prato típico da gastronomia peruana. Se trata de um cuy frito, acompanhado de batatas cozidas, milho, e com muito tempero. E neste prato o cuy é servido inteiro.
Seu valor em restaurantes está em média a partir de 30.00 soles, moeda local, mas também podemos encontrar os cuyes nos supermercados, onde já estão congelados e prontos para serem preparados.
É comum encontrar pessoas que criam esses bichinhos em suas casas, para seu próprio consumo. Estes são criados de forma diferente das mascotes, eles se reproduzem rapidamente e não se gasta muito com a criação. É uma forma de aumentar as economias das famílias.
Para os amantes da culinária faço o convite para que visitem o Peru, e experimentem uma variedade de pratos. Deixo a sugestão do “cuy chactado”.
Eu, particularmente, penso que por hora vou comprar um cuy de estimação, pois eu acho esse bichinho a coisa mais linda do mundo. Só tenho medo do meu esposo, que é peruano, não aguentar e comer a minha mascotinha. (Brincadeiras à parte rs).
9 Comments
Eu também não tive coragem Jessica. Apesar que o cuy em Lima não é tão comido como ceviche. Mas quando fui para Cusco, fui em um lugar onde se pode escolher o cuy vivo e eles matam, limpam e gritam na hora. Isso foi mais chocante do que ver no prato já frito.
Adorei sua matéria!
Obrigada!
!nossa que guay! você poderia fazer um post sobre como é ser casada com um peruano e como eles são como esposos? se puder ficarei muito agradecida.desculpa se tomei seu tempo.
Sim, claro… mas se eu falar a verdade meu esposo vai ficar chateado kkkk
È bem diferente viu… bjs
você poderia abordar essas diferenças
que legal! se puder e não for incomodo,poderia fazer um post sobre como é ser casada com estrangeiro.claro se você não quiser não precisa só estou sugerindo.
Texto maravilhoso…que saudades do Cuy…!!!
Ammiiiiiiggggaaaaa, sua linda.
Adorei seu post… sobre o “cuy” fiquei com pena dos bichinhos rsrs, mais não podemos fazer nada se é o costumes do pais né kkkk
Espero mais post’s seu aqui. Sucessooo!!! Estou morrendo de saudades!
Ai que linda Amiga, obrigada! saudades