Primeiro quero agradecer a Ann pelo convite e dizer que estou bastante entusiasmada em poder compartilhar as experiências que tenho vivenciado nessa terra de gigantes, ou melhor, de vikings que é a Suécia. Portanto, tack så mycket Ann! (Muito obrigada).
Acho importante dizer que esse texto não reflete o que é certo ou o que é errado e nem tampouco tem o objetivo de criar uma imagem de país perfeito. Mas sim de mostrar a Suécia sob a perspectiva de uma brasileira, que se apaixonou pelos encantos da terra dos vikings e que tem como base nada mais que suas impressões e experiências pessoais. Então, chega de enrolação e vem comigo.
São diversos assuntos a serem divididos, que confesso que fiquei na dúvida por onde começar. Até que eu decidi parar para refletir, organizar as ideias e tomar aquele fôlego, afinal tudo precisa ser feito com moderação. Já explico onde quero chegar.
Existe um velho ditado que diz “Quer aparecer, então coloque uma melancia no pescoço”. Isso é sarcástico na cultura brasileira, mas essa história de querer aparecer não tem nada de bom. Nem no Brasil, nem na Suécia e em nenhum lugar. E não estou falando da questão de como se vestir. Nada disso! Estou me referindo simplesmente ao comportamento. Nas bandas de cá o importante é ser “lagom”. As crianças aprendem desde cedo a serem “lagom”. Os adultos são “lagom”. Os idosos são “lagom”. A sociedade é “lagom”. Até os cachorros são considerados “lagom”. E eu estou aprendendo a ser uma pessoa “lagom” também, mas nem tanto assim.
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Mas afinal de contas o que é ser “lagom”? É uma palavra sueca um pouco difícil de ser explicada, já que não existe uma tradução direta nem para o inglês e nem para o português (mesmo o Google Translate insistindo em fazer o seu trabalho). Ser “lagom” na Suécia é ser moderado, apropriado, apenas o suficiente, ou seja, nem mais e nem menos, nem bom e nem mau. Não é “lagom” competir com as pessoas, não é “lagom” querer se mostrar, não é “lagom” querer saber mais que os outros. Você precisa ser na medida certa.
E por que é tão importante ser na medida certa? Porque a sociedade sueca foi formada nas bases do consenso e da igualdade, onde ninguém é melhor que ninguém e todos possuem os mesmos direitos e obrigações. Mas se tivesse que traduzir isso numa visão mais romântica e bonitinha eu diria que ser “lagom” é ser cool, é se encaixar na sociedade.
Um exemplo disso é que não importa se você é um PhD em astrofísica ou se é um atendente numa cafeteria. Na Suécia é comum você ver pessoas com backgrounds tão diferentes conversando sobre assuntos comuns. Sabe, coisas simples do cotidiano mesmo. Você ter um bom nível de educação, sem dúvida abre as portas para o mercado de trabalho, te traz reputação, mas isso não te faz melhor que ninguém. Não existe hierarquia. Não existe o jargão “Você sabe com quem estáfalando?”. Afinal, todos são iguais!
E como as emoções se encaixam nisso tudo? Da mesma maneira, com demonstrações de afeto na medida certa. Portanto, gritinhos, abraços de urso e gargalhadas exageradas, estão totalmente fora de cogitação (a menos é claro quevocê esteja entre amigos pessoais ou tenha tomado uns goles a mais… aí tudo bem).
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No geral as emoções são mais tímidas e consequentemente contidas. Aqui tudo é baseado na interpretação dos sinais, mas esses sinais são tão sutis, que apenas suecos conseguem ler a linguagem corporal de outro sueco. Mesmo quando eles estão “p” da vida com alguma coisa, o sentimento não vem à tona. Eles ficam sérios e com cara de que está tudo sob controle. Silenciosos, contidos e indiferentes, mas saiba que por dentro é um grito de fúria que só. É um completo vulcão em erupção.
O problema é quando você chega numa cultura com valores tão diferentes, que realmente fica difícil saber qual é o limite de “lagom” aceitável. Essa questão da moderação ainda é um pouco engraçada para mim, pois por mais que eu tente ser 100% “lagom”, ainda sei que tenho um longo caminho a percorrer. E de verdade? Eu não quero ser assim o tempo todo. Às vezes, extravasar um pouquinho alivia não somente a tensão, mas como a alma também.
Gosto de ser eu mesma. Gosto de manter a essência daquela menina teimosa que saiu do Brasil atrás de seus sonhos. Gosto de dar minhas opiniões, mesmo quando elas não são as mais aceitas. Gosto de abraçar as pessoas e de esbanjar um sorriso estampado no rosto. Gosto de ter um gingado a mais. Gosto da naturalidade da dinâmica brasileira. E convenhamos isso não tem nada de “lagom”, não é mesmo.
Portanto, quando vir à Suécia, você já sabe, mantenha-se “lagom”, mas sem perder a espontaneidade. Afinal, suecos gostam de brasileiros!
35 Comments
Que bacana ler o seu texto. Os escandinavos têm esse ‘low profile’ em comum, mesmo, e graças à famosa Lei de Jante (Jantelov, em dinamarquês). É mesmo tão diferente do Brasil, onde tem uns e outros que se acham mais importantes que o resto do mundo – diga-se isso de certos políticos, pessoas da mídia, funcionários públicos e uma lista imensa. Vou ler seu blog pois fiquei curiosa pra saber como você se adaptou ao choque cultural. Beijos e seja bem-vinda!
Oi Cristiane!
Eu confesso a você que só percebi mesmo esse jeitinho escandinavo de ser depois que mudei para a Suécia. Apesar de ter ouvido falar que o povo era assim, eu realmente só senti o real significado depois de conviver com eles. Ao longo da minha carreira profissional no Brasil eu, infelizmente, trabalhei com pessoas que se julgavam superiores às outras e hoje penso que muitas delas deveriam vir para a Suécia passar uma temporada. Acredito que alguns pensamentos iriam mudar e a vida seria encarada de outra forma.
Você acredita que eu não tenho um post sobre a minha adaptação? Tenho fragmentos espalhados em alguns posts, mas nenhum texto específico. O que não significa dizer que foi fácil. Pelo contrário. Foi bem difícil! Estou pensando em escrever sobre isso em breve.
Muito obrigada pelas boas vindas! 🙂
Beijos.
Minha teimosa mais linda e favorita do mundo todo e da Suécia também,
Já comentei no blog, mas tinha que deixar registrado aqui. Sua escrita é envolvente e traz sempre algo de novo pra nós – seus leitores. Esse texto deveria ser de leitura obrigatória para algumas pessoas cujo ego é maior que o próprio corpo. Ser lagom é de bom tom e cai bem em todo lugar e em qualquer situação.
Super beijo
Paula!
Eu vi seu comentário e adorei. Agradeço muito suas visitas, seus comentários tão inspiradores e todo o carinho que você sempre teve comigo. Pode ter certeza de que isso me encoraja a continuar escrevendo.
É verdade, essa coisa de querer ser mais que o outro é bem feio. Já conheci e trabalhei com muita gente assim. Pessoas que acham que tem o rei na barriga. Eu me pergunto “pra que isso?”. Ser assim não irá levar a nada. Mas a cada dia que passo desse outro lado do mundo, tenho aprendido cada vez mais sobre os costumes e a cultura do país. Hoje posso te dizer que eu sou uma pessoa diferente e de mente mais aberta, porém, ainda guardo as raízes do país em que nasci. É bom isso, né?
Mais uma vez o meu muito obrigada a você! Beijos.
Ah, parabéns !!
Texto muito bom Vania 😉
Eu moro na Italia e aqui o povo està bem looooonge em ser ”lagom ” … A Italia tem uma cultura gastronomica, enogastromica muito forte e nao sò esse aspecto os fazem sentir-se os tops ne .. … eles tbm sao os ” criadores” da moda , ou vcs se esqueceram ? rssssss ou se consideram fortemente …. visto que a competiçao com a França é ” dente, no dente” 😉
Mas apesar de estar 8 anos morando aqui, eu ”nao” sigo ou nao me sinto melhor que ninguem …. alias nem no Brasil … la em casa nunca fizemos questao em estar vestindo ”marcas ” por exemplo , o que era bem diferente do ciurculo de pessoas que nos estavam ao redor; costumavamos frequentar … ” Quanto mais voce mostrasse, mais importante voce era ” que idiotisse 🙂
Claro que aqui tem a fatia da populaçao que nao segue o ” capitalismo” ( como esse citado acima) como estilo de vida e seguem o modo ”lagom” ou ”europeu antigo” de serem … eu estou na divisa, aprendendo a cada dia mais a selecionar o que realmente vale ou nao a pena de” ser ou ter ” 🙂
Abraços 😉
Olá Marcele!
Eu conheço pouco da cultura italiana, mas já tinha ouvido falar que eles têm um cartaz na testa dizendo “SOMOS O MÁXIMO” rs. Será que esse orgulho e porque não dizer certa “arrogância”, não vem porque o país é um dos berços históricos mais antigos da civilização? Vai saber! :). No ano passado conheci a cidade de Roma, adorei muita coisa por lá e definitivamente a gastronomia me encantou. E os gelatos, então? Quase voltei pra cá com dor de garganta kkkk. Só me senti um pouco incomodada dessa coisa de falar alto, quase gritando na rua. Aí você fica naquela situação se estão brigando com você ou se isso é o normal deles :). Cheguei à conclusão que são as duas coisas! 😀
É bom quando a gente consegue comparar diferentes culturas, né? Sei que não existe um país perfeito, mas acho de grande valia essa troca de experiências, ainda mais para nós que estamos em países diferentes e vivenciando tudo isso no dia a dia. Confesso a você que tenho aprendido muito morando aqui também. Dou umas cabeçadas de vez em quando e acerto em outras. Acho que morar fora do Brasil sempre tem os dois lados da moeda. O país aqui também não é perfeito, mesmo sendo de primeiro mundo. Há pessoas e pessoas. As satisfeitas e as insatisfeitas. Eu diria que até problemas sociais entram na jogada e afetam alguns grupos da sociedade. Mas quem sou eu para julgá-las, afinal todo mundo sabe onde o calo aperta. O importante é a gente acreditar nos nossos valores e como você mesma disse selecionar “o que realmente vale ou não a pena de ”ser ou ter ”. Caso contrário a gente pode entrar num ciclo vicioso de conflitos internos, o que é bem ruim.
Beijos! 😉
Vânia,
Texto muito interessante, pelo que pude entender viva sua vida o mais neutro possível, mas viva! Eu confesso que sempre imaginei os suecos e os alemães também como um povo frio, mas isso realmente explica um pouco esse comportamento “moderado”.
Penso que esta é realmente a melhor forma de se viver em paz com tudo e com todos.
Beijos
Lola
Lola!
Pelo menos é isso o que eu tenho presenciado no meu círculo de amigos, onde ser “lagom é o jeito politicamente correto. Sabe, que eu também pensava assim. Sempre achei a galera meio fria, mas depois que você passa a conviver com eles, você entende que é uma questão cultural mesmo. Nem tudo te agradará, mas cabe a você selecionar o que é bom para seu amadurecimento e sua vida.
Beijos.
Aeee! olha quem está aqui!
“A menina das fotos mais bonitas da Suécia”!! =)
Vânia, adorei seu texto. E tenho que confessar, sou uma pessoa meio “Lagom” também. Sou assim desde a época que morava no Brasil. Por isso não estranhei nem um pouco esse jeito Lagom (também) dos suíços. Só rola uma exceção quando bebo alguns goles a mais ou quando estou realmente furiosa! Aí o bicho pega! kkkk
Excelente texto!
bjão
Aeee Chris! Olha eu aqui!
Adorei “A menina das fotos mais bonitas da Suécia” :). Sabia, que eu descobri que adoro fotografia depois que me mudei para a Suécia? Estou montando um arsenal bem bonitinho e logo mais algumas delas irão para o hall da fama aqui de casa rs.
Essa coisa de querer ser mais que os outros nunca esteve com nada e eu também nunca fui assim. Mas confesso que fiquei surpresa ao saber que na Suécia isso é ensinado desde cedo às crianças, que ser menos é mais!
Beijos.
Adorei o texto!! A Vânia escreve muito bem, parece que está aqui ao lado conversando com a gente.
Ótima dica sobre o comportamento sueco e o que mais gostei foi do orgulho de ser brasileira.
Michele!
Muito obrigada pelo carinho. Eu acho sempre produtivo a gente contar/compartilhar um pouquinho sobre a cultura do país que se vive com ouras pessoas. E você pode ter certeza de que mesmo morando na Suécia, eu sinto muito orgulho de ser brasileira. Jamais esquecerei de minhas raízes!
Beijos.
Vânia, excelente a sua postagem. Você deu um passeio com a gente e foi mostrando o que é ser lagom e também mostrou (sem querer) que o brasileiro, por ser bastante expansivo, tem uma certa dificuldade em ser totalmente lagom, mas os suecos adoram brasileiros. E adoram mesmo. Trabalhei com eles em Juiz de Fora etinham um entrosamento fabuloso com todos os funcionários. Fora da fábrica (Siemens) éramos todos iguais mesmo.
Adorei seu post, Vânia e adoro você também. É muito atenciosa e quase lagom (prefiro que não se torne completamente).
Um beijo,
Manoel
Manoel,
Eu queria muito mostrar o jeito sueco de ser e acho que consegui. Os suecos raramente demonstram os sentimentos, mas não significa dizer que eles não sentem as coisas. Claro que sim. Mas essa fama de serem frios, na verdade tem muito a ver com a questão do “lagom” e para quem vem de uma cultura como a nossa, não entende muito bem essa questão. Fora isso, os suecos são bastante reservados e os sentimentos só são demonstrados para pessoas mais íntimas mesmo. Bem diferentes da nossa cultura, né? Somos abertos até demais 😀 . Acho que essa questão de que os opostos se atraem é super válida entre suecos e brasileiros.
Poxa, muito legal saber que você teve essa experiência com suecos. Você constatou com seus próprios olhos o que eu escrevi 😉 .
Quero agradecer muito pelo seu carinho. Suas visitas e seus comentários sempre tão cheios de vida. Saiba que eu adoro. E pode deixar que eu não me tornarei 100% “lagom”, até porque eu sou brasileira e não desisto nunca! rs. Beijos.
A Vânia é uma blogueira de mão cheia!
Parabéns gente!!!! Agora a gente pode ler ela em dois lugares…
Té mais!
Maria Helena!
Muito obrigada pelo carinho! Finalmente me descobri como pessoa nas terras nórdicas. 😉
Beijos.
Nossa Vania, seja super bem vinda, to adorando, amando ter esta turminha da Escandinavai aqui com a gente. Eu me casei e me formei na Alemanha, quando me formei fiz um estagio em um empresa operadora de telecom alemã onde encontrei com todos os principais fornecedores, eu tinha que renegociar todos os contratos, meu contato com a Ericsson foi tao bom, que recebi um convite pra mudar pra empresa logo apôs o final do meu estagio na Mannesmann e não pensei 2 X, embora adore os alemães, mas a Ericsson era outro mundo, muito mais aberto na cabeça, mesmo se discretamente e muito menos articulados que os alemães. Foi inacreditável como esta experiência mudou a minha vida e a minha pessoa! Juntou a fome com a vontade de comer, e como voce bem descreveu o estilo “Lagom”, eu me sentia totalmente livre pra ser eu mesma e ser aceita com minha espontaneidade e demonstrações de carinho, paixão pelo meu trabalho, meu senso de humor,…. na verdade eu me sentia a mascote da equipee super admirada e apreciada, além de ter homens literalmente lindos e super gentleman ao meu redor, eu mandava fotos pra fazer inveja nas minhas amigas e elas me escreviam, e vc ainda é paga pra isto? rsrsrssr! Tive chefes que se tornaram melhores amigos, família, super paisoes profissionais pra mim! Até hoje, mais de 20 anos mais tarde, ainda temos contato, e nos adoramos, nos apoiamos mutualmente. Como vc bem disse são discretos, sutis, pé no chão, com este senso de igualdade e justiça social enormes! Quando aprende-se a ler entre as linhas, vemos pessoas muito genuínas e humanas. Enfim, não preciso dizer o quanto AMO a cultura e o pais Suecia! Também vejo o outro lado da moeda, sei que nem tudo é o pais/cultura das maravilhas, são humanos como todo mundo, e isto é o que apreciei, apreciei tanto que inclusive aprendi o idioma, mas não utilizo ha tanto tempo, que não tenho fluência mais, embora ainda tenho um metido com DVD e CD que ainda pego de vexe em quando pra relembrar e alguns livros que tenho na lingua. Adorei o seu post, o seu estilo autentico de escrita! Seja super bem vinda querida e “Tack sö mycket” Vania! Namasté!!!!!! Me alegro desde de ja de seguir seus posts e viajar virtualmente a Suécia, eita pais lindo!!!!!!!
Olá Ana Cristina!
Muito obrigada pelas boas vindas. 😉 Realmente é um prazer fazer parte do Brasileiras juntamente com as meninas dos países nórdicos rs.
Nossa, que legal saber que você já trabalhou no país e ainda mais numa empresa sueca. Uhulll! Você é chique demais! Gostei muito de saber como foi sua experiência trabalhando com os suecos e gostei de saber também sua visão com relação a eles. Eu tenho lido muitos relatos de experiências não boas com o mercado de trabalho sueco e com a cultura do país. Às vezes fico naquele dilema de que “será que só eu vejo o lado positivo das coisas?”. Acho que essa troca de experiências é bastante válida. Até porque cada indivíduo que chega à Suécia tem um background bem diferente do outro. Vir para cá já com uma oportunidade de trabalho sem dúvida abre mais portas, do que ter de batalhar do zero. Conseguir um lugar ao sol não é fácil, especialmente para quem é estrangeiro.
Mas eu também tenho meus altos e baixos. Às vezes acerto e em outras erro e é com base nisso é que tenho aprendido muita coisa nesse país. E eu gosto da Suécia, afinal esse é o país que escolhi para morar.
Mais uma vez obrigada por compartilhar sua experiência e por ter gostado do post.
Um beijo.
PS. Revivendo o sueco de sua memória: Du är jätteduktig! 😉
Vaninha seu texto está ótimo! Muito bom! Preciso fazer um curso na Suécia de como ser “lagom”!. Mas isso é bem cultural mesmo, nós brasileiros tendemos ser bem temperamentais diferente dos europeus que tendem ser mais equilibrados! E isso voltando para o sentimento é bem interessante, pois acredito que “sofram” menos com as coisas.. e passa uma postura de pessoas fortes, maduras! Não que não somos, mas ja somos de se desabafar, falar… rs! Posso estar totalmente enganada! Mas gostei da idéia do “lagom”! beijos
Thamiris!
Que bom que você gostou. Realmente a gente que é brasileiro(a) e temos os sentimentos todos à flor da pele, às vezes, fica difícil agir moderamente em todas as situações. Mas certa vez ouvi de um chefe, que mostrar os sentimentos no local de trabalho, por exemplo, demonstra fraqueza. Na época eu não compreendi o que ele queria dizer, mas hoje vejo como isso faz sentido. Ainda bem que eu aprendi a me controlar também! 🙂
Beijos.
Vâniaaaaa, sabe que eu gosto deste jeito “lago” de ser. E confesso que eu já fui muito estabanada e irritada. Como boa parte dos suíços também é adepto deste jeito, aprendi um pouco a ser assim. Mas como vc, não mudei totalmente. Acho que só o necessário para ver a vida de outra forma e aprender com isso!! 🙂
Beijos,
Ana Luiza!
Eu também já fui assim. Quer dizer, ainda sou um pouquinho estabanada de vez em quando, mas dentro da normalidade, se assim posso dizer rs. Acredito que a gente não deva mudar completamente só porque moramos em outro país. Pelo contrário. A gente deve pegar o que a cultura daquele lugar por nos trazer de bom. Mas uma coisa é certa, que a nossa visão de mundo é ampliada, ah isso é. Conhecimento e aprendizado nunca são demais e só tem a agregar valores à nossa vida, afinal selecionar as coisas que te fazem bem, cabe exclusivamente a você. 😉 Beijos.
Tjäna tjäna Vaninha 🙂
Meniiina, voce consegue ser lagom aqui??!!
Acho isso complicado e mega difícil. Sou 8 ou 80, as vezes é automatico e nao consigo achar o meio termo.
Mas infelizmente voce está certa. Os suecos nao gostam de exageros mas também nao gostam de tartarugues.
Adorei seu post!
Puss puss .*
Olá Rúbia!
Ser lagom 100% do tempo é difícil pra caramba, ainda mais que somos de uma cultura tão diferente. O lado bom é que desde que cheguei no país tenho aprendido muitas coisas e algumas delas pode ser certeza de que levarei para o resto da minha vida. Acredite, ser lagom é uma delas! 😉
Beijos.
Antes de tudo:AMEI TUDO QUE ESCREVEU,
Nao sei,mas tenho meu jeito pròprio de ser,de vestir,de falar,de me comportar,acho bacana ser autentica,e nao mudaria uma virgula se o caso fosse travar quem de fato eu sou,ser Lagon,ok pode,deve funcionar,mas onde quer que eu esteja,eu quero me manter como sou.
Sendo Brasileira,mas vivendo por tantos anos fora do Pais,vamos nos encaixando a certos hàbitos,costumes,eu por exemplo bato de frente com muitas coisas no Pais que nasci porèm nao fui criada nele,a cada fèrias,um certo choque,amo minha terra,mas nao me encaixo mais em muitas coisas,muitas mesmo.Adorei tudo que voce informou,gosto muito de aprender,ficar atenta a cultura de outros Paises,e achei o maxìmo pois eu tenho planos de conhecer a Suecia em 2014,estou me programando,acho que vou gostar muito.
Sabe,vi coisas lindas em um encarte que encontrei,quiz comprar,mas lojas ficam apenas na Finlandia,e Suecia,liguei desejando comprar,quem atendeu foi muito simpatica,mas deixou claro que eu apenas poderia comprar nesses dois Paises,fiquei tristinha!!!!!(Oscar e Clotilde,nome da loja.)e entao depois nao apenas por isso,eu jà tinha o desejo de conhecer,mas com o desejo de compras agora,quero ir,agora eu vou!!!!kkkkk sò eu mesma! nem sei que parte ficam essas lojas,mas vou!
Gostaria de aprender algumas coisas do Pais,ser 100%lagom,tà dificil,mas nao vou fazer feio nao!prometo.
Parabèns!!!!!!!tudo de bom! fica na paz,e mais uma vez obrigada,gostei muito.
Olá Bruna!
Que bom que você gostou das informações. Conhecimento nunca é demais. 🙂
Acho que o mais importante é a gente manter nossa essência sempre. Saber de onde viemos e valorizar isso. A gente nunca deve mudar porque um terceiro está impondo. A gente deve mudar somente quando certos valores já não fazem mais sentido na nossa vida. E foi isso o que aconteceu comigo. Mas eu também acho super importante a gente aprender a respeitar a cultura de outro país. Ser “lagom” é o modo sueco de ser e eu confesso que até gosto, pois em determinadas situações da vida esse jeitinho ajuda e muito. Mas mudar a minha personalidade jamais.
E que você tenha uma viagem maravilhosa em 2014… se é que já não a teve, né?! 😉
Beijos.
Pingback: Brasileiras pelo Mundo: O modo “Lagom” de ser | Diário de uma Teimosa
Olha Vania amei o seu relato ,vou pra Irlanda em meados de 2015 e quero conhecer vários países e também quero muito ao termino do meu intercambio poder continuar na europa . Quero muito encontrar um pais onde eu possa criar um vinculo e tentar uma cidadania também.
Obrigado por estas valiosas informaçoes
Olá Flavio!
Só posso desejar que sua viagem em 2015 seja de muito sucesso. Você verá e aprenderá muita coisa convivendo com culturas tão diferentes da nossa. Tenho certeza de que será bastante enriquecedor.
E lembre-se, visitando a Suécia, seja “lagom”. 😉
Beijos.
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Vânia, tô amando ler suas experiências que com certeza me ajudarão e muito ao me mudar para Dinamarca em março.
Isso tudo me lembra a famosa frase que usam muito aqui no Brasil: “Você sabe com quem está falando?”.
Sim, uma pessoa de carne, sangue e osso como eu, kkkk.
Mange tak.
Simone
Simone, a Vânia é da Suécia. Se quiser ler sobre a Dinamarca, aconselho meus textos, rs
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