Este texto é continuação do meu último post “Trabalho em Versão Helvética”, onde falo da estrutura do mercado de trabalho suíço e suas oportunidades. Neste texto falarei sobre a mentalidade e requisitos importantes de se levar em consideração na hora de procurar emprego, e que muitas vezes se diferem e muito do Brasil.
1) Senioridade
Este talvez seja um aspecto extremamente importante a comentar, uma vez que no Brasil, não vejo ser tratado realmente com seriedade, na verdade me irrito muitas vezes quando meus parceiros de negócios me nomeiam pessoas de contato que poderiam ser meus filhos e são completamente inexperientes, imaturos e sem capacidade de decisão. Enquanto no Brasil vejo muitos jovens que saem da universidade se achando a “cocada da hora”, aqui eles são bem mais humildes, pois sabem que com 3 anos de experiência cheiram a leite, com 5 podem ser considerados profissionais regulares, com 10 anos podem se considerar seniors, em cada área de atuação. O estudo é importante mas senioridade com certeza conta e muito. Vejo muitos brasileiros, a começar dentro da minha própria família e círculo de amigos que porque se formaram com boas notas e no Brasil ocupam posições socialmente reconhecidas, embora tenham menos de 30 anos, como advogados, engenheiros, arquitetos ou administradores, acham que aqui teriam o mesmo reconhecimento. Não será o caso, ter anos de experiência contam e muito. Nao seja arrogante de achar que antes dos 30, voce já é o “bom da hora”. Humildade é com certeza apreciado aqui na Suíça, os próprios suíços são muito discretos, educados e humildes em suas apresentações. Enquanto nos brasileiros temos uma tendência a “florear” demais nossas apresentações como pessoas e com o curriculum então, nem se fala…..Melhor supreendê-los de forma positiva do que negativa, por isso, opte pelo princípio: humble, hungry and smart.
2) Qualificação
Nos vejo como brasileiros, completamente míopes nesta área. Quantas vezes escuto pessoas me dizendo que porque gostam de línguas, querem trabalhar com comércio exterior, virar diplomata, estudar relações internacionais.. Naturalmente em todas estas profissões falar idiomas é uma ferramenta fundamental para o desempenho de seu trabalho, entretanto é uma área de expertise periférica e não central. Se você gosta de línguas deve estudar letras, se especializar como professional de línguas como competência central. Em comércio exterior você terá que trabalhar muito mais processos de logísitcas, preços e procedimentos burocráticos, estudos de mercados, do que com seu talento em línguas estrangeiras. Outro fator que conta é que no Brasil muitas pessoas fazem muitos cursos, mas não trabalham nunca na área, sendo assim, aqui não conta. Enquanto no Brasil em vários trabalhos, não é necessario ter uma qualificação certificada, aqui, até o lixeiro, o padeiro, tem que ter no mínimo um certificado de curso profissionalizante ou técnico.
3) Coerência
Aqui vou contar pra vocês minha experiência. Me lembro em uma das minhas entrevistas de trabalho, onde de forma bem provocativa, me foi colocada a seguinte pergunta: Você estudava Direito no Brasil, trabalhava em Hotelaria, depois como secretária executiva e no final você se formou em Comércio Exterior, comecou a trabalhar em Logística após a sua graduação e agora quer ir para a área de Marketing? Concluindo, porque devemos investir em você como funcionária, se voce não sabe o que quer? Eu naturalmente me saí muito bem na época, mas não sei se me sairia tão bem hoje em dia, com o mundo já globalizado e informatizado. Por isto minha dica, seja concisa/o em suas escolhas e faça a diferença entre “job” para pagar as contas no fim do mês e sua carreira profissional, principalmente no momento de escrever seu currículo. Quinze empregos em áreas diferentes não vão mostrar que você é “versátil” mas, sim, imaturo e perdido, e que no final você sabe ”de quase tudo um pouco, e de quase tudo nada. Será assim que o perfecionista e estável suíço irá compreendê-lo.
4) Consequência
Naturalmente não precisamos e nem é recomendável mais, passar a vida inteira trabalhando na mesma empresa, como no tempo de nossos avós, ou pais. Hoje em dia trocar de empresa em um ritmo de 5 anos é considerado positivo, variando de país a país, mas de forma geral, 5 anos é uma boa medida em termos de padrões internacionais. Trocar de posição dentro de uma empresa a cada 3 anos é bem visto, desde que seja dentro da mesma área, nem que seja devido somente a senioridade.
5) Titulos e realizações
Eis aqui uma área muito interessante. Esta também sempre foi um área de boas discussões em relação a minha pessoa. Trabalhando em empresa de tecnologia e escandinava, em geral colocávamos somente nossos cargos no cartão de visitas, entretanto é cultural na Alemanha, na Áustria e na Suíça, devido ao sistema escolar diferenciado desde do início da escola secundária, colocar os títulos de formação acadêmica, mas isto será assunto pra outro post. Títulos dizem muito sobre a sua performance durante a vida por aqui. O melhor exemplo que posso dar é de um médico que me tratou devido a um acidente grave onde quebrei o ombro. Ele tem 7 títulos que tenho que pronunciar antes de eu poder citar o nome dele nas nossas conversas! Caso você não tenha os títulos, com certeza é importante citar maiores realizações, afinal você tem que mostrar que realizou mais que a média dos profissionais em sua área, se quiser como estrangeiro trabalhar no mercado Suíço. Não se esqueçam que estamos entre os países onde os salários são os mais altos do mundo, você não será o único a procurar emprego por aqui.
Continuação do assunto e mais dicas no próximo post.
Leia mais sobre a Suíça!
17 Comments
Ana, muito interessante esse texto.
Infelizmente no Brasil se você não ocupa um cargo de destaque ou é bem-sucedido antes dos 30 anos, você é mal visto e taxado como acomodado. Já trabalhei com pessoas com essa ânsia de querer vencer e que não mediam esforços para passar por cima de quem atrapalhasse o caminho. Faltando com respeito, honestidade e caráter.
Pode ser um problema da nova geração, mas as empresas precisam ter consciência de que elas também contribuem para criar os “monstrinhos” de amanhã.
Estou com curiosa pelos seus próximos posts. 😉
Oi Vania querida, super obrigada, concordo plenamente, passou dos 30 vc ja é quase que “coroa”no Brasil, e com certeza o mercado de trabalho principalmente nas grandes cidades e grandes empresas, é uma selva, onde nao ha leis, não ha infra-estrutura e não ha ética, fica complicado manter a “humanidade” nas pessoas, mas nem tudo esta perdido, sempre tem as pessoas que são maravilhosas, e em geral estão em pequenas e medias empresas onde o dono realmente ama o que faz e opta por ser menor mas mais humano, e viver melhor consigo mesmo e com os outros! Mas estes teem que ser garimpados! rsrsr Eu tenho pessoas assim entre os meus fornecedores, e quando a gente acha gente assim, deve se colar neles! Pois com estes podemos construir uma relação a longo termo e trabalhar melhor! e vamos esperar as cenas dos próximos capítulos! rsrsrsr BJus no coração linda! 🙂 Namasté
OI Ana,
Texto esclarecedor sobre a realidade do mercado de trabalho em outro país. Muito bom !!!
Meu objetivo é em primeira linha ajudar aqueles que querem conquistar novos horizontes e que estejam prontos a questionar o “status quo”, abrindo a cabeça pra rever paradigmas! Fico feliz que voce gostou do texto, obrigada querida Cintia pelo seu comentário! Quando somos um “martelo” tratamos tudo como prego, como somos uma “caixa de ferramentas” podemos nos dispor da ferramenta adequada a cada situação.
Dou super razão quando você diz que ‘quem gosta de línguas, que estude Letras’! Como profissional de Comércio Exterior, assim como você, logo compreendi que o domínio dos idiomas é uma ferramenta importante no exercício da profissão, mas que o que conta mesmo é conhecer de transporte, logística, matemática, organização, previsões e cumprimento de prazos e metas a cumprir, custos operacionais e claro, uma boa dose de conhecimento da cultura internacional de negócios, para evitar as gafes na hora de fechar aquele contrato ou negociar condições de compra ou venda, por exemplo. Seus posts são sempre motivadores e inspiradores! Namasté, linda!
Nossa Cris, voce também ja deve ter escutado estes argumentos com um sorriso amarelo, sem saber como responder a um comentário desses, heheheh eu fico desesperada, e me pergunto, por onde eu começo com o desenho? rsrsr mas ai logo vejo que é na maior parte das vezes é inútil até mesmo começar a desenhar, e respondo com um sorriso, e dou a maior forca, dou sempre a dica de talvez fazer um teste vocacional, pra mim foi de muita ajuda, eu queria estudar informática, e se eu tivesse seguido esta trilha com certeza teria sido um desastre pros pobres NERDs que teriam que trabalhar comigo como técnica rsrsrsr e pra outras areas que segui e com certeza tenho muito mais prazer, talento e vocação pra poder agregar valor. rsrsr Voce falou tudo no seu comentário! vou te citar agora quando receber este comentário de lingua e COMEX rsrsrs BJus minha linda, super obrigada pelo comentário que sempre é muito importante! Bjus no coração! 🙂 Nasmasté
Parabéns pelo texto ANA! Muito interessante, com certeza ajudará bastante a brasileiros que estão fora do país!
Oh minha amiga querida, que bom que voce gostou, principalmente pois voce vive tanto no meio de negócios como no meio educacional e seu comentário pra mim é super importante! Bjus no coração! e é isto ai vamos ajudar aqueles que querem aumentar seus horizontes e realizar o seu melhor potencial! 🙂 Eh este o sentido da vida, nos ajudarmos mutualmente na caminhada! Namasté minha linda! 🙂
Ana, eu pensava que só em Wall Street fosse um dos locais mais improváveis para que barasileiros pudesse se dar bem, mas pelo que eu li e não entendedo nada( porque sou além de pobre, uma mulher que so sabe administrar o lar, um pequeno apartamento) e ai é pegar o touro a unha.Eu te parabenizo e confesso da pânico ler e perceber, que pra se chegar ai, e viver ai, tem de ter capacidade, e isso vir de uma mulher brasileira nos dá orgulho e satisfação ,quem dera eu tivesse na geração que nasci a vontade de sair do Brasil e escolher um País diferente para explorar ,e vencer ,como você,foi fantástico ler isso,mas que coisa mais cansativa.Você é a própria assertividade personificada,que você seja muito feliz sempre e corajosa nessa tourada que é a vida ai.Me fale de um prato gostoso dai e que seja do dia a dia,se há empregadas domésticas ou voces pegam o touro a unha também dentro de suas casas.Porque aqui no Brasil, ainda ha a cultura escravagista é forte e uma mulher com um padrão de vida melhor ,não sabe viver sem essa pessoa para fazer as coisas simples da vida, são serviços que elas não conseguem executar com maestria detestam lavar uma roupa,passar e ter tudo em ordem só com outra fazendo tudo.Uso um pseudonimo ,mas sou uma avózinha, de 64 anos, me chamo Thais,e jamais saberia vivenciar um jornada destas, o meu mundo é a zona de conforto de minha casa, de estar na minha sala, vendo uma revista, ou lendo um livro, e agora apaixonada por este BLOG ,onde viajo por todos os cantos deste mundo atraves de mulheres espetaculares e você uma destas.parabéns!
Minha Thais “queridíssima”, voce é um doce, não é “vozinha” não amada, com 64 voce esta nova hoje em dia, quase no meio ainda da sua vida, com muita coisa deliciosa pra aproveitar, minha sogra alemã com 76 anos, pula de parapente, viaja pra assistir shows de musica, exposições, como transporte utiliza bicicleta pra todo canto, acampa no deserto, natacão toda semana e tem uma vida que supera em termos de interessante, a das netas, e em muito, em termos de atividades, prazeres, e novidades rsrsrsr O prazer nas pequenas coisas, que vem da experiência e da maturidade, e que é o que levamos conosco desta vida! 🙂
Profissionalmente voce esta certa, o mercado é muito competitivo, mas pode ter certeza, que não é so no mercado de trabalho não! rsrsrsr Aqui não temos empregada, temos no máximo uma faxineira, no caso de termos casa grande, o que não é muito o caso (Suico não gosta de ostentação), são muito práticos, e mesmo pelos preços das casas, e custos de manutenção, Suico não gosta de ter pessoas estranhas em casa, participando da intimidade dele, além disso, aqui nos fazemos tudo nos mesmos, lavar passar cozinhar, compras pro dia a dia, organizar, rsrsrsr mas pode deixar que escreverei posts cobrindo os temas que voce tao carinhosamente citou acima, e com muito prazer minha linda! rsrsr No momento te deixo 2 dicas de cardápio típico Suico: Fondue de queijo http://pt.wikipedia.org/wiki/Fondue ou entao o que chamamos de raclette , http://pt.wikipedia.org/wiki/Raclette ou seja ……queijo, queijo, mais queijo e queijo com queijo! rsrsrsr mas também vou falar com mais detalhes sobre a culinária e as influencias e origens, aqui na Sucia, todo assunto é sempre complexo devido as diferentes areas linguisticas que acabam sendo extremamente interessante e rico a exploração cultural! rsrsr AMEI o carinho e a forma poética como voce citou a sua viagem através aqui do BLOG e dessa mulheres fantásticas mesmo, que partilham aqui com a gente as suas experiências e muita informação! 🙂 MUITO MUITO obrigada pelo carinho e pode ter certeza que fazemos com muito prazer! Este mês de Junho ainda tenhos a parte 2 com dicas sobre a trabalho, mas pode deixar que logo em seguida, vou cobrir culinária, o dia a dia de uma mulher Suica em relação a mulher brasileira! rsrsrsr Namasté 🙂 e muita FELICIDADE pra voce também querida! 🙂
Olá, Ana.
Ainda não pude ler todos os seus textos. Encontrei esse site hoje, mas percebo que várias moças, inclusive você, falam muito sobre “qualificação”. Eu sou totalmente a favor do modo como vocês tratam a coisa aqui, porque não deixa de ser um forte incentivo para que as mulheres façam uma faculdade, uma pós graduação, etc..
Mas… Existe certo número de mulheres que não podem se dar ao luxo de fazer um curso superior no Brasil. Quase sempre elas “vendem o almoço para comprar o jantar” __ se é que me entende __, mas que, por algum motivo, tiveram ou terão a chance de ir para a Europa, numa terceira classe, para tentar uma vida melhor para si e para a família que ficará no Brasil. Não é o caso da Thaís, é claro, mas o comentário dela me fez lembrar isso.
Já que você vive na Suíça, poderia falar sobre essas mulheres sem formação que vão para lá, trabalhar? Os Suíços contratam babás, empregadas domésticas, lavadoras de carro, lavadoras de pratos, garçonetes, etc., estrangeiros?
Cristina.
Pingback: Suíça – Procurando Emprego – Dez Aspectos Importantes Parte 2
Ana, estou amando ler os seus textos. Estou me mudando para Basel em Janeiro 2015 pois meu marido recebeu uma proposta de trabalho e estamos super animados com a oportunidade, porém eu estou bem perdida sobre o que vou fazer com relação a trabalho, provavelmente estudar alemão no começo até me sentir segura em procurar algo, mas lendo o seu texto me identifiquei muito, pois sou formada em comunicação social com ênfase em Rádio e TV, e minha experiência é bem picada em varias áreas, ja trabalhei em produtoras, TV e agencias de publicidade (como atendimento) e gostaria de tentar algo na área de atendimento em marketing. Tenho 29 anos e tudo que eu trabalhei eu gostei muito, foram experiências incríveis, mas nada que eu me veja fazendo pro resto da vida sabe?
E no Brasil converso com muita gente que esta na mesma situação que a minha, acho isso péssimo se tratando de carreira profissional, mas sai de TV justamente por não achar que conseguiria ter uma carreira profissional brilhante, é muito difícil com 30 anos entrar em uma empresa como junior em alguma área?
Falo inglês e fico me perguntando onde eu poderia trabalhar em Basel?
Os cursos de pós graduação são todos em Alemão?
Desculpa por escrever tanto e aguardo sua resposta!
Obrigada bjs 😉
Bom dia Karol, seja bem vinda a Suiça, olha querida, o primeiro passo é mesmo aprender a lingua local, nao tem outro jeito, em termos de empregos em lingua inglesa, te aconselho a procurar empresas multinacionais e na area de turismo onde o mercado é mais global, que local. Quanto a procurar emprego deixei um links em um dos meus posts sobre emprego na Suiça, no mais acho que voce deve chegar primeiro, começar a aprender a lingua local e ai construir seu network local, assim voce vera as oportunidades que rolam! Mas como dica ja te apresento o http://www.brazilianinternationalbusinessgroup.com/, onde sou co-fundadora e a gente tenta sempre escrever sobre integraçao profissional, dar ideias, faz workshops alem de te dar uma oportunidade de conhecer um pouco o que outros brasileiros estao fazendo no exterior e na Suiça. Nao sei se te ajudei muito, mas acho realmente que voce deve se permitir chegar aqui primeiro e sentir o clima local, voce me comprendera quando chegar! Bjus e muito sucesso nesta nova experiencia maravilhosa de morar fora pra voces! Qualquer coisa, se eu puder ajudar entre em contato comigo atraves do BIBG. Namasté 🙂 Nao tem formula magica que eu possa te dar com os dados que voce me passou. E também nao sou expert na area de Marcom, sou uma especialista em Marketing B2B, mas Marcom nao é bem minha area central de expertise, mas mais uma area de competencia periferica. Namasté 🙂
Olá Ana, tudo bem?
Seus posts são demais! Super esclarecedores!
Estou me planejando em ir praí em 2 anos com minha filha. Tenho a cidadania européia já! Li que para ter direito a ficar na Suíça é necessário ter um emprego.
Sou advogada no Brasil há 8 anos e há 8 anos trabalho na mesma empresa, progredindo de cargo. Também sou pôs graduada.
Quando vc diz “profissional qualificado”, o que exatamente isso quer dizer? Te pergunto isso pq sei que, muito embora minha experiência na área do direito seja boa (acima dos 5 anos que vc mencionou), sei que ai o meu diploma não vale de nada . Então, eles não levam em consideração minha formação profissional original, mesmo que isso não corresponda a função que eventualmente eu venha exercer?
Além de aprender o alemão, existiria alguma coisa a mais que eu pudesse antecipar minha progresso profissional ai, como algum curso profissionalizante aqui que valha ai?
Enfim, muitas dúvidas me? Kkkkkk
Muitíssimo obrigada por compartilhar suas experiências conosco!
Super beijo
Ana, para alguém que queira investir em um pequeno negócio, uma loja ou um quiosque de flores, por exemplo, na Suíça, ou outra coisa, como uma loja de livros usados ou não, é fácil? Cristina.
Ei, adorei seu texto, bem elaborado. Mas me dá uma opinião, to querendo ir pra Suíça esse ano, “tentar a vida”, não tenho formação superior, você acha que tenho alguma chance aí?
Muito obrigada.