Hoje em dia muitas mulheres ainda tem o sonho de se casar, ou ao menos de partilhar a vida com aquele alguém amado. E apesar de pessoalmente eu não ter experiência na área, pois sou solteira, é basicamente de conhecimento público que casamento não é uma coisa fácil. Mais ainda quando falamos de casamentos multiculturais como a Fernanda já nos contou um pouco no seu texto, porém se tem algo que normalmente não vêm a mente da grande maioria quando falamos de casamento, mesmo quando pensamos nos problemas é a violência doméstica.
O que fazer quando o que era para ser sonho se transforma em pesadelo? Infelizmente essa é a realidade de muitas mulheres migrantes na Bélgica e por pior que seja viver a situação em si, ser vítima de violência doméstica num lugar estranho, no qual você não sabe nem onde pedir ajuda, ou como fazê-lo, pode ser pior ainda.
Nesse caso, muitas mulheres acabam tentando agir da maneira que agiriam no próprio país, mas os procedimentos nem sempre são os mesmos e agir da maneira errada pode acabar trazendo mais problemas. E falando da Bélgica é o que acaba acontecendo. A falta de informações, ou informações erradas, leva muitas mulheres migrantes vítimas de violência doméstica a terem seu visto de residência retirado, ou a permanecer no lar violento até que sua situação no país esteja mais estável e ela consiga uma ajuda decente.
Pelas leis de migração, quando uma mulher se casa com um Belga, europeu residente no país ou outro estrangeiro com permissão de residência ilimitada, eles precisam provar para o serviço de migração que o casamento é real e não algo arranjado somente para garantir a estadia da mulher no país. Por isso, o tempo mínimo para o casal permanecer junto antes que a mulher possa ganhar a residência definitiva independente do eu marido, é de três anos. Isso tudo faz parte da política do país de combater os casamentos falsos ou por interesse.
Durante esses três anos a mulher até pode trabalhar, porém nenhum dos dois pode depender da ajuda social que o governo belga oferece e ele tem de comprovar renda suficiente para sustentar os dois se for preciso.
Esses requisitos acabam colocando a vítima de violência numa situação bem complicada, pois como a permissão dela para ficar na Bélgica é diretamente ligada ao marido, se algo acontecer e ela sair de casa, ela tem chances de perder o seu direito de estadia no país. Principalmente que aqui na Bélgica você tem de avisar a sua prefeitura local que você está morando naquela região e eles normalmente enviam a polícia para confirmar sua residência. (Isso acontece tanto com belgas como com estrangeiros).
Não só isso, se ela resolver procurar ajuda de um abrigo, eles são parcialmente financiados pelo governo e a não ser que ela tenha um emprego para pagar a sua parte da estadia, o abrigo acaba pedindo automaticamente a ajuda social do governo para a mulher, assim ela pode ter algum dinheiro e também pagar a sua parte do abrigo. E como ela não pode depender da ajuda social isso pode leva-la a perder o seu direito de permanecer no país.
É importante destacar que se ela não tiver entrado em contato com o serviço de migração antes de sair de casa e fornecido a eles provas da violência vivida para justificar sua mudança de lar, ela vai perder os seus papéis assim que mudar de endereço ou ter o pedido da ajuda social feito em seu nome.
Outro problema sério é como conseguir essas provas. A polícia, ao contrário do Brasil, não tem um instituto de medicina legal e muitas vezes, se você não trouxer uma constatação feita por um médico da violência física sofrida, ou exigir que um oficial te indique e te acompanhe numa visita ao médico, nada constará nesse relatório e assim, você não terá como comprovar os abusos. Até mesmo pra se fazer um relatório de uma violência que o próprio policial presenciou não é tão simples, pois muitos não tem o hábito, nem o treinamento de lidar com essas situações e acabam tratando como algo menor, sem muita importância.
Por isso , infelizmente, é muito importante se informar direitinho de todo o procedimento a se tomar antes de agir nesse caso. Ir em associações que trabalham com migrantes e pedir conselhos do que fazer também é importante para se ter as boas informações. Se munir de um bom advogado, indicado por estas associações, e especializado em direitos de migrantes, é importante, pois muitas vezes um advogado sem essa especialização acaba dando informações erradas, que não se aplicam quando você não é um belga.
Por isso , infelizmente, é muito importante se informar direitinho de todo o procedimento a se tomar antes de agir nesse caso. Ir em associações que trabalham com migrantes e pedir conselhos do que fazer também é importante para se ter as boas informações. Se munir de um bom advogado, indicado por estas associações, e especializado em direitos de migrantes, é importante, pois muitas vezes um advogado sem essa especialização
acaba dando informações erradas, que não se aplicam quando você não é um belga. Se você está passando por essa situação na Bélgica, não hesite em mandar um email pro denunciaviolenciabe@gmail.com, onde tentaremos te dar orientação e indicar serviços que possam ajudar.
Seguir o coração e se arriscar para seguirmos nossos sonhos é algo que faz parte da vida e deve ser feito, porém ter um conhecimento minimo do país para onde se vai, principalmente da língua, tentar criar uma rede de pessoas na sua cidade nova( muitas vezes existe um grupo no Facebook de brasileiros que já moram no país e podem dar algumas pistas e dicas) e ter conhecimento das associações que trabalham ajudando e aconselhando migrantes podem ser a salvação de situações complicadas e evitar muitos problemas.
42 Comments
Nossa Bia, voce tocou no “calcanhar de Aquiles”, eu tenho problema ja com uma mulher se colocar em uma situação de dependência total de um homem, que não conhece bem, no Brasil, quando entao fora do pais, meu Deus……. A situação de violência domestica é horrível no Brasil, “A cada 2 horas uma mulher é assassinada no Brasil. Na maioria das vezes, o assassino é o namorado, marido ou ex.companheiro, que mata dentro de casa, apôs ter cometido pelo menos um ato de agressão” Jo Ramos, autora do livro” Violencia contra as Mulheres. Dê um basta!” e a frente de um movimento importante que chama “Defesa da Mulher” no Brasil e ja em cooperação com varias comunidades de brasileiras no exterior, como aqui na Suiça. Como se pode ver, o fruto muitas vezes não caem longe da arvore, com tanta violência nos lares brasileiros, não é dificil mulheres brasileiras repetirem a estória. Achei a informação que voce passou super importante e corretíssima, entretanto tenho que dizer, que acho que nestes casos não tem que tentar ficar no pais não, tem que voltar pro Brasil, e se refazer. construir uma vida em um pais onde não se tem família ja é dificil, quando tudo da certo, imagina quando não se tem nenhuma estrutura de falar bem a lingua, a desenvoltura de saber como se informar sobre seus direitos. Depender de ajuda social , mata a fome, mas não mata a solidão, a carencia, a auto-estima, a dignidade da independência! Sao casos muito difíceis, e eu so posso rezar pra que haja maior consciência, informação e prudência por parte de muitas mulheres que se casam e veem pro exterior com a esperança de uma vida melhor, e acabam em situações que são realmente penosa. Namasté! Com voce muito bem disse, importante pedir ajuda nestes casos de associações e da comunidade pra se informar o melhor que puder e sair desta situação antes que seja tarde demais. Que Deus abençoe pessoas que precisam de luz!
Pois é Ana, violência doméstica é um mal que existe em muitos lugares e precisa muito ser combatido, o que me assustou quando eu cheguei aqui foi o quanto aqui eles estão atrasados nesse quesito e quando quem sofre a violência é estrangeira então, a coisa complica e muito!
Eu não tenho uma opinião sobre ela ter de ficar ou ir, tem muitas que preferem voltar e sei que o governo brasileiro em si tá pensando mecanismos pra possibilitar que essa volta se faça da maneira menos traumática possível (apesar de ainda não saber exatamente como eles estão pensando em fazer isso).
O meu problema é que se ela quiser ficar, aqui na Bélgica a probabilidade dela conseguir isso é minima! Felizmente temos uma cultura mais avançada nesse caso, mas encontro inúmeras mulheres de outras nacionalidades que sequer tem essa opção, pois a ideia de divórcio não existe direito e voltar significa uma perda de liberdade enorme (e até rejeição, dependendo da cultura).
É triste ver elas passarem por tamanha violência no lar, que deveria ser um lugar de amor e paz e depois sofrer mais ainda para ter dignidade no país que a está “acolhendo”! eu também fico sempre desejando que essas mulheres consigam encontrar paz de espírito, pois é muita injustiça terem que passar por tanta dor!
Bia, tudo bem ? Moro com um belga faz 12 anos, nao somos casados no papel, nao sofro agressoes fisicas, e sim psiquicas, pois ele é um psicopata léger
Oi sonia. Tudo bem. To qse passando a mesma coisa. Será q tem como mantemos contato?
Bia, achei o seu texto extremamente pertinente e de grande valia para as mulheres que sofrem abusos em outros paises e nao sabem o quê fazer. Também acredito que o mais prudente é sempre saber se virar bem no País aonde está morando: aprender a lingua, costumes, etc. Afinal, viver em completo estado de dependência pode ser muito perigoso. Outra coisa que acho particularmente delicada é a questão de muitas brasileiras quererem tanto ir morar fora que acabam casando sem conhecer muito o parceiro, e ao chegar no outro País se dão conta que estão casadas com um total estranho num lugar ainda mais estranho e acabam em situações muito dificeis. Claro que não há regras, mas vale sempre a pena tomar cuidado ao aventurar-se mundo afora. Parabéns pelo texto, Bia. Bjs
Obrigada Fernanda. Pois é, a situação muitas vezes é muito complicada, tem mulheres que vem por amor, mas também por esperança de um tudo melhor e vem de tal maneira que a ilusão é o que está pesando mais forte! Por isso a violência acaba sendo tão forte…E a prudência muitas vezes tão em falta, infelizmente.
Eu vi um documentário esses dias chamado “Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado”, ele tenta desvendar um pouco essa situação de mulheres que casam mais pelo “morar fora” do que por qualquer outra coisa e achei interessante demais como o cineasta (que é também antropólogo) abordou o assunto, é bem complexo mesmo e muitas vezes difícil de entender o porquê algumas mulheres passam por tato aperto “só” por causa de “um papel”, mas é como você disse, não há regras né? Eu espero só conscientizar um pouquinho quem talvez esteja com muitas “estrelas nos olhos” e quem sabe ajudar, né?
bjks
Bia, aonde encontro esse documentário? Fiquei com vontade de assistir…bjs
Oi Fernanda, eu não sei se existe em algum lugar online. Vou perguntar ao Joel, o diretor. Se não eu tenho aqui em casa o DVD, posso ver se existe alguma maneira de passar 🙂
Boa tarde .. Bia adorei se post.. sobre a violência contra as mulheres.. eu gostaria de saber de vc.. se tem algum site em portugues dando informações aos imigrantes ..como posso mim escrever na prefeitura.. qual documentos necessários.. eu já vivo quase 2 com meu namorado belga.. mais decidimos de viver agora na belgica .. tenho residência portuguesa e brevemente vou pedir minha nacionalidade … portuguesa.. .. penso eu que isso nao é problema para pedir a tal coabitação??? ou será que tem ? estou perdida no meio dessa confusão belga.. obrigado Maria Ângela
Ah e obrigada por linkar o meu texto : )
De nada! Achei que tinha bastante haver, pra demonstrar o lado bom da coisa! 🙂
Muito bom o texto e excelente abordagem. Parabéns!
Beijos!
Obrigada Carol!
Bjks
Este artigo é muito semelhante com um que foi publicado no meu blog A janela do imigrante.
Parabéns temos a mesma percepção a cerca do assunto. Um Abraço.
Obrigada Claudia! O tema é realmente complicadíssimo e acho que está cada vez mais evidente, as Brasileiras no exterior muitas vezes tem se encontrado completamente perdidas e desamparadas face a algo tão grava e aqui na Europa a coisa acaba complicando mesmo por contas de politicas mais fechadas e conservadoras quanto a migração! (e que tem muitas vezes consequências terríveis e impensadas).
Não conhecia o seu blog, muito interessante e uma fonte importante de informação pro pessoal do Reino Unido, parabéns! Abraços
Pingback: Especial Natal -Bélgica
Eu morei na Bélgica 3 anos (sou casada com belga) e como já morava com meu marido na época, depois que casei precisei esperar apenas 6 meses antes de pedir a nacionalidade. Hoje em dia moro nos Estados Unidos, e aqui também o green card é temporário por 2 anos, até que se tenha certeza que o casamento não seja um “casamento branco” (com a diferença que aqui não tem a polícia que vem verificar nada, e já ouvi inúmeras histórias de casamento só pelo green card). Não consigo pensar em nenhum país que concederia a residência permanente imediatamente após o casamento. O grande problema da sociedade belga, e provavelmente européia, é a dificuldade em integrar os estrangeiros, especialmente as mulheres. Poucas vezes me senti tão rejeitada quanto na época que lá morei e foi uma experiência absolutamente traumática no meu caso. A minha percepção é que os americanos te dão a chance para você provar que pode ser produtivo para a sociedade, e cabe a você provar que tem competência para tanto, muito diferente da Europa. Ótimo texto! Bjs
Oi Patricia, o problema não é só o tempo de espera, acho que ter uns meses é válido, até talvez um ano…Porém o problema é a maneira que as leis e procedimentos são feitos aqui, de maneira a colocar o poder todo da estadia da pessoa na mão do conjuge e não dar mecanismos pra pessoa se defender direito no caso de abuso. O parceiro normalmente tem muito crédito e a mulher nenhum! E fora isso, você está certíssima, a europa tem uma dificuldade enorme de integrar os estrangeiros e muita exclusão e racismo acaba acontecendo! Que pena que você teve uma má experiência aqui, mas que bom que conseguiu ter uma boa experiência depois nos EUA! 🙂 Que bom que você gostou do texto, obrigada!
Bjs
Ola Patrícia. Acho que meu caso é parecido com o seu. Podemos conversar pelo e-mail ? O meu é cintia1978@icloud.com
Um abraço ????
Acabo de encontrar essa leitura após procurar sobre direitos de mulheres que vivem ou viveram na Bélgica e não tem suporte.
Esse texto me tocou profundamente.
Há 8 anos atrás fui para Bélgica por amor. Conheci meu ex namorado, que é Belga, e larguei tudo para viver com ele ( e dar continuidade aos meus estudos por lá)
Acabei indo morar na casa dos Pais dele e sofri abuso do Pai dele e violência fisica por parte do meu ex.
O ultimo dia do nosso relacionamento é um trauma na minha vida. Fui agredida pelo meu ex, ameaçada com pistola pelo pai do meu ex e xotada (resumindo a historia que durou 7 meses)
Mudei de cidade e decidi continuar meu estudos, apesar de todo sofrimento. Fui notificada por telefone que o meu direito à estadia nos paises benelux não eram mais oficiais,que fecharam meu docier relacionado ao meu visto e por isso passei quase 2 anos ilegal na Bélgica. Só consegui a legalidade após terminar meu curso de Holandês e passar para Faculdade. Foram 2 anos muito estranhos. Não falava a língua, não conhecia ninguém, e comunicar em inglês na rua não era muito apreciado.
Enfim, passei por toda essa agonia e o pós trauma foi longo. Agora sofro por outra situação: Depois de 6 anos vivendo na outra Cidade, estudando, tive um outro relacionamento…acabei engravidando. O pai do meu filho não quis saber e acabei voltando ao Brasil por não ter condições de estudar o dia inteiro, grávida e trabalhar (as leias quanto a estudantes estrangeiros referentes à trabalho são muito restritas). Agora estou no Brasil, com meu filho ( Pai Belga), sem suporte do Pai do meu Filho. Voltei a estaca zero. E ainda sofro com o preconceito de quem me viu ir e voltar nessasituação ( mas que mal sabem que fui estuprada e tudo que passei)
Estou aqui lutando pelos meus direitos e a do meu filho.
Contudo,não me arrependo de ter começado a jornada na Bélgica. Toda minha formação academica vem de lá e me orgulho dos meu esforços apesar de tudo que passei.
Obrigado por escrever esse texto. Sinto na pela tudo citado acima.
Ju, me deixa muito, muito triste ouvir a sua história. É uma realidade pra muitas mulheres, mas eu não deixo de me chocar sempre que ouço o tanto de sofrimento que as mulheres acabam sofrendo nas mãos de homens criminosos sem escrúpulos!
Você tem toda a razão de se orgulhar dos seus esforços, você é uma sobrevivente na luta contra a violência e apesar de ainda estar numa batalha pra fazer valer seus direitos todo o seu percurso demonstra que você é alguém forte, que não merece, nem merecia ter sido tratada da maneira que foi! Espero que você consiga vencer as suas batalhas, mas se precisar, posso tentar te dar algumas informações, envie suas duvidas pra denunciaviolenciabe@gmail.com
Coragem e muita força pra ti! Grande abraço!
Poxa ju que triste!!! EU espero q vc e seu filho
estejam bem,porque nesse momento e o mais importante!bjss ♡♡♡♡
E o cenário não é dos mais animadores, Bia:
http://www.liberation.fr/societe/2014/03/05/une-femme-sur-trois-victime-de-violences-en-europe_984606
Belíssimo texto, Bia. Um grande aprendizado para mim, que ainda tenho algumas ilusões em relação à Europa. Beijo
Pingback: Violência contra elas: os números europeus e o drama estendido das imigrantes | Perdidos na Zona do Euro
Boa tarde, sou brasileira tenho 23 anos esse ano faco 24, conheci uma pessoa do mesmo sexo que é Belga e tem 20 anos e completara 21 em outubro. porem eu trabalhei como aupair na holanda, com visto valido para um ano. sei que posso ficar mais 3 meses na europa, mais agora eu estou na belgica trabalhando como aupair tbm, posso permanecer por mais quanto tempo na belgica, já que meu visto de um ano terminou e eu estou namorando uma menina belga. O que posso fazer.
Oi Luiana!
Você está trabalhando na Bélgica como Au Pair oficialmente? Se sim, você normalmente pode renovar o seu visto como Au pair , mas valendo agora pra Bélgica. É melhor você se informar com a agência que te trouxe e solicitar a eles essa renovação.
Fora isso, mesmo namorando alguém daqui, um ano não é tempo suficiente para poder pedir uma coabitação legal, o minimo de tempo de relação exigido é de 2 anos (para mais informações sobre a coabitação, você pode consultar o texto da Ana Elisa sobre isso), alémdesse tempo de relação, a sua namorada precisaria de uma renda mínima que comprovasse que pode sustentar vocês duas sem depender de nenhum tipo de ajuda do governo.
Além disso, você tem sim, mais três meses de direito de permanência na Europa, porém depois disso você ou renova o visto, ou perde o direito de ficar no território. Espero que eu tenha te ajudado…
Pingback: Bélgica – As duas Bélgicas
Boa noite Bia , amei seu blog…super!!!
Gostaria de saber se posso pedir passaporte Belga , sou casada com um Belga a anos ele vive em minha casa trabalha em minha micro empresa para se manter aqui no Brasil ele não consegue emprego, mas a situação esta ficando muito Dificil e pretendo retornar com ele para a Belgica como ele não tem mas residencia em Belgica quais são meus direitos??? posso ter um passaporte Europeu para ficar na França nos casamos no Consulado brasileiro em Paris , porque na epoca ele tinha residencia Francesa e uma prestaqção de serviço Francesa tambem.
Obrigado
Bom dia Ivete!
Desculpa a super demora para te responder, os ultims meses foram uma correria pra mim! O direito a nacionalidade belga tem mais haver com o tempo que você morou no país do que o tempo de casamento com um,cidadão belga. Para ter o direito a nacionalidade (e com isso o passaporte) você precisa de no mínimo cinco anos morando aqui, fora alguns outros requisitos (como falar pelo menos uma das línguas nacionais, ter contribuido financeiramento com impostos ou ter feito o curso de integração, dentre outros).
Eu não sei como são os procedimentos legais para estadia de conjuge de europeu na frança, mas imagino que existam alguns requisitos como na Bélgica, coisas como uma renda mínima e comprovação da relação e tals., porém vale a pena dar uma procurada nos textos das nossas outras colaboradas, como a Ana Lozon na França e a Ana Eliza, aqui da Bélgica mesmo, que fala da coabitação legal na Bélgica 🙂
Terrível!Parece uma história de terror,e a violência doméstica não é só com as mulheres não, existe um buraco mais fundo e de tormento, que uma senhora, ja de idade, sofrer na casa de seus familiares estrangeirados,onde sua voz não é ouvida,onde essa pessoa vendeu sua propriedade para ajudar a família que foi embora para o exterior,mas com o passar dos dias,perceber que a pessoa é um estorvo,abandonada de forma mais cruel, ignorada,isolada até a morte,Ir para um País seja ele qual for ,em primeiro lugar tem de se dominar o idioma local,ter uma coragem de leão,e descobrir que naquele cenário ,você vai ver a verdadeira história.As paisagens a gastronomia,os passeios,isso fica por conta dos tais familiares,a avó ou o avô a tia idosa, apenas foi de refém de pessoas sem escrúpulos.Muito difícil e está cheio de histórias assim como num filme de terror onde não haverá um final feliz.Que as mulheres que ai estiverem seja em que País for, criasse uma espécie de ajuda comunitária e pudessem se reunir e ajudar,mulheres com suas histórias inusitadas, terriveis.Que os avós tios idosos jamais vendessem suas propriedades em sua terra Natal achando que no País do lado de lá fosse trazer algum benefício a eles deveria ser inclusive proibidos de irem permanente,e que tivesse uma casa para o retorno a maioria não tem, pois se as jovens,sofrem, imagina uma pessoa que perde toda a esperança e nem força para lutar.Fiquei muito triste de ler isso,mas é uma verdade.Me lembro do filme baseado em fatos reais Nunca sem minha filha,se tem um filme que me faz eu chorar até não mais aguentar foi esse,sei que sempre aparece um anjo para judar mas isso é um caso diante de várioa outros sem retorno. Que Deus proteja nossas mulheres,nossas famílias.
Realmente é uma história terrível Claudius. Por isso a importancia de se conscientizar as pessoas de alguns perigos, para de pode evitar os problemas e caminharmos para um futuro onde isso não aconteça!
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boa noite..Mas as regras de imigraçao entao mudaram,variam pq me casei com um belga e eu ja vivia legalmente no pais hà 04 anos mas sem documentos definitivos(renova todos os anos)e assim que me casei obtive de imediato meu documento definitivo de residência(o de 05 anos) e mesmo outras brasileiras que fizeram coabitaçao legal o que (nao è a mesma coisa que casamento) elas tbèm adquiriram a residência definitiva(carta de 05 anos ).Depende muito do oficio do estrangeiro que analisa ,julga e decide !!!! è complicado !!!!.
Oi Valeria,
Eu estou falando das leis. Elas realmente mudaram muito em muito pouco tempo. Desde 2009 pra cá ouveram várias mudanças. E não só isso, como você disse e eu muitas vezes falei também, muitas vezes as coisas não são compridas à risca e algumas pessoas acabam se beneficiando por sorte, ou se prejudicando sem nem saber.
É bem complicado mesmo :/
Moro aqui,nessa porcaria de Belgica Há dois anos e estou quase voltando pro BR. Mesmo tendo provado que vivo com meu namorado de verdade,sempre que faltam 30 dias para que eu receba meus documentos,prorrogam o prazo de espera. Q RAIVAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!! nao posso trabalhar,nem viver! Quando vc vai resolver algo,tem que cutucar a criatura para q ela te passe todas as informaçoes.Nao sei se eh autismo ou burrice mesmo.E vc vai ser sortudo se receber as informaçoes corretas,porque essa gente nunca sabe de nada,mas deviam saber pois se acham o top da inteligencia! Affffff, que povinho cansativo!!!!!!
É realmente um processo bem chato e cansativo Flavianne e a tendência infelizmente é piorar.
Se existir algo que eu possa ajudar em termos de informações, não hesite em escrever pro meu email: bia.migra@gmail.com
olà sou casada com um belga a 8 meses e eu tenho uma identidade provisoria e queria saber se posso viajar para o brasil de ferias, mas tenho medo de quando voltar tenho medo de nao deixarem eu e os meus filhos passare na imigracao!! por favor me ajudaa.. aguardo resposta
Adorei tudo! Principalmente o artigo em que se fala sobre relacionamento;estou namorando um rapaz de Portugal. No começo me pediu em namoro,depois veio com assunto de casamento. Disse ele que é solteiro e tem 44anos eu tbm sou solteira,e tenho 47 será que isso vai dar certo?vamos ver…um abraço bjos.
Adorei o seu texto! Super!!! Eu tenho uma dúvida, pois sou casada com um holandês mas estamos ao pé de um divórcio. Moramos há 3 anos e meio aqui e temos 2 filhas juntos que nasceram aqui e eu tenho uma filha que irá completar 18 anos em dezembro. Ela estuda e trabalha como estudante. Fala o idioma fluente. Nós estamos planejando esperar até abril de 2019 para começar o pedido, pois as outras duas ainda são bebês. Neste período já teremos a permanência. Será que a minha filha mais velha e eu precisamos voltar para o Brasil, mesmo sendo permanentes?