Há doze anos casei-me com um engenheiro belga e atravessei o Atlântico para vivermos juntos por 8 anos na fria Bélgica. Sentia-me um pouco insatisfeita com o clima local, pois nasci à beira-mar, no litoral de São Paulo. Comecei a sugerir que poderíamos viver em um país mais quentinho e isto realmente aconteceu: trocamos a geladeira pelo forno.
Ele foi convidado a representar a empresa em que trabalhava na Bélgica em projetos internacionais. Vivemos dois anos na Espanha, como início desta nova etapa profissional e, em setembro de 2012, viemos para o deserto. A Arábia Saudita nunca esteve em nossos planos de vida, mas cá estamos, conhecendo e experimentando algo novo, muito diferente aos nossos olhos e hábitos de povo ocidental. Tivemos até que fazer um curso em Paris, na sede da empresa, sobre como viver na Arábia Saudita. Aprendemos sobre o comportamento, a religião, as leis, as obrigações para as mulheres e o vestuário que devemos usar.
Meu marido veio dois meses antes, enquanto esperei o fim do ano escolar do nosso filho. Primeiro embarcamos num voo de Madrid para Doha, Qatar, um país muçulmano um pouco mais liberal. Até lá foi tudo bem. De Doha fizemos um pequeno voo para Damann, uma cidade da Arábia Saudita em que eu já precisava vestir a “abaya”, uma espécie de burca, para poder entrar no país. O tempo parecia não passar. Tivemos que esperar quase duas horas na fila da alfândega. Na fila 95% eram homens que todos os dias imigram da Índia, Filipinas e Somália, países vizinhos mais pobres, para trabalhar na rica terra do petróleo e dos sheiks.
Depois de passar por uma inspeção tremenda para comprovar se não levávamos bebida alcoólica ou carne de porco, produtos que são proibidos, eu e meu filho obtivemos uma autorização para permanecer no país. O visto de permanência estava sendo requerido pela empresa em que meu marido trabalha. Não há visto de turista na Arábia Saudita. Para entrar no país você precisa ter um vínculo empregatício ou comprovar que tem familiares morando por aqui. Não é um país turístico, também com tantas restrições, se assim o fosse, iriam falir logo.
No saguão do aeroporto meu marido nos esperava de braços abertos, mas precisava se controlar, pois não podíamos nem se quer tocar as mãos um do outro, nem pensar um beijo gostoso que sempre trocamos quando nos reencontramos. Se algum “mutawa”, os guardas religiosos daqui, nos visse abraçados ou expressando algum contato corporal, estaríamos desrespeitando as leis do país. Meu marido poderia ser advertido e nossa história no deserto certamente acabaria ali mesmo. Isto acontece se desobedecemos as leis com respeito as roupas também.
Eu me senti um zero à esquerda ao chegar, mas isso era só o começo. Na chegada ao nosso “compound”, como são chamados os condomínios dos expatriados, fomos recepcionados por dois carros tanques. Há uma entrada de segurança com vários guardas. Eles inspecionam os carros e assim descobrimos a fortaleza moderna onde viveríamos por alguns anos.
Meu filho ficou chocado, comparando a cena da nossa chegada com um filme, mas fomos consolados por meu marido que nos mostrou o lado bom de morar em lugares como este. Tudo se justifica para prevenir algum ataque e garantir a segurança. Por sorte, este é o melhor condomínio da cidade, cobiçado por várias amigas que precisam viver em hotéis ou casas isoladas, já que a moradia depende das condições que as empresas oferecem. Apesar das dificuldades, sempre agradeço por estarmos bem instalados na Sandlândia. E adoro receber amigas expatriadas que vivem em outras condições.
No compound podemos ter uma vida praticamente normal. Temos praias, piscinas, recreações para as crianças, academia, etc. Enfim, posso até usar o meu inseparável biquíni, mas da portaria para fora a coisa muda. Para ir à cidade, necessitamos vestir a abaya. Como a temperatura aqui pode chegar a 50°, muitas vezes me organizo para sair apenas uma vez por semana. Faço tudo no mesmo dia: compras, consultas, visitas, etc. Sair da nossa gaiolinha dourada é mais difícil do que entrar.
Não se permite a presença de muçulmanos no compound, imagino que seja pelo choque que podem ter aos nos encontrar usando shorts e tops. Certo dia uma amiga árabe que me recebia muito bem em sua casa, e que sempre fez questão de mostrar sua cultura, manifestou interesse em conhecer onde morava e outras mulheres estrangeiras. A convidei para um almoço, para que ela conhecesse minhas amigas francesas, venezuelanas e americanas, e assim poder ampliar um pouco mais sua visão do mundo. Ela nunca saiu do país, não foi à escola e nunca mostrou seu rosto para outro homem, a não ser seu marido. Neste dia seu marido estaria viajando, como sempre faz, pois sai do país para encontrar outras mulheres. Minha amiga aceitou meu convite e, com todas as suas vestimentas tradicionais, entrou no meu compound. Fui buscá-la com o motorista e, com meu jeitinho, ela entrou como se fosse uma amiga brasileira, mas para isto precisou tirar as vestes do rosto. Pela primeira vez, depois de seu casamento, ela foi observada por outro homem e sentia-se nua diante do guarda que inspecionava nosso carro, tremia e estava pálida. Enfim, me confessou que foram os dois minutos mais longos de sua vida. A única coisa que consegui fazer para tranquilizá-la foi cobrir seus olhos com meus óculos de sol. Até chegarmos ao nosso prédio, ela suava e sentia-se como se estivesse cometendo um crime muito grave.
Em casa, com a recepção calorosa de minhas amigas, livre de sua burca e de seu medo, ela interagiu, conheceu um pouco da nossa cultura, fez novas amigas, nos contou muito de sua cultura e até arriscou um sambinha comigo quando assistimos a um show da Daniela Mercury, que ela curtiu de boca aberta. Foram três horas ocidentais superagrádaveis, trocando conosco impressões sobre as diferentes culturas e, principalmente, experimentando uma liberdade que para nós parece necessária. Hoje penso que para elas, que viveram sempre de acordo com estes costumes e leis, seu modo de vida é uma coisa natural, até acho que elas não gostam de ser vistas com compaixão.
Mas fiquei feliz por poder oferecer a ela, apesar de tantas regras e limites, uma tarde que será lembrada para o resto de sua vida. Para nós expatriadas, também foi uma oportunidade de ver que podemos e devemos ser felizes com o que a vida nos permite aqui na Sandlândia.
Embaixo de sua burka ela voltou ao seu meio natural, onde cria quatro filhos, espera o marido para servi-lo todos os dias, seja lá de onde ele venha, estuda inglês pela internet e se conecta com o mundo através das possibilidades que existem hoje. Penso como seria a vida de sua mãe em outros tempos, sem internet e sem nenhum contato com outras culturas.
Temos diferenças culturais, mas os fenômenos que constroem as cadeias de pensamentos e transformam a energia emocional são exatamente os mesmos em cada ser humano. Por isso acredito que toda discriminação é desinteligente e desumana.
62 Comments
Nossa acho q me vi no seu texto!!! Viver em paises q a religiao é faz o dia dia das pessoas e super diferente
sim Karla, precisamos estar com a mente aberta e o coracao solidario, bjss
Ola,
Sou Brasileira atualmente moro em Seoul e estou de mudanca para Arabia ano que vem…
Me coloquei toda e complete em seu lugar rsrs … Imaginei a situacao..
Foi muito bom ler seu post.
Iremos morar em Las Dunas ou All Jude….Obrigada!
Bem vinda Leacy , a Arabia tem muito a nos enriquecer culturalmente tambem, venha ver de pertinho e quando estiver aqui se quiser e so nos procurar, temos um grupo no face , bjss e boa sorte .
Sou amiga de infância dessa querida Brasileira, que corre esse mundo com seus familiares, eu aqui no Brasil, orando para que Deus a ilumine em cada canto que esteja, parabéns pelo post, pelo blog adorei tudo que escreveu…. amo vc amiga. beijo grande, Fique com Deus.
Obrigada amiga Mara, bom saber qeu tem pessoas como voce na torcida, bjss
Bela experiência prima…quantas coisas diferentes acontecem e não temos noção que acontece desta forma…deve ter sido uma tarde rica…Parabéns por ser assim!
Obrigada, dia desses sentaremos gostoso em nosso terraco em terras Brazilis e te conto muito e muito mais , tem coisas bem bizzaras . bjsss
Oi Valéria que bom saber de vc, estou com saudades ,parabéns , muita paz, alegrias, saúde e sucesso . Parabéns tbm pela linda família . Bjs.
Obrigada Neuzinha, voce qeu tem decendencia arabe pode curtir bastante os posts deste blog , Beijo grande para voce .
Muito bom seu texto Valéria, parabéns! Imagino quanta historia você deve ter para contar!!
Parabéns a todos do Blog pelo belo trabalho de memorias orais de brasileiros pelo mundo, e Parabéns Valeria pelo texto em questão, sua bela sensibilidade, sempre, mundo a fora! Deve ser muito difícil a sua alegria e carisma ficarem confinados a um espaço de condomínio, mas mesmo assim você consegue espalhar belos momentos a aqueles com quem convive , beijos querida
Obrigada voce pela confianca de me indicar para a participar aqui < amiga Doutora Regina,
Beijo grande para voce .
Retratou muito bem o choque que e chegar por estas terras…fez melhor mostrando como incluiu a arabe nas suas vidas dando um exemplo a todos como e importante respeitar as diferencas!!!beijos
alguns segundos atrás
Oi Valéria, adorei saber a forma como as coisas acontecem neste país, o texto que você escreveu está muito bom, uma leitura gostosa que prende a atenção da gente. Pena que acabou. Felicidades pra você amiga, neste país tão distante e cheio de regras. Beijos com saudades.
Obrigada Lu, dia desses quero sentar gostoso com voce e tagarelar bastante sobre as coisas bizarras qeu vejo por aqui , beijaooo
Valéria, que interessante o seu texto! Particularmente, achei muito interessante a parte que você fala da sua amiga que teve que tirar a burka para que pudesse entrar no seu condomínio e como ela se sentiu ao fazê-lo. Acredito que tudo seja uma questão de costume e de criação. Para nós, a forma como ela vive parece bastante reprimida, mas ela mesma não se sentiu bem quando teve que tirar a burka na frente de outro homem. Acho que, no fundo, o que importa é respeitar as culturas e as tradições; o errado é querer impor ao outro algo que achamos o correto (principalmente porque certo e errado são conceitos que dependem de como fomos criados, isto é, são relativos).
Nesse convívio com o mundo, tenho aprendido muito sobre os meus próprios preconceitos. Hoje, por exemplo, se alguém faz algo que considero errado, eu penso muito antes de falar com a pessoa porque acho que a errada, naquele momento, possa ser eu… A vida era muito mais simples quando eu conhecia menos. Mas, talvez, ela também fosse menos inteira, não sei se me explico…
Um beijo
verdade Tati, tambem sinto isto, me encaixo nos seu ponto de vista, Temos que policiar nossos preconceitos, e fazer valer nossos aprendizados e experiencias, Obrigada pelo coments , beijaooo para voce .
Eu não tenho contato com sauditas e confesso que, embora haja curiosidade, prefiro a distância, pois a cultura local me faz sentir muito agredida; não me entra na cabeça tratamentos diferenciados entre seres humanos….
O texto está ótimo, e deixa gosto de curiosidade em cada parágrafo, como se fosse uma estória com várias outras a serem contadas ainda.
Adorei, parabéns, Valéria!
Te entendo tambem, amiga expat Eliane. Bom que gostou do texto,.
Realmente tenho muitas passagens a registrar por aqui. mas mesmo nao parecendo nossa vida de ocidental por aqui é intensa ….por enquanto vou coletando dados. outra hora sai mais textos. Obrigada
Uau, Valeria, parabens pelo texto e principalmente pelo gesto em levar sua amiga para conhecer um pouco da cultura ocidental. Eu que acho uma pessoa adaptavel, acredito que teria muita dificuldade em me adaptar a tal cultura, principalmente o calor. No entanto, sou amante da literatura arabe que e fascinante! Bjs Fernanda
obrigada Fernanda.
O calor ate que conseguimos dibrar , mas a falta de calor humano e que realmente nos choca . beijos
Nossa… Sensacional sua história. Aliais, quanto coragem!! Não sei se conseguiria viver assim.
Parabéns pelo texto e pela iniciativa de introduzir um pouquinho do “nosso mundo” a sua amiga!
Adorei!
beijinhus
Texto maravilhoso! Muito interessante aprender sobre a Arabia Saudita através de um olhar sem preconceitos como o seu! É preciso muita coragem para fazer uma mudanca desse tamanho, parabéns! Bjos
Obrigada Denise, verdade coragem precisamos todos os dias, Mas seguimos com o Deus maior a nos mostrar os melhores caminhos. Beijao para voce
Parabéns Valéria! Ótimo texto! Visão admirável e mt humana!!! Bj
Obrigada Biga, SER HUMANO,na mais pura essencia e o que desejo para nós , beijo grande
Uau! Incrível o seu relato. Sempre gostei de conhecer culturas que sejam bem diferentes da minha e assim ampliar os horizontes e o seu texto me trouxe isso.
Não sei se seria capaz de ter a força para morar em um país assim, mas como sempre notamos aqui no BPM, é uma questão de como ver a vida e as coisas que elas nos dão.
Acho que o mesmo acontece com a sua amiga da Arábia Saudita.
Parabéns, um texto interessante e que serve para mostrar que o respeito ao próximo e aceitar as diferenças é essencial em qualquer lugar do mundo!
Abçs
Bá
Oi Valéria, gostei muito de suas delicadas palavras.
Meu nome é Graça e sou carioca e tb já morei na Bahia, Houston,EUA e agora em Seoul,Coréia do Sul, e hoje meu marido tb foi para Arábia a trabalho e iremos mudar eu e meus dois filhos em dez, dois meses depois como vc falou. Achei maravilhoso sua descrição pois tudo que tenho lido sobre a cultura da Arábia vc confirmou. Iremos morar em Al Khobar, num compound tb. Tudo será uma nova experiência de vida, gosto muito de estar com a comunidade ajudando quem precisa de companhia. Sou nutricionista e Design e gosto de ser humana, aprendo com todos que vivem com suas culturas e boas experiências. Temos que ser reais e aprender a cada momento com tranqüilidade, tudo é a vida. Quero ter a oportunidade de conhecer vc.
Bjs
Fico feliz Gracam que teremos uma nova companheira em Khobar, tem um grupo bonito de brasileira por la , eu vivo a uma hora e meia de carro, jogo tenis com amigas por la e participo de alguns encontros com as brasileiras>
Otimo que voce ja tem esta vivencia e a mente aberta p as trocas de cultura< Com certeza vai ser produtivo para voces.
Desculpa a falta de acentuacao nas palavras, voce vai ver como brigamos com o teclado arabe por aqui , rsss ja providencia um que goste p trazer , rss
Uma boa viagem e se precisar de algo e so contactar . ok
bjsss
Muito bom ler vc, Valéria. Tb sou psicóloga e moro há 4 anos fora do Brasil, sendo 2 anos nos EUA, no Texas , e 2 em Seoul, na Korea. Amei as duas experiências. Estou com os dias contados para mudar para Jubail, seremos vizinhas. Quem sabe nos encontramos. Tenho um blog em que conto histórias e reflito sobre a vida. Apareça lá. http://mulheremcrescimento.blogspot.com
Oi Valeria, gostei muito do seu post. Quando mudei para a Arabia Saudita, a unica Brasileira que morava no meu compound tinha acabado de se mudar para os Estados Unidos. Via sempre as latinas de lingua espanhola andando sempre em grupos, pois nao falavam ingles. A sorte e que eu ja me comunicava muito bem em ingles, fiz intercambio no Canada, entao passei a frequentar as reunioes do grupo das mulheres, onde comecei a fazer amizades e a vida melhorou bastante, agora temos um grupo grande de Brasileiras aqui:) Foi muito bom conhece-la e espero reve-la no proximo cafe:)) Bjkas
Oi Val, adorei o texto!
Ler o que vc escreve ‘e bom e serve pra matar as saudades do teu jeito caloroso de ser!
Muito sucesso pra você amiga!
Beijão
Parece que estamos conversando com vc Valéria. Ouvindo essas palavras de sua boca. Felicidades para vc hoje e sempre! jamine, sergio, Pedro e Arthur 😉
Obrigada , Linda Jamine. Felicidades sempre para toda familia também.
Ola Valeria!
Lindo seu post e tb muito encorajador…kkkk… Estarei indo morar em Khobar daqui a alguns meses e gostaria de fazer novas amizades.
Bjos
Obrigada, e Bem VInda Ellen, voce vai ter uma boa experiencia com certeza, se precisar de algo e so nos procurar.
Valeria, adoro pessoas com senso de humor e “gente” como voce. Eu acho qmuito interessante conhecer outras culturas, mas acho que se teria um lugar dificil pra mim viver seria esta parte do planeta, embora com todo luxo e infrastrutura, a mentalidade é muito diferente! Eu dou aula em algumas universidades aqui na Suiça, e ja tive muitos alunos da Arabia Saudita, sao seres humanos como todos nos, sao respeitosos, aparentemente, mas noa sinto que sao genuinamente respeitosos, em caso de dificuldades, o unico remedio é contactar “o pai”, o que sempre funciona. Parabens pela seu jogo de cintura! Adorei o seu texto e viajei junto com voce! rsrsrsr Aguardo desde ja os seu proximos posts com novidades da Sandlandia! rsrsrsrrs Namasté! e bem vinda ao nosso BPM Blog!
OHm Desculpa me Ana Cristina, como pode ver andei adormecida no blog. Obrigada por seu comentario.
Vocem assim com outros me encorajam a escrever mais. Coletei bastante dados, logo vai sair mais posts…rss Beijo grande para voce e sucesso ai na bela Suica .
Oi Valeria, gostaria de saber como eh a parte de alimentacao ai…supermercados…se tem alguma comidinha brasileira! E a parte de escola p criancas…e eh verdade mesmo que mulher nao pode dirigir??? Obrigada, bjus.
OI Juliana, Desculpe me a demora na resposta, andei adormecida no blog, mas olha aqui voce nao passa dificuldades quanto a alimentacao. Tem restaurantes com bandeiras internacionaism e supermercados ocidentas, tipo carrefourm entre outros. Encontramos muitas vezes em mercados de rua, Lojinhas com produtos africanos,muitos que temos ai no Brasil.
A Escola que conheco sao de linha americana, mas nao vejo muito reclamacao quanto a elas, embora eu prefira a metodologia europeia. As criancas sao felizes por aqui, para os adolescentes que comeca a ficar dificil. sem muitas opcoes de laser, como cinemas, teatros, e programas tiners .
Mulher ainda noa pdoe dirigir aqui. Ja cheguei a descordar desta regra, mas como percebo a maneira louca e desrespeitosas que eles agem no transito, acabo achando interessante ter um motorista mais acostumado ao transito aqui para me levar aonde quero .
Se ja estiver pro aqui, nos procure, Bem vinda sempre.
Oi Valéria, gostaria de saber sobre a saúde, pois pela as minhas leituras, sobre o que minha filha tem, aqui tem uma incidencia de 1/55 mil enquanto ai é 1/3 mil , chamada de acidemia propionica, ja que o nivel ai eh bem elevado, o tratamento deve ser desenvolvido. gostaria de uma ajuda sua! agradecemos..
Valéria! Excelente seu texto. Eu tenho vontade de conhecer a AS porém com minha mulher. Te pergunto se é impossível nós irmos como turista? Obrigado
Estimada Valeria,
Li seu texto e me vi na mesma situação que você. Seu texto está muito bem escrito e claro. Realmente é brutal o contraste. Escrevo por que cheguei há Al Khobar há pouco mais de dois meses e ainda estou me adaptando. Minha esposa e minha filha estão na Espanha, moramos la há doze anos e já adotamos o pais como nossa casa e também fomos adotados. Já somos Espanhóis naturalizados.
Lhe escrevo por que vi que você mora bem pertinho de onde eu moro. Vc ainda mora em Jubail? Bom eu estou em Al Khobar, moro num compound bem legal, mas a maioria das pessoas são americanas e ainda não me socializei com ninguém. Resolvi procurar, senão outra, uma comunidade de brasileiros na região para tentar me relacionar e sair um pouco da solidão. Minha esposa e filha só poderão se juntar a mim a partir de outubro, então até la estarei muito sozinho.
Gostaria muito de compartilhar experiências e ganhar novos amigos. Você ainda mora em KSA? conhece outros brasileiros na região?
Por favor, se ainda estiver por aqui e me der a oportunidade de poder compartilhar, pelo menos, algumas conversas lhe agradeço.
Fico no aguardo.
Atenciosamente.
Guilherme Jacobucci
OLa Guilherme,
Bem vindo a KSA . SIm nos moramos em Al JUbail. E temos varios amigos brasileiros em Khobar, Tem um pessoal legal ai que muitas vezes convido para fazer churrascos aqui no nosso compould, tambem muito legal< Quem sabe na proxima voce participa.
NOs vivemos na Espanha também , adorei.
Se voce preferir escreva para valeria.ramos@telenet,be e te envio as cordenadas de pessoas que voce poderia encontrar em Khobar. Temos um grupo Brasileiras em Saudi no facebook, acho que é so para mulheres< Mas voce pode deixar um comentario por la,
Boa estadia por aqui.
Olá Valéria, estou indo morar em Al khobar em outubro e estou buscando informações de como é a vida na Arábia Saudita e encontrei o seu blog. Você me daria dicas?
Bem vinda Jacira, Claro que sim ,
Voce pode entrar no grupo do facebook Brasileiras na Arabia. Me encontre por la e te enviarei minhas cordenadas, ok Boa sorte
Olá ! Valeria, em novembro vou em Al-khobar conhecer ,conhecer a família do meu marido, vou ter que usar essas roupas ou posso ir normal???? estou pedida !!!!!!
Oi Cleia, Sim voce tem que chegar em qualquer aeroporto da Arabia ja com a Abaya, a vestimenta como a burka, mas que nao cobre a cabeca. Nas ruas de Khobar é obrigatório usar a Abaya, so tiramos em alguns lugares onde se reservam espaco so para mulheres, tipo algum restaurante, Mas se saimos a fora novamente a vestimos, Voce acaba acostumando. Novembro o clima é mais agradavél aqui.
Boa sorte
Ola Valeria td bem vi seu blog gostaria de saber se vc poderia me dar algumas dicas sobre Ras Tanura?
Meu esposo deve começar a trabalhar ai tenho muitas duvidas gostaria de trocar algumas ideias, nos moramos na França, um casal de brasileiros e criança de 5 anos.
Sistema de saude é dentro do compound Ras Tanura é bom, ou precario? E a escola? No geral qual custo medio de mercado, telefone+ internet?
Complicado viver ai? Sei que existe mil regras qual a sua ideia dai ( sei que isso vai da experiencia de cada um) so tenho ideia do contou um casal de amigos em outro canto da arabia desde ja agradeço
Marcia
OI Marcia,
Fica tranquila, eu nao moro em Ras Tanura, mas so ouvi bons comentarios sobre la > Ja fui ate la tambem , achei bem acolhedor.
Voce pode entrar no grupo do facebook, brasileiras em Saudi , voce encontra muitas dicas interessantes e talvez alguem que vive em Ras Tanura.
Quanto a ser complicado viver aqui, acho que isto hoje em dia esta generalizado, né ! Costumo pensar que tudo na vida tem um preco, Para o caso da minha familia, a cada ano que vivo aqui, sao 5 a menos que desconto para ir morar na patria amada novamente. Viviamos na Belgica, onde hoje em dia também esta dificil de se economizar, Embora seja um otimo País. Entao fé, determinacao. desapego e abertura para o NOvo. Foca seu objetivo E tudo sairá bem. Voce vai ver ,
Gostaria de saber sobre a faculdade e eles oferecem bolsas e como faço para conseguir, então se eu quiser ir conhecer tenho que ir com visto de estudante por exemplo? Nao tem visto de turista? E sobre o dinar uma pergunta ele é alto ou nao em questão ao real, e para morar quais os requisitos? É que eu quero muito terminar minha graduação fora, e pensei em khobar pra estudar, mas não sei nada a respeito, e gostaria de conseguir uma bolsa na faculdade , ou eles nao fornecem bolsa? E o custo de vida é caro? Pra ir para morar sai caro??
Hola Sra. Valeria,
Gostei muito de suas colocações a cerca da vida na Arabia saudita. Estou de viagem a Dubai e gostaria de passar dois dias, em visita a Riyadh (viagem de turismo) . É possível isto? Recente mente publicaram uma notícia no Brasil que a Arabia Saudita esta concedendo visto Umrab de turismo, onde extrageiros poderiam permanecer até 30 dias no país. Procede a informação? Você acha que eu e minha esposa (ambos engenheiros, Doutorado) deveríamos tentar esta visita ou é melhor retornar de Dubai e ir para outro local do mundo? Um grande abraço e boa sorte pra você. Flávio.
Oi Valeria,
Fiquei bem mais tranquila depois de conhecer a visão de uma mulher…e brasileira sobre a Arabia saudita, pois recebi hoje um convite para um processo de seleção das arábias…rsrs e lendo seu post fiquei mais tranquila, será uma excelente oportunidade de conhecer outra cultura. A dúvida que tenho é quanto a Mers, qual sua visão quanto à propagação e contágio desse vírus? acredito que sua visão seja melhor do que lemos nos jornais. Tenho um filho de 3 anos e isso me preocupou. Obrigada e uma excelente estada pra vc e sua família 🙂
Ola Valeria,
Muito legal sua reportagem sobre a Arabia. Atualmente moro nos EUA e meu marido esta recebendo uma oferta de emprego para trabalhar em AL Jubail. Este mes iremos visitar a cidade para conhecermos. Alem das mil duvidas que temos sobre o pais, nossa maior preocupacao e por termos uma filhinha com quase dois anos. Adoraria pegar algumas dicas com voce e saber mais sobre a vida por ai. Espero que voce ainda esteja morando em Al Jubail.
Abracos
Luciana
Desculpe a demora na resposta, andei adormecida no blog . SE tiver em JUbail , nos procure no Murjan Village. Boa sorte por aqui.
Muito bom seu blog! Olá chamo Talita , vou a Dubai em Agosto e estava pensando em turistar na Arabia Saudita, gostaria de algumas dicas ! Obrigada !!
Oi Valéria!
Estive lendo as suas considerações sobre o local…
Estarei em Jubail em julho de 2016…..gostaria de saber se precisa usar a abaya e o lenço….como é uma cultura bem diferente da nossa, ficamos com receio de cometer algo que possa ser contra os costumes…
Abraço
Sueli
Ola Sueli, a Valéria não colabora mais com o BPM. O melhor a fazer é seguir os textos da outra colunista da Arábia Saudita. Equipe BPM
Caramba, me dá vontade de chorar com essa história da sua amiga saudita, sério. Eu entendo as diferenças culturais e as respeito. Mas é lamentável. Já li vários relatos de moças que se casam assim como de costume, arranjado etc, total submissão ao marido etc mas que com o tempo o homem se esforça em ser mais que uma presença masculina e se torna um companheiro e o amor surge com o tempo e vivem bem. Mas no caso dela que o cara até viaja para se divertir com outras mulheres. Isso é triste. De qualquer forma, tenho muita curiosidade sobre a vida das mulheres islâmicas e sobre os brasileiros que estão nesse mundo. Obrigada pelo seu texto, amei!
Oi Valeria!
Sou brasileira e estou morando em All Ahsa.
Neste próximo final de semana estaremos em Jubail, ficaremos no Intercontinental, e gostaria muito de te conhecer!
Aguardo seu contato.
Um abraço,
Rachel.
Tenho uma amiga que mora em riyadh, se conhecemos só pela Internet, eu nunca tive intimidade totalmente pra ver ela, ela tem instagram mas as fotos do perfil são pessoas que ela é fã… e as que ela posta é de comida e tal, e as únicas redes sociais é twitter e instagram… antes eu nem se quer sabia ou queria conhecer a arabia saudita, (e ate achava que as pessoas de lá fossem chatas, nao sei pq kk) mas ela me mostrou ser tão maravilhosa, uma pessoa doce, que me da muitas palavras de conforto, e depois que de dois dias que eu perguntei onde ela morava aí ela disse, aí eu meu deus tão longe e também um lugar cheio de regras, depois fui sabendo mais sobre a Arábia.. conheci ela eu tinha 15 anos e ela 18 , hoje tenho 17 e ela ja esta fazendo faculdade e continua falando comigo mas nunca vi foto dela de rosto e nunca me preocupei com isso, ela é uma pessoa maravilhosa que agradeço todos os dias ter me mostrado ela… antes ela era fã de one direction, mas ultimamente ela não fala mais sobre, e usa icons de meninos do Japão… não sei la pode escutar pop e tal mas ela nao fala mais sobre, só que ela ainda gosta… enfim, tomara que eu um dia possa conhecer e abraça ela <3 (e que eu possa falar inglês muito bem porque se não não da certo)