Brasileira Pelo Mundo de nascença.
Bom, é possível perceber a audácia de uma pessoa, logo no nascimento, quando ela resolve nascer no dia do aniversário da própria mãe! Pois sim, Beatriz nasceu no mesmo dia e mês de dona Simone, dia 2 de outubro de 1995.
Nascida e criada no extremo leste da capital de São Paulo, aprendeu a gostar da cidade
grande e adora a infinidade de opções culturais, artísticas e gastronômicas da selva de pedra e, por isso, boa parte de seu coração é urbano. Porém, seus pais aventureiros, ensinaram a ela e seus dois irmãos como serem amantes da natureza. Todas as festas de fim de ano, eles arrumavam um jeito de sair da cidade grande e aproveitar as férias no litoral, ou então no meio do mato – em sua grande maioria acampando e isso sempre deu certo – fez Beatriz ser fascinada pela natureza e ter o sonho de morar perto do mar ou no meio das montanhas!
Além de seus pais gostarem de viajar e também serem verdadeiros nômades, eles sempre estavam mudando de casa ou de cidade, passavam no máximo 4 anos em um lugar, mas nunca foram muito longe de São Paulo por conta de seus parentes, moraram em diferentes bairros e também no interior por um curto tempo. Beatriz brinca dizendo que a família tem prazo de validade nos lugares e, quando vence o prazo, é preciso buscar um novo bairro, uma nova casa, nova escola, nova vida.
Esse fato resultou 7 escolas em seu diploma final! E, sinceramente ela adora essa parte da história, pois foi assim que aprendeu que não deve se conformar, sempre buscar mudanças e que qualquer lugar pode ser sua casa.
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Logo quando terminou o Ensino Médio, ingressou na faculdade de Educação Física, porém
ao final do primeiro ano de faculdade, a família resolveu arriscar uma nova vida no litoral de São Paulo. Foram então, para mais um recomeço. Tudo deu certo, já vivem há 5 anos perto do mar e acreditam que dessa vez, a validade é por tempo indeterminado. E essa foi a mudança mais importante na vida de Bea, pois foi em Bertioga, que ela descobriu que a vida é cheia de infinitas possibilidades assim como o céu infinito e que sua coragem tem que ser imensa, do tamanho do mar!
Decidiu que trabalharia na área do turismo, mas preferiu não ingressar no Ensino Superior
para não cometer novamente o erro de trancar mais uma faculdade, por isso buscou um curso que tivesse na área do turismo para ampliar o seu conhecimento e encontrou o Técnico em Hospedagem, no Senac. Concluindo o curso, ela definitivamente gostaria de trabalhar na área, mas ainda não o suficiente para ingressar numa faculdade e seguiu buscando outros cursos na área.
Quando encontrou o Técnico de Guia de Turismo, em Ubatuba, se quisesse cursar teria que mudar de cidade, mas dessa vez sua família não iria junto e precisaria seguir sozinha. Depois de muitas conversas, conselhos e argumentos, seus pais (apreensivos) autorizaram a sua mudança, porém não poderiam ajudá-la financeiramente, pois ainda estavam se estabilizando na nova vida no litoral. Nesta época, ela trabalhava em uma loja infantil, pediu demissão, juntou seus humildes reais e foi para Ubatuba estudar, deu tudo certo!
Conseguiu casa, emprego, experiências, amigos e o mais importante INDEPENDENCIA! Morou 1 ano em Ubatuba e foi nesse período, que descobriu que se quisesse
realmente trabalhar no turismo, precisaria de experiências e o primordial: ser fluente em outros idiomas além do português. Daí, surgiu a ideia de fazer um intercâmbio, buscou opções viáveis e encontrou um programa chamado Au Pair, para trabalhar como babysitter.
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Decidida, voltou para casa de seus pais para poupar dinheiro e iniciou o processo com uma agência de turismo. Infelizmente (ou felizmente), quando fez o teste de inglês foi reprovada, pois o seu nível não era suficiente, mas teria dois meses para estudar e tentar novamente se quisesse.
Questionou a si mesma: “o que faria para melhorar o seu inglês”? Ela já conhecia plataformas chamadas Work Away e WorldPackers, que consistem em facilitar a vida de viajantes para encontrar hospedagens em troca de trabalho voluntário. Foi nesse momento, que ela viu a chance de arriscar uma nova experiência e aplicou para trabalhar em um hostel onde teria contato com estrangeiros e talvez melhoraria o inglês.
Voltou para a selva de pedra querida, teve contato com muitos estrangeiros e pessoas diferentes, ficou três meses em São Paulo, durante o inverno. Quando a primavera chegou, ela percebeu que não poderia passar muito tempo longe do mar e, ao mesmo tempo,
precisava de mais experiências como aquela e resolveu ir para o Rio de Janeiro que teria ainda mais contatos com estrangeiros.
Lá conheceu um uruguaio, que contou lindas experiências sobre uma vila peninsular chamada Cabo Polônio, onde não tem eletricidade, distante da cidade e perto do mar.
Ouvindo as histórias de seu amigo, seus olhos brilhavam e imaginava como seria viver naquela vila mágica.
Decidida, mais uma vez arrumou suas malas e partiu para o desconhecido Uruguai sem saber se comunicar em espanhol, mas isso não importava, pois, a coragem era maior! Chegando lá, passou semanas difíceis, mas depois adaptou-se, encontrou pessoas que lhe acolheram e a ajudaram. Viveu o verão mais memorável de sua vida e acrescentou mais uma experiência em hospedagem no seu currículo e ainda melhor, agora era fluente em espanhol.
Acabou a temporada, voltou para casa de seus pais, mas almejando voar novamente, então iniciou uma nova busca, até que encontrou a África do Sul – viável para o seu bolso, rico em diversidade cultural e em natureza.
Foi de coração, mente e braços abertos!
Hoje está na Cidade do Cabo e por enquanto fica até agosto, mas talvez fique mais tempo, e quando voltar para o Brasil, quer trabalhar em cruzeiros, porque sabe que a sua validade expira e precisa estar em constante movimento.
3 Comments
Lindo de mais…tenho orgulho de ter ela é família como a minha família…
Admiro sua coragem e perceveranca…
Deus abençoe…e cuide dela onde ela estiver e com quem estiver…
Minha sobrinha de Coração…
????????
Beijo e Abraços apertado de toda família.
Raque Guedes e família
Olá, gostaria de uma ajuda! Qual seu seguro de saúde aqui na África do Sul? Tenho dificuldade em conseguir indicações… obrigada
Olá Viviane,
A Beatriz Salles parou de colaborar conosco e, infelizmente, não temos outra colunista morando no país.
Obrigada,
Edição BPM