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    Home»Austrália»Mortes e funerais na Austrália
    Austrália

    Mortes e funerais na Austrália

    Aline ArrudaBy Aline ArrudaNovember 28, 2017No Comments6 Mins Read
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    Fonte: Pixabay.com
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    Ninguém imagina em organizar um funeral. Pelo menos na nossa cultura brasileira a morte é temida, algo que nos dá arrepio só de pensar. Todos sabemos que em algum momento da nossa vida teremos que organizar um funeral, afinal, por mais dolorido que seja e por mais que tentemos evitar, a morte faz parte da vida. Hoje vou falar sobre os funerais na Austrália.

    A primeira vez que tive contato com funeral aqui na Austrália foi quando trabalhava em um café e a mãe de uma colega faleceu. Ela estava viajando e o irmão dela morava em Londres. Portanto, o funeral foi um mês após a morte. Com os pais da minha chefe a mesma coisa, mas uma semana depois, os funerais foram realizados. Como é possível, você deve estar pensando?

    Os rituais fúnebres na Austrália são parecidos com o americano e o inglês. Eles embalsamam o corpo, ou seja, retiram todos os órgãos, enchem-no com materiais não perecíveis (palha, por exemplo) e preparam a pele no formol. Depois eles vestem e maquiam o corpo, e preparam o caixão, se a opção da família por enterrar. Se for cremar, pode ter cerimônia – ou não – e a família pega as cinzas uma semana após a cremação.

    Custo de um funeral aqui: $4000 – $15000. Para saber mais sobre custos, clique aqui.

    Portanto, a cerimônia acontece em uma casa de funeral ou em uma igreja. Caixão fechado, os parentes fazem discursos contando sobre a vida da pessoa e dividindo com os outros as histórias de cada um. Como minha chefe me disse uma vez “é triste mas é uma tristeza saudosa, pois celebramos a vida da pessoa, o que ela fez; as pessoas que dividiram com ela seu caminho e não lamentamos somente a sua morte”. Após a cerimônia, o corpo é transportado para o cemitério ou casa de cremação, e depois, tem o chamado “awake”, quando todos vão para a casa da família ou voltam para casa de funeral para comer. Os convidados levam comidas e ajudam no que for necessário.

    Uma coisa muito curiosa: a maioria dos caixões é fechado.

    Conversei com vários australianos que me disseram já terem estado em vários funerais, mas nunca haviam visto um corpo. Às vezes, as famílias fazem uma cerimônia simples com o caixão aberto somente para pessoas mais próximas, mas não é comum.

    O número de cremações tem crescido em demanda devido aos custos. Chega a custar 3 vezes menos cremar do que enterrar. Existem diversas empresas que organizam funerais. Você contrata o serviço, escolhe tudo em vida e sua família não se preocupa com nada, só aparecer no dia, claro.

    Já as cerimônias aborígenes são bem diferentes.

    Porém, antes de escrever sobre eles, gostaria de enfatizar que toda informação que escrevi neste blog foi escrita após uma pesquisa que fiz em sites do governo australiano e perguntando para os Aussies. Não sou historiadora, portanto, peço desculpas se cometi algum erro de informação, pois mesmo tomando todo cuidado do mundo, pode acontecer alguma falha. 

    Eu gostaria de prestar respeito da mesma forma que eles prestam aqui, usando uma frase em inglês que traduzirei na sequência. 

    “I respectfully acknowledge the past and present traditional owners of the land of the Indigenous people, the traditional custodians of this land, and respect their culture and identity which has been bound up with the land and sea for generations”

    (Eu, respeitosamente, reconheço o passado e presente e os donos originais da terra dos nativos, os guardiões tradicionais dessa terra, e respeito sua cultura e identidade que estão ligados a essa terra e mar por varias gerações).

    A primeira grande diferença é como eles vêem a morte. Para os aborígenes, a morte é somente uma passagem e as cerimônias fúnebres são muito importantes para garantir que o espírito da pessoa falecida passe para a pós-vida e evitar que eles retornem ou fiquem neste mundo.

    As cerimônias fúnebres são chamadas “sorry business“. As cerimônias aborígenes são únicas e cada clã tem as suas particularidades. Como expliquei no post do mês passado sobre cultura aborígine, eles são uma sociedade organizada por clãs. Cada um tem suas regras, sua cultura e celebrações específicas.

    Como os aborígenes são uma grande família, as cerimônias são organizadas pela comunidade, mesmo com a modernização algumas famílias preferirem contratar um diretor de funerais para garantir que as tradições sejam mantidas e respeitadas.

    Uma das tradições é não falar o nome do falecido para evitar que ele resolva não ir para a outra vida por ouvir seu nome tantas vezes.

    Algumas culturas tiram foto da pessoa falecida, mas na cultura aborígene é proibido pela razão descrita acima, para garantir que o falecido parta para o outro mundo e não fique por aqui.

    Eles, inclusive, escolhem apelidos para se referir a pessoa após a morte, mas não falam seu nome. Não são todos os clãs, mas muitos mantêm essa tradição.

    As cerimônias podem demorar vários dias ou até semanas, e dependendo da família, suas crenças e tradições podem ter dança, música, cada um com um significado. As crianças até podem ficar sem ir a escola para participar das celebrações. Existe uma expectativa que toda comunidade/clã participe das celebrações. Dependendo da família, os rituais podem misturar um pouco com cerimônias modernas ou tradicionais.

    Leia também sobre a Cultura Aborígene

    Tanto a cremação quanto o sepultamento fazem parte dos “sorry business”. Tradicionalmente, o sepultamento acontece em duas etapas: primeiro o corpo do falecido é colocado em uma plataforma elevada por diversos meses até ficarem somente os ossos. Depois, a família recolhe os ossos e os pinta de vermelho e os enterra em um local importante para o clã ou para a família. Normalmente em um lugar sagrado para aquela família ou clã.

    Uma coisa para tomar cuidado é em relação a regras de etiqueta em um funeral. Em alguns ‘sorry business’, quem não é da família não pode ir, e não se veste preto, mas cores neutras. Portanto, sempre bom perguntar antes de aparecer em um funeral.

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    Aline Arruda
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    Aline mora em Perth, Austrália, com seu marido. É formada em Direito e atuou na área por 8 anos até encontrar sua verdadeira paixão: Educação Ambiental. Atualmente trabalha com Educação Infantil, cursou Doutorado em Educação para Sustentabilidade por um ano e agora está estudando Bacharelado para ser Professora em Educação Infantil. É autora do blog www.fuilogoali.com que conta experiência morando fora.

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