Supermercados em Israel – Dicas para gastar menos.
Aqui em Israel, assim como em boa parte do mundo, uma grande parcela do orçamento mensal vai para as compras de supermercado. Saber o quê, quando o onde comprar cada item pode fazer uma grande diferença no nosso bolso.
Assim que cheguei aqui, em 2010, tinha muita curiosidade em provar coisas novas e queria testar tudo. De Doritos sabor shakshuka à marca genérica de refrigerante de cola, podem ter certeza, tudo passou pelo meu carrinho! Não preciso dizer que, nessa época de alta empolgação com a casa nova, minhas contas no mercado chegavam à estratosfera!
Passada a excitação inicial, comecei a me preocupar em fazer compras de forma mais inteligente e poupando meu suado salário. Se tem algo caro aqui em Israel é comida e produtos de primeira necessidade. Tenho certeza de não ser a única a voltar de viagem (principalmente do Brasil) com a mala lotada de desodorantes, xampus e pastas de dente. Esses itens são bem mais em conta em outros lugares do que nas farmácias e supermercados em Israel.
A primeira mudança que eu fiz no jeito de fazer minhas compras foi me cadastrar em todos os programas de pontos e me tornar membro dos clubes de descontos que a maioria das grandes lojas oferece por aqui. Em pouco tempo, eu era a rainha dos cartões! Poucos deles me davam crédito de fato, mas todos me ofereciam descontos atrativos em diversos produtos.
Nas gôndolas dos supermercados em Israel, é comum ver anúncios de promoção. Neles, se pode ler em letras menores “apenas para portadores do nosso cartão” ou “apenas para membros do nosso clube de descontos”. Os itens oferecidos variam de carnes a pano de chão, e é possível fazer todas as suas compras apenas com os produtos ofertados.
Minha segunda mudança foi passar a fazer compras online, principalmente através de aplicativos que comparem o preço de determinado produto em diversas redes de supermercado. Esses aplicativos te dão a chance de fechar o pedido na rede que ofereça os menores preços para os produtos que você tem no seu carrinho. Meu aplicativo preferido, e também o mais popular aqui em Israel, é o MySupermarket.co.il.
Leia também: dez curiosidades sobre Israel
Um exemplo de um carrinho e compras no MySupermarket:
Adicionei à minha cesta 1kg de banana, 1 pacote de pão de forma, café solúvel, pasta de dentes, xampu, multi-uso para limpar chão e papel higiênico. O resultado (mostrei apenas os 4 mais baratos) no aplicativo foi:
Supermercado Victory – 102.50 nis
Supermercado Rami Levi – 124.00 nis
Supermercado Shufersal – 129.40 nis
Supermercado Mega – 150.6 nis
O aplicativo ainda me dá a opção de trocar as marcas de produtos por outras mais baratas ou em promoção e recalcula em quais lojas eu pagaria menos na minha cesta a cada troca de produtos feita ou item adicionado ao carrinho.
Finalizada a compra, o aplicativo te redireciona para o site da rede escolhida onde você apenas confirma seus dados, dia e hora da entrega e valor total da compra. Também te avisam caso algum item esteja em falta na ocasião, além de ser bastante comum receber uma ligação da loja no dia anterior à entrega avisando que falta algum item e nos dando a opção de substitui-lo por um similar.
Uma vantagem grande de se fazer compras online é que, quando você ainda não domina 100% o hebraico, fica muito mais fácil traduzir o nome e a descrição dos produtos. Assim, você pode passar quanto tempo precisar analisando os rótulos para ter certeza do que está comprando. Eu teria adorado ter tido essa opção quando comprei soda cáustica pensando que era sal de cozinha na minha primeira semana aqui.
Caso você queira poupar ainda mais, uma ótima opção é o Super Cofix. O Cofix começou como uma rede de coffee shop onde tudo custava 5 nis. Em pouco tempo, além das opções de cafés e bebidas geladas, ofereciam também lanches, refeições prontas e coisas aleatórias, porém úteis, como guarda-chuvas, pregadores de roupas etc. Não demorou muito para o negócio expandir e abrirem sua própria marca de supermercados. A maioria dos itens custa 5 nis e há opções tanto da própria marca deles quanto de marcas maiores. Por custar 5 nis, muitas das embalagens tem menos produtos que nas redes mais tradicionais, o que é ótimo para quem mora sozinho. As porções e quantidades são, muitas vezes, perfeitas para um e a conta nunca pesa no bolso!
Eu sou fã das marcas próprias dos mercados e, aqui em Israel, elas têm muita qualidade e não deixam nada a desejar a marcas multinacionais que conhecemos do Brasil.
Outra dica de compras inteligentes por aqui, que eu uso e recomendo, são as caixas de assinatura ou entregas de frutas e vegetais orgânicos vindos diretamente de produtores locais. Alguns também oferecem a opção de comprar ovos, frango, alguns grãos e leguminosas, farinhas e laticínios. Dependendo da sua dieta, você não precisa ir as grandes redes de supermercados para fazer suas compras. De quebra, ainda ajuda produtores locais e recebe produtos muito mais frescos na sua casa.
Leia também: Como é morar em Israel
Aqui em casa, praticamente não comemos ou cozinhamos em casa, salvo finais de semana. Preferimos comer na rua na hora do almoço do que trazer comida de casa. Isso, lógico, influencia muito nos nossos gastos com mercado, que acabam sendo menores que os de uma família que prepara em casa comida para todas as refeições da semana. Por outro lado, nosso gasto com restaurantes acaba sendo bem mais alto. Outro fator que pesa bastante nas nossas contas é o fato de, tanto eu quanto meu marido, adorarmos cozinhar e preferirmos qualidade ao preço sempre. Acabamos levando sempre produtos premium, que custam um pouco mais. Nós dois, gastamos por mês, em torno de 1,500 nis em mercado, fora os gastos com restaurantes.
Assim como em qualquer outro lugar, é possível fazer boas escolhas e poupar dinheiro na hora das compras de mercado. Por aqui, conseguimos baixar os gastos mensais significativamente, já que passavam fácil de 2.000 nis por mês há alguns meses, apenas usando as dicas acima.
2 Comments
Boa tarde!
Muito bom o texto. Com a aproximação de Brasil e Israel , imagino que o comércio será fortalecido. Estou pensando em abrir um pequeno comércio de carnes congeladas. O Brasil é um grande importador mundial. Como você vê esta possibilidade?
Poderia nos ajudar?
Abraço fraterno ,
Jeferson Nogueira
Olá Jeferson,
A Aline Rod parou de colaborar conosco e, infelizmente, não temos outra colunista morando no país.
Obrigada,
Edição BPM