Mulheres profissionais e ativistas na África do Sul.
Neste texto, vou falar um pouco sobre as mulheres africanas que fazem carreira em profissões ditas masculinas, e que são ativistas na causa feminista.
Todos conhecem Winnie Mandela, mas nem todos conhecem o poder e liderança dela por trás de seu marido Nelson Mandela. Pioneira nas lutas contra o apartheid, Winnie também foi pioneira na luta para o empoderamento feminino.
Winnie Mandela, promovida pelo ANC como um símbolo de sua luta contra o apartheid, organizou uma creche com uma ONG, a Operação Hunger e uma clínica em Brandfort com o Dr. Abu Baker Asvat, seu médico pessoal e, assim como ela, ativista pelas causas antiapartheid e feminista. Enquanto no exílio em Brandfort, Winnie e aqueles que tentaram ajudá-la foram perseguidos pela polícia do apartheid. Ela foi presa, foi torturada, mas nunca se deixou abater, além de sempre dedicar-se a ajudar todas as mulheres, de qualquer raça ou cor. Winnie Madikizela-Mandela morreu no Hospital Netcare Milpark, em Joanesburgo, em 2 de abril de 2018, aos 81 anos.
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Atualmente, outra mulher, Gloria Brown, quebrou barreiras em uma profissão tradicionalmente dominada por homens, fazendo comentários e análises de futebol. O patriarcado e a hostilidade são alguns dos desafios que muitas mulheres no esporte enfrentam. Esta ex-jogadora do Soweto Ladies Club e goleira do Banyana Banyana, hoje em dia é a voz do comentário de futebol.
Mais uma grande figura pública é Desiree Ellisa, treinadora do Banyana Banyana, time nacional de futebol feminino, patrocinado pela Sasol. Para alguns, o esporte ainda é considerado um campo para homens e não mulheres. No entanto, estamos mostrando nosso apreço a todas as principais âncoras esportivas femininas que desafiaram o status quo nessa profissão específica.
Outra africana em destaque é a estrela do esporte Mpho Maboi. Para aqueles que não sabem, Mpho tem um excelente perfil nos esportes, ela começou sua carreira na radiodifusão como dj da YFM, e hoje ela é amplamente conhecida por seu excelente trabalho como âncora esportiva da SABC.
Já se você é um amante de esportes, então deve estar acostumado a ver o rosto de Lebo Motsoeli. Lebo é uma âncora esportiva premiada que foi introduzida ao mundo dos esportes em 2003, quando foi dubladora e roteirista do programa juvenil Sportsbuzz. Ela já apresentou o Sport on 2 junto com Tshepo Mabona, e ancorou o SABC 1 e o SABC 3 Sports, para citar alguns. Em 2006, Lebo ganhou o Prêmio de Mérito Iniciante do Ano da SAB.
Mais um destaque, Carol Tchabalala, considerada a primeira-dama dos esportes, iniciou sua carreira 10 anos atrás na SABC Sports. Em 2011, seguiu para a SUPERSPORTS, e no ano passado foi manchetes quando se juntou como âncora ao Barclays Premiere League no Football Today.
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Minenhle “Minnie” Dlamini nasceu em Durban, KwaZulu Natal, em 7 de julho de 1990. Ela é uma personalidade de televisão, dj de rádio e atriz. Minnie já apresentou a Soccerzone, o concurso de beleza Miss South Africa, o Metro FM Music Awards, o South African Film and Television Awards, o programa de estilo de vida Mzanzi Insider, All That BS e LIVE. Ela iniciou uma organização de caridade chamada Minnie Dlamini Foundation, que ajuda jovens garotas sul-africanas a ter acesso à educação superior.
A ex-apresentadora da SoccerZone, Minnie Dlamini, e a apresentadora do Mzansi Footballers, Lungile Radu, estão se unindo para um novo programa de tv sobre estilo de vida com uma dose de esportes.
Então, vejam que na África do Sul, há algum tempo as mulheres já se dedicam à atividades consideradas masculinas. Além dos esportes e outras atividades, elas atuam também em várias organizações que buscam o empoderamento feminino, como por exemplo:
Associação da Empresária da África do Sul (BWASA) – Como a voz das mulheres nos negócios, é a maior e mais proeminente associação de mulheres profissionais e de negócios na África do Sul. Desempenha um papel fundamental ao destacar o status atual das mulheres na liderança, e atua como um grupo de lobby que defende as questões empresariais das mulheres em um esforço para transformar a economia da África do Sul.
Movimento Progressista das Mulheres da África do Sul (PWMSA) – Outra organização poderosa, sem fins lucrativos, lançada em 2006 para coincidir com o 50º aniversário da marcha de 20 mil mulheres sul-africanas, em 1956, nos Edifícios da União para protestar contra o apartheid. O PWMSA foi lançado para criar uma ampla frente de desenvolvimento para as mulheres da África do Sul, que permita às mulheres falar em uma só voz para abordar suas preocupações, usando uma única plataforma de ação, independentemente de raça, classe social, religião e política.
Assim como estas, muitas outras estão colaborando para criar a mudança necessária para que homens, mulheres, jovens e crianças, desfrutem de relações equitativas, saudáveis e felizes, e que contribuam para o desenvolvimento de sociedades justas e democráticas.
A luta continua e agora mais do que nunca, para alcançar a igualdade de gênero, prevenir a violência baseada em gênero, raça, cor ou credo.