Curiosidades sobre Omã, a Arábia Felix.
Omã, ainda é um destino pouco conhecido por nós, brasileiros, e por isso, trouxe para esse texto de Julho algumas curiosidades sobre essa terra tão especial.
O maior lustre do mundo fica em Mascate
Ok, quando fui fazer uma pesquisa para checar a veracidade dessa informação – que está nos lábios de quase todos os Omanis, descobri que ‘o maior’ de qualquer coisa é relativo. No caso de lustres, existem os critérios de peso, altura e volume a serem considerados. De qualquer forma, com 14 metros de altura e 8 de diâmetro, o lustre da Grande Mesquita Sultan Qaboos é certamente um grande candidato ao título de maior do mundo – alguns sites o consideram o maior, mas nem todos. Para se ter ideia do tamanho, seria mais ou menos o volume de um prédio de 5 andares. Folheado a ouro e com mais de 600 mil cristais Swaroski, a peça apresenta ainda, mais de 1200 lâmpadas. O interessante é que como a Mesquita tem uma altura de 90 metros, o lustre não dá a impressão de ser tão grande assim. Uma visita a Grande Mesquita é um passeio imperdível, independente do título grandioso do lustre.
O perfume mais caro do mundo vem de Omã
Quando o assunto é perfume, Omã tem uma tradição milenar. O incenso que um dos três reis magos levou de presente para Jesus, segundo a história da bíblia, provavelmente veio daqui de Omã, da região de Dhofar. Nos anos oitenta, membros da família real Omani criaram a marca Amouage, a pedido do próprio Sultão Qaboos. A ideia, era preservar a tradição local na arte de fazer perfumes, além de criar um produto luxuosíssimo para presentear chefes de estado. O mais famoso perfume da marca, Amouage, ou Amouage Gold, foi comissionado para ser o mais caro perfume que o dinheiro pudesse comprar. Um luxo! Quem mora em Mascate, pode aproveitar as promoções na loja da fábrica e às vezes, conseguir até 50% de desconto.
Um camelo pode custar tanto quanto uma Ferrari
Os camelos sempre fizeram parte da vida dos povos do deserto, como meio de transporte e carga e também como fonte de carne e leite – até a urina é usada como medicamento. Hoje em dia, corridas de camelo são um negócio milionário e, um camelo campeão, pode chegar a custar 2.7 milhões de dólares. Esses animais de corrida, são alimentados à base de mel, tâmaras, leite fresco, ovos, além de suplementos alimentares. Seus primos menos valiosos podem ser vistos soltos em muitos lugares ao redor de Mascate e, não é raro causarem acidentes ao atravessarem as ruas e avenidas.
A ‘Arábia Feliz’
Dizem que na época do Império Romano, o comércio dos europeus com os habitantes de onde hoje é Omã era intenso. Os romanos ficavam impressionados com tantas coisas belíssimas e raras que vinham dessa região e achavam que a região da Arábia devia ser algum tipo de paraíso. Por isso, chamavam a região de Arabia Felix, que pode significar tanto Arábia feliz ou Arábia fértil. O que os pobres romanos não sabiam, é que os Omanis importavam esses produtos da Índia, África e até da China. Já nessa época, eles dominavam os ventos sazonais daqui (monções) e iam buscar esses preciosos produtos muito, muito longe. Em 26 A.C. (antes de Cristo) o imperador Augustus até tentou tomar a região, mas teve suas tropas massacradas durante o processo.
Omã é a terra do marinheiro Sinbad, da Rainha de Sabá e do túmulo de Jó
A Rainha de Sabá tem sua história contada no Velho Testamento e no Alcorão, onde é chamada de Bilqis. A versão local é que ela era pagã e que idolatrava o Sol. O Rei Salomão, famoso por sua sabedoria, um dia enviou uma carta convidando-a a se converter ao monoteísmo. Ela então, foi visitar o rei trazendo como presente muito ouro, joias e o precioso incenso da região de Dhofar. Diz a lenda que o chão da sala real era feito de vidro, e a rainha, achando que era água, levantou o vestido para não se molhar. O Rei Salomão viu suas lindas pernas e se apaixonou imediatamente. O filho que eles tiveram, chamado Melnik, veio a se tornar o fundador de uma dinastia de reis Etíopes.
Já o marujo Sinbad, famoso por suas aventuras no livro das mil e uma noites, pode ter vivido em Omã. Na verdade, tanto as cidades de Sohar e de Sur dizem ser a cidade natal do digníssimo aventureiro, baseadas na extensa tradição marítima dos habitantes da costa omani. É pouco provável, porém, que ele tenha de fato vivido todas as aventuras narradas por Sharazarde.
Além disso, em Salalah, no sul de Omã, peregrinos de várias regiões vêm visitar o que acreditam ser o túmulo de Jó – aquele cujos escravos jogavam caxangá.
Obviamente, não se pode comprovar a existência real de nenhum desses celebres personagens, mas as histórias não deixam de ser interessantes para o turismo e comércio local.
Os fatos acima foram compilados com base nos relatos de Omanis e expatriados, no livro ‘Taking a look at… Oman’, de Singrid van Roode e Esther Wieringa, e na boa e velha Wikipedia.
2 Comments
Olá Paula,
Gostaria de receber mais informações de xono e viver em Omã.
Olá Alex,
A Paula Tomazoni parou de colaborar conosco e, infelizmente, não temos outra colunista morando no país.
Obrigada,
Edição BPM