10 motivos porque EU não casaria com um egípcio.
Pensei em escrever de maneira menos biográfica, mas esse assunto é um ninho de vespas. Estou ciente que irão aparecer infinitas mulheres defendendo e felizes nos seus próprios casamentos, então generalizar o meu ponto de vista, com certeza irá ofender todos os egípcios.
Vou escrever a minha perspectiva, sendo brasileira, viajada, cristã, com 30 anos de idade e morando no Egito.
Dentro da minha família existe uma grande pressão para eu casar; e não é algo que eu tenha medo ou aversão, e sim algo que eu sempre quis desde pequena, então assumo, que aos 30 anos, me sinto um pouco carente. Mas não tão carente a ponto de casar com um egípcio.
E seguem os meus motivos:
1. O egípcio na sua maioria é muçulmano
Admiro muito o muçulmano que segue o Islã, que faz orações, observa a sunnah e pratica os pilares da religião, porque esse homem faz a sociedade melhor.
O que estuda o Alcorão, vai a mesquita e ajuda aos pobres. Eu acho lindo isso, de verdade, mas como cristã, eu não consigo participar dessas mesmas atividades. Além de ter os meus próprios rituais, hábitos alimentares e rotinas que não condizem com as aqui praticadas.
Muito da minha vida social e cotidiano é prática religiosa, então quero alguém participando comigo, que entenda e compartilhe da mesma simbologia.
2. A criação do egípcio
O menino quando nasce é cheio de expectativas – advogado, doutor ou engenheiro -, a família investe muito na vida acadêmica dos filhos e também os veem como futuros líderes.
A mãe projeta no filho varão a sua proteção para a velhice, enquanto o pai o vê como seu legado. Não que isso não aconteça muitas vezes no Brasil, mas aqui eu vi isso acontecer de um forma que protege muito o menino de frustrações, e ele acaba crescendo sem preparo para desafios, com pouca paciência e resiliência.
3. O papel da mulher no Egito
Do outro lado, a criação da mulher egípcia a prepara para encontrar esse homem.
Desde cedo ela aprenderá a fazer a comida egípcia e a cuidar dos irmãos menores (aqui as famílias são numerosas, com uma média de 3 filhos por casal), aprenderá a embelezar-se para o marido e também a ser modesta na rua.
Não rir alto ou ter atitudes vulgares, nem ter amigos homens. Antes eu pensava que a mulher egípcia não abordava o homem, mas aprendi que elas abordam sim, inclusive de maneira mais incisiva aos estrangeiros.
4. Agressividade feminina
A mulher no Egito não briga e não se impõe. Ela chora e se vitimiza.
Se você não for na casa da sua sogra, ela irá chorar ao seu marido que não o vê, e que está muito doente e idosa.
Além disso, como aqui a poligamia acontece, existe chantagem entre as esposas para que o marido passe mais tempo com cada uma.
5. A poligamia
Aqui, mesmo que eu assine um papel, meu marido pode futuramente me convencer ou até me trocar, se quiser se casar novamente. Social e religiosamente é aceitável ao homem se casar de novo.
Eu sinceramente não sou ciumenta, mas me casar com alguém que irá dividir as despesas da casa com suas outras famílias, além de competir por atenção, é um cenário extremamente desgastante.
6. Eu não confio
Os homens egípcios que conheci, mesmo os casados (com raras exceções) me passaram sempre uma cantada. Eu tenho certeza que se desse meu número de telefone, eles tentariam se aproximar ainda mais.
Meus amigos também me alertaram que muitos homens comprometidos aqui, tem outros contatos: meninas egípcias, a menina que a mãe escolheu, a que ele acha mais bonita, a oficial, as estrangeiras, a europeia, a latina.
7. Educação dos filhos
Para mim já é muito complicado criar uma criança quando os pais tem a mesma nacionalidade, pois cada um tem a sua bagagem – os que não disciplinam, os que sobrecarregam as crianças, os mais violentos, enfim. Imagina então, uma família multicultural!
No Egito não existe muita informação sobre disciplina positiva. Aqui ver pais gritando com crianças e batendo nelas na rua, é normal. E o contrário também!
8. Família do marido
As gerações mais velhas também forçam costumes e cultura dentro do casamento. São exigências que não aparecem no namoro, nem durante o noivado, e que vão criando atritos ao longo do relacionamento. Desde a maneira de se vestir, aonde ir, aonde morar, a área de trabalho, entre outros.
9. Higiene e organização
É normal no Egito cozinhar com a mesma colher que você usa para provar o alimento, assim como colocar a mão na comida. Além disso, a moda de decoração para mim é muito brega, cheia de detalhes opulentos. As casas costumam ser bem empoeiradas e desorganizadas.
10. Por último, o protótipo do egípcio não me atrai
Claro que tem homem bonito aqui no Egito! Inclusive há aqueles que eu preciso lembrar de toda essa lista para resistir. E eles me abordam, jogam uma cantada, mas a maioria é muito magro, com os dentes podres e uma fisionomia que eu não gosto.
Gosto cada um tem o seu né! No fim da lista, esse item é bem particular mesmo e diminui as margens para a discórdia, não é mesmo?
A exceção de masoquismo, acredito que nenhum egípcio deveria ler esse texto, ou se ler, levar para o coração. Afinal, nem toda mulher de 30 anos que é cristã e mora no Egito, pensa como eu.
E claro, muitos egípcios não tem absolutamente nenhum interesse em casar comigo! Eu estou escrevendo a minha experiência, porque acredito que ela poderá ajudar algumas mulheres com menos ou mais idade, a avaliar a própria situação e as próprias possibilidades.
Se você for egípcio, creio que o sistema funcione bem para você, e a não ser que sua consciência lhe diga para repensar algo, viva sua vida e seja feliz.
Se você for mulher de egípcio também; se nada disso te provocou desconforto, fique tranquila, te desejo igual felicidade.
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