Facebook Twitter Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    • Home
    • Sobre o BPM
      • Time do BPM
      • Autoras
      • Contato
      • Na Mídia
      • Blogs
    • Colabore
    • Custo de Vida
      • Quanto custa
      • Cheguei e agora?
      • Custo de Vida Pelo Mundo
    • Países
      • Alemanha
      • Austrália
      • Áustria
      • Canadá
      • EUA
      • Espanha
      • França
      • Inglaterra
      • Itália
      • Japão
      • Polônia
      • Portugal
      • Suécia
    • Mais
      • Dicas para viajar sozinha
      • Relacionamentos online
      • Turismo Pelo Mundo
      • Vistos
    • Intercâmbio
      • Intercâmbio pelo Mundo
    Facebook Instagram
    BrasileirasPeloMundo.com
    Home»Egito»As questões raciais no Egito
    Egito

    As questões raciais no Egito

    Evelyn KochBy Evelyn KochSeptember 27, 2021No Comments5 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    As questões raciais no Egito.

    Quais as cores e origem do povo egípcio?

    Essa é uma pergunta excelente, que pode surpreender com a resposta.

    O Egito fica no continente africano

    Para começar, a imagem do Egito antigo que temos no senso comum ocidental contemporâneo é tão artificial que uma criança dificilmente associa o Egito ao seu continente, a África. Aliás, a história do Egito é ensinada em separado da história do resto da África.

    É real a surpresa, já que existe um esforço eurocêntrico reivindicando o Egito à Europa. Identificar o Egito no nordeste africano, é o primeiro passo para associar o Egito a sua etnia. Com a era cristã, europeus não conseguiam admitir um país africano com tanto poder.

    Hoje na rua, você escuta egípcios se referindo aos africanos como “os outros”. Eles são árabes e não se identificam com a etnia africana.

    Longe de ser uma problemática recente, o chamado imbróglio do Egito inicia com o processo onde o país é arrancado do universo africano pelo eurocentrismo e pelo orientalismo, fazendo com que seja arbitrariamente relacionado geográfico, antropológico e culturalmente à Ásia ocidental e ao mundo mediterrâneo apenas.

    O processo de construção de uma imagem eurométrica do povo egípcio se constitui de peças que se acoplam. Os relatos históricos apagam as menções à negritude dos egípcios; a arte, a literatura e a mídia ocidentalizam sua imagem (embranquecem a pele e normativizam suas relações sociais pelo padrão europeu); sua existência enquanto povo é dissociada da África.

    Desconstruir a pergunta

    O Egito foi uma dinastia, protetorado, reinado e existiu por muito tempo. Na época dos faraós, o conceito de ser preto era diferente de hoje.

    Ser preto é diferente nos Estados Unidos e no Brasil, e a expressão cultural entre pretos é diferente, assim como a sua concepção identitária.

    Afrocentristas aplicariam, segundo esta crítica, os termos “black”, “egyptian”, “african”, “africoid” e “negro” à várias populações antigas, usando-as indistintamente.

    Não se trata de negar a construção da diferença de modo fenotípico, pois gregos e romanos diferenciavam a alteridade com adjetivos acerca do tom da pele, como mela e niger (preto e escuro), fuscus (escuro, mas mais leve que o niger). O problema é interpretar de maneira absoluta.

    O Egito “branco” já era contestado por Volney, viajante do século XVIII, Firmin e Douglass, intelectual e ex-escravo norte-americano no século XIX, vindo a ganhar maior visibilidade no movimento pan-africanista e suas reivindicações contra o racismo.

     

    Classes sociais

    Embora podemos estudar as múmias de faraós que aproximaram a aristocracia da época com os europeus e orientais, precisa-se levar em consideração que é um recorte da sociedade e não uma representação completa.

    O centro do mundo antigo

    Como a civilização egípcia foi muito importante politicamente e poderosa no mundo antigo, muitos estrangeiros viveram lá. O Egito era miscigenado.

    Leia também: Partidos políticos no Egito

    A política

    O Egito foi reino grego, parte da Líbia, Núbia entre outros. Cada um com sua etnia e representação identitária. Já a ausência de genes gregos e romanos é creditada à falta de mistura — Cleópatra, por exemplo, foi obrigada a se casar com os próprios irmãos.

    Invasão Islâmica

    Segundo os cientistas, os genes do sul da África vieram, provavelmente, do tráfico de escravos do mundo islâmico, que passava pelo Egito e se estendeu da Idade Média até o século XIX.

    O símbolo de uma nação africana na cultura brasileira

    Como a questão racial repercutiu no Brasil em termos de Egiptologia?

    Como o exemplo do Egito negro reivindicado pelo Olodum e movimentos carnavalescos brasileiros podem auxiliar a perceber como o afrocentrismo repercutiu no país?

    Através da Egiptologia brasileira e o fenômeno da egiptomania.
     
    A Egiptologia não é nova no Brasil. O Egito antigo já despertara a curiosidade e a paixão de D. Pedro I e depois de D. Pedro II, nosso “primeiro egiptólogo”. Atualmente, a Egiptologia no Brasil vive um momento importante que, com um número crescente de estudantes, associados ao desenvolvimento de boas bibliotecas e verbas para pesquisa, têm colaborado para o crescimento da disciplina no país e proporcionado uma maior inserção do Brasil no cenário internacional.
     
    O fenômeno egiptomania pode abranger a questão dos usos do passado com um viés de análise mais patrimonialístico e estético, ou um viés de cunho materialista, que interpreta essas fontes não como representações e usos do passado, mas como fundamentalmente uma construção a nível mnemótico.
     

    Afrocêntricos

    A discussão historiográfica sobre as “origens negras” dos antigos egípcios encontra em seus defensores, chamados posteriormente de afrocêntricos, uma africanização de boa parte da história antiga e do chamado Mundo Clássico.
     
    A luta pela africanização do Egito, pode-se dizer, tomou contornos políticos com o Pan-africanismo, movimento político-ideológico que emergiu em 1900.
     
    Após apresentar uma longa série de argumentos dos mais diversos autores que participaram do congresso Pan-Africano de Pré História, realizado em 1971, e outros tantos estudos de pesquisadores europeus e norte americanos, o historiador Cheikh Diop conclui que o fundamental em todas elas é que, mesmo com discordância de data e localização precisa do povoamento humano de certas épocas, os estudos provam que a base da população egípcia do período pré-dinástico era negra. Sendo falsas as teorias de que o elemento negro teria se infiltrado de modo tardio no Egito.
     
    Veja também: Podcast Filosofia Pop – (Des) Africanização do Egito Antigo, com Raisa Sagredo.
     

    Fontes: Aventuras na História,  podcast Filosofia Pop – (Des)Africanizando o Egito com Raissa Sagredo e Miradas afrocêntricasem torno da africanização do Egito Antigo: entre racialização e identidades

    Leia mais sobre o Egito aqui

    Quer saber mais sobre o BPM? Siga-nos também no Instagram e no Facebook

    Textos relacionados

    • Terremoto na Turquia
    • 10 fatos mais chocantes ao mudar para Turquia
    • A mulher egípcia é oprimida?
    • Estupro marital no Egito
    • Partidos políticos no Egito
    • A banalização do assédio sexual no Egito
    Clique aqui para ler mais artigos da mesma autora
    Africa egito
    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Evelyn Koch
    • Facebook
    • Instagram
    • LinkedIn

    Catarinense, trabalha com Marketing, atualmente morando em Istanbul e a primeira brasileira a estudar na MEDIPOL. Já morei em alguns lugares, e colaborei com o vidanoegito.com e aqui falando sobre o Egito.

    Related Posts

    A mulher egípcia é oprimida?

    December 14, 2021

    Estupro marital no Egito

    August 27, 2021

    Partidos políticos no Egito

    June 30, 2021

    Leave A Reply Cancel Reply

    This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

    • Facebook
    • Instagram
    Curiosidades Pelo Mundo

    Novas gírias e expressōes faladas nos Estados Unidos

    By Alessandra FerreiraMarch 1, 20230

    Olá! Mais um ano se passou, agora o Covid-19 e a pandemia ficaram cada vez…

    Terremoto na Turquia

    February 10, 2023

    Natal em tempos de guerra

    December 21, 2022

    10 fatos mais chocantes ao mudar para Turquia

    October 25, 2022
    Categorias populares

    Green Card e Residência permanente após o casamento

    April 26, 2015

    Como morar legalmente na Espanha

    August 7, 2015

    Como estudar no Ensino Superior em Portugal

    August 14, 2014

    Como é morar em Santiago no Chile

    June 28, 2014

    Validação do diploma brasileiro nos EUA

    May 20, 2016

    Cinco razões para não morar na Dinamarca

    April 19, 2015

    É brasileiro e reside no exterior? A Receita Federal ainda lembra de você!

    February 9, 2017

    Passo-a-passo para fazer mestrado ou doutorado com tudo pago nos EUA

    March 2, 2016
    BrasileirasPeloMundo.com
    Facebook Instagram
    • Sobre o BPM
    • Autoras
    • Na Mídia
    • Anuncie
    • Contato
    • Aviso Legal
    • Política de privacidade
    • Links
    © 2012-2023 BrasileirasPeloMundo.com

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.