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    Home»Entrevistas»Doulas brasileiras em Londres
    Entrevistas

    Doulas brasileiras em Londres

    Natália RodriguesBy Natália RodriguesMay 24, 2017Updated:March 18, 20181 Comment9 Mins Read
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    Equipe Tris-Doulas - Doulas brasileiras na Inglaterra.
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    Doulas brasileiras em Londres.

    Vivenciar uma gestação, parto e pós-parto já é um fato muito especial e grandioso na vida de uma mulher. Uma mistura de emoções, sentimentos e acontecimentos muito intensos, sendo algo que gera muitas expectativas, ansiedades, medo e dúvidas na gestante. Imagina viver isso tudo estando em outro país, onde você ainda tem que lidar com outra cultura, outra língua e outro sistema de saúde e, muitas vezes, estando ainda longe da família? Não é nada fácil para nós mulheres, mas, a gente enfrenta!

    No entanto, existem meios e também profissionais que podem nos ajudar a passar por este momento com mais sabedoria, eu diria. Informação, treinamento, acompanhamento e empoderamento é o que uma profissional como a doula pode trazer à gestante.

    Entrevistei a equipe de doulas formada por duas brasileiras e uma portuguesa que realiza este bonito trabalho aqui no Reino Unido, a Tris-Doulas – Priscilla Ferreira, Ana Cadertas e Gabriella Musa, que nos trouxeram informações preciosas à respeito do tema.

    BPM – Como funciona o trabalho de uma doula? Quais são as principais atribuições, competências e qual a colaboração a doula pode proporcionar à parturiente?

    Doula é uma palavra de origem grega que significa ‘aquela que serve’. Nosso trabalho é literalmente dar suporte, sem impor ou julgar, ajudando a mulher e o casal na busca de informações baseadas em evidência. Como doulas, nosso papel é dar apoio emocional, ouvir e contribuir para que a mulher se sinta mais confiante e segura. Não podemos oferecer qualquer intervenção médica ou exames clínicos, pois, esta parte cabe à midwife – enfermeira parteira. Nossa função principal é ouvir a mulher, entender seus medos, anseios e desejos e ajudá-la a encontrar em si mesma as ferramentas para passar por esse processo da melhor forma possível. No nosso caso, trabalhamos individualmente ou como ‘shared care’ ou seja, o trabalho é compartilhado entre nós três. Dividimos as visitas de preparação ao parto e pós-parto e ficamos disponíveis a partir da semana 37, quando a gestação é considerada “full term” –  qualquer horário do dia ou da noite. Seguimos um modelo de contrato do Doula UK onde especificamos os serviços prestados, nossas regras de trabalho, ou qualquer outro tipo de acordo entre nós e os clientes. Nossa equipe presta também serviços de apoio, como sessões de preparação para partos particulares e workshops, que a princípio são apenas voltados aos falantes da língua portuguesa, pois, identificamos que, algumas vezes, os casais querem apenas se educar em relação ao sistema no Reino Unido, não necessitando do acompanhamento de uma doula durante todo o processo.

    BPM – Sabemos que o sistema de saúde no Reino Unido funciona de uma forma diferente do Brasil. Qual a principal diferença entre os dois sistemas com relação ao acompanhamento gestacional aqui no Reino Unido? E qual a importância enquanto usuárias, de entendermos essa diferença?

    A maior diferença de todas é que a gestação aqui é tratada como um processo bem natural. E apenas a mulheres que apresentarem fatores de riscos serão encaminhadas para o médico – todo o acompanhamento pré-natal é realizado por enfermeiras parteiras, as midwives. Isto pode assustar as brasileiras primeiramente, pois não fomos educadas assim, nos tornamos vítimas de um sistema e não sabemos. A mulher aqui tem autonomia e direito de escolha. Saber da existência dessa diferença e os motivos dela podem te dar a oportunidade de se preparar para o parto de uma forma mais aberta, explorando as escolhas que você tem e tirando maior proveito delas.

    BPM – A Doula aqui no Reino Unido atua juntamente com a equipe de parto da NHS – National Health Service (Serviço Nacional de Saúde)? Se sim, como isto é acordado entre as partes?

    A doula aqui atua junto com as famílias. Geralmente somos o segundo acompanhante (a gestante pode ter até 2 acompanhantes) e nossa relação é amigável, pois trabalhamos em conjunto, na maioria das vezes, para dar àquela mulher a melhor experiência possível. A maioria dos casais encontra sua doula por intermédio do Doula UK, uma organização sem fins lucrativos e, embora seja um trabalho independente – NHS e Doula UK, funcionam muito bem. Somos bem aceitas pelo NHS.

    BPM – Qual a importância de um acompanhamento profissional como o de uma Doula durante o parto?

    A principal importância é, sem dúvida, o apoio. A gravidez e o parto podem ser fases desafiadoras na vida de uma mulher, devido à grande transição que representam, além de ser algo muitas vezes desconhecido. Também estamos muito mais acostumadas a escutar histórias negativas, o que soma ainda mais a insegurança que naturalmente sentimos. Além disso, hoje estamos vivendo uma fase de “romantização do parto” e da maternidade, o que pode gerar frustração quando as coisas não saem como planejado. Então, trabalhando com uma doula temos a oportunidade de encontrar mais versões para uma mesma história, ter acesso às informações baseadas em evidências e, principalmente, ter alguém que só quer que seu bebê chegue em segurança e da forma mais respeitosa possível. Nós acreditamos no potencial de cada mulher e acreditamos que cada uma delas pode tirar proveito dessa experiência para entrar na maternidade mais segura, mais fortalecida, seja qual for a história que ela tenha que viver. Não fazemos nada pela mulher além de caminhar junto com ela. Porém, quando ela ainda não sabe bem o caminho, essa segurança faz toda diferença.

    BPM – Vocês têm algum trabalho desenvolvido também para o pós-parto?

    Sim. Uma de nós é a “doula pós-parto”, ou seja, ela cuida da mulher especialmente nesse momento tão sensível que é a adaptação à chegada do novo membro. Antigamente nós tínhamos uma aldeia inteira nos apoiando nesse processo, mas hoje em dia estamos cada vez mais isolados. As famílias estão longe ou são menores. Então, a doula pós-parto oferece esse apoio emocional e também prático. Ela vai ouvir a mãe e pai (os pais têm também muito a dizer e merecem ser ouvidos), sobre as suas experiências durante o parto. Além de ouvir as suas preocupações no que diz respeito ao bebê, sempre de uma forma imparcial, nunca julgando ou dizendo o que eles têm de fazer. O papel principal da doula pós-parto é o apoio para que a mãe tenha uma transição mais tranquila possível, e assim encontre a sua forma de maternar. Em termos práticos, a doula vai ajudar nas pequenas tarefas da casa, lavar a louça, cozinhar e apoiar na amamentação. Pode até ficar com o bebê enquanto a mãe toma um banho relaxante ou dorme. Importante dizer que, a doula pós parto tem uma presença calma que vai reassegurar aquela mãe. Tudo isto vai lhe permitir recuperar do parto, conectar-se com o bebê e seguir o seu caminho, no seu ritmo e de uma forma confiante.

    Foto: Pixabay.com

    BPM – O trabalho da doula não é algo recente, porém vem sendo muito divulgado e recomendado entre as mulheres. Como vocês vêem esta mulher atual que busca cada vez mais informação e empoderamento sobre o trabalho de parto?

    Acreditamos que isso é, além de outros fatores, resultado deste lindo movimento, dessa primavera feminista que temos a honra de fazer parte. Somos donas de nossos corpos, queremos quebrar com crenças e padrões de que somos frágeis, de que nossos corpos são feios e de que tudo que é feminino tem que ser escondido ou proibido. Sentimos que cada mulher que consegue parir vira automaticamente uma agente para essa mudança, e cada vez mais mulheres estão conseguindo quebrar com esse sistema que não nos valoriza, não acredita na nossa capacidade e a minimiza. A mulher moderna, em sua maioria, não tolera mais isso e acreditamos que o parto seja um dos mais importantes portais para esse novo mindset (mentalidade) de retomada do poder sobre nossos corpos, nossas vidas. Como doulas, nós celebramos muito cada mulher que decide tomar as rédeas, que quer parir, que quer amamentar, apesar de tudo o que a sociedade diga. Além disso, parte das mulheres que nos procuram tiveram partos traumáticos ou cheios de intervenções, às vezes, sem sequer saber ao certo o motivo destas intervenções e procuram alternativas à essa realidade, buscando muitas vezes na figura da doula esse apoio e segurança para que a experiência não se repita.

    Leia também: Tudo o que você precisa saber para morar na Inglaterra!

    BPM –  Como a mulher brasileira pode se informar mais à respeito do acompanhamento gestacional, parto e maternidade no Reino Unido?

    O primeiro passo sempre é consultar como sua midwife local. Ela vai te dizer quais sãos as opções na área em que você mora, qual o cronograma de consultas, exames, entre outras informações. Doulas também são boas ferramentas de informação, então caso você decida contratar uma, você pode discutir com ela todas suas dúvidas e fazer um plano de parto, entendendo melhor as opções existentes.

    BPM –  Qual a principal dica vocês podem dar para uma gestante brasileira que acaba de se mudar para o Reino Unido ou que já vive aqui e pretende engravidar?

    Além de buscar uma doula, procure se informar sobre o assunto gravidez/parto e conhecer os seus direitos. Converse com outras mães, mas saiba que a sua experiência é fruto da sua personalidade e de seus conhecimentos. Em Londres existem vários grupos de apoios gratuitos, todos de mulheres que se encontram para compartilhar e dar apoio. Uma idéia também é procurar encontros do Positive Birth Movement.

    BPM –  Em nossa conversa, vocês citaram que desenvolvem também um trabalho voluntário. Como funciona este trabalho e quais os critérios para selecionar as gestantes que vocês atendem com esta linda iniciativa?

    A Doula UK é uma associação com informações referentes à gravidez, parto e pós parto, com um vasto número de doulas inscritas, sendo umas das plataformas onde os casais podem nos encontrar. Temos disponível um fundo para quem não tem condições de pagar por esse serviço e que cobre os custos de deslocação de doulas que trabalham voluntariamente. As famílias têm de se candidatar e existem critérios a serem respeitados e cada situação é analisada. Este apoio tão importante, seja durante a gravidez, parto ou pós-parto e pode estar ao alcance de todos!

    BPM –  Vocês indicam alguma literatura, site ou cursos no Reino Unido voltados para o tema gestacional  e ao trabalho de vocês?

    Sim, indicamos alguns livros, sites e cursos abaixo:

    Livros: 

    Why Doulas Matter – Maddie McMahon

    Gentle birth gentle mothering – Dr Sarah Buckley

    Ina May’s Guide to childbirth – Ina May Gaskin

    Birth and Breastfeeding  – Michel OdentSites

    Sites: 

    • Aims
    • Birth Rights
    • Evidence Based Birth
    • ABM

    Cursos:

    • NCT
    • Active Centre

    Contatos Tris-Doulas:

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    Natália Rodrigues
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    Natália é mineira, arquiteta e apaixonada por história, viagens, cinema e uma boa leitura. Tomou a difícil decisão de se mudar para Inglaterra acompanhando o marido em um novo desafio profissional. Gosta também de escrever e se manter informada e por isto, viu no BPM uma boa oportunidade em colaborar. Foi estudando um pouco mais de inglês e voluntariando numa instituição que fez amigos de várias partes do mundo. Mãe de primeira viagem, continua com o espírito explorador, tendo sempre a filha como companheira. Pretende continuar os estudos e os projetos de arquitetura de interiores. Possui um perfil no Instagram voltado para maternidade no exterior, sobretudo na Inglaterra, o MommyAbroad.life e um sobre Arquitetura, Arte e Cidades, o Art&City.

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    1 Comment

    1. aline on January 7, 2018 3:36 pm

      Sou enfermeira obstetra e desejo trabalhar no exterior
      vcs tem algum grupo de whats app para compartilhar dicas
      otimo site
      +5592995055552
      alinegsousa90@gmail.com

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