O transporte público em Londres, na Inglaterra, é definitivamente um ponto alto da cidade! Ele tem lá seus defeitos, porém é muito eficiente, diversificado e oferece muitas opções de viagens. É possível cortar a cidade de ponta a ponta, basta disposição, um Oyster card, (cartão de transporte), ticket ou um cartão contactless em mãos (explico abaixo como eles funcionam)!
Este tipo de transporte inclui além do metrô e dos ônibus, também os trens e barcos, teleférico e até bicicletas.
Um ponto positivo no transporte aqui é a grande quantidade de linhas e conexões, com estações por toda a cidade e região. Algumas linhas do metrô nos finais de semana funcionam também durante a madrugada, assim como muitos ônibus. Apesar de muitos pontos positivos e da eficiência do serviço, cito aqui alguns pontos que me incomodam (aliás, nada é perfeito), como por exemplo: A limpeza – muitas vezes os vagões e principalmente os ônibus estão bem sujos, até mesmo com comidas e jornais espalhados. O conforto térmico – Nem todas as linhas possuem ar condicionado, o que principalmente no verão torna-se bem desconfortável. A acessibilidade – Apesar de, em geral, as estações serem bem acessíveis, nem todas ainda possuem elevador ou nem mesmo escada rolante, o que é um ponto dificultador para quem tem dificuldade de locomoção ou está com crianças. Porém, sempre tem alguém que se dispõe a ajudar. Já os ônibus são totalmente acessíveis, com lugar reservado para pessoas em cadeiras de rodas e carrinhos de bebê, além do condutor aguardar o embarque e desembarque de forma paciente e segura.
Destrinchando os tipos de transporte público:
TUBE – É o Underground (metrô), chamado mesmo de Tube e conta com 11 linhas que atendem da zona 1 a zona 6 (abaixo explicação sobre as Zonas). São 270 estações, umas bem modernas e outras nem tanto. Muitas que ainda não passaram por reformas, não possuem elevador, rampa e banheiros públicos. Porém, outras que também são estação de trem, tem inclusive lojas, farmácias, lanchonetes e muito mais, como London Bridge Station, Canary Wharf, Kings Cross / St Pancreas. Dica: Na escada rolante não se esqueça de saltar um degrau com relação à próxima pessoa e de se manter à direita, deixando a esquerda livre para os mais apressados. Bloquear um degrau é completamente fora de cogitação e pode ser considerado muito rude! Um contra-ponto, é que mesmo nos horários de pico, não há tumulto nas escadas rolantes e nem mesmo para entrar e sair do vagão. A regra consensual é esperar todos saírem para que você possa entrar e, acreditem: funciona!
BUSES – Os famosos ônibus vermelhos, também atendem toda a cidade, inclusive no período noturno (Night Bus). Muitos possuem dois andares, e no segundo andar é possível apreciar mais a cidade e se distrair com a viagem.
DLR – Docklands Light Railway – É um trem metropolitano, que atende algumas regiões da cidade, inclusive Greenwich.
RAILWAY – São os trens que ligam Londres as cidades da Great London (Grande Londres) e a demais cidades da Inglaterra e até de outros países como França, Escócia, Bélgica, Holanda. (Para viagens internacionais, saindo de Londres, consulte este link).
TRAM – É o bonde que é bem moderno e acessível para portadores de necessidade especiais, porém ainda atendem poucas regiões da cidade.
RIVER BUS – É o barco de passageiros, que navega o River Thames, e que atende muitas regiões. É possível também fazer um passeio no River Tour (barco turístico), que passa por diversos pontos famosos e também vai até Richmond (uma região com belas paisagens).
Leia também: Tudo que você precisa saber para morar na Inglaterra!
Como a cidade é dividida?
Londres conta com 9 zonas (grandes áreas). A maioria dos serviços opera entre zonas 1 e 6. Porém alguns atendem até zona 9. Veja aqui o mapa de zonas. Os preços são calculados de acordo com a zona.
As zonas 1 e 2 dois são as zonas centrais, onde se concentram grande parte das atrações turísticas.
Neste link da TFL (Transport for London), é possível encontrar vários mapas de: trem, metrô, ônibus, barcos, ciclovias, turístico e até audio-mapa. Vale a pena conferir!
Cheguei em Londres e agora como utilizar o transporte?
Existem formas diferentes para pagamento como cito abaixo. Porém a forma, mais viável é a compra do Oyster Card – um cartão recarregável no valor de £5. (este valor é reembolsável na devolução do cartão). Ele só pode ser utilizado por uma pessoa por jornada, portanto cada pessoa deve ter o seu. Crianças até 11 anos não pagam passagem.
Existem duas maneiras de utilizar o Oyster Card e é possível carregar das seguintes maneiras:
- Pay as you go: é possível inserir o valor que quiser e fica mais barato do que comprar o ticket individual. A vantagem deste tipo de pagamento é que se você fizer muitas viagens em um dia, o custo total de sua viagem diária será limitado, daily cap (limite diário)
- Travel card: é possível fazer a carga diária, semanal, mensal ou anual. E dentro das zonas 1 e 2 pode ser usado de forma ilimitada.
Ele pode ser adquirido nas estações, aeroportos (que possuem linha de metrô ou trem) e Visitors Centres (pontos de informações) e lojas pela cidade, onde tenham o símbolo do Oyster Card.
Observações:
Com o Oyster é necessário tocar o cartão sempre na entrada e saída, (pois, algumas estações não tem catraca, mas tem o totem eletrônico para passar o cartão). Se você não tocar com o cartão, não é possível saber por onde você viajou, portanto, é uma “jornada incompleta”, e você pode ser cobrado por uma tarifa máxima.
Ao adquirir o Oyster é possível fazer um cadastro dele, assim é possível verificar sua situação caso esqueça de passá-lo em alguma estação.
Em todas as estações pode-se fazer a recarga nas máquinas ou no guichê, dependendo do horário. As instruções de recarga na máquina, são muito simples. Porém, não se esqueça de tocar o cartão no local indicado após a recarga, para validação do seu saldo.
O Oyster card é portanto, forma mais prática, segura e vantajosa de se utilizar o transporte, mesmo enquanto turista.
Caso não compre este cartão, existem as seguintes opções:
Day travelcard – Paper single (Ticket de papel)
É cartão de papel e em que pode-se viajar o tanto que precisar por 1 dia. Recomendo este para quem vai usar pouquíssimo o transporte. É possivel também comprar somente para a viagem específica que desejar.
Contactless card – Para quem reside aqui e, portanto possui cartão bancário local, é pode-se pagar a viagem com seu próprio cartão, apenas utilizando-o diretamente nas catracas ou nos ônibus.
À princípio pode ser um pouco complicado, mas, rapidamente você se acostuma. Se necessário busque informações nos Visitor Centres ou mesmo nas estações. No site da TFL, também é possível planejar e calcular o valor da sua jornada.
Fique atento, pois, as viagens off peak (fora do horário de pico) de 2f à 6f, de 06:30 e as 09:30 e entre as 16:00 e as 19:00), são mais baratas.
E não se esqueça, sempre: “Mind the gap!”
1 Comment
Para quem vai ao Reino Unido, é importante ressaltar que o transporte público só é bom nos grandes centros, especialmente Londres. No entanto, o transporte público no interior é péssimo ou simplesmente não existe, pois a maioria das linhas de trem foram extintas na década de 1960 e ônibus, quando tem, só passa uma ou duas vezes ao dia. Por exemplo, Hay-on-Wye, importante centro livreiro, está a mais de 30 km da estação de trem mais próximo. (Havia estação, hoje abandonada e enferrujando). Da mesma forma, para explorar os Cotswolds, área de beleza natural, só de táxi, não há linha de trem que atenda toda a região.
Dependendo de onde mora, um carro é essencial.