Intercâmbio na Nova Zelândia passo a passo.
Esta é a última parte do texto sobre como preparar seu intercâmbio com eficiência. O assunto é longo, então, é melhor ir direto ao ponto. Continuarei descrevendo alguns itens importantes a serem considerados e que devem ser analisados para que seu intercâmbio seja totalmente sem sustos. Leia aqui a Parte 1 e a Parte 2.
6 – Passagem aérea – A compra da passagem é o momento em que tudo parece virar realidade. Comece a acompanhar os preços com antecedência. Se puder, organize seu intercâmbio para um período em que não seja alta temporada, o que pode ajudar a economizar uma graninha. Pesquise bastante e se vir alguma promoção: aproveite! Não deixe de verificar suas escalas, tempo de espera e a necessidade de visto também para os países onde irá passar, em trânsito, durante o trajeto.
7 – Considere todos os custos envolvidos – É importante pensar nos detalhes quando pensamos em custos. Cada item não considerado pode se tornar um tremendo problema na hora de colocar os planos em prática. Lembre-se que, além de custos com curso, passagens, acomodação, devem-se também considerar as despesas com vistos, seguro, translado do aeroporto à sua acomodação, e custos diários como transporte, alimentação e lazer. Dependendo do curso deverá colocar na conta uniforme, materiais e matérias extras.
8 – Seguro de saúde e medicamentos – Seguro viagem/saúde é importantíssimo e obrigatório para estudantes. A maioria dos seguros cobre a parte médica, caso algo aconteça durante a viagem, e alguns cobrem também os seus bens materiais. Entenda como o seguro funciona e o que ele cobre para ter ainda mais segurança durante sua viagem. Alguns medicamentos restritos precisarão de receitas médicas em inglês. Medicamentos comuns podem ser facilmente encontrados na maioria dos destinos de intercâmbio em farmácias ou supermercados. Vale consultar as leis do país para evitar problemas.
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9 – Visto – Essa é uma das partes que mais assusta os intercambistas, mas é uma exigência que deverá ser cumprida. Na Nova Zelândia, se o curso tiver duração menor que 3 meses não há necessidade de solicitar visto de estudante. Se todas as documentações e requisitos estiverem de acordo, a pessoa receberá um visto de turista na entrada ao país. Mas em outros países como a Austrália, mesmo cursos de curta duração, sem permissão de trabalho, exigem que seja solicitado visto de turista antes da viagem. Para esse passo é necessário que consulte quem entende do assunto e que seja bem claro e honesto em todas as informações dadas. Você pode sempre optar por solicitar o visto diretamente através da imigração, utilizar serviços de despachantes ou de agências de intercâmbio de confiança.
10 – Como levar dinheiro – Uma vez que tudo está organizado, essa será a pergunta da vez. Uma grande dúvida do intercambista e das famílias. Sim, você pode utilizar cartões multi moeda ou mesmo cartão de crédito, mas com os impostos atuais, muitas vezes, o custo para estes serviços pode ser alto. Considere abrir uma conta, antes da viagem, no país de destino e depositar para você através de casas de câmbio. Outra opção é seguir a cotação e trocar Reais pela moeda de destino quando a mesma estiver atrativa. Trazer dinheiro parece estranho, mas muitas vezes é a alternativa com melhor custo benefício. Não deixe de conferir qual o valor máximo para entrada no país, aqui na NZ você pode entrar com até 10.000NZD sem ter que declarar.
11 – Prepare-se antes do embarque – A ansiedade até a viagem é sempre desesperadora, portanto vale aproveitar esse tempo para anotar o que pretende fazer no país de destino, estudar a língua, fazer pesquisas e anotações sobre alimentação, dirigir, curiosidades e outros assuntos. Interagir com quem já está no país pode também ajudar. Faça um check up, vá ao dentista, que geralmente não é coberto pelo seguro, separe e confira toda a sua documentação, pesquise sobre o que levar na mala, de acordo com a estação do ano que está viajando, verifique seus horários de aula, compre um guia de viagens, elabore um check list (lista de conferência) para não esquecer de nada. Participe com atenção do pré-embarque da sua agência e anote todas as dicas. Deixe uma cópia dos seus documentos com seus familiares, envie uma cópia para seu email por segurança e, caso seu intercâmbio seja longo, deixe uma procuração com alguém de confiança que possa resolver seus problemas na sua ausência.
Seja seletivo, e aprenda a colher informações de confiança. A internet é uma rede aberta e terá muitos “experts” sem conhecimento ou propriedade para opinar. O que é bom, na experiência pessoal de alguém que escreve um blog ou vlog, pode não funcionar da mesma forma para outra que tenha personalidade, gostos e formação diferentes. Com seu objetivo bem definido, procure um intercâmbio personalizado. Ir para as cidades mais conhecidas e vendidas nem sempre é o melhor caminho. Você pode, por exemplo, aprender a língua e ter um custo menor estudando em cidades menores.
Não deixe de aproveitar para conhecer lugares, imergir na cultura, fazer novos amigos, experimentar a culinária local, pois tudo isso irá lhe ajudar a se adaptar. E o principal: invista em você! Foco e energia farão com que o seu objetivo seja alcançado e que sua bagagem volte repleta de experiências e memórias inesquecíveis.
Depois de 3 textos e muitas dicas, espero que você tenha entendido um pouco melhor sobre o assunto e como fazer escolhas acertadas para que o seu intercâmbio seja um sucesso. Boa sorte e nos vemos pelo mundo!