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    Home»A Mulher na Sociedade Pelo Mundo»Mutilação Feminina no Egito
    A Mulher na Sociedade Pelo Mundo

    Mutilação Feminina no Egito

    Evelyn KochBy Evelyn KochOctober 4, 2019Updated:October 10, 2019No Comments5 Mins Read
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    Mutilação, Egito
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    Mutilação Feminina no Egito

    Um tema que é pouco comentado, e muito discutível, é a mutilação feminina. Esta é uma prática que ainda ocorre nos dias de hoje no Egito. A palavra em árabe para denominá-la é “Kehtan”.

    Talvez você não saiba como funciona, ou o que isso seja. Como brasileiras, sofremos com o estereótipo de frivolidade, promiscuidade e vulgaridade que carregamos.  Quem já saiu do país sabe do que falo. Mas a diferença existe sim, até porque o nosso país lida de outra maneira com a sensualidade e sexualidade.

    Tradições religiosas

    Como vocês devem saber, as religiões monoteístas abraâmicas adotam a prática da circuncisão masculina. Judeus, mulçumanos e cristãos (sendo nos dois primeiros casos obrigatória e no terceiro, facultativa) possuem em seus textos a prescrição da circuncisão. Essa prática consiste na retirada de uma parte do prepúcio deixando a glande do pênis descoberta.

    Há muitos anos, essa prática ganhou outro tom: a circuncisão feminina. Em textos cristãos e judeus não existe menção à prática, mas para os islâmicos, constam na Hadith Sahih al-Bukhari 5889 e Sunan Abu Dawood 5271 – duas sunas falando sobre circuncisão.

    Outra menção é Tuhfat al-Mawlood, 1/152  onde se refere ao ato sexual como o “encontro de duas partes circuncidadas’.

    O mensageiro de alah (ﷺ) diz, “cinco práticas que caracterizam o fitah: circuncisão, depilar os pelos pubianos, cortar as unhas e o bigode curto.”

    Hadith 5889

    (… Narrado): Uma mulher costumava fazer circuncisão em medina. o profeta صلی ‌اللہ ‌علیہ ‌وسلم disse a ela: não corte severamente porque é melhor para a mulher e mais desejável para o homem.

    REFERENCE:
    Sunan Abu Dawood 3: Chapter 198, Hadith 5271

    A prática pode ter sido social, e ganhado a menção nos escritos sagrados, o que os islâmicos atualmente defendem, mas é difícil afirmar quando foi o início do custume de cortar um pedaço do clítoris.

    Leia também sobre os protestos no Egito

    Discutidas atualmente quanto a sua força imperativa, muitos povos árabes e africanos adotaram a prática. O texto recomenda uma profundidade de corte discreta. Aqui no Egito em 2013, a principal Al Zahar, principal univerisidade islâmica, emitiu um artigo entitulado Circuncisão Feminina, entre o mau uso da ciência e má interpretação de doutrinas – já que a mutilação feminina não é realizada na maior parte dos países islâmicos.

    A circuncisão masculina, é defendida por ser mais “higiênica” e até estética. Mas isso também é discutível. A pele do prepúcio seguraria a urina e seria complicada de mantê-la limpa, causando infecções constantes. Pode ser por isso que até hoje, mesmo no Brasil, alguns homens adotam essa prática.

    Em 1998, com líderes islâmicos de 38 países, foi concluído que a circuncisão não faz parte de atos recomendados ou desejáveis para mulçumanos: “Deus criou o homem na sua melhor forma, e quem altera, está pecando contra a criação de Deus”. “لعن الله المغيرات لخلق الله” متفق عليه عن ابن مسعود.”

    O clítoris e a “circuncisão feminina”

    O clítoris é como um bumerangue que tem uma pontinha que parece uma ervilha, um tecido que estica – fica ereto – quando estimulado. Ali que fica a maior parte das terminações nervosas que dão prazer à mulher – mas a extensão do clítoris passa também por baixo dos lábios.

    Existe até uma piadinha de que nenhum homem sabe onde é o clítoris mas, na verdade, é que demorou mesmo para se descobrir sua localização.

    Em 2009, Odile Buissone Pierre Foldes fez o primeiro modelo 3D de ultrassom do clitóris. Ainda estamos descobrindo como ele funciona.

    Explico assim porque há mulheres que não sabem que tem, como é nem para que serve. Mulheres – e não homens – da cultura brasileira mesmo, com toda liberdade que a gente tem.

    Esse tipo de  informação é muito importante já que de 50 a 75% das mulheres precisam de estimulação clitoriana para chegar ao orgasmo. Apenas 25% das mulheres conseguem chegar ao orgasmo apenas com penetração.

    A mutilação feminina – “circuncisão feminina” acontece no presente momento ilegalmente, pois desde 2016, se tornou crime no Egito. Em 1996 foi proibída em hospitais públicos, e em 2006, começou a ser combatida e investigada.

    Existem procedimentos que são adapatados, cortes profundos e até costura dos lábios sendo realizados como reflexo dessa cultura.

     

    clítorisRemoção parcial do clítoris Costura parcial clítorisClítoris removidoclitóris costurado

    Imagens ilustrativas, adaptado pela autora.

    Leia também sobre o papel da mulher na sociedade egípcia

    Complicações posteriores

    Os procedimentos costumavam ser realizados, e ainda são, em áreas muito remotas, pelas parteiras ou circuncisadoras, utilizando dispositivos de corte não estéreis, tais como: facas, navalhas, tesouras, pedaços de vidro e lâminas de barbear. Algumas enfermeiras e médicas realizam o procedimento ilegalmente.

    Mas mulheres adultas, às vezes, optam por realizar o procedimento por exigência ou respeito com o marido.

    Complicações imediatas da prática podem ser: infecção, hemorragia e trauma. A longo prazo pode causar aborto, infertilidade, morte, cisto nos ovários, problemas urinários entre outros.

    Dá para acreditar! A visão negativa do prazer feminino, vilaniza a mulher em sociedades mais arbitrárias. E até a religião pode ser usada para justificar a violência.

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    Catarinense, trabalha com Marketing, atualmente morando em Istanbul e a primeira brasileira a estudar na MEDIPOL. Já morei em alguns lugares, e colaborei com o vidanoegito.com e aqui falando sobre o Egito.

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