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    Home»Portugal»Viver em Portugal é bom, mas no Minho é melhor
    Portugal

    Viver em Portugal é bom, mas no Minho é melhor

    Giselle CostaBy Giselle CostaDecember 5, 2018Updated:December 5, 2018No Comments6 Mins Read
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    Bonecos no centro de Barcelos, distrito de Braga (Foto: Pixabay.com)
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    Viver em Portugal é bom, mas no Minho é melhor.

    Este mês, fiquei muito indecisa sobre qual texto escreveria. Deu-me imensa vontade de gritar ao mundo o meu primeiro ano nesse pedaço gostoso de Portugal, o Minho. Mas retomei o caminho e decidi: vou falar do jeito de ser do Minhoto.

    Viver no Minho é sinônimo de tradição. Por aqui, Portugal nasceu, e não é de se estranhar porque as pessoas obedecem a tantos costumes. Gosto de dizer aos meus amigos e familiares brasileiros que o povo do Norte é mais conservador e agarrado a alguns dogmas religiosos.

    O verdadeiro Minhoto bebe vinho verde na malga (não é taça, não!), conversa com toda a gente na rua, fala alto, está sempre por dentro do que o vizinho está fazendo, é prestativo e adora falar mal da vida. A região do Minho é lugar de gente simples.

    Leia também: Tudo que você precisa saber para morar em Portugal

    Sempre digo: Se puder, aprecie uma conversa informal com um Minhoto e verá que a simplicidade dessa gente chega a ser divertida. Mas não se assuste se a prosa descambar para uma breve discussão e, claro, não leve a mal, caso isso aconteça. Eles são assim mesmo! Empolgados, esbravejam, mais parecem que estão brigando, mas não. É apenas um jeito rude.

    Os mesmos que falam alto e têm ar grosseiro, são capazes de dividir o que têm sem pensar. Basta que, para tanto, haja um bom pedaço de chouriço ou carne de porco na panela que levam para o piquenique com os amigos no fim de semana à beira de uma igreja. Sim, é verdade. O Minhoto adora um piquenique e uma excursão a igrejas. E olha que chegam aos lugares carregados com panela, cestas e tudo que for necessário para uma colocar uma mesa farta.

    Quando cheguei aqui, chamou-me atenção a hospitalidade, a alegria, a dança e os cânticos. O povo do Minho preserva suas tradições e, por vezes, nos parecem rudes e duros, mas são pessoas do bem, simples no trato e que gostam de fartura à mesa. Isso quer dizer que por aqui come-se bem e bebe-se vinhos caseiros.

    Da culinária do Minho já provei quase tudo: pica no chão (nossa galinha ao molho pardo), papas de sarrabulho, cozido à portuguesa, rojões (carne de porco), cabrito, coelho e muitos pratos com bacalhau. De sobremesa, nada melhor que a doçaria conventual, com destaque para o pudim Abade de Priscos e a marmelada feita em casa acompanhada por um bom queijo. 

    Enfim… perdi-me no sabor dos pratos feitos por cozinheiras que fazem questão de contar que a receita passa por gerações. Aqui, descobri o prazer em comer um simples arroz embrulhado no jornal para manter o grão molhado. Meu Deus!!!

    Tudo sempre regado a um bom vinho verde caseiro, que pode ser tinto ou branco. É tão em conta que é impossível beber apenas uma garrafa. Falo por mim. Quando cheguei, quase não bebia. Agora, se deixar, me perco nesse sabor. E não dispenso o espumante que acompanha a sobremesa.

    Isso é só uma parte. A região do Minho divide-se em Baixo Minho (Amares, Barcelos, Braga, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Esposende, Fafe, Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Terras do Bouro, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão, Vila Verde e Vizela) e Alto Minho (Arcos de Valdevez Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de, Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira).

    Não se arrependerá ao visitar esses locais. Haverá muita história, povo na janela, a andar pelas ruas ou sentados na praça. Um exemplo é Vila Verde. Lembro-me de ir visitar um santuário e deparar-me com um típico piquenique de domingo. Familias e mais famílias sentadas nas mesas embaixo das árvores comendo e bebendo. Fazia parte das excursões. Um falatório de doer os ouvidos. Numa dada hora, eis que uma senhora levanta-se e diz: “ tem chouriço!”. E todos – eu disse todos – levantaram-se com seus pratos, tigelas e panelas à mão para sacar um pedaço da carne. Devagar, fizeram uma fila e todos puderam levar o que família queria compartilhar.

    Fiquei emocionada! Ao lado, havia uma taberna. Como queria beber um vinho verde na malga, entrei e pedi uma jarra. Para acompanhar, o dono do estabelecimento sugeriu-me fatias de presunto. Digo-lhes que não era qualquer presunto. As lascas, suculentas, derretiam na boca. E mais: eram grossas como nunca havia visto.

    Aqui é assim! As mesmas pessoas que falam alto e parecem estar brigando, mas na verdade estão tendo uma conversa trivial, são as que abrem suas casas para lhe receber com toda simplicidade e muita comida. Ou ainda ajudam-lhe a escolher frutas e verduras, dão-lhe o que tem de melhor no comércio. São receptivas e alegres. Ao jeito deles, entenda!

    O linguajar é um capítulo à parte. Se pensa que fala muito palavrão, ainda não visitou o Minho. Não há uma conversa com o típico minhoto sem que um palavrão não seja pronunciado. Esquece! Palavras de baixo calão fazem parte do trejeito desse povo. Não importa se estão muito felizes ou nervosos. Essas palavras permeiam qualquer frase, em qualquer lugar e sai da boca de qualquer pessoa. É muito divertido.

    Outro ponto bonito de se ver é a dança e a música. Não se assuste se entrar em um restaurante e encontrar dois homens a “cantar um desafio”, que nada mais é do que os nossos repentistas. Em um ritmo próprio, acompanhado de uma concertina (instrumento musical parecido com uma sanfona), logo surge uma provocação e o improviso toma conta dos desafiantes. Não há vencedores, mas sobressai aquele que for mais efusivo e provocar mais risada nos presentes.

    E se topar com uma feira pelo caminho, aproveite. Há sempre um rancho folclórico a animar a festa. O rancho é a dança típica minhota em que mulheres e homens trajam roupas coloridas, geralmente com as cores de Portugal, acessórios e adornos tradicionais. O rancho também é conhecido como vira e o malhão.

    Dito isso, é hora de vir para esse cantinho mágico do país, em que pessoas comuns dançam, cantam e até maldizem a própria sorte. Eu já me entreguei a esses encantos. O que está esperando para conhecer nossa terrinha? Boa viagem e continuação.

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    Giselle Costa
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    Giselle é carioca, jornalista apaixonada pela vida e pelos textos de Cora Coralina. Ama viajar e descobrir novas formas de vida. Aprecia a boa gastronomia, bons vinhos e azeites. Escolheu Braga, em Portugal, para abrir seu coração e apostar na felicidade de um existir simples e feliz. É uma estudante dedicada. Tem paixão pelos animais, adora ler, escrever sobre tudo e todos, cantar e dançar.

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