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    Home»EUA»Mudar para os Estados Unidos é abraçar o imprevisível
    EUA

    Mudar para os Estados Unidos é abraçar o imprevisível

    Carleara WeissBy Carleara WeissApril 14, 20192 Comments5 Mins Read
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    Photo by Justin Luebke on Unsplash
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    Esse ano completo seis anos nos Estados Unidos e aqui vai minha reflexão.

    Planejamento 

    Quando decidi morar em Buffalo pesquisei sobre a cidade e a cultura local. Busquei informações sobre aonde morar, se teria ou não uma roommate, se teria ou não carro, como sobreviveria ao inverno, etc. Prestei atenção a vários detalhes. Foram decisões difíceis, principalmente porque nunca havia saído do Brasil e, de repente, estava indo morar fora.

    Planejar a mudança ajudou a reduzir a ansiedade. Porém, como a vida não é perfeita, tive que me adaptar a coisas que não havia planejado.

    Adaptação 

    Já na viagem, precisei me adaptar a imprevistos. Primeiro, cheguei no aeroporto e descobri que minha passagem havia sido cancelada. Precisei remarcar para o dia seguinte. Foi uma bela frustração chegar no aeroporto de mala e cuia e não embarcar. Mas, enfim, comprei uma passagem para o dia seguinte e fui novamente para o aeroporto, dessa vez, com mais antecedência para assegurar o check-in. Quando já estava embarcando, anunciaram um problema e o vôo atrasou. Com isso, perdi a conexão que faria no dia seguinte em Atlanta. Acabei sendo colocada num vôo que iria para Miami com conexão para Charlotte (Carolina do Norte) e, finalmente, Buffalo.

    Leia também: tudo que você precisa saber para morar nos EUA

    Chegando em Miami, descobri que a conexão estava atrasada e, com isso, perderia o vôo para Buffalo. A solução foi me colocarem num vôo para a Filadelfia e, depois, Buffalo. Com isso, a viagem de 14 horas demorou 25 horas. Eu tinha reunião agendada em Buffalo, precisava pegar a chave do apartamento, ir na universidade pegar material e informação para as aulas. O planejamento estava todo certo, mas a realidade fugiu do controle.

    Como me adaptei a isso? Mandei e-mails para universidade e para minha orientadora explicando a situação, dizendo que teria que cancelar (pela segunda vez!) nossa reunião. Mandei e-mail para o condomínio aonde iria morar explicando a situação e pedindo (por favor, pelo amor de Deus!) que deixassem minha chave com o segurança. Por fim, resolvi relaxar enquanto esperava seis horas pela conexão. Decidi experimentar um hambúrguer e a atendente da lanchonete perguntou se eu queria meu hambúrguer hot. Pensei: “estou cansada, com fome, vou comer comida fria?” “Yes, I want it hot”, respondi. E foi assim que comi o hambúrguer mais apimentado da minha vida e percebi que precisava adaptar meu inglês.

    Em menos de 24 horas na terra do Tio Sam, fui de sonho perfeito para realidade adaptada. Não estava pronta para essa reviravolta, mas me adaptei. O que acontece quando não conseguimos nos adaptar?

    Leia também: O que aprendi e perdi em cinco anos nos Estados Unidos

    Abraçar o imprevisível

    Abraçar o imprevisível, muitas vezes, é a melhor solução quando algo não sai como planejamos.Planejei a mudança, mas não contava com a solidão. Fui “obrigada” a usar esse tempo para autoconhecimento e para sair do meu casulo para fazer amigos. A cultura americana é essa: ninguém (ou quase ninguém) irá sair da rotina para te ajudar a vencer a solidão. Você precisa dar o primeiro, o segundo e o centésimo passo. 

    Muitos irão perguntar se você está bem, poucos irão te ajudar a se sentir melhor. Aqui mesmo, em Buffalo, conhecida como a cidade da boa vizinhança, um mendigo que era super famoso na cidade morreu congelado no inverno este ano. Todo mundo sabia quem ele era, buzinava para ele, dava café, etc. porém, no dia da nevasca, ninguém lembrou do “mendigo querido” dormindo no ponto de ônibus. Por isso, não espere que mão amiga e compaixão apareçam do nada. Corra atrás e peça ajuda quando precisar. 

    Mudei para os EUA planejando começar mais um degrau na minha profissão, mas não imaginava que aqui estaria no degrau zero. Precisei aceitar que, independente da longa jornada no Brasil, aqui nos EUA eu era mais uma imigrante que apareceu do nada. Pesquisei muito sobre racismo, mas não contava com as portas  literalmente se fechando na minha cara. Aprendi a impor o respeito que mereço e a conquistar meu espaço.

    Muitas coisas não aconteceram como eu havia planejado, mas a realidade continua melhor do que minhas expectativas. Às vezes, pensamos que existe um caminho certo para construir a vida e  parece que erramos quando não seguimos o modelo “padronizado”. Morar fora me fez entender que é importante abraçar a vida como ela se apresenta para nós. Os imprevistos fazem parte do percurso, podendo ser uma lição ou uma benção: depende de como recebemos.

    Photo by Shanique Wright on Unsplash

    Recomeçar

    Recomeçar é fundamental para todos, independente de onde estivermos. Como expatriadas, passamos por várias transições até que a vida se reorganiza. É como estar no topo de uma colina. A subida (mudança) foi longa, difícil… chegar no topo (adaptação) trouxe alívio. Agora (recomeço), é hora de uma nova etapa. Tento ao máximo recomeçar sem perder a brasilidade, por mais que minha rotina seja americanizada.

    Completo seis anos em Buffalo abraçando o imprevisível, me adaptando e recomeçando. Sigo recomeçando a cada dia, a cada mudança de estação. Os meses difíceis do começo deram espaço a uma vida estável. Foi uma longa trajetória entre chegar aqui com duas malas e uma mochila, até ter marido, família e casa cheia de amigos.

    Espero que você que lê este texto sozinho em outro país sinta-se acolhido e saiba que tudo vai melhorar. Espero que você abrace o imprevisível da sua vida e seja feliz aonde estiver.

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    Veja também: Green Card e Residência permanente após o casamento

    adaptação Estados Unidos morar no exterior morar nos EUA
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    Carleara Weiss
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    Carleara é “carioca” de Miracema. Feminista, bailarina, pianista e cientista. Enfermeira com Bacharelado e Mestrado pela UFF aonde também atuou como professora nos cursos de graduação e pós-graduação em Enfermagem entre 2007 e 2013. É doutora em Medicina do Sono e Chronobiologia pela State University of New York at Buffalo, aonde trabalha com pesquisa clínica e experimental. É fundadora e CEO da BRASCON – Brazilian Students and Scholars Conference cuja missão é oferecer networking e desenvolvimento profissional para cientistas brasileiros no exterior. Contato: carleara@brasconference.org

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    2 Comments

    1. Vinícius on May 13, 2019 8:06 pm

      Irei me mudar para Buffalo no ano que vem, para fazer meu doutorado sanduíche na University at Buffalo. Será minha primeira vez, tanto fora do Brasil quanto morando sozinho. Estou pesquisando muito sobre a cidade, o estilo de vida e a comunidade. Sei que muitos imprevistos irão acontecer, e poder ler de alguém que já passou (e ainda passa) po essas situações é muito importante. O que mais me preocupa seja, talvez, a solidão e o medo de não me conectar a novos amigos, mas como você disse, darei os cem primeiros passos! Parabéns pela sua jornada! Abraços!

      Reply
      • Carleara Weiss on May 14, 2019 3:37 pm

        Olá Vinícius,
        PARABÉNS pelo doutorado sanduíche! Entendo esse misto de ansiedade e alegria nos meses que antecedem a viagem. Vai dar tudo certo! Tenho certeza de que terá uma experiência única na University at Buffalo!
        Entre em contato por email (carleara@brasconference.org) ou então pelo grupo (Brasileiros em Buffalo) no facebook.
        Mais uma vez parabéns! Estamos te esperando aqui!
        Grande abraço,
        Carleara

        Reply

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