Desconfinamento e turismo da vacina em Nova Iorque.
Este texto fala sobre o desconfinamento e turismo da vacina no estado de Nova Iorque.
O ano de 2020 foi marcado pela pandemia. Isso a gente já sabe e talvez esteja cansada de ouvir falar. Para quem está saturado de pandemia, falar de desconfinamento talvez a melhor opção. Então, vamos lá!
Adeus às máscaras
Segundo o CDC, pessoas totalmente vacinadas estão aptas a dispensarem as máscaras. Isto é, aquelas que receberam as duas doses da vacina Pfizer ou Moderna, ou a dose única da Johnson e Johnson.
Porém, na prática, existem vários questionamentos. O primeiro é saber quem foi vacinado. Pense na Times Square, ou nas Cataratas do Niágara, com centenas de milhares de turistas. Agora, imagina tentar saber quem foi e que não foi vacinado? Dá ansiedade só de pensar!
O segundo questionamento é sobre as variantes. Será que teremos mais variantes com o aumento dos turistas? A resposta, do ponto de vista científico, é sim. Porém, espera-se que as vacinas ofereçam proteção suficiente contra as variantes. Pelo menos, estes são os dados quanto as variantes da Inglaterra e África do Sul.
Turismo da Vacina
O turismo em Nova Iorque sofreu um impacto gigantesco com a pandemia. Por isso, existe um grande incentivo para vacinação por aqui. Até maio de 2021, cerca de 40% dos nova iorquinos já haviam recebido pelo menos uma dose da vacina. A vacinação começou com os idosos. Depois foi a vez dos profissionais de saúde e agora já se estende para adolescentes.
Pensando em atrair turistas de volta para NY, foi proposto o turismo da vacina. Neste turismo, o visitante que desembarcar em Nova Iorque terá oportunidade de receber a vacina Johnson e Johnson (J&J – dose única) em pontos turísticos da cidade.
Quem se beneficia com o turismo da vacina?
Por enquanto, o turismo da vacina está restrito para viagens domésticas. Ou seja, pessoas que moram nos EUA e estejam visitando Nova Iorque.
Vale lembrar que até maio de 2021 visitantes de diversos países estão proibidos de entrar nos EUA, incluindo o Brasil. O motivo dessa proibição é fácil de entender: países onde a pandemia está fora de controle, tem baixa taxa de vacinação e onde variantes oferecem perigo de nova onda. Portanto, amigos que moram no Brasil, o turismo da vacina ainda não está disponível para vocês.
Acredito que isso vai mudar quando tivermos mais respaldo sobre a eficácia das vacinas contra as variantes brasileiras e de outros países.
Os problemas do Turismo da Vacina
Pensem nos detalhes do turismo da vacina. Primeiro, vacina não tem efeito instantâneo. A imunidade só é “adquirida” após pelo menos 2 semanas. Então, lembre-se de continuar usando máscara por 14 dias.
Outro detalhe são os efeitos colaterais esperados com a vacina. No caso da J&J, assim como a segunda dose Pfizer e Moderna, os efeitos colaterais esperados incluem febre, dores musculares, mal-estar e calafrio. Eu tive todos esses sintomas por cerca de 24h após receber a segunda dose.
Desconfinamento
A baixa taxa de infecção e hospitalização, e úmero reduzido de óbitos trouxe a realidade do desconfinamento nos EUA. Com isso, a vida está lentamente voltando ao ritmo.
No auge da pandemia, o caminhão do corpo de bombeiros e paramédicos era uma presença constate no meu bairro. Eu cansei de ver o caminhão da funerária no trabalho. Tivemos momentos em que a câmara mortuária não deu vazão a demanda. Dias extremamente tristes.
Agora, estamos com uma sensação de normalidade nos EUA. Porém, como expatriadas, ainda temos que conciliar a vida aqui com a ansiedade de ver os parentes no Brasil ainda remando contra a maré. Escrevo esse texto com o coração apertado por tantos que partiram dessa vida porque não tiveram a oportunidade de serem vacinados.
Tudo passa, tudo sempre passará
A música do Lulu Santos “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia” é a realidade da vida após a pandemia.
Aquela vida velha, com a rotina que a gente tanto reclamava, parece que não volta mais. Todos nós aprendemos a dar um passo para frente, mil para trás e cinquenta para os lados. Flexibilidade virou a chave mestra para as portas da resiliência.
Mas, tudo passa, tudo sempre passará. E assim nós seguimos em frente. De máscaras, vacinados, cuidando de nós mesmos e dos outros.
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