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    Home»Canadá»Quebec alerta – os impactos do G7 2018
    Canadá

    Quebec alerta – os impactos do G7 2018

    Ana Carolina SommerBy Ana Carolina SommerJune 14, 2018No Comments6 Mins Read
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    Fonte: Acervo pessoal
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    Quebec alerta – os impactos do G7 2018.

    O tema desse mês é para quem se interessa pelas grandes discussões mundiais e que são, em sua grande maioria, reflexos de decisões (normalmente comerciais) tomadas pelas ditas grandes economias. Esse grupo seleto de países influenciadores chama-se G7 ou simplesmente Grupo dos 7 – Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido.

    Nos dias 8 e 9 de junho de 2018, os principais líderes do globo se encontraram em Charlevoix, região próxima à Quebec. Na agenda, assuntos relacionados com igualdade de gêneros, empoderamento feminino, energias limpas, o futuro do trabalho, crescimento econômico sustentável e um mundo mais seguro para todos.

    Vou descrever como se deu a preparação e a realização do evento e o que mudou na dinâmica da cidade e dos habitantes. Para vocês entenderem um pouco a dimensão dos riscos envolvidos, um breve histórico de uma cicatriz recente na cidade de Quebec.

    Mini-Flashback Cúpula das Américas 2001

    As consequências do encontro Cúpula das Américas realizado em Quebec em 2001 foram desastrosas para a cidade. O objetivo era grandioso e audacioso: receber de forma pacífica e acolhedora os principais líderes das Américas no coração do centro histórico de uma área turística e residencial considerada patrimônio cultural da Unesco.

    No entanto, as medidas tomadas pela autoridades policiais para prevenir possíveis ataques ao Chateau Frontenac (onde estavam os líderes e famoso cartão postal de Quebec) e ao Centro de eventos de Quebec (onde estava a imprensa internacional), criaram uma verdadeira segregação física: grades foram colocadas ao longo de um perímetro considerável, afetando o dia a dia de residentes e comerciantes. Manifestações populares de grupos mais radicais contra o evento saíram do controle causando diversos danos ao patrimônio público, à propriedade individual e, principalmente, aos cidadãos.

    Estatísticas apontam mais de 5000 bombas de gás lacrimogênio lançadas, mais de 900 balas de borrachas disparadas, mais de 460 pessoas foram presas, 431 feridas (dentre as quais 229 hospitalizadas), 778 solicitações de indenização num total de 2.8 milhões de dólares canadenses (Fonte: ICI-Radio Canada).

    Leia também: Como requerer autorização eletrônica de viagem para o Canadá

    Por conta desta experiência traumática, várias medidas preventivas foram tomadas com semanas de antecedência para o G7 2018. O que mais me impressionou foi a reverberação do sentimento de medo causado pelas discussões sobre o que poderia ocorrer. Outro aspecto importante foi o papel da polícia nisso tudo. Finalmente, compartilho minha percepção sobre o que se coloca em pauta de verdade quando o povo vai às ruas.

    G7 2018 Charlevoix

    Este ano, um hotel que literalmente se assemelha a um castelo situado na região de Charlevoix foi escolhido como quartel general do evento. Há 120 km de Quebec, o local é extremamente isolado e todo um esquema de segurança foi colocado em prática para impedir que manifestantes pudessem se aproximar. O site do evento oferece informações para os residentes e inclui até mesmo instruções para reembolso em caso de prejuízos materiais causados por eventuais medidas extremas de segurança. O governo federal é quem arca com esse tipo de despesa.

    Com isso, líderes sãos e salvos, o efeito colateral é que Quebec se transformou no epicentro das manifestações. Tendo em vista que as autoridades locais e federais não gostariam de repetir os mesmos erros do passado, atenção e investimentos em segurança multiplicados e devidamente comunicados via imprensa, redes sociais e intervenções públicas para mostrar que ninguém estaria de brincadeira.

    As mudanças na cidade

    Moro na chamada Haute Ville, próximo ao parlamento, do lado do centro de eventos e na rua em que um dos principais confrontos de 2001 ocorreu. Se já estivesse por aqui naquela época, assistiria a tudo de camarote. Um mês antes, todo e qualquer material que pudesse ser usado como arma (como pedras soltas na calçada, tampas de bueiro não soldadas e grandes recipientes de lixo) foram retirados das ruas. Alguns cartazes anunciando manifestações contra o G7 começaram a aparecer nos postes e muros, com os temas mais diversos que se possa imaginar.

    Duas semanas antes, barreiras de concreto foram colocadas ao redor do centro de eventos e grades na colina parlamentar. Comerciantes já se preparavam para proteger seus estabelecimentos ou até mesmo não abri-los. Como trabalho perto de casa, recebemos comunicados do edifício comercial sobre medidas que seriam colocadas em prática. O que me surpreendeu foi ler que a ventilação seria cortada em caso de lançamento de bombas de gás lacrimogênio.

    Na semana do evento, minha academia, que se situa atrás do parlamento, fechou do dia 7 ao dia 10 de junho por precaução. Bares e restaurantes da Rua Saint-Jean começaram a instalar proteções nas vitrines, a remover os terraços e mesas externas. Alguns nem abriram. Meu empregador autorizou trabalho à distância ou até mesmo dispensa caso os funcionários se sentissem inseguros.

    Morando no possível olho do furacão, achei por bem trabalhar de casa na 6a feira. O barulho constante de helicópteros começou a fazer parte da trilha sonora da cidade, assim como sirenes de carros de polícia, o que é extremamente raro por aqui. O aplicativo de transporte público também oferecia alertas associados a possíveis interrupções de serviço.

    Diante das possíveis manifestações de rua, 10000 funcionários públicos que trabalham na Colina Parlamentar e arredores foram dispensados ao meio-dia no dia 8 de junho. Já no começo da tarde, as ruas próximas ao parlamento estavam praticamente desertas.

    As Manifestações

    A presença policial nas ruas durante a primeira manifestação na 6a feira foi imponente. Mil policiais formaram um corredor humano ao longo do percurso definido, chegando a estar em maior número que os participantes. Isso fez com que todos andassem literalmente na linha e, no geral, de forma pacífica. Houve a tradicional queima de bandeiras dos países do G7, alguns lançaram fogos de artifício, outros demonstraram intenções duvidosas e acabaram sendo presos.

    Nas quatros ocasiões de prisão preventiva do primeiro dia, havia observadores civis das ações policiais fazendo relatórios para eventuais denúncias em caso de abuso de autoridade. Isso me chamou atenção, até porque todos os policiais usavam capacetes com número de identificação para facilitar o reconhecimento no caso de ação duvidosa. Nos outros dias, outras manifestações aconteceram sem maiores repercussões ou danos.

    E tudo isso eu acompanhei ao vivo pela TV, como telespectadora alienada das verdadeiras questões mundiais, confesso. Contudo, algumas perguntas ficaram no ar e me deixaram intrigada: O investimento em segurança gigantesco justifica os fins? Foi o excesso de medo ou a falta de pauta que levou à baixa adesão às manifestações? A demonstração de força policial calou o povo? Será que a liberdade de expressão é uma ameaça à segurança? Num mundo de tanta diversidade e disparidade, como é que faz para se convergir os interesses em prol do bem comum? Quem é que nos representa no final das contas?

    Se vocês tiverem respostas ou sugestões, compartilhem! Vou continuar aqui, pensando no meu papel nisso tudo.

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    Ana Carol é de Curitiba. Vive em Québec, no Canadá, desde 2015. Dentre seus hobbies, escrever é das coisas que mais ama fazer na vida. Acredita que as palavras permitem organizar seus pensamentos e emoções, ajudando a enfrentar melhor as nuances da vida no estrangeiro. Compartilhar ideias, inspirar e inspirar-se com suas histórias e de outras mulheres é seu objetivo como colunista no blog Brasileiras pelo Mundo.

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