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    Home»Rússia»Como foi “pegar” o coronavírus na Sibéria
    Rússia

    Como foi “pegar” o coronavírus na Sibéria

    Vanessa SousaBy Vanessa SousaDecember 15, 2020Updated:December 15, 20202 Comments7 Mins Read
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    Como foi “pegar” o coronavírus na Sibéria.

    Após um inusitado, longo e quente verão na Rússia, onde infelizmente passei boa parte do tempo tomando sol da janela da sala de casa, quero contar para vocês como foi pegar o coronavírus na Sibéria.

    Vou relatar um pouco da minha experiência de ter sido contagiada por esse vírus que colocou o ano de 2020 nos anais da história, antes mesmo dele acabar.

    O início da pandemia

    Desde o início da pandemia, quando o governo russo implementou medidas sanitárias na tentativa de conter a propagação do coronavírus, eu e meu marido sempre seguimos todas as recomendações de proteção e obrigações determinadas pelo governo.

    Dentre elas, usar máscara em locais fechados, nas ruas, restrição social, evitar circular pela cidade, usar álcool em gel, etc. Até luvas nós usávamos para entrar nos lugares.

    A recomendação geral, na região de Omsk, era de não se deslocar mais do que 100 ou 150 metros de distância de casa.

    Um dia, cheguei perto da entrada de um shopping e o segurança, que estava na porta, praticamente me escorraçou de lá, dizendo: Иди домой! (Volta pra casa!)

     

    Regras russas contra a pandemia e suas consequências

    Disse antes “obrigações” porque, como em janeiro o coronavírus foi incluído pelo governo russo na lista de doenças que representam perigo para terceiros, foram criadas regras de condutas obrigatórias para pessoas e organizações públicas e privadas.

    Como a pandemia gerada pela Covid-19 é uma situação de alerta emergencial surgida no país, tais regras de conduta devem ser estritamente seguidas.

    Quem não as cumpre, a exemplo do consumidor que se recusar a usar máscara em lojas, está sujeito a sofrer as sanções previstas pelo Código de Infrações Administrativas da Federação Russa, que vão desde advertência até multa de 30 mil rublos, algo em torno de R$ 2.100,00.

    Os valores das multas são diferentes em cada região. Em Moscou, por exemplo, o cidadão pode pagar 4 mil rublos por infringir as regras no transporte público e outros 5 mil se for reincidente.

    Já na região de São Petersburgo, o valor da multa é de no máximo 4 mil rublos, enquanto que na região de Tula, ele não ultrapassa 2 mil rublos. Aqui em Omsk, o valor segue o previsto no Código de Infrações Administrativas.

    Leia também: Como é o verão na Sibéria

    Mas a punição pela violação das normas russas de enfrentamento da pandemia vai além do não uso de máscara. Segundo o Código Penal Russo, a disseminação de informações falsas na internet sobre a Covid-19 é crime.

    Por exemplo, publicar informações que sabe serem falsas sobre as medidas tomadas para garantir a segurança da população tem pena de multa de 300 mil a 700 mil rublos, ou trabalho forçado por até 1 ano, ou máximo de 3 anos de prisão.

    Agora, se for cometido ato de violação das normas sanitárias e epidemiológicas e, por negligência, isso causar a morte de duas ou mais pessoas, o agente será punido com trabalho forçado de até 5 anos ou pena de prisão de 5 a 7 anos.

    Coronavírus na Sibéria
    Foto: acervo pessoal

     

    Contaminação pelo coronavírus

    Desde março, tive 0,1% de vida social “presencial”. Caminhava pelas ruas me esquivando dos outros, como se eles tivessem lepra, como bem paragonou meu amigo Márcio, numa das nossas conversas pelo zap.

    Limpeza de tudo que entrava em casa com uma solução de água e cloro, como ensinaram na TV. Sinceramente, até achei por um instante que eu poderia passar ilesa ao vírus. Mas, como dizia o grupo É o Tchan: “Sabe de nada, inocente!”

    No início de novembro, nos dias que antecederam o aniversário do meu marido, fui ao shopping comprar um presente pra ele.

    Juntos, fomos em algumas lojas no centro da cidade para ele, digamos, se autopresentear. Tudo normal, né? E foi num desses dias que ‘bingo’….. fomos contagiados!

     

    Leia também: Por que eu me sinto em casa morando na Sibéria

    Fui a primeira a sentir os sintomas. Começou com febre baixa, temperatura por volta de 37,5ºC, dor nas costas, muita dor de cabeça e nos olhos e moleza no corpo, que só de pensar em sair da cama já cansava.

    Parecia uma gripe forte. Dois dias depois, foi o meu marido a ter os mesmos sintomas.

    Uma semana depois, começaram as alterações bruscas de temperatura, uma hora sentia muito calor e logo em seguida, frio.

    E não era febre, não. Isso já tinha acabado. Por noites, ligamos o ar-condicionado para conseguir dormir, de tanto calor que sentíamos, mesmo fazendo -5ºC de temperatura lá fora.

    Mas esquisito mesmo foi perder o olfato e o paladar. Durou uns 3 dias, mas não foi uma experiência boa. Imagina não sentir o cheiro de linguiça calabresa (aqui também fazem essa iguaria) e comer uma pizza com gosto de saliva? Tudo que eu comi naqueles dias tinha gosto de saliva. Nem dava vontade de comer desse jeito.

     

    Assistência médica na Sibéria

    Lá pelo 5º dia do início dos sintomas, a empresa onde meu marido trabalha organizou, com uma clínica particular da cidade, a realização do exame PCR pra detectar se tínhamos ou não o coronavírus.

    Vieram em casa colher nosso material para a análise e no dia seguinte recebemos por e-mail o resultado positivo para ambos, como era de se esperar.

    Quando uma pessoa é infectada pela Covid-19, aqui na Rússia, ela é automaticamente inclusa no sistema público de controle da doença pela Rospotrebnadzor (Роспотребнадзора), o órgão sanitário responsável.

    Com isso, recebe atendimento médico em casa para verificar as condições de saúde no início dos sintomas.

     

    Leia também: Sistema de saúde russo

    Mesmo sendo estrangeiros, conosco foi o mesmo procedimento. A clínica particular comunicou ao órgão público de saúde que éramos positivos e dois dias depois uma médica infectologista do governo veio em nossa casa.

    Perguntou sobre as nossas condições de saúde, verificou os batimentos cardíacos, mediu a pressão, os pulmões e o nível de oxigenação.

    Passados uns dez dias fizemos um segundo teste da Covid, porém agendado pelo governo local. Apesar de tanta organização, até a data do envio deste artigo para publicação, não recebemos o resultado desse exame.

    Por volta do 14º dia, por cautela da empresa, ela também organizou um segundo exame com a mesma clínica particular de antes e o resultado veio no dia seguinte: negativo. Graças a Deus.

    Ao entrarmos para a estatística de contágio, fomos obrigados, por razões óbvias, a ficar de quarentena até obter o resultado negativo, a não ser em caso de emergência, que, felizmente, não aconteceu conosco.

    A violação da quarentena pode acarretar responsabilidade criminal do infectado, com penas que vão desde 15 mil a 2 milhões de rublos e até 7 anos de prisão, se causar a morte de alguém. Sabendo disso, fiquei bem quietinha em casa. Já pensou ter o mesmo destino de Dostoiévski: uma prisão na Sibéria? Eu não!

     

    Novas regras de controle do coronavírus 

    Como em muitos lugares no mundo, a Sibéria está enfrentando a chamada “segunda onda”. No final de outubro o governo endureceu as regras contra o coronavírus na Rússia, determinando o uso obrigatório de máscaras em locais públicos e proibindo o funcionamento de restaurantes, cinemas e afins, entre 23h e 6h.

    A fiscalização também está mais rigorosa, principalmente nos meios de transportes e em restaurantes e bares, onde muitos se recusam a usar máscaras.

    Só em pagamento de multas por violação das restrições de combate ao coronavírus o governo estima que mais de 1,1 milhão de pessoas encheram os cofres públicos russos.

    Depois de passar por essa experiência de “pegar” o coronavírus na Sibéria, ficam algumas questões no ar: será que tenho um nível de anticorpos suficiente para estar protegida contra um novo contágio? Se sim, por quanto tempo? Se tenho anticorpos, devo ou não tomar a vacina?

    Bom …. para saber as respostas, creio que devemos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

    Пока-пока! (Tchau-tchau!)

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    Vanessa Sousa
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    Vanessa é uma santista apaixonada por cultura, turismo e gastronomia. Desde que se conhece por gente atuou na advocacia, até que em 2014 conheceu seu marido, um italiano, que literalmente a levou a cruzar o Atlântico. Viaja constantemente e já morou em diversos países como Albânia, Espanha, Emirados Árabes e atualmente vive na Rússia, na cidade de Omsk, localizada na Sibéria. Hoje, é uma nômade digital que trabalha como redatora de conteúdo freelancer, compartilhando suas experiências profissionais e de viagens ao redor do mundo.

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    2 Comments

    1. Agostinha Ambrósia Ferreira de Sousa on March 6, 2021 7:08 pm

      Querida Vanessa, agradecemos muito por compartilhar conosco o enfrentamento ao coronavírus, na Sibéria. Felizmente, você está recuperada e pode dar o teu testemunho sobre os sintomas sofridos nesse período. Cuide-se!!! Aguardamos as próximas publicações.

      Reply
      • Vanessa Sousa on March 9, 2021 4:27 am

        Obrigada Agostinha. Beijos.

        Reply

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