Como levar seu pet para a Polônia.
Existem diversos guias de como transportar animais domésticos pelo mundo, sendo que os mais completos e detalhados podem ser encontrados na categoria Transporte de Animais Pelo Mundo, aqui no Brasileiras Pelo Mundo.
Destino: Polônia
Para a Polônia, que integra a parte continental da União Europeia, e segue as regras uniformes para e entrada, circulação e permanência de pets no bloco, os artigos escritos pela colaboradoras da Holanda, que conta com dois artigos, um de 2016 e outro de 2017, República Tcheca, França e Alemanha podem ser consultados para que se tenha uma base dos procedimentos gerais compartilhados para trazer animais para o país.
Um detalhe extra é que sempre há pelo menos três opções: viajar pessoalmente com o pet, (i) na cabine ou (ii) despachado, ou (iii) contratar um serviço especializado de realocação e exportação não-comercial de animais para realizar o transporte do seu pet.
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Planejamento é essencial. Caso opte pela viagem pessoal com o pet, é importante lembrar que não há voo direto do Brasil para diversos países europeus, ou ainda que haja voo direto, muitos são realizados por aviões que não transportam carga viva, termo utilizado para denominar o transporte de pets que são grandes demais para viajarem na cabine de passageiros.
Sem voo direto
Especificamente para a Polônia, não há mais voo direto do Brasil, sendo necessário realizar escala em algum outro país. Este é outro ponto de atenção: caso a escala seja realizada em outro país que não seja parte da União Europeia, ou que não seja localizado na parte continental do bloco, diversos outros requerimentos para o trânsito do pet podem ser aplicáveis.
Infelizmente, quando se viaja com pets, certas passagens econômicas passam a ser pouco viáveis, frente ao trabalho e possibilidade de problemas a serem enfrentados no caminho. Evita-se, assim, escalas em ilhas, com possíveis quarentenas, como Inglaterra, Irlanda ou Malta, ou em países que possuam sistema e requerimentos próprios, como Marrocos, Etiópia e outros países africanos.
Obviamente, a escala aumenta o tempo de viagem também para os pets e, consequentemente, o estresse do animal. Assim, o ideal seria buscar uma escala de menor tempo possível e em um país que já esteja localizado na parte continental da União Europeia. Também é aconselhável que o(a) passageiro(a) que está viajando com o animal não saia da área de trânsito interna do aeroporto, mesmo quando o pet está sendo transportado como carga viva, para que não haja atraso ou risco de recusa de entrada para a segunda parte da viagem.
Onde realizar escala de maneira segura para o pet?
Entre os pontos de entrada na União Europeia, alguns aeroportos possuem forte reputação de serem pet friendly ou terem diferenciais que podem facilitar a viagem, como
(i) Aeroporto Frankfurt am Main, Alemanha, que possui um gigantesco lounge para animais transportados como carga viva, incluindo espaços silenciosos reservados para gatos, sendo o maior ponto de viagem animal do mundo;
(ii) Aeroporto Schiphol, em Amsterdam, Holanda, que possui um hotel animal com equipe local treinada especialmente para receber todos os tipos de animais, desde pets até animais selvagens e exóticos sendo trocados por zoológicos do mundo todo; e
(iii) Aeroporto de Lisboa, Portugal, que também possui área reservada para animais domésticos, mas tem como diferencial as temperaturas mais amenas no inverno europeu para conforto dos pets, o tempo menor de voo entre o Brasil e a Europa, e a familiaridade com a língua e documentos brasileiros.
Uma vez dentro da parte continental da União Europeia, o voo final para a Polônia poderá ser feito para praticamente qualquer aeroporto, também diminuindo o tempo de viagem caso o destino seja outro que não a capital Varsóvia.
Dicas extras
Para além dos procedimentos legais básicos, algumas dicas fazem com que a viagem ocorra de forma mais tranquila tanto para o pet quanto para seus humanos. Duas dicas merecem destaque: a da familiarização com a caixa de transporte com direito a souvenir e a da tag/etiqueta de identificação.
A familiarização com a caixa de transporte começa com basicamente deixar a caixinha de transporte sempre aberta na sala da casa de partida, pelo menos duas semanas antes da viagem. Se possível, é interessante colocar petiscos, cobertores ou a caminha do pet, para que o animal possa se acostumar a ter cheiros familiares e acalmar a ansiedade no transporte. É extremamente aconselhável que dois souvenirs sejam levados para a casa de destino: um paninho ou cobertor em estado original para demarcar familiaridade na nova moradia e um saquinho com a comida favorita do pet, para ser misturada com a comida do local novo, criando uma sensação de segurança e evitando surpresas, como a recusa de alimento.
A dica da tag/etiqueta de identificação, que serve tanto para animais que viajam na cabine quanto para aqueles que são transportados como carga viva, pode ajudar a tranquilizar quem leva seu pet em uma viagem mais longa que apenas um vôo.
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Nessa etiqueta, afixada na parte externa da caixa de transporte para que seja de fácil acesso e visualização, é importante que se inclua os números dos voos, nome do(a) passageiro(a) que está levando o pet, destino final e contato de emergência. Uma outra etiqueta mais simples pode ser pendurada na parte frontal da caixa de transporte, próxima à trava de abertura, contendo apenas números dos vôos, local de escala, destino final e uma pequena mensagem.
Ao chegar na Polônia, agende a primeira consulta veterinária apenas para a semana seguinte. Assim, você garante que que seu pet esteja descansado antes de receberem a nova caderneta de anotações veterinárias, que por aqui se chama Książeczka Zdrowia Kota/Psa, ou seja, livrinho da saúde felina/canina.
Com essas informações, dicas e ao cumprir estritamente a legislação aplicável da União Europeia, garantimos uma viagem mais tranquila e segura para os nossos queridos companheiros de quatro patas.
Boa viagem!