Dicas para receber a família e os amigos no exterior.
No artigo deste mês, quero dividir com vocês as alegrias e, porque não, alguns possíveis conflitos ao receber visitas brasileiras em sua nova morada.
Receber visitas de familiares e amigos quando se mora no exterior poderá fazer parte de sua vida de expatriada(o). Por um lado, é muito bom mostrar para as pessoas queridas o novo lugar que você escolheu para chamar de seu. Visitar pontos turísticos, restaurantes, lojas e os seus lugares favoritos, ou seja, mostrar para essas pessoas o seu novo mundo.
Além de mostrar a sua nova cidade, claro que aproveitamos para matar a saudades, fazer contrapontos da vida no novo país e no Brasil. E também resgatamos, através do olhar do visitante, as nossas primeiras impressões, pois sabemos que com o tempo a tendência é que as novidades virem parte de nosso cotidiano, não trazendo mais aquele mesmo brilho aos olhos.
Como anfitriões nos sentimos na missão de planejar os passeios, entretenimentos, rever a nossa rotina e deixar o máximo de tempo livre possível para aproveitarmos a companhia de parentes e amigo. Mas pode acontecer de algumas vezes, ou em alguns momentos, nos sentirmos um pouco sobrecarregados com a responsabilidade de escolher os destinos, passeios e a preocupação se eles estão ou não gostando.
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Devemos considerar também que caso as visitas fiquem na sua casa (o que costuma ocorrer na maioria dos casos), a convivência tende a ser mais intensa do que quando você morava no Brasil, afinal ela tende a ser 24 horas. Outro ponto também é que como a viagem costuma ser longa e cara, geralmente as visitas tendem a ficar mais de uma semana. E quando não é primeira vez, as coisas podem se complicar um pouquinho, pois pode ser que não haja muitas novidades e lugares a serem explorados.
Devemos ter o bom e velho jogo de cintura para conciliar nossa rotina com as visitas. Nem sempre será possível estar de férias no trabalho quando recebemos visitas, mas talvez tentar sair um pouco mais cedo, negociar um dia de folga ou até mesmo conciliar o horário de almoço.
Outro ponto interessante também é propor que eles escolham os passeios, ou pesquisem lugares que gostariam de conhecer. Assim você não ficará sendo o único responsável por planejar todo o entretenimento e passeios. Divida um pouco essa responsabilidade.
Resgate o seu olhar de turista. Isso mesmo! Usarei um exemplo pessoal para ilustrar. Quando cheguei nos Estados Unidos, passava horas e horas no Walmart. Ficava encantada com a variedade, desde de produtos de beleza até balas e salgadinhos. Hoje em dia, não é mais novidade para mim. Vou ao Walmart para fazer as compras da semana e em no máximo 30 minutos já quero estar saindo de lá. Quando minha mãe e meus sogros vêm nos visitar, eles adoram passar horas no Walmart. Temos que resgatar esse olhar curioso para poder acompanhá-los e ajudá-los na empreitada! O mesmo ocorre com museus e parques da cidade.
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Dividir a rotina da casa pode ser também um ponto de conflito, afinal adquirimos novos hábitos e costumes do novo país e que são diferentes dos que tínhamos no Brasil. Às vezes, na intenção de ajudar, acabam atrapalhando. Mas a gente releva, pois a intenção foi boa, não é mesmo?
Entre muitos passeios, rotina corrida e conversas, é chegada a hora da partida. Esse momento costuma ser o mais complicado, pois na grande parte das vezes não sabemos ao certo quando os veremos novamente. Se será no mesmo ano, no próximo, se os planos de irmos ao Brasil darão mesmo certo ou se eles terão a possibilidade de voltar em breve.
Retomamos a nossa rotina, mas sentimos falta da bagunça ao chegar em casa e encontrar tudo vazio, dos bons momentos. Também percebemos que receber as visitas queridas do Brasil é uma forma de realizarmos a fantasia de tê-los por perto, como se vivêssemos na mesma cidade, ou seja, como costumava a ser como antes. A fantasia de unir as pessoas queridas em nossa nova casa.
Seus parentes e/ou amigos brasileiros já foram lhe visitar no exterior? Como foi esse momento? Conseguiram aproveitar? Conte-me sua experiência. Vou adorar saber como foi! Um abraço e até o próximo texto.