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    Home»Bélgica»Dois anos de Europa: três países e três idiomas
    Bélgica

    Dois anos de Europa: três países e três idiomas

    Marcela BuenoBy Marcela BuenoJune 16, 20182 Comments6 Mins Read
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    Durbuy (Bélgica): arquivo pessoal
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    Dois anos de Europa: três países e três idiomas.

    “Tempo, tempo, tempo…compositor dos destinos…”*a quem devo o meu eterno respeito e admiração por seguir tão rápido, mas ao mesmo tempo tão vagaroso; repleto de surpresas e desafios, te abraça e te cospe, te envolve e te mata. Ah, o tempo…dois anos eternos de saudades e intensos de transformações. 

    Ainda me lembro do momento em que contei a meu pai que partiria em busca de algo que, com certeza, me reconstruiria e aqui estou, dois anos depois, com malas desfeitas e um livro lotado de novas experiências. Sendo repetitiva digo, a vida de um expatriado não é um campo de flores. Há muitas tormentas, acompanhadas de calmaria, e mais tempestades quase avassaladoras para, no dia seguinte, dar espaço ao sol. É um “esporte” para os fortes, porque requer paciência, persistência, determinação e muita resiliência. 

    O meu livro de 2 anos no Velho Mundo há, até o momento, 3 capítulos bem definidos e também bem distintos.

    MALTA: A LIBERDADE E A RESSACA 

    Deixei o Brasil em maio de 2016 e após 16 horas estava em meu primeiro destino europeu, a pequena e perdida ilha de Malta. Um lugar paradisíaco no meio do Mediterrâneo onde o sol brilha quase o ano todo, refletido na imensidão de água cristalina. O intuito principal de estar ali era aperfeiçoar meu inglês sem perder o clima brasileiro. Aliás, posso dizer que na Europa me tornei profissional na arte de aprender e ensinar idiomas, porque é exatamente a isso que dedico a maior parte do meu tempo.

    Permaneci em Malta durante 7 meses sabáticos dedicados apenas a estudar inglês (curso intensivo de 5 vezes a semana) e curtir. Me permiti relaxar e desfrutar a vida, ao mesmo tempo que me adaptava a nova cultura e rotina. Foi nesta ilha que voltei a ser adolescente e deixei de me preocupar com os papéis e compromissos sociais. Me integrei a pessoas de multinacionalidades ao mesmo tempo em que meu único planejamento era decidir em qual praia ir durante minha tarde livre, para em seguida terminar o dia em um bar ou discoteca.

    Parece um relato de um cotidiano “coxinha”, mas na verdade foi fruto de anos de reservas econômicas e muito trabalho, ou seja, me dei de presente esses meses de ócio e liberdade. Porém, diante de tanto azul, há também muita seca. A ressaca chega, o cansaço bate e virar a página é essencial. E o que levei de Malta?

    Reaprender a morar em um local pequeno, podendo atravessar o país em poucas horas; a caminhar em baixo de um sol escaldante, pois não há quase árvores pelas ruas; voltar à casa às 4 da manhã sozinha, caminhando e na maior tranquilidade; se readaptar ao comportamento juvenil e desprendido; dividir o quarto com um desconhecido e deparar com a grosseria (às vezes insuportável) e sossego do povo maltês (aqui abre-se uma aspas a generalização). Ah, cheguei solteira e sai da mesma forma (risos).

    Leia também: Da Romênia para Portugal – Adaptação em um novo país

    ESPANHA: MEU CONTO DE FADAS

    A Espanha foi sempre meu destino predileto para viver, principalmente pela herança andaluz que corre em minhas veias e, já que estava livre pela Europa, decidi cumprir esse sonho. Aterrizei em Valência e pelas semelhantes características geográficas com Malta, o impacto não foi grande.

    Como porta de entrada, também resolvi desenferrujar o meu espanhol e fazer algumas aulas em uma escola de idiomas e por aí conheci outros tantos estrangeiros, entre eles o meu “príncipe”.

    Não demorou muito para ingressar em uma vida mais regrada e avessa a que levava em Malta. Aos poucos fui restabelecendo um cotidiano mais real, deixei de ser uma estudante para me tornar uma professora de português, retomei minha profissão de psicóloga e dediquei um tempo ao voluntariado. Enfim, tudo estava se encaixando para uma longa estadia em terras espanholas, com o incremento de dividir a minha vida com alguém especial.

    Durante meus 16 meses de Espanha, vivenciei meu imaginário, mas também quebrei muitas fantasias. Percebi que há muita semelhança negativa entre os brasileiros e os espanhóis como o atraso corriqueiro e injustificável, a falta de comprometimento com o próximo e a asquerosa burocracia desnecessária. Aprendi que mesmo tendo nacionalidade local, é preciso mais para ser um cidadão e a me deparar com pós graduados trabalhando em redes de fast food por falta de opção e mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, convivi lado a lado com a segurança, com a fácil mobilidade, principalmente sobre 2 rodas e a boa qualidade da saúde pública gratuita. Entendi e respeitei os horários unicamente espanhóis de almoçar as 2h da tarde, “siestar” até as 16h e principalmente, jantar às 21:30h. Até sinto falta de ser abruptamente abordada no transporte público ou na fila do supermercado por um desconhecido que só queria me contar a sua vida ou reclamar de alguma coisa, comportamento tipicamente espanhol. 

    Foi em Valência também que engravidei e passei a maior parte da minha gestação e, que na verdade, foi o fator decisivo para mais uma mudança.

    BÉLGICA: UMA CAIXINHA DE SURPRESAS

    Recém chegada a esse micro país do norte europeu e terra natal do meu companheiro, me deparo com muitas dúvidas e também com uma imensa fragilidade. Aqui as mudanças são mais drásticas, impactantes e repleta de desafios, a começar pelo maior deles, a maternidade. 

    Será o país em que irei adquirir o papel de mãe e agregá-lo a todos os outros, onde o outro tomará os espaços, roubará o tempo e ainda assim terá toda à atenção. É aqui também que estou lutando dia a dia para compreender e adquirir um idioma totalmente novo para mim e por isso, me sentir a mais dependente das criaturas.

    Terra de clima instável, onde o frio, o calor e a chuva convivem lado a lado, onde os assuntos sérios e por vezes enfadonhos são levantados a todo momento nas conversas, onde conviver com a possibilidade de um terrorismo é uma rotina. Terra encantadoramente linda, de exuberantes castelos, de variedade gastronômica e de possibilidades. 

    Enfim, “tempo, tempo, tempo…é um dos deuses mais lindos…”*.

    See you soon, hasta pronto, à bientôt.

    * Trechos da música Oração ao Tempo de Maria Gadú 

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    adaptação a um novo país belgica espanha Malta
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    Marcela Bueno
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    Paulista, mas apaixonadamente paulistana, deixou o Brasil há 3 anos para desfrutar a vida na pequena ilha de Malta, para encontrar o amor em Valência, na Espanha, para formar uma família na Bélgica, e voltar a desfrutar o sol, o bom clima e a paella na capital valenciada, onde reside atualmente. Neuropsicóloga, amante da biociência, e do comportamento humano, resolveu buscar novos laboratórios pelo mundo após vários ensaios. Hoje, vivendo o maior e mais apaixonante desafio da sua vida: ser mãe.

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    2 Comments

    1. Camila on June 18, 2018 7:36 pm

      Marcela, que texto mais lindo!
      Como vc, vivi em vários países da Europa e é muito legal saber como cada um deles contribuiu para sermos quem somos hoje, não é?
      Parabéns pelo ótimo texto e felicidades para essa família linda que você está criando na Bélgica!
      Beijos

      Reply
      • Marcela Bueno on June 20, 2018 1:03 pm

        Obrigada Camila!
        Realmente cada experiência vivida escreve novas páginas no novo livro.
        Beijos

        Reply

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