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    Home»Inglaterra»Eu fui vítima de violência doméstica na Inglaterra
    Inglaterra

    Eu fui vítima de violência doméstica na Inglaterra

    Ann MoellerBy Ann MoellerMarch 27, 2017Updated:November 8, 20172 Comments5 Mins Read
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    O BPM tem uma proposta social e sempre que possível, nós do time tentamos ajudar outras Brasileiras Pelo Mundo, seja recomendando leitura, orientando ou dividindo experiências.

    Hoje o BPM entrevistou a Paula, que mora em Londres e fala sobre um assunto de suma importância para nós mulheres, a violência doméstica. Ela, infelizmente, foi vítima.

    BPM –   Quanto tempo mora fora, profissão, de onde é no Brasil, tem filhos?

    Paula – Meu nome é Paula e tenho 37 anos, fui casada por 7. Eu moro em Londres há 8 anos, trabalho em um Centro de Apoio, de ajudante na cozinha, sou de SP e tenho uma filha de 12 anos.

    BPM –  Como as agressões começaram? Quanto tempo na relação?

    Paula – Agressão verbal sempre teve pois ele era muito ciumento. A agressão física começou quando tínhamos 6 anos de casados. Desde que viemos morar em Londres ele tentou me matar 5 vezes e na frente da minha filha. Eu tinha trazido dinheiro do Brasil para tirar a nacionalidade italiana, mas ele me roubou. 

    BPM – Você  disse que ele tentou te matar várias vezes. Como era o comportamento dele depois desses episódios?

    Paula – Normal como se nada tivesse acontecido,  queria sexo e ainda esperava que eu agisse normal. 

    BPM – Você sabia que estava sofrendo violência doméstica? 

    Paula – Não tenho certeza.

    BPM – Como você conseguiu ajuda para sair de casa?

    Paula – A escola da minha filha que nos retirou de casa pois ela desenhou ele com a faca em meu pescoço. Um dia quando fui buscá-la tinha um assistente social que me perguntou sobre minha vida. Eu contei tudo a eles e mostrei os hematomas e ferimentos que eu tinha em meu corpo, eles então nos colocaram em um carro e nos levaram para um hostel/abrigo. Comecei minha vida em 2011 com a roupa do corpo, desempregada, sem falar inglês e com uma filhinha de 6 anos para tomar conta. 

    Tudo o que você precisa saber para morar na Inglaterra!

    BPM – Onde ficou morando em segurança? 

    Paula – Fiquei por algum tempo em um hostel/abrigo e depois morei por 1 ano com uma amiga.

    BPM – Que tipo de ajuda o governo inglês oferece em casos como esse?

    Paula – No meu caso nenhum pois eu estava ilegal em 2011 e quando eu fiquei legal no país em 2014, me ajudaram com advogados e juiz para ter a Non molestation Order (descobri depois que eu podia ter pedido mesmo estando ilegal mas não teria direito a advogado). Com isso eu sofri violência após meu divórcio também por quase 4 anos.

    BPM – Liste associações de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica na Inglaterra que você conheça.

    Paula – Várias. Mas a única que realmente me amparou e ajudou foi a LAWRS. As demais apenas me jogavam como uma bola de pingue-pongue de um lado para o outro.

    BPM – Como tem sido criar a sua filha depois de anos de abuso psicológico e físico? 

    Paula- Até hoje é muito difícil pois tanto eu como ela sofremos muito e as consequências e sequelas até hoje permanecem. Minha filha foi Child In Need por mais de anos, tive assistente social por mais de ano que não ajudou em nada e só atrapalhou nossas vidas. Também psicólogos, mas ninguém conseguiu ajudar em nada. Se eu e minha filha estamos bem e seguindo em frente até hoje é por ajuda de Deus. 

    BPM – Como você se sente atualmente e como ter passado por todo esse processo de violência mudou você como pessoa?

    Paula- Tudo que eu passei e passo me transformaram em outra pessoa. Hoje estou bem, mas ainda restam as sequelas que tudo isso deixou em mim. Crises de enxaqueca é uma delas. 

    BPM – Que dicas você daria para uma mulher que possa estar passando pela mesma situação atualmente, em Londres?

    Paula- Nenhuma. Quando você está sendo ameaçada o medo do agressor cumprir as promessas de te fazer mal te impedem de pedir socorro. E em nenhum lugar tem propaganda de lugares de apoio para essas situações.  Às vezes você vê um anúncio que diz apenas para ligar. Não tem nada esclarecido do que podem fazer por você. Infelizmente nem a polícia acredita quando você pede por ajuda, te dizem que precisam de evidências que eu imagino que deve ser quando estamos machucadas. Se eu estiver frente à frente com uma pessoa que esteja passando por violência doméstica eu saberia aconselhar mas cada caso é um caso. 

    O BPM dispõe de um diretório com dezenas de contatos de associações de apoio às vítimas de violência doméstica, em vários países.

    —

    Nota do BPM

    Caso você, que estiver lendo, esteja passando por uma situação semelhante, na Inglaterra,  ou conhecer alguém, entre em contato com a LAWRS ou a  Casa do Brasil em Londres. Eles oferecem apoio psicológico e podem conseguir acomodação segura para você e o seus filhos, se for o caso.

    As organizações mencionadas acima são extremamente cautelosas, possuem profissionais especializados em assuntos como violência doméstica e estarão prontos a ajudar.

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    Ann Moeller
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    Ann é paulista de Santos e mora na Europa desde 1990. Morou em Lisboa por 6 anos onde estudou Engenharia no Instituto Superior Técnico, Dusseldorf, na Alemanha por 6 meses, 24 anos na Inglaterra e desde 2020 está na Polônia. É criadora & editora chefe da plataforma colaborativa Brasileiras Pelo Mundo/BPM. Recebeu o Brazilian International Press Award em 2013 na Categoria Evento Comunitário, pelo I Encontro das Brasileiras Pelo Mundo e já organizou vários Encontros do BPM em Londres e em Stuttgart, na Alemanha.

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    2 Comments

    1. Sandra Magnani on March 28, 2017 11:11 pm

      Esse assunto de violência doméstica é super importante. Achei que faltou dicas de como as mulheres devem produzir evidência para mostrar abuso, como por exemplo gravar, filmar, ter um cumplice. No caso da Paula, ela tinha a própria filha que presienciava tudo. Tem muita brasileira que sai do Brasil para tentar a vida fora e as vezes se colocam em situações e casamentos adversos. As mulheres que saem do Brasil precisam se informar das leis do país que está imigrando, e ter um plano B em caso de emergência. Além disso é importante que protejam seus filhos em caso de abuso e separaçāo. Devem se cadastrar na Embaxada Brasileira do paīs em que residem. Esse é um assunto com muitos detalhes e merece um artigo mais trabalhado.

      Reply
      • Francisco Nobre on April 12, 2017 5:05 pm

        Concordo inteiramente com você. O assunto é muito importante. A entrevista foi oportuna e relatou a experiência de uma pessoa, mas quem está passando por essa situação (creio que não deve ser assim tão poucas mulheres que passam por isso, dada a fragilidade de sua situação em um país estrangeiro) necessita de algo mais detalhado.

        Reply

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