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    Home»Comemorações Pelo Mundo»Festivais de Myanmar – Thadingyut, a festa das luzes
    Comemorações Pelo Mundo

    Festivais de Myanmar – Thadingyut, a festa das luzes

    Fabi MesquitaBy Fabi MesquitaJanuary 15, 2021No Comments6 Mins Read
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    Photo by Pixabay
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    Festivais de Myanmar – Thadingyut, a festa das luzes.

    Uma das cenas que eu mais amei em um filme da Disney, foi a cena da animação Rapunzel, quando a princesa e o “ladrão” apaixonado, passeavam de barco em um festival “mágico” onde milhares de lanternas flutuavam em direção ao céu.

    Eu sempre ficava imaginando o quão brilhantes eram os criadores desses desenhos. De onde viriam tantas ideias lindas e cheias de encantamento?

    Bom, agora já sei! Da vida real.

    Festivais de Myanmar – Thadingyut, a festa das luzes

    Tive vários deja vu ao longo da minha vida como expatriada. Criaturas do Submarino Amarelo dos Beatles estavam por toda parte em Bali, animais míticos e estranhos de diversas películas da Disney podem ser vistos por aí, em muitos parques aquáticos ao redor do mundo.

    Um personagem de Barbie sereia é igualzinho a um animal marinho que eu vi em Singapura. E eu colocando tudo na conta da inventividade dos cineastas… De todas as experiências no maior estilo: Já vi isso antes! –

    Uma das que mais me emocionou foi justamente a festa das luzes, onde milhares de lanternas são enviadas ao céu em um espetáculo de emocionar os olhos e o coração.

    O Festival Thadingyut , em birmanês: သီတင်းကျွတ်ပွဲတော်, é a festa das luzes de Myanmar. Acontece todos os anos na lua cheia do mês lunar birmanês de Thadingyut. De acordo com o costume local, o evento é realizado no final do sábado budista (Vassa), o fim da quaresma, ou sabá budista e coincide com a lua cheia de outubro.

    O segundo festival mais popular no país

    Este é o segundo festival mais popular no país, depois do Thingyan (Festival das Águas de celebração do Ano Novo, similar ao Songkran tailandês).

    O Thadingyut é uma festa de celebração, cujo objetivo é dar as boas-vindas à descida do Buda do céu depois que ele pregou o Abhidhamma para sua mãe que, de acordo com o budismo, renasceu no céu, depois disso.

    É um Festival das Luzes celebrado em todo o país, começando um dia antes da lua cheia e terminando três dias depois. A mãe de Buda, Maya, morreu sete dias após o nascimento dele e então renasceu no céu de Trayastrimsa como um deva masculino.

    Para demonstrar a gratidão por sua maternidade, Buda foi até o céu e pregou àquela que foi sua mãe por três meses durante o período da Quaresma.

    Leia também: 10 curiosidades sobre Myanmar

    Quando ele estava descendo de volta ao mundo mortal, Sakra-devanam-indra, o governante do Céu Trayastrimsa, ordenou que todos os santos e Nats (entidades anímicas da cultura e folclore birmanês) fizessem três escadas preciosas. Uma de ouro, uma de prata e outra de rubi.

    O Buda pegou a do meio, de rubis. Os Nats (que muitos consideram como correspondentes aos devas) vieram pelas escadas cobertas de ouro do lado direito, enquanto os Brahmas (entidades superiores e elevadas) pelas escadas de prata do lado esquerdo.

    O objetivo do Thadingyut é dar as boas-vindas ao Buda e seus discípulos, iluminando e enfeitando as ruas, casas e prédios com luzes que representam essas três escadas. Tudo fica iluminado e decorado lindamente, com luzinhas, velas, luminárias, lanternas e fios cheios de mini lâmpadas.

    Em algumas pagodas, devotos fazem desenhos e esculturas com luzes e velas. Esse ano em particular, muitos pedem por saúde.

    Leia também: O Coronavírus em Myanmar

    É um momento muito especial para todo o povo, pois apesar de ser uma celebração de alegria, é também um período de reflexão e demonstração pública de gratidão a pais e professores e de pedir perdão aos que você magoou durante o ano anterior.

    Então os mais velhos dizem aos mais jovens que os perdoam por seus erros e continuam a abençoá-los. É comum também que os adultos ofereçam um envelope com algum dinheiro para as crianças.

    Normalmente não é uma quantia significativa, mas apenas um valor simbólico, já que o objetivo é oferecer boa sorte a quem recebe e a quem faz a oferta.

    Em contrapartida, muitos jovens também aproveitam a ocasião para prestar respeito aos mais velhos, pais, professores e até irmãos, oferecendo-lhes flores, frutas e presentes.

    Festival das luzes, Myanmar
    Photo by Pixabay

    Durante esse período os devotos costumam ir aos mosteiros para homenagear os monges e oferecer alimentos. Pelas cidades, muitas atrações e entretenimento para o povo: peças musicais, shows, filmes gratuitos e atrações circenses, barraquinhas com comidas e doces tradicionais.

    A ruas ficam cheias de ambulantes vendendo brinquedos, utensílios domésticos, flores, enfeites e fogos de artifício. Eu sempre brinco que é uma mistura de Natal com festa junina, porque há bombinhas, balões e outros brinquedos de acender por toda a parte.

    Fico um pouco apreensiva pensando nos incêndios e acidentes, mas as pessoas não parecem estar nem um pouco preocupadas, e confesso, tudo é uma grande festa para os olhos.

    Semelhanças com o Ano Novo brasileiro

    Além das práticas universais, comuns a todo o país, é possível encontrar também costumes regionais, cada qual com sua particularidade. Em regiões praieiras ou ribeirinhas, a água é parte importante desses rituais.

    Em Dawei os moradores realizam um ritual chamado thabeik hmyaw pwe (သပိတ် မျှော ပွဲ), em que tigelas com flores, água, lâmpadas a óleo e velas são colocadas no mar como oferendas.

    Me lembra muito as oferendas para Yemanjá, lançadas no mar nas noites de Ano Novo. Em Shwegyin existe o mi hmyaw pwe (မီး မျှော ပွဲ), cerimônia semelhante, mas onde o protagonista é o rio.

    Em Yangon, onde eu moro, as pessoas entopem as margens do lago Inle. Crianças, idosos e jovens se acotovelam para ter o melhor ângulo da festa das lanternas. Todos sentam na grama sem a menor cerimônia.

    Estranhos sorriem uns para os outros (muitos para mim), e trocam bênçãos e desejos de boa sorte. É mesmo muito parecido com as festas de Ano Novo nas praias de Santos, onde mães de santo, evangélicos e hare krishnas dividem as faixas de areia da praia para professar suas crenças e desejar um feliz período ao novo ano que se aproxima.

    Tanto lá como aqui, temos as velas e os fogos, o mar ou os rios. A natureza testemunhando a festa da esperança por tudo que vem pela frente.

    É incrível como somos intrinsicamente ligados. A humanidade toda. Tantas diferenças e ao mesmo tempo similaridades. Tanta diversidade e sonhos tão iguais… Paz, amor, sermos perdoados, sermos felizes, rir até a barriga doer.

    Seja qual for nossa crença, cada povo repete e denota um desejo profundo e inconsciente de multiplicar a luz e celebrá-la. Os símbolos mudam, a necessidade de encontrar o farol é a mesma.

    Bonito de ver, Caetano já dizia mesmo: Gente é pra brilhar!

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    Fabi Mesquita
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    Fabi é uma mulher de fibra, que carrega no coração o mundo inteiro. Jornalista e bailarina, tem mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e é doutoranda em Antropologia, mas nem liga para esses títulos porque o que ela gosta mesmo é de estar no meio da moçada, promovendo Direitos Humanos e empoderamento popular. Atua com educomunicação e juventude desde que se entende por gente, e ganhou em 2015 o título de mulher inspiradora pelo coletivo feminista "Think Olga" que nomeia os destaques femininos em suas áreas de atuação. Fabi é consultora em comunicação e mobilização social e ja trabalhou para diversas agências das Nações Unidas, além do CDC de Atlanta, além de diversas ONGs e Fundos. Escreve para esse blog desde 2013. Ela tem rodinhas nos pés e asas nas costas. Talvez por isso alguns a chamem de fada. Não tentem descobrir de onde ela é, porque ela pertence a muitos lugares e ao mesmo tempo a nenhum. Essa aquariana de riso farto, tira leite de pedra por onde quer que vá. Saiu do Brasil para morar na Indonésia em pleno pós Tsunami sem falar nenhuma palavra de inglês, se virou bem e daí pras Filipinas e Vietnã. Fez uma pausa no Brasil e depois Suíça. Agora está em Myanmar. Por quanto tempo? Não se sabe. Ela segue à risca o conselho de Frida Kahlo que diz: Onde não puderes amar, não te demores...

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