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    Home»Myanmar»Religiões em Myanmar: Os Nats em Myanmar
    Myanmar

    Religiões em Myanmar: Os Nats em Myanmar

    Fabi MesquitaBy Fabi MesquitaFebruary 25, 2021No Comments5 Mins Read
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    MOUNT POPA, MANDALAY REGION, MYANMAR - 2014/02/06: Statues of nats (spirits) at the foot of Mount Popa, a volcano standing 1,520 meters above sea level which is Myanmar's main pilgrimage site for the nats. (Photo by Thierry Falise/LightRocket via Getty Images)
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    Religiões em Myanmar: Os Nats em Myanmar.

    No último post, eu dissertei um pouco sobre a religião animista em Myanmar. Falei sobre o antiquíssimo culto aos Nats, uma religião essencial na cultura e folclore birmaneses.

    Os Nats eram adorados muito antes de qualquer outra religião estrangeira como o Budismo, Cristianismo ou Islamismo terem adentrado o universo birmanês.

    Os Nats são espíritos da natureza ou humanos, e cumprem o papel de proteger e orientar seus seguidores.

    Os de índole humana possuem características antropomórficas não necessariamente santas. Podem inclusive fazer mal aos seres humanos, de acordo com a crença professada.

    Religiões em Myanmar: Os Nats em Myanmar

    Quando leio as histórias destes “super-humanos”, alçados à categoria de entidades espirituais (anjos, guardiões ou guias), penso muito em diversas religiões espiritualistas encontradas no Brasil. Vários dos princípios que norteiam o culto aos Nats, se assemelham aos princípios orientadores de inúmeras religiões e práticas espiritualistas brasileiras.

    De acordo com essas religiões, os espíritos, geralmente são invisíveis ou assumem forma visível apenas em situações e datas especiais ou quando são “acessados” por médiuns e “empatas” (seres sensitivos com maior acesso ao mundo sobrenatural).

    Tanto na religião Nat como em diversas religiões brasileiras como a Umbanda, o Espiritismo e algumas formas de Xamanismo, considera-se que os espíritos podem se comunicar com o mundo humano vivente, se utilizando de um ponto de contato onde podem ser atraídos para uma consulta, uma orientação, um conselho ou para a entrega de alguma mensagem do mundo “superior”.

    Muitos seguidores sentem-se confortáveis ao consultar essas entidades antes de tomarem decisões relevantes em suas vidas.

    Nats, Myanmar
    Imagem da Nat Nan Gayaing, na pagoda budista Hanthagonepagoda. (Photo by Thierry Falise/LightRocket via Getty Images)

     

    A presença dessas entidades é muito importante para determinadas atividades religiosas, uma vez que esses espíritos possuem características humanas (incluindo as ruins, no caso de determinados espíritos).

    Nestes casos os birmaneses temem duas coisas: que os espíritos os prejudiquem em sua vida cotidiana, ou que eles possuam espiritualmente seus corpos). Portanto, é importante para seus seguidores manter uma boa relação com eles, atrair sua simpatia e evitar a sua ira, a fim de que essa relação traga sorte e fortuna e não ira e retaliação.

    Por isso, nas religiões animistas existem, além do culto e da prática espiritual propriamente dita, uma parte dedicada a ofertas materiais às suas diversas entidades. Tanto lá como cá, o agrado pode incluir doces, bebidas alcoólicas, comida, presentes e flores.

    Leia tambem: 10 pratos típicos de Myanmar

    Vi muitas palmas em um templo de Yangon, imediatamente minha mente me levou às praias de Santos, onde fiéis presenteiam com palmas a venerada Yemanjá.

    Fico tentando entender como se dá essa conexão. Coincidência, imitação, consciente coletivo?

    Difícil explicar, mas fácil de entender. Eu nunca tinha ouvido falar nos Nats, mas achava estranho porque sempre via por Myanmar, estátuas de pessoas com roupas e adereços nada similares aos símbolos budistas. Normalmente cercadas de flores e oferendas.  Muitas delas me lembravam imagens de ciganas, pomba-giras e curandeiros que eu já havia visto em centros de Umbanda.

    A que mais me captava a atenção era a de Bo Bo Gyi, um idoso. Todo lugar que eu ia o tal do homem estava lá. Em quadro, estátua, imagem de escultura ou altar. Demorei meses até descobrir que se tratava de Bo Bo Gyi Nat um dos Nats mais populares de Yangon, um espírito guardião das pagodas. Fiquei curiosa em conhecer mais sobre ele e acabei “esbarrando” na religião Nat, cujo veneração a Bo Bo Gyi era só a ponta do iceberg.

    Os Nats humanos quase sempre foram importantes na vida terrena, por isso acredita- se que serão poderosos também na vida pós morte e por isso são dignos de serem consultados.

    Nat kadaws

    Na concepção dos budistas birmaneses, a religião Nat é para ajudar os humanos em sua trajetória neste mundo, enquanto o budismo seria uma preparação para o próximo. Quase como se uma religião fosse mais conectada ao mundo material e a outra ao espiritual.

    A função do animismo Nat não é a adoração a Deus, mas o gerenciamento do mundo espiritual no plano terrestre. Como se fosse uma etapa anterior à busca espiritual.

    Os birmaneses acreditam que os Nats se comunicam com as pessoas por meio de médiuns, que são notoriamente conhecidos como os nat kadaws, que significa literalmente, “esposas dos nats”.

    Durante a incorporação eles dançam e rodam em uma espécie de cerimônia performática e ritual. A música para essas ocasiões é repleta de tambores, gongos e percussão. Reconhece o estilo?

    Os rituais e cerimônias são conduzidos pelos médiuns. Na maioria dos casos são mulheres, mas muito frequentemente entre seus líderes estão travestis.  Após entrarem em estado de transe, os canalizadores espirituais começam a dançar e imitar o comportamento que o Nat apresentava quando estava vivo.

    Mais uma mera coincidência?

    Um médium que “receba” o Nat Ko Gyi Kyaw, por exemplo, vai se servir de charuto e bebida. Durante sua incorporação um médium é capaz de tomar uma garrafa inteira de bebida forte e ao voltar a si estará perfeitamente sóbrio.

    De acordo com sua crença, quem bebeu foi o Nat e não o médium (exatamente a mesma crença professada por muitos espiritualistas no Brasil), e se portará como se estivesse alcoolizado, já que em vida, seu Nat era conhecido como um jogador compulsivo e um bebedor inveterado.

    Arquétipo muito parecido com o do Zé Pelintra, entidade da Umbanda que integra a “linhagem dos malandros”. Admirado por umbandistas e outros espiritualistas brasileiros, Zé é reconhecido como patrono dos bares, que amava a noite, a boêmia e era famoso por ser um amante da jogatina.

    Ambos gostam de receber bebidas, velas e moedas como oferenda. As Nats mulheres, assim como muitas das entidades brasileiras ou de religiões de matriz africana, recebem perfumes e flores.

    Mais uma coincidência? Como diria Shakespeare, “há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”.

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    Fabi Mesquita
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    Fabi é uma mulher de fibra, que carrega no coração o mundo inteiro. Jornalista e bailarina, tem mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e é doutoranda em Antropologia, mas nem liga para esses títulos porque o que ela gosta mesmo é de estar no meio da moçada, promovendo Direitos Humanos e empoderamento popular. Atua com educomunicação e juventude desde que se entende por gente, e ganhou em 2015 o título de mulher inspiradora pelo coletivo feminista "Think Olga" que nomeia os destaques femininos em suas áreas de atuação. Fabi é consultora em comunicação e mobilização social e ja trabalhou para diversas agências das Nações Unidas, além do CDC de Atlanta, além de diversas ONGs e Fundos. Escreve para esse blog desde 2013. Ela tem rodinhas nos pés e asas nas costas. Talvez por isso alguns a chamem de fada. Não tentem descobrir de onde ela é, porque ela pertence a muitos lugares e ao mesmo tempo a nenhum. Essa aquariana de riso farto, tira leite de pedra por onde quer que vá. Saiu do Brasil para morar na Indonésia em pleno pós Tsunami sem falar nenhuma palavra de inglês, se virou bem e daí pras Filipinas e Vietnã. Fez uma pausa no Brasil e depois Suíça. Agora está em Myanmar. Por quanto tempo? Não se sabe. Ela segue à risca o conselho de Frida Kahlo que diz: Onde não puderes amar, não te demores...

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