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    Home»Curiosidades Pelo Mundo»Religiões em Myanmar: O animismo
    Curiosidades Pelo Mundo

    Religiões em Myanmar: O animismo

    Fabi MesquitaBy Fabi MesquitaJanuary 28, 2021Updated:February 1, 2021No Comments6 Mins Read
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    Animismo, Nats, Myanmar
    Médium incorporado durante Taungbyon Nat Festival. Photo: Luisa Puccini/Shutterstock
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    Religiões em Myanmar: O animismo.

    Eu sempre achei muito estranho que em um país eminentemente budista, como é Myanmar, houvesse pelas ruas, em árvores e até nos templos, oferendas muito parecidas com as que vemos pelo Brasil, com doces, bebidas ou comida.

    Só não fiquei mais surpresa, porque eu já havia percebido que em países como o Vietnã, e a Tailândia, também possuem esse mesmo tipo de oferenda.

    Semelhanças com outras festividades e crenças

    Muito semelhante as que são feitas durante as festividades de ano novo, Cosme e Damião e muitas outras comemorações sincréticas, a maioria de religiões de matriz africana.

    Quando eu morava no Vietnã, eu notava que quase todas as lojinhas ou barraquinhas de comida ou bugiganga, tem lá seu cantinho onde a gente vê misturado o Confúcio, o Buda e outras entidades desconhecidas para nós. Na Indonésia, Jogjakarta também abriga um sincretismo.

    Aqui em Myanmar também é assim, e aqui isso é fruto do culto aos Nats, entidades incorporadas ao dia a dia do povo birmanês, através do sincretismo religioso.

    Leia também: Borobudur na Indonésia

    Os Nats (နတ် ) são entidades espirituais que fazem parte de uma religião animista popular, e antiquíssima em Myanmar. Relatos afirmam que esta foi a primeira forma de religião identificável encontrada na Birmânia.

    A adoração aos Nats é anterior ao budismo, e com a chegada deste, sobreviveu fundindo-se a ele. Nada diferente do que vivemos em nosso país com o sincretismo africano e indígena, ao catolicismo imposto pela colônia portuguesa.

    A prática animista ficou “tatuada “ na história, o folclore e na espiritualidade de Myanmar de tal forma, que transcendeu a religião Nat propriamente dita.

    Por isso, muitos budistas birmaneses, muçulmanos e cristãos, acreditam e cultuam esses espíritos chamados Nats.

    Religiões em Myanmar – O animismo

    Animismo, um termo guarda-chuva que designa diversas pequenas religiões ou crenças, nas quais acredita-se na existência de espíritos (humanos ou não), e que estes podem habitar em todas as coisas existentes, sejam elas sencientes ou não.

    O animismo pressupõe que o mundo é povoado por esses espíritos, e que estes podem se intrometer nos assuntos humanos, de forma positiva ou negativa.

    Uma multiplicidade de práticas religiosas conecta-se a essas crenças, incluindo médiuns dançarinos, curandeiros espirituais, astrólogos, videntes, tatuadores ocultistas, magos, curandeiros e quiromantes.

    Nisso também se parece muito com as práticas animistas do Vietnã, e ambas muito semelhantes as práticas animistas nos países africanos e da América Latina e Caribe. Muita música, alegria e roupas coloridas e vibrantes.

    Fiquei impactada logo na primeira vez que vi um ritual desse tipo no Vietnã e identifiquei muitos símbolos e arquétipos similares a inúmeros das religiões de matriz africana no Brasil.

    Budismo “zen”?

    Também é muito interessante entender que, por trás da imagem estereotipada que criamos sobre povos e religiões distantes, há mais diversidade do que reconhecemos.

    Em outras palavras, por trás da calma aparência de uma majoritária religião “zen” e tranquila (o zen aqui utilizado como eufemismo, já que budismo aqui é o Theravada é não o zen), existe uma agitada (e sonora) prática espiritual bem alinhada ao ocultismo antigo e às práticas xamânicas – aliás, a própria visão que a maioria de nós tem sobre o Zen Budismo é em si, uma caricatura.

    A religião animista não possui um livro sagrado ou registro documenta. Suas práticas são passadas de geração a geração, por um xamã, e transmitidas oralmente pelos seus praticantes.

    No início, os Nats venerados representavam forças da natureza, como árvores, dos lagos e rios ou colinas (me lembra muito o arquétipo dos orixás na cultura africana, ou as deusas-fadas da cultura celta).

    Com o passar do tempo, foram dando lugar a Nats humanos. Pessoas distintas, com histórias de vida particulares. Muitos desses Nats tiveram vidas sofridas que se encerraram com algum desfecho trágico.

    Quem são os Nats?

    É difícil achar uma definição exata para o que seria um Nat. Seriam algo como um anjo ou santo, para o nosso entendimento ocidental, mas essa não uma definição muito exata.

    Acredito que sua acepção se aproximaria mais de arquétipos relacionados às religiões de matriz africana, seja no candomblé, na Umbanda ou até em algumas linhas xamanísticas.

    Conhecendo as histórias de algumas entidades adoradas em Myanmar, observei várias similaridades entre elas e pretos velhos, pomba giras e marinheiros ou até mesmo entre pessoas como a martirizada Maria Féa, mulher assassinada no famoso “crime da mala “que passou a ser venerada por algumas correntes espíritas, por exemplo.

    Eu ousaria dizer que considero os antigos Nats mais similares às entidades africanas enquanto os Nats posteriores, mais humanizados, mais parecidos com as religiões posteriores, como a Umbanda, que eu já mencionei.

    Nats da natureza e Nats regionais

    Os Nats humanos, eram personagens históricos e legendários. Celebridades na época em que viveram e cuja maioria sofreu algum tipo de morte trágicas ou violenta.

    Existem 37 grandes Nats, todos humanos. Além destes, ainda existem os Nats da natureza, e os Nats regionais.

    No animismo, diferente de como ocorre nas grandes religiões, há a adoração de numerosos espíritos, e não há necessariamente uma posição hierárquica sobre um Deus sobre os outros deuses.

    A adoração aos Nats é antiquíssima. Cada povoado tem um Nat sin, uma espécie de santuário para dedicar honra ao Nat guardião da localidade, mas não é incomum encontrarmos Nats sins pelas ruas de Yangon, o que significa que ali está “assentada” uma entidade, responsável por proteger aquela quadra ou casa.

    Muitos desses santuários, que podem ser grandes ou bem pequenos (quase simbólicos) são anexados a troncos de árvores, ou brotos de bambu.

    Eles enfeitam esses lugares com flores, e acendem incensos. Alguns deles tem uma caminha vazia dentro, o que na minha opinião deixa o altar com cara de casinha de boneca.

    Outros tem pequenos altarezinhos onde eles colocam as imagens das entidades veneradas.

    De acordo com a crença local, é possível que as pessoas “herdem” um ou dois dos 37 Nats, como uma herança espiritual familiar.

    As pessoas também podem ter um espírito guardião pessoal chamado ko saung nat, e daí como não lembrar da oração do anjo da guarda ensinada para as crianças pelas avós? – Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador…

    No próximo mês falarei mais sobre os Nats.

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    Fabi Mesquita
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    Fabi é uma mulher de fibra, que carrega no coração o mundo inteiro. Jornalista e bailarina, tem mestrado em Educação, Arte e História da Cultura e é doutoranda em Antropologia, mas nem liga para esses títulos porque o que ela gosta mesmo é de estar no meio da moçada, promovendo Direitos Humanos e empoderamento popular. Atua com educomunicação e juventude desde que se entende por gente, e ganhou em 2015 o título de mulher inspiradora pelo coletivo feminista "Think Olga" que nomeia os destaques femininos em suas áreas de atuação. Fabi é consultora em comunicação e mobilização social e ja trabalhou para diversas agências das Nações Unidas, além do CDC de Atlanta, além de diversas ONGs e Fundos. Escreve para esse blog desde 2013. Ela tem rodinhas nos pés e asas nas costas. Talvez por isso alguns a chamem de fada. Não tentem descobrir de onde ela é, porque ela pertence a muitos lugares e ao mesmo tempo a nenhum. Essa aquariana de riso farto, tira leite de pedra por onde quer que vá. Saiu do Brasil para morar na Indonésia em pleno pós Tsunami sem falar nenhuma palavra de inglês, se virou bem e daí pras Filipinas e Vietnã. Fez uma pausa no Brasil e depois Suíça. Agora está em Myanmar. Por quanto tempo? Não se sabe. Ela segue à risca o conselho de Frida Kahlo que diz: Onde não puderes amar, não te demores...

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