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    Home»Advogadas Pelo Mundo»LL.M na Universidade de British Columbia
    Advogadas Pelo Mundo

    LL.M na Universidade de British Columbia

    Ann MoellerBy Ann MoellerJanuary 24, 2017Updated:October 23, 20171 Comment8 Mins Read
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    Em 2014, a Renata que mora em Vancouver, no Canadá, escreveu um artigo pro BPM sobre os requisitos necessários para um advogado brasileiro advogar no Canadá. Quando escreveu o artigo, a Renata tinha acabado de terminar o seu LL.M na University of British Columbia.

    Entramos em contato com ela recentemente para saber como está indo o seu processo de tornar-se advogada no Canadá e passar mais informações atualizadas para os leitores do BPM.

    BPM: Renata, você escreveu seu texto contando sobre o processo que precisaria seguir para tornar-se advogada no Canadá há pouco mais de 2 anos. Você completou o processo?

    Renata: Ainda não! O processo acabou mostrando-se mais difícil do que eu inicialmente antecipei.

    BPM: Quais foram as dificuldades que você encontrou?

    Renata: A primeira dificuldade foi em relação ao investimento financeiro. O curso acabou custando mais do que eu esperava. Apesar de ter-me sido passado um valor, existem custos embutidos na anuidade que eu não esperava. Isso, combinado ao custo de vida de Vancouver, do Canadá em geral, me fez ter que esperar um pouco mais para fazer as provas do NCA. O processo é bastante custoso, acho que paguei 450 dólares para obter o meu assessment e depois, 340 dólares para cada prova, para as quais precisei comprar livros e etc. E estudar por conta. Eu fiz as provas apenas em 2015, uma em maio e outra em agosto. As provas acontecem 4 vezes ao ano: em janeiro, maio, agosto e outubro, e nem sempre a matéria que você precisa fazer está disponível naquela sessão.

    BPM: Foi difícil estudar sozinha para estas provas?

    Renata: Foi trabalhoso. É mais difícil do que estudar com um professor, claro, leva mais tempo. Mas foi importante para que eu aprendesse a me virar. No Brasil somos muito mal acostumados. Isso é algo que hoje me chama bastante a atenção. No Brasil, mesmo na universidade, tudo é dado ao aluno. Aqui no Canadá, na América do Norte, em geral, é bem diferente. Se você vai a uma aula sem fazer as leituras prévias, sem estudar, você sequer consegue acompanhar as aulas. Então estudar por conta me ajudou a me preparar um pouco para o que vinha pela frente.

    BPM: E depois que você terminou as provas, quais foram os próximos passos?

    Renata: Aí veio a parte mais difícil. Conseguir articles, que é o estágio obrigatório. Antes de ter o certificado do NCA, os escritórios sequer olhavam o meu CV. A disputa por articles no Canadá é bastante intensa. São muitos alunos que se formam e poucas vagas disponíveis, ainda mais em tempos de crise. E é muito difícil disputar com alunos que fizeram o JD aqui (faculdade de Direito). Os Juris Doctor, ou JDs, como são chamados, têm vantagem porque geralmente trabalham nos escritórios já desde o primeiro ou segundo ano de faculdade durante o verão. E se eles se destacam, já garantem articles. Você precisa ter notas excelentes para conseguir uma vaga. Aqui eles levam as notas muito a sério, porque é a única coisa que eles têm para avaliar o conhecimento dos alunos. Eu não esperava por isso. Acho que eu devo ter mandado uns 50 currículos ou mais, e muitas vezes sequer recebia uma resposta. Foi uma fase bem difícil, muito frustrante.

    Diante da dificuldade que tem sido conseguir articles, a Law Society of Upper Canada, que é a de Ontário, inseriu uma forma alternativa de finalizar o treinamento, o LPP. Maiores informações, aqui.

    BPM: Mas eventualmente você conseguiu um estágio? Se sim, como conseguiu?

    Renata: Sim! Demorou um tempo, mas em fevereiro deste ano eu finalmente consegui articles. O que eu comecei a fazer foi mandar meu currículo para advogados e pedir que, mesmo que eles não tivessem articles disponíveis, se eles poderiam me encontrar para bater um papo, me contar sobre como era a prática deles, etc. Conheci muitos advogados bacanas, e depois de alguns meses, um desses encontros acabou sendo frutífero. O advogado gostou de mim e resolveu me dar um estágio. Eu digo que foi uma combinação de trabalho intenso e sorte.

    BPM: E como está sendo o seu estágio? É muito diferente da profissão no Brasil?

    Renata: Muito! Eu achei que tiraria de letra por já ter experiência no Brasil, mas não mesmo! Pelo menos não em contencioso. Pesquisar a lei aqui é pesquisar jurisprudência, e saber qual o caso atual, como interpretá-lo, como aplicá-lo. É bastante difícil, e eu ainda estou aprendendo. Levou bastante tempo para eu me adaptar, para entender como o sistema funciona, especialmente porque eu não estudei processo civil na faculdade, e tive que me virar pra aprender. Sozinha, porque meu chefe não tinha paciência pra me explicar. Como disse, aqui no Canadá a gente precisa aprender a se virar sozinho, não existe perguntar como fazer. A única vez que perguntei, levei bronca (risos). Mas tenho sorte de ter bons amigos, que sempre estão por perto pra me ajudar quando preciso.

    BPM: No seu texto, você diz que ao final do seu estágio, você fará a prova do BAR. É isso mesmo?

    Renata: Na verdade, eu já fiz. Eu achei que poderia fazer apenas ao final, mas uma vez que você tem articles/estágios, você pode escolher se fará no começo, no meio ou no fim do estágio, dependendo de quando o curso é oferecido. Deixa eu explicar como funciona o processo aqui em BC.

    Quando você consegue articles, você precisa então se inscrever na Law Society da província que você for fazer o estágio. Para fazer a inscrição, você precisa preencher diversos questionários e fazer um resumo completo da sua vida nos últimos 10 anos, tudo o que fez, onde morou, onde trabalhou, porque saiu do emprego, como saiu (se dispensado, demitido, etc.), se possui processos contra você, enfim. O processo é bem rigoroso. Se tudo der certo e você for admitido, você pode começar articles.

    Aqui em BC, um articling student precisa fazer um curso chamado PLTC (Professional Legal Training Course). Esse curso tem duração de 10 semanas e é bem prático, ele ensina a ser advogado, a prática, o dia a dia. Ele tem uma grande ênfase em ética também, o que é esperado da profissão, o que o advogado pode e não pode fazer. Durante o curso, o aluno é avaliado em 4 diferentes atividades: escrever uma opinião legal, um contrato, fazer uma entrevista inicial com um cliente e despachar com um juiz (o que por aqui segue um processo bastante formal). Ao final do curso, o aluno faz duas provas, uma de barrister (contencioso) e uma de solicitor (consultivo). Esse curso para mim foi a parte mais estressante desde que cheguei no Canadá. Estudei muito, muito mesmo!

    Ao completar o curso, o aluno então passou no BAR, e terminando o estágio, já pode ser advogado. Como disse acima, esse curso pode ser feito no começo, no meio ou ao final do período de estágio. Ou seja, você faz 9 meses de estágio e mais 3 meses de curso. Ao final desse ano, você finalmente é “called/chamado to the BAR”. Eu terminei esse curso no final de novembro, passei, e agora preciso terminar o meu estágio, que vai até o final de março. Aí, finalmente, depois de 4 anos por aqui, sou advogada!

    Honestamente, eu acho que o processo aqui no Canadá é mais difícil do que nos Estados Unidos, já que lá você não precisa passar por este estágio. Ao terminar a faculdade, você presta a prova do BAR e pronto.

    BPM: Renata, vou agora repetir algumas das perguntas que mais ouvimos de nossos leitores sobre a sua experiência. Como você fez com o visto?

    Renata: Esta é uma boa pergunta. Quando você termina o curso, você tem direito a um visto chamado post-graduate work permit. O tempo do visto vai depender de quanto tempo você estudou. No LL.M de um ano, ele normalmente vale por um ano. Uma amiga teve sorte de conseguir um de 3 anos, mas acho que foi um erro da imigração. O meu era de apenas um ano, e vencia em junho do ano passado. Como o meu noivo é canadense, eu apliquei para a residência por casamento (aqui união estável tem os mesmos direitos do casamento). Se eu não o tivesse conhecido, não sei se teria conseguido ficar. Talvez. Mas teria sido muito mais difícil. Existem outras formas para aplicar para residência, mas aí eu deixo para os interessados falarem com alguém especialista em imigração.

    BPM: Considerando o tempo que você está levando para finalizar o seu processo, você acha que vale a pena cursar a faculdade novamente no Canadá?

    Renata: Se você conseguir ser aceito na faculdade, eu acho que sim. Mas é importante lembrar que precisa passar no LSAT, e ser aceito. Eu tenho muitos amigos canadenses que não foram aceitos na faculdade de Direito aqui e foram estudar na Inglaterra, onde aparentemente é mais fácil ser aceito e há mais faculdades de Direito. Eles são ótimos advogados hoje em dia! O problema é que é bastante disputado.

    BPM: Você disse que foi um processo caro. Uma das perguntas que recebemos é sobre a possibilidade de trabalhar durante o curso. É possível?

    Renata: Na minha época, o visto de estudante não te deixava trabalhar fora do campus – ou seja, eu poderia trabalhar na universidade apenas. Sei que isso hoje mudou. Entretanto, o ritmo de estudo é bastante intenso, o curso é integral e eu acho difícil trabalhar durante o LL.M. Dá para trabalhar depois, enquanto estiver estudando para o NCA, mas durante o curso é difícil.

    Renata, muito obrigada pela entrevista e boa sorte na carreira!

    Leia outros textos da Renata sobre o assunto:

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    Ann Moeller
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    Ann é paulista de Santos e mora na Europa desde 1990. Morou em Lisboa por 6 anos onde estudou Engenharia no Instituto Superior Técnico, Dusseldorf, na Alemanha por 6 meses, 24 anos na Inglaterra e desde 2020 está na Polônia. É criadora & editora chefe da plataforma colaborativa Brasileiras Pelo Mundo/BPM. Recebeu o Brazilian International Press Award em 2013 na Categoria Evento Comunitário, pelo I Encontro das Brasileiras Pelo Mundo e já organizou vários Encontros do BPM em Londres e em Stuttgart, na Alemanha.

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    1 Comment

    1. Geo Kaline on February 9, 2017 2:54 pm

      Amei o post. Muito esclarecedor. Completou o meu entendimento com relação ao post anterior.
      Desejo muito sucesso a Renata e a todos os que estão nessa busca por um novo lugar, permanecendo na profissão originária.

      Reply

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