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    Home»Luxemburgo»Mudei para Luxemburgo – mas, onde fica isso?
    Luxemburgo

    Mudei para Luxemburgo – mas, onde fica isso?

    Patrícia SouzaBy Patrícia SouzaJuly 31, 20181 Comment8 Mins Read
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    Fonte: Pixabay
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    Mudei para Luxemburgo – mas, onde fica isso?

    Em 14.02.2018 oficialmente mudamos para Luxemburgo (mais precisamente Diekirch uma pequena vila ao norte do país). Apesar da sempre dificuldade inicial de encontrar um apartamento, ficamos muito bem localizados nesta pequena vila de cerca de quatro mil habitantes.

    Luxemburgo foi amor à primeira vista: coincidentemente viemos a turismo em novembro de 2017 e, neste mesmo mês, fiz a entrevista para a EY daqui. Naquele momento, soubemos que era aqui que queríamos morar. Com um ar medieval, que remonta aos tempos de castelos, reis e rainhas, Luxemburgo conserva seus monumentos históricos, tendo três sítios tombados pelo patrimônio mundial da UNESCO; porém, além de conservar muito bem seus monumentos, Luxemburgo está totalmente voltado para o futuro: o investimento maciço em desenvolvimento e infraestrutura o tornaram um grande canteiro de obras que impressiona a cada nova ponte construída.

    Fonte Arquivo proprio

    Mas, o que torna este pequenino Grão-Ducado tão especial? Luxemburgo é um dos menores países da Europa. Com seus 2.586 km2, faz fronteira com Alemanha, França e Bélgica e é possível tranquilamente atravessá-lo em menos de 2h de carro. O Grão-Ducado de Luxemburgo (nome oficial) é dividido em duas grandes regiões geográficas: Oesling (Ardenas de Luxemburgo) ao norte delimitado pela parte de florestas de pinus e carvalho, além dos castelos, que atrai muitos visitantes, e Guttland (“terra boa”) na região central e sul, que concentra a capital, regiões agrícolas, platôs, depressões, vales, enfim, 68% da área do país.

    População

    Com uma população de 600 mil habitantes, 48% dos quais puramente imigrantes – na capital, essa porcentagem sobe para 69% – apesar das três línguas oficiais (francês, alemão e luxemburguês), é possível escutar quase todas as línguas nas ruas. Na EY, a língua oficial é o inglês, embora sejam mais de 69 nacionalidades convivendo em uma mesma empresa – e essa é a realidade de quase todas as grandes empresas da região.

    O país é um caldeirão multicultural! No entanto, a maior e melhor surpresa veio ao nos mudarmos e pesquisarmos mais sobre a cultura e hábitos locais: a maior parcela de imigrantes residentes é de portugueses, que representam mais de 16% da população oficial, logo não é nada difícil se “virar” em português por esses lados. Apesar dos dados oficiais, muito provavelmente mais de metade dos residentes entendam ou falem português, considerando que a imigração de portugueses para cá começou no pós-guerra, e muitos hoje já são descendentes diretos nascidos aqui, portanto considerados luxemburgueses, contudo de ascendência portuguesa.

    As maiores populações de imigrantes se dividem ainda em franceses, italianos, belgas e alemães, e existe uma grande parcela que se desloca diariamente de seu país de origem para trabalhar aqui e voltar para casa ao final do dia – mais de 167 mil pessoas fazem diariamente esse movimento pendular (os chamados cross-borders), quase 28% da população, o que causa um dos grandes transtornos para esses lados: o trânsito. Nada comparado a grandes metrópoles como São Paulo, Nova Iorque ou Buenos Aires.

    Leia também: 10 Coisas que gosto na França – Parte 1

    Meios de transporte

    Para enfrentar esse transtorno, o Governo tem investido pesado no sistema de transporte público. Recém-inaugurado, o TramLux atende o novo bairro de Kirchberg que concentra a maior parte das empresas e centro financeiro da capital. A capital, contudo, é majoritariamente atendida por ônibus, de uma frota moderna, silenciosa e ecológica.

    O transporte intermunicipal se dá basicamente por trens e o custo de transporte público aqui, quando comparado com outros países, é irrisório. O meu cartão anual de trem me permite viajar o país todo utilizando qualquer meio de transporte público, a qualquer hora e, com o subsídio da empresa, pagar meros EUR 30 ao ANO! Para quem não tem subsídio, o passe mensal que dá direito a toda a rede de transporte nacional, custa EUR 50 (mês).

    Além dessas opções, existe um investimento importante também nas outras formas de mobilidade como bicicletas, pelas quais se paga EUR 15/ano, há subsídios para quem compra carros ou bicicletas elétricos, além de ser bastante comum ver os profissionais se deslocando de patinetes pelas ciclovias, especialmente agora no verão/primavera. Além disso, as estradas são perfeitas e quase todas as empresas ainda oferecem leasing de carro para os funcionários, e por essas bandas temos a gasolina mais barata da Europa. Com EUR 1/litro Luxemburgo recebe seus vizinhos diariamente que vêm em busca de combustível barato.

    Segurança e renda per capta

    Além de todos esses atrativos, Luxemburgo é considerado um dos países mais seguros da Europa e aqui se concentra uma das maiores rendas per capta do mundo (EUR 82.700/ano), com um salário mínimo de EUR 1.900. A parte ruim: aqui tudo é caro, menos a gasolina. Assim como Luxemburgo recebe seus vizinhos para abastecerem, Alemanha e França recebem os luxemburgueses para compras de mercado, materiais de limpeza e afins.

    Os preços por essas bandas chegam a ser 30% maiores que nos vizinhos. As altas cifras acompanham também os valores de alugueis: enquanto alugar um apartamento na Alemanha ou França custaria em torno de EUR 900, na capital de Luxemburgo, o mesmo imóvel não sairia por menos de EUR 2.000. Esses valores justificam o número diário de cross-borders vindos da Bélgica, Alemanha e França para trabalhar aqui. Com salários 20% maiores que os vizinhos, Luxemburgo apresenta uma menor tributação de renda que os outros países, o que o torna bastante atrativo – principalmente para os fronteiriços.

    União Europeia

    Este pequenino país ainda tem uma atuação política extremamente presente: Luxemburgo é um dos membros fundadores da União Europeia (UE), Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Nações Unidas e da União da Europa Ocidental. E juntamente com Bruxelas e Estrasburgo é uma das “capitais” da UE. Com isso, muitas das instituições da União Europeia têm sede por essas bandas. A cidade judiciária fica aqui e concentra a corte europeia de justiça, por exemplo.

    Além da presença dos órgãos e instituições da UE, Luxemburgo é conhecido pelo seu sistema financeiro e bancário, sendo o centro de fundos de investimentos da Europa, ficando atrás apenas dos Estados Unidos no mundo e liderando o sistema de private banking na zona do Euro, ou seja, o sistema bancário aqui é voltado para a administração de investimentos para pessoas físicas e gerenciamento de seus investimentos. O sistema financeiro corresponde a 1/3 do PIB do país, o que justifica também o grande investimento na educação e formação profissional para esse ramo.

    A vida como ela é

    Apesar de todos esses dados e números, o que faz de Luxemburgo tão especial? Embora eu tenha tido experiências realmente muito bacanas na Alemanha e ter um carinho imenso por Munique, lá eu sempre me senti uma estrangeira. Eu sabia que, por melhor que fosse meu alemão, eu jamais seria ou estaria no mesmo patamar de um nativo. Além disso, o alemão é muito prático e racional e isso se reflete em todas as esferas. Ou seja, as roupas e suas formas de se vestir (e o julgamento contra aqueles que se vestem diferente) são práticas, a alimentação é prática, enfim.

    Tudo funciona, sim, perfeitamente, porém não existe o degustar do alimento à mesa, como na Itália ou na França, por exemplo. Comer é uma necessidade, logo isso se reflete nos pratos e restaurantes. Depois de chegar aqui em Luxemburgo e mesmo ver as padarias, confeitarias, restaurantes – e ainda assim não se compara à França ou à Itália – eu comecei a traçar esse paralelo, com base nas minhas experiências. Os franceses, belgas e italianos com quem trabalho tiram 2h de almoço e aproveitam aquelas duas horas, degustam aquele momento. Em geral, na Alemanha, apesar de sempre termos tido momentos maravilhosos durante os almoços em equipe, existia um objetivo e deveria ser concluído rapidamente.

    Aqui existe também uma maior preocupação com a aparência e o vestir e as pessoas via de regra são mais abertas – ou seja, mais próximos da nossa cultura brasileira. Além disso, em um país composto por quase 50% de imigrantes e uma população de profissionais altamente qualificada, eu me sinto como igual. Todos falamos inglês, no entanto todos com as dificuldades e descobertas de quem não é nativo e todos têm as mesmas oportunidades, existe uma igualdade maior.

    Luxemburgo é literalmente uma caixinha de surpresas, um caldeirão de línguas, de culturas, de gastronomia e de paisagens incríveis. E está de braços abertos para novos moradores!

    Espero que vocês tenham viajado por Luxemburgo comigo e até o próximo texto!

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    Patrícia Souza
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    Patricia é gaúcha de Porto Alegre, administradora e casada. Descobriu que o mundo era maior que Porto Alegre em 2008 e, desde então, resume seus hobbies entre a próxima viagem e o planejamento para a próxima viagem. Já publicou poemas e plantou árvores. Morou em Munique entre 2016 e 2017, mudou para Colônia e desde fevereiro de 2018 vem descobrindo os encantos do pequeno gigante Luxemburgo, onde trabalha para a EY Consultoria Tributária, auxiliando outros expatriados com suas dúvidas.

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    1 Comment

    1. Hercídio de Paula Silveira Neto on October 11, 2018 7:48 pm

      Olá Patrícia, parabéns pelo seu blog e obrigado por compartilhar sua experiência conosco.
      Pretendo seguir o mesmo caminho. Minha esposa e filhos conseguiram a dupla cidadania Luxemburguesa, mas preciso de emprego para emigrar.
      Ainda procurando dentro da minha área – Engenharia / Controladoria / Auditoria / Gestão de Projetos e Modelagem de Processos.
      Adoramos a Europa e da última vez que estivemos em Luxemburgo sentimos a mesma atmosfera que você retratou aqui.
      Muito sucesso em sua carreira.

      Reply

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