Após um período curto na Tailândia, meu marido recebeu a proposta para mudar definitivamente com a família. Isso mesmo, para o outro lado do mundo.
Um país que eu conhecia muito pouco, para não dizer quase nada, além da fama das belas praias e culinária peculiar. Por isso, a minha dúvida era como mudar com meu filho, de pouco mais de um ano, para um lugar tão distante?
Comecei as pesquisas na internet (santa internet). Precisava saber como viviam, que país era esse, sobre o povo, a comida, a cultura, lugares para morar. Iniciei minhas buscas em sites de expatriados e acabei encontrando um universo infinito de pessoas que compartilhavam suas experiências de mudar de país. Dentre elas, algumas esposas que acompanhavem os maridos mundo afora, assim como eu.
As centenas de blogs de brasileiros ou de expatriados de outras nacionalidades, me ajudaram a elucidar quase todas as minhas dúvidas e anseios, além de me dar um empurrãozinho no inglês, que estava meio enferrujado. Precisaria utilizá-lo já que, do tailandês, eu não sabia nadinha.
Antes de chegar na Tailândia, pesquisei muito sobre a língua e descobri que o inglês é a segunda língua oficial do país, mas que, no início, seria muito difícil entender o inglês falado por eles, embora a comunicação fosse possível. Na verdade, não só no começo. Até agora, após dez meses, dependendo do lugar ou da pessoa, é quase impossível entender.
A busca mais importante era saber sobre segurança, educação e saúde, já que mudaríamos com um bebê.
Descobri que a Tailândia tem excelentes escolas internacionais. Teríamos um leque grande de escolas para escolher, desde totalmente tailandesas, escolas mistas inglês/tailandês, escolas francesas, escolas japonesas, americanas ou inglesas.
Uma informação que estava em quase todos os sites ou blogs consultados, era sobre a hospitalidade do povo tailandês, principalmente com crianças. De fato, toda a diferença cultural existente quase se anula com a atenção e o cuidado que eles têm quando se chega, em qualquer lugar, com uma criança.
Eu li nestes blogs que os serviços de babás ou de empregadas domésticas e, até mesmo, de motoristas, não eram artigos de luxo, mas serviços baratos, pois há muita gente de países como Nepal, Mianmar e da própria Tailândia executando esses trabalhos.
Uma coisa tínhamos em mente, seria muito enriquecedor para nós e para o nosso filho desfrutar de uma cultura diferente, escutar novas línguas e aprender sobre um mundo novo, cheio de historias milenares.
A segurança é algo incrível em um lugar com tanta gente. Apesar de alguns blogs comentarem sobre a corrupção na polícia, fiquei sabendo que andar por aqui é super tranquilo, podendo-se ir e vir a qualquer lugar. Lógico que sempre existem histórias sobre turistas entrando em furadas, com pacotes estranhos, ou que o taxista passou a conversa sobre alguma coisa, principalmente na área turística das cidades.
Quando se viaja com crianças, é sempre bom saber se o local aonde você está indo terá um suporte médico e farmacêutico bom. Não encontrei muita coisa a respeito, especificamente para crianças, mas descobri que a Tailândia é o país que mais faz cirurgia para troca de sexo no mundo e onde se trabalha/pesquisa muito com células tronco, para reabilitação de doenças degenerativas.
Embarcaram conosco uma mala de fraldas, leite e medicamentos de primeiros socorros, assim teria algum tempo para me familiarizar com os produtos tailandeses.
Logo que chegamos, precisamos de auxílio hospitalar e fomos bem atendidos em um pequeno hospital, em um balneário próximo a Bangkok, onde ficamos os primeiros quinze dias. Além desse, já conheci dois outros hospitais e fui muito bem atendida em todos. Você faz a consulta, realiza os exames e, em uma hora e meia, sai com os medicamentos em mãos.
Se você for morar na Tailândia, precisa ter em mente que é uma cultura totalmente diferente do Brasil. Eles são muito religiosos, a comida é diferente e os padrões de produção ou de servir os alimentos são diferentes dos nossos.
Você consegue se virar com o inglês, mas aprender palavrinhas básicas e números em tailandês vai ajudar muito, principalmente se for usar táxi.
Pesquise onde quer morar, se em Bangkok ou alguma outra província, pois alguns lugares não possuem tantos recursos, como escola ou alimentação, da maneia oferecida pela capital.
É lógico que nem tudo foram flores, na hora de pensar na mudança. Uma questão que passou e ainda passa muito em minha cabeça, é privar o convívio do meu filho com os avós, tios e demais amigos e familiares. Por um lado, enriquecemos em aprendizado e cultura, mas deixamos o convívio frequente com entes queridos, atualmente amenizado pela tecnologia.
Confesso que, com muito frio na barriga, chegou a hora de arrumar as malas e conhecer esse pedaço de mundo que nunca tinha planejado conhecer, muito menos, morar. Tinha o sonho de morar fora do Brasil, mas pensava em locais comuns, como América do Norte e Europa, no entanto a Ásia foi uma linda surpresa para mim!
3 Comments
Realmente…..foi uma surpresa….nossa filha …nosso neto e o nosso genro rumando pra tão longe…..mas aceitamos e apoiamos. ….a saudade dói. ..mas o crescimento profissional deles é muito grande….sucesso filhos com a bênção de Deus.
Olá jonine ,meu nome é Solange embarco para Tailândia agora dia 29 a princípio vou sozinha por uns meses para ver como me adaptar e me informar a respeito de escolas e TD mais pois tenho uma filha de 7 anos q pretendo levar comigo.
Se puder me ajudar com informações a respeito de escolas na capital agradeço .
Meu e-mail solwjc@hotmail.com
Olá Solange,
A Jonine Brancher parou de colaborar conosco, mas temos outras colunistas na Tailândia.
Você pode entrar em contato com elas deixando um comentário em um dos textos publicados mais recentemente no site.
Obrigada,
Edição BPM