Chatuchak: o mercado de rua imperdível de Bangkok!
Imagine um lugar onde você encontra de tudo, de tudo mesmo! Roupas, sapatos, acessórios, produtos de beleza, aromaterapia, perfumes, artigos de decoração para a casa, utensílios de cozinha, antiguidades, flores, comida… a lista vai longe! E, por isso, um dia inteiro é pouco pra conhecer o mercado de rua de fim de semana mais famoso do sudeste asiático!
O Chatuchak Market é simplesmente o maior mercado de rua de Bangkok. O site diz que é um dos maiores do mundo, e é fácil acreditar nisso: ele ocupa uma área de 27 acres, o equivalente a 11 campos de futebol. O espaço é lotado de estandes e barraquinhas, num total de mais de 15 mil lojas, divididas em 27 seções.
Ele só funciona aos fins de semana, das 7h da manhã às 6h da tarde. Eu passei quase o dia inteiro lá e tenho certeza que não vi mais do que 70% do mercado. A gente nem percebe que o dia está passando, tamanha a diversidade – dos produtos, vendedores e, claro, clientes! Por dia, passam mais de duzentas mil pessoas no Chatuchak, e cerca de 30% são estrangeiros. Acho que todos os turistas, do mundo inteiro, que visitam Bangkok se encontram lá! É muito divertido!
A diversão, aliás, começa já no lado de fora! Assim que a gente sai da estação de metrô, vê aquela área enorme – e bagunçada – do mercado. Na calçada, a caminho das entradas, encontramos diversos vendedores ambulantes e algumas pessoas pedindo dinheiro. A gente passa também em frente ao Parque Chatuchak, que é um jardim grande, bonito e que fica tomado por famílias fazendo piquenique, crianças brincando e gente descansando das andanças no mercado.
Assim que eu coloquei os pés lá dentro, vi que nada do que tinha lido a respeito se comparava ao que o Chatuchak Market é, de fato! Eu fui andando pelos corredores estreitos, com lojas de todos os lados, e não sabia pra que lado olhar! Alguns produtos são lindos; outros, chamam a atenção pela excentricidade; tem também coisa feia, brega; tênis de marca com preços ótimos (e, ao mesmo tempo, muiiiita mercadoria falsa!); bijuterias super diferentes feitas à mão…
A dica que todo mundo dá é que a gente precisa sempre pechinchar, porque os preços são inflacionados e, dependendo da cara do turista, os valores sobem um pouco mais. Mas, pra ser honesta, eu achei os preços tão bons, principalmente se comparados aos do Brasil, que acho que a barganha não precisa ser tão agressiva.
Outra informação bem útil é a de que o mercado tem um aplicativo e isso ajuda demais na visita, porque é muito fácil se perder pelos corredores e acabar passando horas dando voltas no mesmo setor. Eu fui com foco de visitar uma seção de artes plásticas, com trabalho de artistas que estão despontando, e amei! Vi quadros e esculturas maravilhosos! Acabei entrando sem querer numa parte de livrarias e sebos, com livros do mundo inteiro! Achei o máximo, principalmente pelo fato de ficar bem escondida – e, por isso, bem mais fácil de circular.
Encontrei, também por acaso, a vendinha de um senhor, cheia de relógios antigos, daqueles de madeira, com o Cuco. Cada um mais lindo que o outro! Tinha relógio da Itália, com 100 anos de idade. Da França, com 150 anos. Relógios alemães, holandeses, suíços… todos funcionando perfeitamente! Além de ter sido uma deliciosa volta ao passado, o bate-papo com vendedor tão simpático foi um presentão!
Se bater a fome, o que não falta é opção de comida. Tem os pratos típicos da comida de rua da Tailândia, como Pad Thai (um macarrão de arroz, carne e ervas, feito na frigideira); tem muito churrasquinho no espeto, igual os do Brasil; tem camarão e lula empanados e fritos; e até uma paella do chef espanhol Fernando, que transforma a preparação do prato em show para os turistas – e cobra um valor mais salgadinho pela porção. Ele cozinha, por dia, 14 panelões de paella – e vende tudo! Na alta temporada, entre os meses de novembro a fevereiro, precisa preparar, pelo menos, 16 panelões.
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Para a sobremesa, tem muita fruta fresca deliciosa! Eu nunca comi um abacaxi tão gostoso na vida como os da Tailândia. Tem também um sorvete de coco, servido na casca da fruta, e com milho verde salpicado por cima (é diferente, mas até que fica gostoso!) Uma sobremesa imperdível, na minha opinião, é o “sticky rice with mango”. É um arroz empapado, doce, servido com um pedaço generoso de manga e uma calda morna de leite de coco. Achei uma delícia! Mas, se puder provar em outro lugar, vai pagar mais barato. O sticky rice do Chatuchak Market foi o mais caro que encontrei em Bangkok.
Se bater o cansaço durante o passeio, é só entrar em um dos inúmeros espaços de massagem espalhados por lá. A massagem tailandesa é famosa e não é à toa! Eu fazia pelo menos uma por semana, de tanto que ela relaxa e alonga o corpo! Fora o quanto é barata – uma sessão de 1 hora, no corpo todo, sai em torno de uns 30 reais. Tem variação de preço e no Chatuchak ele não é dos menores. Ainda assim, vale a pena! A gente paga menos de 20 reais por uma massagem de 30 minutos nos pés, e sai de lá completamente renovada!
Antes de visitar o mercado, li que era bom levar dinheiro em espécie, porque nem sempre os vendedores aceitam cartão. De fato, na hora de experimentar os pratos locais, o pagamento é quase sempre feito em dinheiro. Em algumas lojas, vi gente pagando no débito e crédito. Mas como fui lá pra gravar meu vídeo – e não para fazer compras – não tive problema com pagamento de nada. Mas, caso o dinheiro acabe – o que não é difícil, porque o apelo é muito! – tem alguns caixas eletrônicos perto da seção de alimentos. A gente paga uma taxa por saque, mas pelo menos não precisa ficar circulando pelas ruas com muito dinheiro. Bangkok não chega a ser uma cidade perigosa, mas há, sim, a recomendação de sempre tomar cuidado com bolsas, carteiras, principalmente em lugares lotados, como o Chatuchak.
Se quiser saber mais sobre os mercados na Tailândia, tem um artigo bem legal aqui no Brasileiras Pelo Mundo a respeito de um dos mercados noturnos mais famosos de Bangkok, o Asiatique. E se quiser conhecer uma experiência completamente fora do circuito de turismo, tem outro texto que escrevi falando dos dias que passei em silêncio em um monastério, no norte do país. Espero te encontrar lá! 🙂