O sonho do Intercâmbio na Nova Zelândia.
O sonho de intercâmbio desperta muita expectativa e só se transforma em realidade quando foco, energia e planejamento são dedicados. A concretização desse projeto pode muitas vezes levar anos. Além de toda a preparação financeira e organização burocrática, existe ainda a parte psicológica. Quando estamos com medo, a tendência é nos autossabotarmos e inventar desculpas para adiar o projeto. Entender o processo e o passo a passo pode fazer com que as pessoas se sintam mais seguras e preparadas e o intercâmbio aconteça naturalmente e sem susto.
No texto anterior falei um pouco sobre o intercâmbio em si, e comecei a escrever sobre o que é necessário saber para se ter um intercâmbio sem surpresas. Mencionei sobre a escolha do país e cidade e ressaltei o quanto é importante se sentir confortável para que o aprendizado aconteça. Sem dúvida, muita pesquisa será necessária. Se quiser saber um pouco mais sobre as vantagens de se fazer intercâmbio na Nova Zelândia é só ler o meu texto “10 motivos para se fazer intercâmbio na NZ”.
Continuando então o passo a passo para um intercâmbio bem sucedido, é hora de pensarmos em mais alguns tópicos bem importantes:
3 – Defina o tipo de intercâmbio ideal pra você – Se ainda não tem inglês e deseja aprender ou melhorar a língua mundial, excelente, já sabe que países de língua inglesa e com cursos especializados são o ideal pra você. Caso já tenha um bom nível de inglês, você pode escolher um intercâmbio para aperfeiçoamento na linguagem de negócios, fazer um curso intensivo para uma reciclagem ou mesmo optar por uma especialização, graduação, pós, ou um diploma que irá, com certeza, complementar o seu currículo. Para jovens a opção de high school em um sistema de ensino diferente, aberto e prático pode ser o ideal. Fazer aquele curso que sempre te chamou atenção ou se aperfeiçoar no seu hobby são outras opções para ajudar a definir o intercâmbio ideal pra você.
4 – Duração do intercâmbio – Após definir o tipo de intercâmbio, é hora de analisar o período necessário para a conclusão do projeto. Esse também será o primeiro passo para seu planejamento financeiro. Se a ideia é aprender inglês, pense inicialmente em pelo menos 6 meses de curso. Caso queria somente aperfeiçoar, ou se preparar para uma prova de proficiência, pode se inscrever em cursos de 1 a 3 meses, dependendo do tempo que tem disponível. Ótima opção durante as férias ou licença do trabalho. Para se estudar high school é possível se matricular por apenas um termo, que são 12 semanas, ou 2 termos (6 meses), mas é recomendável o período de 1 ano para que o aluno se desenvolva e absorva as diferenças do aprendizado. Cursos de diplomas e pós graduação vão exigir um pouco mais de tempo, sendo estes com duração de aproximadamente 1 ano. Vários outros cursos de curta duração são oferecidos, combinados ou não com o curso de inglês.
Leia também: tudo que você precisa saber para morar na Nova Zelândia
5 – Trabalhar durante o intercâmbio – Caso você pretenda trabalhar durante seu intercâmbio, esse será um fator decisivo na hora de escolher o país e cidade onde morar. Pouquíssimos países hoje dão a possibilidade de trabalhar legalmente enquanto se estuda. Na Nova Zelândia e Austrália, optando-se por cursos full time (tempo integral) por mais de 14 semanas em escolas de categoria 1, o estudante tem direito a trabalhar 20 horas por semana durante o curso. Fazendo outros cursos mais específicos e mais longos, pode-se ter ainda outras vantagens como a possibilidade de o parceiro trabalhar sem limite de horas e as crianças estudarem com tarifas de alunos locais. Trabalhar, além de gerar uma renda extra, ajuda a aumentar o vocabulário e entender a cultura do país.
6 – Escolha uma agência séria e de confiança – Muita gente não entende as vantagens de optar por uma agência na hora de organizar a viagem. É importante entender que as agências muitas vezes têm preços exclusivos, já que representam um número bem maior que apenas um indivíduo e irão, além de facilitar a sua busca apresentando as melhores opções para seu perfil, lhe guiar durante o processo de escolha, matrícula e ainda lhe acompanhar durante o seu período no exterior. Para garantir todos os benefícios de se optar por uma agência, procure pelas que são especializadas nos países de sua escolha. Escolher agências que poderão te dar suporte no país de destino é outra dica interessante, pois em caso de qualquer problema você terá com quem contar e alguém que fala a sua língua. A agência deve estar apta a responder suas perguntas e lhe orientar, portanto várias questões além de preços devem ser consideradas.
7 – Acomodação – Outro ponto importante e que assusta os estudantes é moradia. É possível optar por residências estudantis, alugar apartamento, ou dividir casas com amigos ou conhecidos (flatmate), mas o mais procurado e interessante para intercambistas, em geral, é ficar um período pelo menos em uma casa de família (homestay). Assim, o estudante irá aprender um pouco mais sobre a cultura, praticar a língua, fazer a primeira network (rede de contatos) no país e, quem sabe, ganhar uma nova família e amigos no exterior. Considere ficar nesta opção por pelo menos 4 semanas, até que conheça um pouco mais sobre a localidade, aprenda a andar pela cidade e saiba onde comprar coisas básicas do dia a dia, isso com certeza irá facilitar sua estadia.
Acabei subestimando esse assunto ou talvez esteja escrevendo demais… Tópicos importantes como passagem aérea, custos a serem considerados, vistos e outros ainda precisam ser considerados. Os últimos passos e dicas para um intercâmbio sem surpresas ficarão para o próximo mês. Fique de olho.