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    Home»Áustria»Telenovelas e seu papel na vida dos austríacos
    Áustria

    Telenovelas e seu papel na vida dos austríacos

    Ana DietmüllerBy Ana DietmüllerOctober 16, 2016Updated:September 14, 20184 Comments5 Mins Read
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    Fonte: Pixabay
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    O papel das telenovelas na vida dos austríacos é, praticamente, nenhum! Nenhum!

    Só não é nenhum mesmo, porque, aqui na Áustria, os aposentados gostam de assistir sua novelinha, que vai ao ar lá pelas 15h, hora local. O capitulo inédito ocorre nesse horário e a reprise vai ao ar na manhã do próximo dia.

    Logo que cheguei aqui – como boa brasileira, viciada em televisão -, senti uma enorme diferença nesse nosso hábito de ligar a TV assim que chegamos em casa (eu fazia isso, quando chegava do escritório), nem que fosse apenas para o aparelho ficar “falando” sozinho, enquanto eu fazia minhas tarefas pelo apartamento. Aqui, definitivamente, não é assim! Não! E nem novela no “horário nobre” existe!

    Não há comentários da população dentro dos metrôs, ônibus, bondes ou trens acerca do capítulo anterior, ou do que o vizinho de banco acha que ocorrerá nos próximos capítulos. Não há! O que existe aqui é a transmissão de uma novela alemã. Então, ao fim e ao cabo, nem telenovelas a Áustria produz!

    Produz, sim, na sua grade diária, muita informação, cultura, esporte e documentários. Já vi muita produção excelente acerca do Brasil e aprendi coisas inéditas a respeito do meu próprio país, através da TV austríaca ou de suas coligadas europeias, às quais também temos acesso. Vejam que ironia, não?

    Leia também: Tudo que você precisa saber para morar na Áustria

    Os telejornais são concisos e informativos. O jornalismo praticado é, até onde posso acompanhar, independente e corajosamente combativo: já vi políticos eminentes em “saia justa” frente a perguntas muito bem formuladas pelos repórteres. Bonito de ver!

    Talvez essa isenção venha do fato de que a TV austríaca é financiada por um tributo. Isso mesmo: você quer conteúdo educativo, relevante e de alta qualidade, cidadão? Ok. Basta pagar os 25 euros/mês ao Estado onde você mora. Logo que me deparei com essa informação – para um brasileiro, estapafúrdia, de pagar imposto para olhar TV – fiquei furiosa: – mas como? Pagar para ver TV???!!! E eis que vem uma resposta que acabou por me convencer: – mas, Ana, você tem uma infraestrutura de primeira, um jornalismo que se pode chamar de isento, programas de excelente qualidade, praticamente sem existirem propagandas, nem marketing maciço. Como isso vai se pagar sem que o povo pague? Confesso que levei um soco no estômago, porque jamais sequer imaginei que isso fosse possível em se tratando de comunicação de massa, tão condicionada ao que temos no Brasil eu estava! Mas faz todo o sentido!

    A ORF (Österreischische Rundfunk, cuja história se inicia na década de 20 do século passado, com as transmissões de rádio, é liquidada durante a Anexação da Áustria, entre 1938 a 1945, retornando na década de 50, não só como radiodifusora, mas também como veículo de mídia televisiva), fundação de Direito Público, é a empresa que até a década de 90, detinha o monopólio das transmissões de rádio e televisão na Áustria. Desse período em diante, abriu-se a grade a empresas privadas de telecomunicações, sendo uma delas – inclusive -, propriedade do magnata austríaco, do Red Bull, a Servus TV.

    Mas deixemos as TVs privadas para depois e nos foquemos apenas na programação pública: a ORF, enquanto TV, é formada por 4 canais:

    ORF 1: veicula basicamente a programação infantil e muitos seriados norte americanos. Percebo que é direcionada ao entretenimento;

    ORF 2: mescla notícia, informação, documentários e entretenimento, sendo esse o canal que veicula a única telenovela existente na Áustria, às 15h12. Talvez esse horário explique o por que de apenas aposentados assistirem a novela.

    ORF 3: direcionada à história, cultura, documentários, e filmes de reflexão.

    ORF Sport: obviamente, voltada à transmissão esportiva.

    A TV, na sua consolidação após a II Guerra, contou com membros e agentes do governo, havendo um, em especial, que me chamou a atenção: o Ministro da Educação! Atualmente, quem dirige a companhia e dita os rumos da programação é um Conselho, formado por políticos e cidadãos. Muitos dos envolvidos no dia a dia da TV austríaca são pessoas de alta competência, como o historiador Hugo Portisch, por exemplo, e isso se sente na qualidade das transmissões e dos documentários veiculados. Há programas em que, de fato, é necessário disciplina para não se ficar horas em frente ao aparelho, de tão interessantes que são!

    Como já referi, a parafernália de comerciais durante a programação, é praticamente inexistente, se eu comparar com o que conhecemos no Brasil. Só existem propagandas ao final de cada programa. Jamais um filme será interrompido 4, 5 vezes, para que se façam inserções nesses intervalos. Não. Primeiro é transmitido todo o programa, e, quando ele chega ao fim, vem um aviso bem grande, Werbung (propaganda, em alemão), e aí, sim, são veiculados, no máximo, 2 ou 3 comerciais e volta-se a grade normal. Bombardeio de marketing, definitivamente, não há aqui!

    Programação excelente – naquilo que cabe ao meu gosto e ao da família, claramente – e, com essa organização da TV por canais com temas específicos, sei onde há o que me interessa e onde nem devo chegar perto, por exemplo.

    A ausência de mídia comercial excessiva, a ausência de programação fútil ou meramente arrecadatória aos interesses de seus patrocinadores e a ausência de telenovelas: combinação perfeita para se ficar em frente a TV todo o dia, certo? Não! E sonoramente, não!

    Depois que me habituei a esse esquema todo, sinto-me – por assim dizer – liberta! Chego em casa e nem lembro mais que há televisão ou que deva ser, imediatamente, ligada. Acendo o aparelho exclusivamente quando sei de algo que  me interessa e ponto! Tenho amigas, inclusive, que nem TV em casa têm e isso, aqui, é bem comum e ninguém fica chocado!

    Com tantas boas opções, não é só na vida dos austríacos que a telenovela não tem papel nenhum: passou a não ter na minha também.

    Simples e libertador assim!!!

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    Ana Dietmüller

    Ana é gaúcha de Porto Alegre e advogada. “Escrevinhadora” por aventura; curiosa e analítica por hobby. Acostumada aos 15 anos de correria profissional, quando chegou à Áustria, em 2012, precisou aprender a desacelerar: e, morar em um lugar que é destino de férias para muitos, ajudou bastante. Com outro olhar e outra alma, o mundo passou a ser visto através de cores, de cheiros, de sons, de sabores e de imagens maravilhosamente desconhecidos. Mora na Áustria com o marido e o filho e, após toda essa mudança de vida e de hábitos, escreveu seu primeiro livro: Histórias de morar fora. São crônicas que mostram como é, de verdade, morar fora do Brasil. Disponível pela Amazon na versão eletrônica e para impressão.

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    4 Comments

    1. Erika Martins Carneiro on October 16, 2016 8:38 pm

      Adorei, Ana! Bem assim, mesmo, adoro esses documentários e até sei qual é ou quais são as novelinhas alemãs que passam aí, hahaha.
      Beijo grande

      Reply
      • Ana Dietmüller on October 17, 2016 6:58 am

        Amore, Danke!

        Sim, aquela Sturm der Liebe capítulo 1900 e lá vai pedrada. Ahahahaha!!!

        Meu sogro era fã dessa novela. O pobrezinho já faleceu faz 2 anos e a coisa continua passando. Não aguento. Hahahaha!!!

        Baita beijo e obrigada pelo comentário!

        Reply
    2. Nádia on October 18, 2016 1:39 pm

      Olá Ana,

      Que belo e instrutivo texto !!!
      A cultura do brasileiro pelas novelas em sua maioria creio eu, existe pelo motivo de inspirar parte da população a sonhar … talvez uma vida como a que mostram as telinhas, já que a maioria não tem acesso a uma casa aconchegante, um gramado verdinho ou viagens nacionais ou internacionais,
      Claro, como brasileira não posso negar que temos boas histórias.
      Como brasileira, você bem sabe que acesso a lazer aqui no Brasil é um pouco diferente da Áustria ou seja kkk na Áustria uma caminhada é lazer, é estar em contato com a natureza coisa difícil de acontecer nas grandes Metrópoles por aqui já que temos poucos parques e pouco verde além do perigo em sair caminhando já que a segurança é falha.
      Mais uma vez sua morada nos mostra que o mundo fora das telinhas é bem melhor e divertido se bem dimensionado em favor do povo, se a renda for bem distribuída, se a natureza for bem cuidada se o povo for educado e houver harmonia.
      Nada é perfeito, más, tudo pode ser melhorado.
      Beijo
      Nádia

      Reply
      • Ana Dietmüller on October 19, 2016 7:40 am

        Querida Nádia!

        Muito obrigada por ler e comentar!

        Concordo contigo em gênero, número e grau! As coisas que faço aqui com meu pequeno, não posso me atrever a fazer aí, quando visitamos, por questões de segurança. O pouco acesso da população em geral a entretenimento é outro fato e nosso sistema educacional necessitando urgente de revisão. Tudo isso é verdadeiro.

        O que me move a escrever e trazer minhas experiências fora é o seguinte: fazer com que mais e mais pessoas tomem contato com outras realidades. E vejam que isso não é impossível. Talvez assim, em um futuro, consigamos empoderar o maior número de pessoas a querer semelhante e uma mudança possa se concretizar.

        O que mais me revolta no nosso sistema é o fato de que os homens de decisão, de poder, nada fazem para humanizar a vida do povo, torná-la mais simples, tranquila e digna. A perpetuação do mesmo é o que mais me incomoda na nossa política, porque, certamente, não é interessante formar uma nação bem esclarecida e que questione!

        Obrigada pelas tuas observações. São de grande valia!

        Grande abraço e até o próximo artigo!

        Reply

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