Em conversas informais com amigos finlandeses, eles muitas vezes me perguntam o porquê de haver tantos brasileiros apaixonados pela Finlândia que nunca vieram aqui. Eles não entendem principalmente porque, na visão de quase todos, o Brasil é o paraíso tropical do sonho de cada dia e é inconcebível imaginar que um brasileiro possa querer viver na Finlândia.
Não sei se minha teoria para responder a essa dúvida finlandesa é certa ou errada, mas acredito que essa paixão se dê pelo fato de que a Finlândia parece ter em abundância coisas que todos os brasileiros que sonham com uma sociedade mais justa esperam ter um dia.
Desde 2004, se fizermos um apanhado sobre tudo o que sai na mídia (coisas verdadeiras), encontramos o seguinte:
- país com o melhor sistema público de educação básica dentre os membros da OECD;
- melhor país em inovação;
- país menos corrupto do mundo;
- segundo melhor país para ser mãe (perdendo para a Noruega – estatísticas até janeiro de 2016);
- no top 10 dos países mais competitivos do mundo;
- um sistema de saúde pública eficiente (com suas falhas, mas funciona) e diversos programas de auxílio social;
- um sistema de impostos que, de certa forma, nivela a sociedade por conta de sua estrutura realmente progressiva – lembrando que o dinheiro dos impostos é o que permite a população ter todos os benefícios sociais, educação gratuita e saúde pública barata.
Voltando ao ponto inicial e adicionando a segurança a todos os ítens acima, acho fácil entender porque os brasileiros tendem a adorar tanto a Finlândia e os nórdicos em geral, pois todos têm um sistema parecido.
No entanto, como alguém que se propõe a informar, não posso falar apenas das coisas maravilhosas e alimentar ilusões. Eu amo a Finlândia, este é o meu país e eu também sou finlandesa, mas ele não é perfeito e passa agora por um momento muito delicado, com uma crise econômica bem séria que está longe de ser combatida sem que a população seja sacrificada e comece a perder, aos poucos, a tão prezada segurança social. A tendência futura é que, nos próximos anos, infelizmente, grande parte das estatísticas mencionadas acima sofra uma mudança considerável para pior.
Tentarei fazer aqui um rápido resumo sobre algumas das raízes da crise, para que vocês possam entender a situação. Para quem lê bem em inglês, escrevi um texto mais detalhado sobre isso em meu blog pessoal, que pode ser lido aqui. Aos economistas de plantão, este é um panorama básico sem intenção de entrar em detalhes e não englobará todas as características da crise, mas apenas as que eu pessoalmente considero mais difíceis ou quase impossíveis de serem resolvidas.
Desde 2009 a Finlândia vem sofrendo contrações em sua atividade econômica e, apesar de muitos adorarem culpar o euro como sendo o grande vilão da história, ele é apenas uma porção do real problema. Não podemos negar o fato de que há uma crise global acontecendo, mas eu me atrevo a dizer que por aqui estaríamos em crise de qualquer maneira, mesmo sem crise global.
Muitas pessoas acham que este sempre foi um país rico, mas se você pesquisar sobre a história da economia finlandesa, vai ver que até o grande boom que ocorreu em meados dos anos 90, problema nunca faltou, podendo incluir na lista coisas como fome e um índice consideravelmente alto de pobreza.
Quando a NOKIA se tornou a grande líder mundial das telecomunicações, isso contribuiu muito para o crescimento da economia, do PIB, das exportações (este sempre foi um país com balança comercial desfavorável) e do sistema de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, a empresa multinacional gerou milhares de empregos. Segundo a revista The Economist, de 1998 até 2007, a NOKIA foi responsável por 25% do crescimento da Finlândia, 30% do gastos totais do país em pesquisa e desenvolvimento e responsável por 20% de todas as exportações. Até este período houve épocas em que a empresa era responsável por 23% dos impostos corporativos do país. É muita coisa para uma empresa só!
E toda essa quase que dependência, gerou um estrago imenso quando, em 2012, por conta dos erros estratégicos cometidos ao longo dos anos, a NOKIA perdeu 90% de seu valor de mercado. Caos: essa é a palavra certa para definir o que todos nós sentimos quando isso aconteceu.
Outros fatores sérios que mostram claramente que o país estaria em crise mesmo se a crise do euro não existisse, além da queda da NOKIA são:
- O declínio do setor industrial, principalmente o florestal que era muito importante para a Finlândia: os altos preços da matéria prima e da logística por aqui tornam impossível competir com outros países. No caso da indústria florestal, países como o Brasil, por exemplo, além de oferecer melhores preços, possui clima muito mais favorável para o crescimento das árvores.
- O declínio da demanda doméstica por produtos domésticos: menos produção gera menos exportação; isso afeta o setor privado diretamente, pois é menos dinheiro entrando no país, menos investimento, menos crescimento. Resultado: os preços aumentam e o consumidor passa a buscar outras fontes de consumo, fora do mercado interno.
- Um terceiro ponto muito importante e que eu considero um dos mais sérios, pois para esse não existe plano econômico que possa resolver, é o fato de que a população finlandesa está envelhecendo. A cada ano a taxa de natalidade se mostra mais baixa e as pessoas vivem mais.
É óbvio que um país liderado por uma população velha, sem jovens em quantidade suficiente para renovar e inovar o pensamento da sociedade, vai ter problemas. O sistema se acomoda.
Uma população mais velha consome menos, produz menos e mais devagar e, acima de tudo, é mais relutante para aceitar mudanças. Além do que, custa demais ao governo, pois é ele quem paga as aposentadorias e a maior parte das contas médicas.
Agora, imagine tudo isso acontecendo ao mesmo tempo e agora, além dos fatores externos como a crise do euro e a crise da Rússia (mercado importantíssimo para a Finlândia)?
Os resultados vêm sendo bem ruins: o nível atual de desemprego está em 9.2% (janeiro 2016) e o governo está desesperado por conta da quantidade de dinheiro que está sendo gasta com ajudas sociais. Isso está refletindo demais em tudo e uma série de medidas bem radicais, que vão com certeza afetar a sociedade como um todo, estão prestes a ser tomadas para economizar e tentar movimentar a economia.
O governo está muito endividado e é lógico que quando isso acontece, a tendência é que, para se economizar, corte-se de diversos setores. Quais os que mais sofrem? Obviamente educação e bem estar social.
Ainda é cedo para sabermos o que realmente vai acontecer. O que é certo é que de agora até 2020, segundo previsões do governo, teremos que fazer sacrifícios para que a economia possa crescer. Ainda não temos como saber o quanto esses sacrifícios irão afetar o bem-estar social do qual ainda podemos gozar, mas acredito que a tendência é que cada vez mais os benefícios sejam cortados. Claro que não acredito que isso será eterno, tenho certeza de que o país irá se reerguer e eu estarei aqui, firme e forte, ajudando no que puder, mas agora, as coisas não estão indo nada bem.
Finalizo meu texto respondendo a uma pergunta que sempre me fazem: vale a pena imigrar para aí?
Minha resposta: sem emprego garantido ou sem dinheiro para se sustentar e viver de suas próprias rendas, no momento acho que há opções bem melhores.
11 Comments
Texto interessante, contudo alguns pontos e estatísticas mencionadas não são suficientes para exemplificar a questão. No caso da taxa de natalidade, não observei uma grandes alterações no período exposto pelo gráfico. A questão da falta de jovens inovadores, se realmente for assim, poderia ser atenuada oferecendo incentivos para que mais pessoas venham estudar na Finlândia, e claro criar mecanismos para que elas permaneçam no país após se formarem. Com relação a questão previdenciária, que realmente é preocupante no mundo todo em virtude do aumento da expectativa de vida, seria necessário reajustar as condições mínimas para se aposentar. Eu diria, vale a pena migrar para a Finlândia? Claro que sim, desde que você se planeje para oferecer crescimento ao país. Por hora bom texto.
Prezado Caio,
Obrigada por seu comentário. Vamos às explicações:
Sobre o gráfico: ele mostra que a taxa de natalidade reduz a cada ano. Temos uma população de 5.4 milhões de habitantes que mesmo para o tamanho do país é pequena. O problema que o gráfico mostra é que proporcionalmente o número geral de nascimentos aqui sempre foi baixo e agora está reduzindo ainda mais. Este é um problema real e uma preocupação séria que sai nos jornais constantemente, não é uma teoria ou opinião minha. Algumas cidades finlandesas estão inclusive oferecendo dinheiro para casais jovens terem filhos e se estabelecerem lá. O problema é que são cidades onde a população idosa é muito grande e não há muito desenvolvimento, por isso nem o dinheiro oferecido atrai os jovens.Sua sugestão sobre incentivar jovens a estudar e se estabelecer no país era exatamente a linha de pensamento da Ministra da Educação e Cultura anterior. No entanto, o governo atual está exatamente na contramão deste pensamento e acabou de instituir que as universidades passarão a cobrar anuidades de estrangeiros de fora da EU a partir do ano que vem. Ou seja: cada vez menos pessoas virão estudar aqui. Quanto a se estabelecer depois de se formar, isso é o que a Ministra que mencionei mais usava como argumento, no entanto, nunca aconteceu. Existe na Finlândia um protecionismo linguístico quase que absurdo. As empresas (mesmo as multinacionais) não querem contratar nem mesmo estagiários durante o verão que não sejam fluentes em finlandês. Ao olhar o site de empregos do governo, mesmo quando buscamos por anúncios em inglês que precisem de um profissional para se comunicar em inglês, nas especificações é comum encontrar “somente candidatos fluentes (oral e escrita) em língua finlandesa”. E vou te dizer que mesmo que a pessoa se esforce muito, em dois anos ela muito provavelmente não obterá a fluência necessária nesses dois quesitos. Quanto a questão previdenciária, há alguns anos já foi feita uma mudança. Aumentaram o tempo de contribuição. No entanto está acontecendo de a população entre 45 e 80 ou mais anos de idade ser maior do que a população mais produtiva (entre 25 e 40 anos). As pessoas estão vivendo da previdência por 30 ou 35 anos. Isso é muito. Tudo terá de ser revisto agora, pois o sistema está literalmente ruindo. Agora meu comentário sobre sua última colocação “claro que sim, desde que você se planeje para oferecer crescimento ao país.” Eu concordo com você plenamente que deveria ser assim, mas aqui, no momento, isso não está funcionando. Eu conheço estrangeiros poliglotas e super experientes, prontos para colocar a mão na massa, cheios de sonhos e, teoricamente, possibilidades, que estão dirigindo ônibus e trabalhando com limpeza, isso se não estão desempregados. Na Finlândia existe uma ideia um tanto nacionalista de que se há tantos finlandeses desempregados, é errado dar emprego a um imigrante, mesmo que ele seja melhor do que um finlandês. Claro que há exceções, mas elas são poucas. A quantidade de gente que desiste e vai embora, pois simplesmente não conseguiu chance nem mesmo de estagiar durante a universidade é enorme. As políticas de atração ao empreendedorismo estrangeiro, de busca por profissionais qualificados e de estímulo para que os jovens queiram permanecer aqui estão muito ruins e onda de nacionalismo está cada vez maior, infelizmente. Por isso minha resposta: Se você não tem emprego garantido ou possibilidade de se sustentar por um bom tempo, há sim opções melhores do que a Finlândia para se ir. Não me aprofundei nesses temas neste texto porque ele é somente um panorama sobre o que está acontecendo, sobre o que sai noos jornais e sobre o que o governo fala. Mais para frente pretendo desenvolver estes temas separadamente, pois eles demandam explicação mais afundo sobre como o sistema funciona. Um abraço
Olá maila realmente acertaste na mosca. A Finlândia agora está sobrevivendo graças ao bom credito que tem nos mercados e se endivida cada vez mais. É complicado falar na necessidade de uma população jovem e qualificada quando vemos a maioria dos estrangeiros ou desempregados ou sub-empregados…engenheiros pessoas com mestrados conduzindo ônibus ou fazendo limpeza por não conseguirem nada melhor…também ter uma população numerosa e jovem não é sinônimo de eficiência e inovação, a Turquia por exemplo tem uma alta porcentagem de jovens….mas não se houve falar muito do país pra além das praias e da crise de refugiados. Realmente a crise não é igual pra todos Europeus, estimativas do banco central europeu dizem que os países com pior desempenho econômico em 2015 foram a Grécia e a Finlândia. Nossos vizinhos conseguiram desvalorizar suas moedas e aumentaram as exportações, mas não é luxo que temos…já os Alemães parecem ser os maiores ganhadores dessa crise, não só saíram quase ilesos como se tornarão nos “de facto” chefes da Europa, caso o Reino Unido diga “goodbye” ao projeto Europeu…
Olá Rodrigo,
Obrigada por seu comentário. Gostaria só de expor alguns pontos com relação ao seu comentário, ok? A questão da população estar envelhecendo é um problema real, não é uma teoria ou opinião minha.Algumas cidades estão tão desesperadas por estarem “acabando” que estão oferecendo dinheiro para que casais jovens tenham filhos lá. O problema é que são lugares com tão pouco a oferecer, que ninguém quer ir nem pelo dinheiro oferecido. Dar emprego aos imigrantes super qualificados que estão por aqui seria ao meu ver também um excelente caminho. No entanto, existe uma ideia nacionalista e um tanto complicada por aqui, de que é errado dar emprego a imigrantes enquanto houver finlandeses desempregados. Infelizmente é fato de que se um imigrante residente com tudo certinho compete por uma vaga com um finlandês, mesmo que o finlandês não seja tão bom, muito provavelmente ele será o escolhido. A questão da língua também é um problema grave. Quando você vê as ofertas de emprego, mesmo as em inglês (sim!), nas especificações pedem “finlandês fluente falado e escrito”. E sem ter este nívelm você não é nem chamado para a entrevista. Claro que há exceções, mas no geral é assim que funciona. A questão da juventude inovadora, eu só discordei da sua comparação com a Turquia. Eu acho que esse tipo de comparação tem que ser feita entre países que tenham uma construção de sociedade e cultura parecidas. A Finlândia é um país que tem a inovação como carro-chefe de seu sistema educacional e de R&D. Os nórdicos todos, aliás. Já a Turquia, tem um tipo de estrutura de sociedade e cultura tão adverso à Finlândia… As oportunidades são muito diferentes e a sociedade não laica também “atrapalha” muito a questão do desenvolvimento. A prioridade das pessoas é muito diferente, não tem como se comparar com a Finlândia. Meu ponto também não era dizer que precisamos de uma quantidade numerosa de jovens, mas que precisamos ter jovens. Atualmente a quantidade de pessoas nas idades mais produtivas na Finlândia (que é considerada entre 25 e 40 anos de idade) é menor do que a quantidade de pessoas em outras faixas etárias. Além disso, a cada ano que passa o número de nascimentos diminui, ou seja, não há muita perspectiva de que essa população irá aumentar. Isso sem contar que as pessoas estão realmente vivendo muito mais de 80 anos. Não é nem difícil ter conhecido pessoas que faleceram já centenárias. Isso significa que esta pessoa viveu da previdência social por quase 35 anos! É muito tempo! O governo precisa realmente criar estratégias e um novo sistema, pois o que temos agora está ruindo. Um grande abraço!
Olá Maila, Já vivo aqui ha muitos anos e sou Finlandes-Brasileiro, concordo completamente com o que dizes a respeito de que ser estrangeiro aqui e falar vários idiomas não é visto como mais valia, pras empresas locais não adianta alguem falar falar 6 idiomas se nao fala finlandes e ou sueco. Com relacao à Turquia estou ciente que os países tem culturas, tamanho de populacao, clima diferentes etc. Usei a Turquia como referencia por uma razao especial, é um país candidato a entrar na UE e é tambem o mais próximo país com uma percentagem significante de jovens. quase todos os países da UE/EEA com pequenas excessoes como a Irlanda e Islandia são bastante envelhecidos.Veja que concordo que o evelhecimento Europeu nao é teoria e sim fato, De qualquer maneira como disseste, é difícil argumentar com as pessoas que o país terá falta de mao de obra no futuro, quando no presente o desemprego é mais de 9%. Continuo concordando com voce, apenas digo que para os politicos de plantao, o que consideram a preocupacao do momento é a de conseguir chegar aos 72% de empregabilidade ( o que é um grande desafio para o centre party). Muitas pessoas usam o argumento que se a Turquia entrasse pra UE contribuiria pra diminuir o envelhecimento populacional, mas tambem nao sou um dos que apoia essa teoria. Penso que as pessoas tem tido cada vez menos filhos por várias razões, uma delas é o alto custo de vida que continua aumentando, o outro e a pressao pra dar aos filhos hobbies etc que na Finlandia são carissimos. Li uma historia sobre um pai de 3 filhos que teve de os tirar do hockey no gelo quando perdeu seu emprego. Os meninos que já faziam esse esporte a varios anos ficaram arrazados, mas fazer o que, quando não há o suficiente pra pagar anuidades e equipamentos….
Exatamente, Rodrigo
Concordo com tudo o que você escreveu. A questão da Turquia entrar para a UE é muito complexa e eu também não acredito que isso vá trazer a Europa a mão de obra jovem que tanto falam. Aqui temos inclusive um bom exemplo de que isso não vai acontecer porque a quantidade imigrantes turcos é imensa. Vide a quantidade de pizzarias e kebaberias, né? Eles até tentam empreender, mas é um tipo de empreendedorismo que não está mais servindo, um mercado esgotado. Isso sem contar nas diferenças culturais por conta do forte fator religioso que não é aceito pela maioria dos finlandeses. Estamos realmente num momento muito complicado. Acho que essa estratégia do governo atual, de brecar a imigração dificultando as políticas, obrigando as universidades a cobrar anuidades e de estipular uma renda consideravelmente grande para casos de reunião familiar, pode vir a prejudicar ainda mais o país. Entendo que o que eles pretendem com isso é doficultar a entrada de pessoas que possam vir a precisar do sistema social enquanto eles tentam “arrumar a casa” e acertar a situação de quem já está aqui, mas é uma estratégia arriscada, pois pode tirar a Finlândia do foco totalmente a muito maior prazo do que se pretende. Mas vamos continuando nossa jornada tentando ajudar como podemos, não é mesmo? Acho que nós, finlandeses com duas nacionalidades e uma visão de mundo mais multicultural temos muito a fazer, pois temos uma visão de dentro e de fora. Legal “conhecer” alguém com background parecido com o meu. Adoro saber como pensam os outros finlandeses-brasileiros que vivem aqui. Um abraço
Gostei do texto. Eu como economista vejo uma mudança de eixo de poder. O mercado asiático está retirando o posição de destaque de vários países da Europa e da América. Os lugares da Europa que acredito que vão se sustentar, são os mais financeiristas.
Olá Ramon,
Muito obrigada por seu comentário. Eu acho que sua teoria faz muito sentido e o governo daqui já sentiu que precisa mudar a estratégia. As mudanças que vêm ocorrendo são bem drásticas e estão levando o sistema para uma linha bem menos social democrata e mais capitalista. É difícil saber se este é o caminho, mas é fato que o país não está mais conseguindo mais sustentar o sistema social. Pretendo escrever mais sobre as mudanças que estão ocorrendo em meus posts futuros. Será legal ter sua opinião. Um abraço
Olá Maila,
Sou professor de História, apaixonado pela história e organização da Finlândia, atual, seja no aspecto educacional, jurídico e politico. Assim, só tenho que te agradecer, a cada informação retratada em seus comentários, mesmo aquelas mais difíceis diante da conjuntura vivenciada na Finlândia, confesso que não pedir a esperança em destacar esse país como o primeiro em minha lista, a ser meu refuljo quanto escolha a novo lar, caso a situação no Brasil fique insuportável, um indiscutível caos, digo isso, pois mesmo amando meu país, tenho preocupações: quero manter a segurança de minha família, fiz alguma analises dessa problemática e comparei com outras demais, de colega historiadores, e como eles, acreditamos que o Brasil não aguentará um novo retrocesso à democracia, como este que se estar concretizando aqui no Brasil. Enfim, gostaria de ter parabenizar por seus comentários e informações e pedir que continuem nós informando de tudo que poderes, sobre esse país fantástico: justo e seguro. Forte abraço e iluminação sempre.
Olá Francisco,
Seu comentário me deixou muito feliz. Sempre que recebo comentários positivos sinto que o trabalho e o cuidado que tenho ao produzir esses textos valeu a pena. Fico ainda mais feliz quando recebo esses comentários de profissionais como você, que muito provavelmente têm base para criticar os textos, mas acabam por concordar ou aceitar meus argumentos.
Muito obrigada!
Maila, gosto muito da cultura da Finlândia, e hoje aqui no Brasil uma amiga começou uma discussão sobre como a Finlândia é um paraíso em função do seu sistema de educação. E eu disse que nem tudo eram flores ai na Finlândia e comecei a pesquisar um pouco mais para ter mais argumentos e eis que descobri seu texto, que achei maravilhoso.
Eu tenho uma pergunta com relação a educação na Finlândia. Fala-se tanto no sistema moderno implantado ai, que é diferente de quase todo o resto do mundo, e que boa parte dos educadores sonham implantar, mas na tua opinião, você acha que essa forma de ensino é a melhor para preparar a futura geração da Finlândia afim de conseguir resolver os problemas que o país enfrenta?
Muito obrigado por sua atenção.
Abraço.