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    Brasileiras Pelo Mundo

    Quer ter um ano sabático?

    Marina MazzoniBy Marina MazzoniDecember 31, 20182 Comments6 Mins Read
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    Foto: Unsplash
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    Quer ter um ano sabático?

    Eu sempre quis. Eu achei que faria isso aos 40 anos. Mas meu ano sabático acabou vindo mais cedo, aos 36. A verdade é que eu não estava planejando, ainda, reservar um ano para ter tempo pra mim e minhas buscas pessoais. Eu estava me programando para fazer algumas mudanças na vida – que exigiriam uma boa reserva financeira e desapego a muitas coisas materiais, hábitos e rotina. Mas aí me veio um click, um desejo muito forte de adiar a mudança e poder mergulhar fundo em algumas questões e desejos que viviam me rondando.

    Como eu já tinha me organizado financeiramente e estava em fase de terminar de desmontar apartamento, topei arriscar e viver a aventura que é ter um ano sabático. E já que ouvi, durante todo esse período, muitas perguntas a respeito de como me organizei para isso, decidi compartilhar alguns passos que antecederam essa aventura.

    A primeira informação pode até desanimar muita gente que está doida pra chutar o balde e quer fazer isso de uma hora para outra: eu demorei alguns anos para chegar até aqui. Cada pessoa vive uma realidade financeira e está disposta a fazer diferentes concessões e sacrifícios, certo? Então pode ser que para você os processos sejam mais rápidos, ou mais longos.

    Há alguns anos eu estipulei uma quantia mínima de dinheiro que reservaria, todo mês, e esse valor era sagrado. Calculei isso em cima de um orçamento que me permitia ter um estilo de vida que me agradava e atendia, mas é claro que eu abri mão de algumas coisas. Um exemplo simples: eu deixei de ter carro há alguns anos. Antes mesmo de decidir juntar dinheiro, tinha entendido que viveria menos estressada e gastaria menos grana se me tornasse usuária de transporte público e táxi (e depois, dos aplicativos de transporte). Com isso, eu conseguia ter muito mais dinheiro livre tanto para usar em outras atividades que me interessavam, quanto para guardar.

    Leia também: Ano Sabático: o que é? Para que serve?

    Eu também já não estava mais numa fase em que queria ter uma vida social noturna tão intensa. Eu continuava encontrando amigos, saindo, indo a shows, teatro, cinema, mas com menos frequência do que fazia anos atrás. Depois que decidi fazer a tal mudança de vida, passei a considerar, com mais detalhes, no que investiria meu tempo e dinheiro.

    Compras de roupas, sapatos, acessórios também começaram a passar em um crivo. E esse exercício foi um dos mais ricos, porque, de fato, o clichê de que a gente precisa de pouco pra viver é uma grande verdade. E comecei a me sentir muito mais leve e livre quando passei a, verdadeiramente, não sentir necessidade de consumir esse tipo de produto com tanta frequência.

    Fiz mais uns ajustes aqui e ali, mas, de fato, mantive muitas coisas que me davam prazer e me ajudavam na construção da mudança. Praticava yoga, meditação, frequentava alguns cursos de autoconhecimento e sentia que tudo isso me preparava para o grande passo que eu ia dar. Porque ter um tempo longo, pra si mesmo, é um dos maiores presentes que a gente pode se dar, mas é também uma viagem intensa, cheia de curvas inesperadas e desafiadoras – e ter ferramentas para lidar com essa montanha-russa emocional foi, no meu caso, indispensável.

    Talvez por isso a minha mudança não tenha se desenrolado tão rapidamente, porque eu não quis abrir mão de tanta coisa de uma vez só e sinto que talvez eu soubesse, lá no fundo, que não precisaria me organizar apenas em termos materiais.

    Antes de começar a viagem, eu precisei “desmontar” o apartamento onde morava e isso também levou um tempinho. Comecei a vender os móveis com uns dois anos de antecedência, fiz tudo aos poucos, calculando o que podia ir primeiro e o que ainda me faria falta.

    Foi também um exercício incrível, porque eu tive que revirar cada canto da casa e fui descobrindo uma tralha que eu nem imaginava que existia lá. Eu sou uma pessoa que não costuma acumular muitas coisas e tenho o hábito, há muitos anos, de sempre fazer faxinas na casa, guarda-roupa, armários, e doar o que não está em uso. Mas nada como ter que virar a vida do avesso pra descobrir que a gente ainda se agarra a muita coisa.

    E é maravilhoso você começar a observar detalhes da sua rotina para descobrir, de fato, quem você é, qual é o estilo de vida que você realmente mantém e quais são as fantasias que você tem a respeito da sua rotina – quem nunca comprou um utensílio doméstico achando que seria indispensável e engavetou o coitado pouco tempo depois?

    Leia também: 10 dicas para quem quer mudar de país

    Nesse processo de vender minhas coisas, eu vivi momentos muito especiais com as pessoas que estavam comprando o que não era útil na minha vida. Lembro de uma família que levou os móveis do quarto e comemorava por, finalmente, poder mobiliar a casa como tinham sonhado. Ou do rapaz que comprou minha máquina de fazer café espresso e, assim como eu, era doido pra ter isso em casa.

    Quando anunciei a venda da televisão, recebi mais de 50 propostas de compra em menos de 2 horas e o cara que entrou em contato comigo primeiro ficava me mandando mensagem, sem parar, pra ter certeza que a televisão estava reservada pra ele. Eu fiz tudo com muito prazer, alegria e gratidão e abençoava cada coisa que eu vendia, e o dinheiro que chegava.

    Algumas roupas eu doei, muitas eu vendi, aliás, vendi roupa, sapato, bolsa… fazia bazar na empresa onde eu trabalhava, vivia levando sacolas e sacolas, e era também uma diversão! E aí, quando via as colegas e amigas usando as peças que tinha vendido, me dava uma sensação muito legal de dever cumprido, como se aquilo já tivesse encerrado um ciclo pra mim e agora seria parte de novos ciclos, pra outras pessoas.

    Eu fico dividindo esses detalhes porque eu sinto que por trás de cada passo prático que eu dei, houve também uma generosidade muito grande da vida em me ajudar a me despedir do que eu conhecia, do que era familiar, e me abrir pra tudo de novo que estava por vir.

    Quanto aos gastos durante o ano, eu conversei com muitas pessoas que já tinham passado pelos países que pretendia visitar e pude fazer um levantamento do quanto gastaria pra me manter lá, a cada mês. Mais uma vez, uma tarefa que exige um tempinho, porque, para o meu temperamento, era importante ter o dinheiro dos gastos e uma reserva pra segurar qualquer imprevisto – e eles acontecem, posso garantir!

    Se ter um ano sabático é um sonho seu, ou se ficou com vontade de experimentar isso depois de ler este texto, vamos continuar a conversa nos comentários?! Muita gente dividiu informações preciosas comigo e compartilhar tudo isso, pra mim, é mais uma forma de agradecê-las.

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    Marina Mazzoni
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    Marina é mineira e jornalista. Trabalhou em emissoras de tv de Belo Horizonte por 14 anos e em dezembro de 2017 pediu demissão pra ter um ano sabático. Comprou uma passagem só de ida pra Índia, onde fez um retiro espiritual. Passou por outros países da Ásia, foi para Europa e o resto do roteiro ainda está em construção.

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    2 Comments

    1. Ingrid Freitas on January 3, 2019 5:57 pm

      Que relato maravilhoso! Dá uma sensação boa só de ler. Espero, um dia, ter oportunidade de fazer algo parecido.

      Reply
      • Marina Mazzoni on January 3, 2019 6:29 pm

        Obrigada, Ingrid! Que bom que gostou e “viajou” comigo! Tomara que tenha essa oportunidade! Ela vai ser inesquecível! 🙂

        Reply

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