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    Home»Turismo Pelo Mundo»A Capadócia além dos balões
    Turismo Pelo Mundo

    A Capadócia além dos balões

    Cristhiane MutluBy Cristhiane MutluFebruary 26, 2019Updated:February 26, 2019No Comments6 Mins Read
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    Foto: Arquivo Pessoal
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    Não sei se todo mundo, mas eu sim. Sempre que ouvia falar da Capadócia estava relacionada ao passeio de balões e casas de pedra dentro das rochas. E foi com esse pensamento que fui conhecer esse roteiro imperdível na Turquia.

    A Capadócia ficou muito conhecida entre os brasileiros quando foi cenário de uma das novelas das 21 horas, em uma TV de grande audiência, no ano de 2012-2013.

    Mas o cenário que era mostrado contribuiu para a construção desse ideal em minha mente (risos). E naquela época eu nem sonhava que moraria na Turquia!!

    E cinco anos depois aqui estou, escrevendo sobre essa cidade tão curiosa, misteriosa, rica culturalmente e com tradições e costumes que nos deixam com uma aguçada curiosidade. Vou ressaltar neste texto o que me chamou mais atenção, mas há muito mais além para se ver e conhecer por lá.

    Bom, cheguei à Capadócia pela madrugada, contando as horas para amanhecer e poder observar tudo com muita atenção. Mas nem precisei contar muito porque às cinco da manhã comecei a escutar um barulho muito diferente do lado de fora do teto do quarto do hotel… Olhei pela janela e, surpreendentemente, contemplei uma vista esplendorosa e o barulho vinha da caldeira dos balões subindo e passando por cima das casas, hotéis e rochas. Lindo! Inesquecível!

    Após o café da manhã nos preparamos para conhecer os lugares turísticos e cada vez mais deslumbrada ficava com a geografia tão diferente do local. O Göreme Open Air Museum é uma visita obrigatória. Com muita história para mostrar, pinturas ainda conservadas nas paredes das igrejas primitivas e casas nas rochas nos ensinando muito sobre aquela época.

    Foto: Arquivo Pessoal

    No segundo dia fui visitar Kaymaklı, onde fica uma das maiores cidades subterrâneas e foi algo para guardar a vida inteira na memória. São quatro andares subterrâneos liberados ao público para visitação, mas o total é de sete andares. Na cidade é possível ver espaços destinados antigamente para manter animais, como estábulos, lugares para a produção de vinho, quartos e cozinhas. Segundo a história do local, estima-se que cerca de seis mil pessoas conviveram nessa cidade ao mesmo tempo.

    Kaymaklı fica em torno de 20 quilômetros de Nevşehir, local onde está a maioria dos hotéis para hospedagem. Ela foi aberta ao público no ano de 1964, mas sua origem é bem mais antiga, acredita-se que no ano de 1200 a.C. Provavelmente as pessoas a povoaram até o século XIII. Ainda existem muitos mistérios sobre essas cidades e as datas ainda não foram completamente comprovadas, mas sabe-se que representavam segurança para muitas famílias que por ali moravam, fugindo da perseguição aos cristãos naquela época.

    Um fato que achei muito interessante é como cozinhavam. Tudo era feito durante a noite para que ninguém visse a fumaça e isso chamasse a atenção para o local. E toda a comida preparada deveria durar de 2 a 3 dias porque não poderiam repetir esse ato diariamente. As entradas e túneis são estreitos e em muitos deles precisamos nos curvar para passar. Foi uma sensação incrível poder caminhar por esse lugar e sentir um pouco de como era a vida e quão sábio é o ser humano, pois naquela época não havia a tecnologia de hoje e tudo foi muito bem construído, com saídas e entradas de ar e luz. Algo que nos faz refletir bastante.

    Leia também: Como é viajar sozinha pela Turquia

    Outra coisa que me chamou bastante atenção na Capadócia foi a visita a uma cooperativa onde são ministradas aulas de tapetes artesanais. Uma prática já escassa na Turquia. Nessa cooperativa os alunos aprendem o valor dessa cultura e a importância de não perdê-la. Os tapetes também são colocados à venda e ajudam famílias a se sustentarem com essa renda. O presidente da cooperativa é muito simpático e foi ele quem nos acompanhou nessa visita. Melhor ainda porque fala vários idiomas, entre eles o português.

    A cooperativa dá oportunidade aos moradores locais, assim o governo ajuda e os moradores não precisam migrar para outros lugares. O curso dura oito meses e as mulheres podem trabalhar lá ou ficar em casa confeccionando tapete com o próprio tear (que é fornecido pelo governo também). Alguns tapetes precisam de no mínimo quinze anos de experiência para serem feitos. Não é para qualquer um!

    Um tapete tem 25 nós por centímetro quadrado, 250.000 nós por metro quadrado. Um tapete que mede 1,5 x 2,5 metros, ou seja, quatro metros quadrados possui 1.000.000 de nós. Uma pessoa qualificada consegue realizar de 6.000 a 8.000 nós trabalhando cinco horas por dia sem parar. Isso significa que um tapete nessa medida levará 125 dias, no mínimo, para ser confeccionado.

    Os tapetes podem ser de seda ou algodão. No caso da seda eles adquirem o casulo e fazem a extração do fio. Cada casulo produz 1000 metros de fio de seda e ver a forma como tudo é feito me deu a certeza de que o valor pedido não é realmente absurdo, mas sim muito justo.

    Foto: Arquivo Pessoal

     

    Essas coisas me fascinaram na Capadócia e tiraram de mim aquela ideia de que andar de balão seria a coisa mais fantástica existente por lá. É, sim, uma sensação maravilhosa, mas há muito mais além disso.

    Ver o sol nascer e junto com ele os balões subindo é um cenário de cinema, inesquecível. Outro espetáculo é ver o sol se pôr, ambos no ponto mais alto de Göreme.

    Outro lugar que contém muita história é o Vale do Ihlara. Este é o maior desfiladeiro da região da Anatólia, com profundidade que chega a 100 metros, formado pelo Rio Melendiz há milhares de anos. O passeio pelo vale é um convite a esquecer de tudo e mergulhar numa natureza repleta de história. Fica localizado entre dois dos três vulcões da Capadócia. Além de sua beleza natural, esse vale foi um importante centro religioso no início da expansão do cristianismo. Por estar nessa localização o lugar tinha uma proteção natural para aqueles que fugiam da perseguição aos cristãos. Por esse motivo surgiu, ali, a partir do século IV, muitas igrejas cravadas nas rochas com afrescos importantes, que podem ser vistos ainda hoje, e monastérios também.

    Foto: Arquivo Pessoal

    Agora estamos no inverno e a paisagem conta que é deslumbrante, visto que há neve por todo o lugar… Mas essa imagem ainda ficarei devendo e prometo voltar somente para vivenciar e compartilhar com vocês.

    Para quem deseja incluir a Capadócia em um roteiro de viagem… tenho certeza de que há muito para se fazer, além dos balões…

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    Cristhiane Mutlu
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    Cristhiane é do Mato Grosso do Sul, formada em Serviço Social, morou em várias cidades do Brasil e atualmente vive na Turquia. Como boa sagitariana é filha da liberdade, mantém os pés firmes no chão feito raízes no próprio ser, só para acertar as nuvens com precisão. É o bom humor encarnado, atira sinceridade para todo lado. Ela quer carregar o mundo nos braços, nas costas, no bolso, no coração. Não importa o peso, ela aceita o desafio. Tem pressa, tem sede, mil ideias e ideais. Faz planos... tropeça, aprende e recomeça.

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