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    Home»Áustria»Inverno na Áustria: um enorme aprendizado
    Áustria

    Inverno na Áustria: um enorme aprendizado

    Ana DietmüllerBy Ana DietmüllerJanuary 13, 2017Updated:September 12, 2018No Comments6 Mins Read
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    Fonte: acervo pessoal
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    Quem me conhece, sabe que não sou muito chegada a inverno, mesmo tendo nascido no Rio Grande do Sul.

    O inverno na Áustria é muito lindo, fotos de neve, crianças em trenós se divertindo no branco da paisagem, aconchego da casa quentinha, das comidinhas e docinhos típicos da época até que você sai de dentro da foto de cartão postal e cai – estatelada – no gelo da realidade:

    A) Aqui, quando você mora em uma casa, e a neve cai – linda, em frente a sua residência – você deve limpá-la das 6h às 22h, pois se algum passante escorregar na sua calçada cheia de neve e se machucar, você terá de pagar todos os custos do prejuízo, além da multa por não haver limpado a frente da sua casa.

    Quando o divino branco cai do céu, ele não é pesado, nem incômodo de remover, entretanto, se você demora, inicia-se o processo de congelamento e a fofura se transforma em placas de gelo infernais, cujo exercício de levantamento com a pá equivale, tranquilamente, à “puxação de ferro” na academia.

    B) Quando você está em casa, tem uma criança pequena e seu marido está viajando: você abre a geladeira e dá um grito! Calculou mal a reserva de leite para os próximos dias e não há mais nenhuma gota para alimentar seu filhotinho de pouca idade, que necessita de mamadeira.

    Leia também: Tudo que você precisa saber para morar na Áustria

    Como supermãe – que todas somos – você enche seu peito de orgulho e diz para si mesma: “nada faltará para meu pinguinho. Irei, agora mesmo, ao supermercado fazer um rancho de leite para que isso jamais se repita! ” Depois de todo essa cerimônia de exaltação a sua honra de genitora, você lembra que não mora mais no quente Hemisfério Sul, então, olha para fora da janela e a cena com a qual se depara é horrenda – sobretudo para quem odeia inverno: uma nevasca, rajadas de vento de mais de 50 km/h e gelo alto pelas calçadas!

    A vida no inverno europeu se mostra cruel mais uma vez: marido viajando significa que não há possibilidade de se utilizar o carro para ir até o supermercado – hoje já há -, ou seja, o trajeto terá, obrigatoriamente, de ser feito a pé; criança pequena – 2 anos à época – significa ser impossível deixá-la sozinha em casa para “dar um pulinho” até o mercado. Ela terá de ir junto, a pé, e enfrentar o rigor do tempo, próprio do lugar onde nasceu. O que não mata, fortalece!

    A saga se inicia ao abrir a porta da rua: vestidos como astronautas, enfrentamos toda a velocidade de vento e neve entrando, além da força com que meu filhotinho agarra minha mão para evitar sair voando estrada afora. Etapa cumprida, porta fechada atrás de nós! Com uma criança pequena, o percurso levará 20 minutos, para ir, e 20 minutos para voltar.

    Fonte: acervo pessoal
    Fonte: acervo pessoal

    Leite comprado, pequeno em segurança, olimpíada pessoal vencida e uma enorme certeza adquirida: isso jamais poderá se repetir!

    Esses dois episódios que há pouco relatei, com todo o bom humor do mundo, foram reais e eu e meu filho tivemos de passar por eles. Ninguém me contou, não li em lugar nenhum! E, embora pareçam experiências divertidas, tirei delas algumas lições que incorporei não só para o inverno, mas para tudo na minha vida:

    1) Não deixe para amanhã o pode ser feito agora!

    Esse ditado nunca me fez tanto sentido: prever, planejar, armazenar. Se você tem a possibilidade de fazer agora, hoje, não deixe para amanhã, pois amanhã poderá vir uma nevasca, gelo alto e uma criança submetida a essas condições sem necessidade. Desde esses episódios, quando necessito preparar algo, criei o seguinte “mantra” pessoal: “amanhã poderá chegar a neve e tudo ficará mais difícil do que hoje”, ou seja, agora as condições me são favoráveis, então, é agora que devo realizar o que planejei!

    2) A prevenção é sempre melhor do que a correção!

    Hoje, sempre tenho, no mínimo, 3 litros de leite na geladeira! Aprendi! E, não só com o leite, porém com tudo o que puder ser realizado de forma prévia.

    Já deixo pronto, ou pelo menos, já deixo raciocinado.

    A correção ao meu despreparo quanto ao tempo, poderia ter custado o adoecimento do meu filho, que teve de – impreterivelmente – caminhar 40 minutos comigo até o supermercado. Graças a Deus, ele é robusto e estava bem agasalhado. Nada aconteceu, mas hoje penso muito mais nessas coisas, calculo muito mais o que posso ganhar na prevenção do que no problema quando já instalado!

    3) Apaziguar-se!

    No início, eu vociferava contra o inverno e as ventanias e o gelo na rua. Tinha muita irritação quanto a isso tudo. Atualmente, já me dei por vencida, o clima no Hemisfério Norte não mudará somente porque eu não gosto dele, então, resolvi analisar o que me serve, o que não me serve e conviver melhor com esses fatores: essas peripécias todas só se passam quando se está na rua, pois dentro das casas, dos meios de transporte, restaurantes, igrejas, enfim, dentro de todas as construções, a temperatura gira em torno de 22, 23 graus positivos. Não existe sofrimento portanto, bem pelo contrário. Tomar banho, aqui, não é como tomar banho em Porto Alegre – minha terra natal – no inverno. Aqui, o banheiro e a casa estão totalmente aquecidos, lá, se está 1 grau na rua, está 1 grau dentro de casa também. Sem aquecedor portátil, lá, é um tremendo sacrifício dentro de casa, fora as milhares de jaquetas e os milhares de cobertores que se necessita usar também dentro da própria habitação.

    Compreendi com essas conclusões, que o “horror” do inverno europeu tem pontos isolados apenas. Não há miséria constante. Isolei, portanto, meus xingamentos exclusivamente à rua e às condições, verdadeiramente, adversas!

    4) Aproveitar a vida!

    A prática de esportes e brincadeiras de neve não me deixa mentir: são as melhores atividades para se fazer as pazes com o rigor dessa época do ano na Europa. Deitar na neve, andar de trenó, fazer bonequinhos com os pequenos e ver a alegria deles e de todas as pessoas que desfrutam dessa estação é – de fato – muito bonito e contagiante. Viro criança quando cai a neve e nos deslocamos para as estações de esqui a fim de que nosso pinguinho aproveite com a criançada.

    Por outro lado, o que mais gosto mesmo, em toda essa função, é quando entramos em um bom Café, pedimos um monstruoso chocolate quente e um pedacinho de torta!

    Sim, pensando bem, o inverno europeu até que tem seu valor!

    Até a próxima!

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    Ana Dietmüller

    Ana é gaúcha de Porto Alegre e advogada. “Escrevinhadora” por aventura; curiosa e analítica por hobby. Acostumada aos 15 anos de correria profissional, quando chegou à Áustria, em 2012, precisou aprender a desacelerar: e, morar em um lugar que é destino de férias para muitos, ajudou bastante. Com outro olhar e outra alma, o mundo passou a ser visto através de cores, de cheiros, de sons, de sabores e de imagens maravilhosamente desconhecidos. Mora na Áustria com o marido e o filho e, após toda essa mudança de vida e de hábitos, escreveu seu primeiro livro: Histórias de morar fora. São crônicas que mostram como é, de verdade, morar fora do Brasil. Disponível pela Amazon na versão eletrônica e para impressão.

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