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    Home»Estações do Ano pelo Mundo»Michigan: terra de contrastes e temperaturas extremas
    Estações do Ano pelo Mundo

    Michigan: terra de contrastes e temperaturas extremas

    Jenny RosénBy Jenny RosénDecember 7, 20172 Comments6 Mins Read
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    acervo pessoal
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    Michigan é um dos estados americanos com maior variação de temperatura. Desfrutamos de um verão curto, porém muito quente. Altas temperaturas de até 35 graus são comuns nos meses de julho, agosto e até ocasionalmente em setembro.

    Os lagos são as nossas praias, e contamos com uma das maiores reservas de água doce do planeta. Três dos nossos imensos lagos estão na lista dos maiores do mundo, portanto areia e diversão aquática não faltam por aqui. O verão é tempo de sair de barco, passear por florestas, curtir ao ar livre. As noites são quentes e estreladas, e o pôr do sol perto das 10 da noite traz um charme extra a cada fim de tarde.

    É uma estação intensa, aproveitada imensamente por todos michiganders. É como se fosse uma recarga de baterias, todo mundo armazena aquele calor gostoso e montes de vitamina D para os meses que vem a seguir. Porque passado o verão, se inicia abruptamente o outono. O verde intenso, dominante, vai deixando suas nuances um pouco mais pálidas conforme o ar fresco se aproxima.

    O outono é uma estação linda, colorida, e mostra sua beleza em cada árvore que gradativamente perde as folhas. São como pequenas pétalas laranjas, marrons, vermelhas e rosas, que se soltam aos poucos dos galhos, brilhando em suas formas inusitadas, contrastando com o céu azul acinzentado da época. Todas as mesclas possíveis de cores formam um emaranhado de rara beleza, enfeitando o chão, as casas, as ruas e tornando iluminada a estação do ano tradicionalmente cinza.

    O outono também traz o frio, e recebemos normalmente a primeira nevasca já em outubro. Daí em diante o termômetro cai sem piedade. É hora de mudar o recheio do armário: guardar as roupas de verão e desembalar roupas impermeáveis, botas e cachecóis. Também chega o momento de espanar o pó dos esquis e trenós, e finalmente tirar de cena o cortador de grama. Ele cede seu espaço ao snowblower, a máquina de tirar neve das entradas das casas e garagens. É um item imprescindível (ou ele ou a boa e velha pá), já que sem essa ajuda não conseguimos sair de carro ou a pé no auge do inverno.

    Quando em fins de dezembro ou início de janeiro chega de verdade o frio, tudo se cobre com um manto branco que geralmente leva semanas, senão meses, para desaparecer. São tempestades de gelo e frentes frias que trazem o mais puro branco, flocos perfeitos de uma neve silenciosa e bela. Pode chegar a nevar mais de um metro apenas em uma única nevasca caprichada, e tudo fica lindo.

    Penso divertidamente que a neve é a melhor maquiagem que existe. Embeleza todos os cantos, cobre todas imperfeições e a cidade fica impecavelmente esplendorosa. Não há dia mais bonito em todo o ano do que o ensolarado e frio amanhecer depois de uma tempestade de neve intensa e persistente.

    O silêncio é a moldura, e a paisagem é a obra de arte. Nesses dias normalmente as escolas fecham, e muitas pessoas trabalham de casa também. Para as crianças é uma alegria enorme poder desfrutar o dia brincando na neve e curtindo o frio, desde que não esteja tão congelante a ponto de que sair de casa seja perigoso.

    Aqui no Michigan isso acontece com certa frequência, e rádios e notícias alertam a população para não sair de casa sem necessidade. Nesse caso, filmes e chocolate quente são as formas de se manter distraído e aquecido até que o tempo inclemente dê uma trégua.

    Sabe os 35 graus que tivemos no verão? Agora o número se repete no inverno, porém negativo. É uma variação térmica média de 70 graus entre uma estação e outra, o que faz do nosso Michigan um enorme e amplo ecossistema, onde apenas sobrevivem os animais (e até as pessoas) mais capazes de se adaptar aos extremos. O recorde de temperatura mínima aqui foi de 46 graus negativos em 1934, e o máximo foram 44 graus no verão de 1936.

    Nos tempos antigos, os nativos sobreviviam migrando para áreas menos expostas, ou então abrigando-se em cavernas ou cabanas rústicas com estoque de suprimentos, peles e lenha para meses a fio. Ficavam literalmente entocados, e indubitavelmente essa era a única forma de enfrentar o frio aqui há centenas de anos. Até os animais da região evitam circular durante o inverno, desde pequenos esquilos até ursos, muitos hibernam diretamente pelos piores 3 meses de frio, só voltando a aparecer em meados de março. Os gansos também iniciam sua migração para terras mais quentes em novembro, e voltam no principio da primavera para se reproduzir, normalmente no exato local onde nasceram.

    A primavera chega no calendário em março, mas demora um pouco mais para entrar na nossa realidade. A neve às vezes perdura até fins de abril, implacável, como se não querendo nos deixar. Mas gradativamente os dias começam a ficar mais compridos, com mais luz, e brotos de plantas e belas mudas de tulipas despontam corajosamente pela terra fria. É a natureza querendo voltar, o verde desejando colorir as árvores novamente. A lei da natureza segue seu curso independentemente da nossa vontade ou percepção, determinando quem volta e quem se recolhe no palco da vida.

    Para pessoas como eu, que cresceram num país com apenas verão, tempo quente e tempo infernalmente quente, é surpreendente acompanhar a mudança. As estações bem marcadas nos dão um senso de passagem, de evolução, como se fosse uma forma mais palpável de ver o tempo desenrolar seu caminho. Sentimos as estações como etapas, e o calor e a neve são o alimento da alma nesses diferentes períodos do ano.

    O esquema das estações de ano no Michigan me ensinou mais do que apenas passar o tempo. Ele me mostrou como viver com o tempo, aproveitando suas diferentes cores e desfrutando tudo o que ele tem a oferecer, aceitando aquilo que se recebe com bons olhos.

    Afinal seja com 35 graus positivos ou negativos, no calor ou no frio, sempre existe a opção de ser feliz.

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    Jenny Rosén
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    Jenny é brasileira de origem sueca. Nascida em São Paulo, se formou em Arquitetura mas escrever é sua grande paixão. Tem dois livros publicados em português e mora nos EUA desde 2015 com o marido e os filhos. Viajar em família conhecendo o mundo é o que ela mais gosta de fazer. Também adora gatos, boa culinária e os extremos: neve e praia.

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    2 Comments

    1. Ianca Rod on December 21, 2017 6:26 pm

      Texto belíssimo! Nunca presenciei essa mudança de estações, mas por alguns segundos pude sentir como se estivesse ai <3

      Reply
    2. Dalva Huttunen on February 15, 2018 7:28 pm

      Nao tenho mais palavras para descrever o prazer e à alegria que senti lendo seu enredo sobre o Michigan, mais uma vez, obrigada por dividir com agente toda essa maravilha com palavras que entram no cérebro e no coracao! Beijos

      Reply

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