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    Home»EUA»Violência e armas de fogo nos EUA
    EUA

    Violência e armas de fogo nos EUA

    Gabriela AlbuquerqueBy Gabriela AlbuquerqueJanuary 21, 2018No Comments5 Mins Read
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    Violência e armas de fogo nos EUA

    O momento decisivo que pautou a nossa decisão de nos mudarmos para os EUA aconteceu em um dia de festa em família. Era aniversário da minha mãe em São Paulo, quando por volta das 23:00, entramos em nosso carro estacionado na rua para voltarmos para casa.

    Fomos então surpreendidos por cinco motos, cada uma com dois ocupantes armados, que surgiram de repente, do nada. O guarda de rua, atônito e desarmado, foi agredido a coronhadas e ficou caído no chão. Um dos motoqueiros que parecia ser o líder, apontou uma arma na cabeça do meu marido, enquanto minhas filhas pequenas assistiam ao horror encolhidas no banco traseiro. Meu padrasto, com uma calma e presença de espírito fora do normal, conseguiu convencer os assaltantes a deixarem as meninas saírem do carro e voltarem para dentro da casa dos meus pais.

    Os bandidos foram agressivos e violentos, mas felizmente só levaram o carro e nossos pertences, sem nenhum dano mais grave. Acho triste pensar que tivemos sorte (sorte?), pois é isso a frase comum de toda vítima de violência que escapa com vida de um assalto.

    Hoje aqui estamos, vivendo já há três anos nos Estados Unidos da América. Somente no ano de 2017 (01/Jan. – 01/Nov.) foram contabilizados 51.579 incidentes fatais com armas de fogo, sendo 299 atentados em massa!  Lembrando que para ser classificado como um atentado (mass shooting) é preciso que se tenham múltiplas vítimas. Os números são terríveis e são revelados pela organização não governamental Gun Violence Archive.

    As estatísticas revelam que mais de 3mil crianças e adolescentes foram mortos somente nesse período do ano no país, vítimas de armas de fogo. A grande maioria estava dentro de sua própria casa e a arma pertencia à família.

    A cultura de armas de fogo nos EUA é antiga e histórica e pode ser melhor entendida nesse ótimo texto de minha colega no Brasileiras pelo Mundo.

    Voltando então ao propósito desse texto, eu tenho me perguntado em que medida tomamos a decisão certa de nos mudarmos de país. Nosso principal motivador foi a violência epidêmica enfrentada pelos paulistanos e tristemente percebemos que continuamos à mercê dela.

    Acho desconfortável saber que a probabilidade de existir armas de fogo na casa de todos os meus vizinhos é imensa. Acho lamentável saber que a indústria mais forte do país, que gera bilhões de dólares e alimenta partidos e campanhas políticas, é a da arma de fogo.

    Crianças do jardim da infância ao colegial, são submetidas uma vez por mês a simulações preventivas e defensivas nas escolas públicas de todo país, contra possíveis ataques de armas de fogo. Muito triste constatar que isso é de extrema necessidade, visto o histórico e a recorrência de vítimas no país.

    Os defensores da liberdade de escolha de se portar uma arma de fogo usam o argumento de que muitas vezes, uma única pessoa armada impede uma tragédia maior. Por mais que isso me pareça justificável, não consigo aceitar a ideia e trata-se, claro, de uma opinião pessoal minha.

    Não quero levantar bandeiras ou criar polêmicas desnecessárias, mas sou e serei sempre a favor de medidas antiviolência e isso se reflete na minha ojeriza em relação às armas de fogo.

    Um portador de um simples revólver, deveria ser treinado e capacitado para isso, sempre! Assim como somos fortemente treinados, para dirigirmos veículos motorizados. Na minha iletrada opinião sobre o assunto, acho absurda a facilidade como qualquer pessoa, sem checagem de antecedentes criminais, ou mesmo sanidade mental, possa comprar uma arma de guerra. Me recuso a acreditar que um simples manual de instruções seja capaz de capacitar um portador de armas a entender o seu uso.

    Que fique claro: armas, infelizmente, ainda são um mal necessário nesse mundo imperfeito em que vivemos. Mas deveriam ser portadas e manipuladas por aqueles que foram previamente preparados mentalmente e fisicamente para seu uso. Não entendo porque isso é tão difícil de ser aceito…

    Nem os mais conceituados psicólogos e psiquiatras do mundo poderiam dimensionar e prever as reações de um ser humano. Nós mesmos nos desconhecemos. Faço aqui um exercício de suposição e me pergunto: se eu estivesse armada naquele trágico dia de assalto a que fui submetida, qual teria sido o final da história? Eu, completamente despreparada e desabituada a lidar com uma arma, poderia ter ferido gravemente alguém, até mesmo uma pessoa querida, ou ainda ter sido mortalmente atingida pela minha própria arma. Valeria a pena?

    Tenho certeza da minha resposta, como também respeito aqueles que pensam diferente. Minha intenção com esse texto é apenas propor uma reflexão coletiva, a fim de tentarmos juntos caminhos para uma sociedade menos violenta. Afinal, tenho certeza de que a grande maioria de nós, que vivemos nesse mundão, estamos saturados e cansados de assistirmos diariamente a tantas notícias sobre ódio e violência, que parecem ser a grande epidemia da nossa contemporaneidade.

    Espero, do fundo do meu coração, que chegue um dia em que não precisaremos mais nos debatermos sobre a violência, pois finalmente o mundo será um lugar de paz. Fiquem bem e até a próxima!

    Abaixo alguns links para quem quiser saber mais sobre armas de fogo nos EUA ou mesmo se engajar nessa luta contra a violência.

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    Gabriela Albuquerque
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    Gabriela é de São Paulo, capital. Depois de 5 anos vivendo nos EUA, entre Washington DC e Seattle, resolveu experimentar a vida na Europa. Desde julho de 2019 mora com suas filhas e marido, na charmosa cidade de Cascais, nos arredores de Lisboa. Movida pela arte, sempre direcionou seus estudos e carreira nessa direção, cursando Letras na Universidade de São Paulo e Curadoria de Artes na PUC- SP. Imersa em uma nova cultura encontrou novas inspirações para escrever, resgatando assim um hobby que estava adormecido. Mantém um blog, onde procura dividir experiências e compartilhar as descobertas da vida de expatriada além de questionar as dores e delícias da vida contemporânea.

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