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    Home»EUA»Ser imigrante é fazer parte da RESISTÊNCIA
    EUA

    Ser imigrante é fazer parte da RESISTÊNCIA

    Gabriela AlbuquerqueBy Gabriela AlbuquerqueApril 15, 20193 Comments5 Mins Read
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    Resistência é a palavra chave para a imigração.

    Eu tenho insistido muito nessa palavra. Pode soar confusa e de difícil entendimento, por isso resolvi destrinchá-la.

    Vamos lá: Quando cheguei a esse país, no meio de um inverno horroroso e com um futuro incerto pela frente, percebi que essa seria a palavra chave da minha vida, a partir de então.

    Resistir à tentação de largar tudo e voltar correndo para os braços do meu caloroso Brasil. Ser imigrante é ser resistente. É criar uma força que nem sabemos de onde vem, ou que possuímos, e blindar nossos ossos e pele com essa armadura de coragem. Mais amplo do que opor-se, resistir é ser fiel ao que lhe sustenta. Não se deixar levar pelos momentos externos que parecem querer nos arrastar para o abismo da depressão.

    Leia mais aqui sobre ser brasileira vivendo nos EUA

    Resistir não é ser teimoso e simplesmente negar tudo que lhe desagrada.  Ser resistente é o oposto de tudo isso! Ser resistente é ser FIEL.

    É vestir-se de uma fidelidade crucial para enfrentar a vida, quando ela se mostra hostil e contrária a tudo que você acredita.

    Mesmo sendo criada em uma família extremamente religiosa, a minha crença por dogmas e religiões se perdeu nas curvas do caminho. Mas não a minha fé, e por isso, acho a prece de São Francisco de Assis, uma ode à resistência e um dos mantras mais belos do que significa ser resiliente e ser luz, quando tudo parece trevas.

    Leia também: tudo que você precisa saber para morar nos EUA

    Oração de São Francisco
    Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz.
    Ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.

    Claro que é mais fácil, cômodo e confortável, mesclar-se na multidão. Repetir o senso comum e simplesmente dar as respostas que todos esperam e não desagradar ninguém. Não correr o risco de se sentir desaprovado. Confesso que não entendo muito esse novo fenômeno contemporâneo, esse pavor de não ser aplaudido, de não ser aceito, de não ser admirado. Essa luta insana por aprovação a qualquer custo. Mas isso é assunto para outro café, outro momento, um futuro texto, talvez…

    Para mim, pessoalmente, foi complicado. Desde que mudei e passei a viver e experienciar outras histórias, muitos de meus conceitos caíram por terra. Me transformei e consequentemente me distanciei. Sofri, não nego, em escolher um caminho infinitamente mais árduo, que contraria o senso comum da maioria dos brasileiros, familiares e amigos, que convivi quase uma vida inteira. Pessoas que repetem frases prontas, conceitos em voga e chavões batidos, sem nem se darem conta de seus significados.

    Leia também: ser imigrante me fez feminista

    Leia aqui “Ser imigrante é viver no terceiro lugar”

    É muito solitário e muitas vezes me sinto excluída dessa festa alienista. Mas agradeço. Nesse caminho sem volta, é impossível negar aquilo que nós somos.  Essa decisão foi a chave mestra para sobreviver a cada dia de dificuldade que enfrentei desde que me mudei para os EUA.

    Não há sucesso no processo imigratório que não passe pela resistência!

    Explico: Já foi dito, escrito – inclusive nesse blog e por mim mesma – inúmeros exemplos e textos a respeito das dificuldades em imigrar e sobretudo, em superar.

    Em todos os métodos e vivências mencionados, há um ponto comum: a resistência! Temos que ser fortes e coerentes aos nossos propósitos, aos nossos ideais. Há inúmeros atalhos, durante esse processo, que teimam em nos afastar do nosso objetivo e a única coisa que nos faz seguir adiante e superar os perrengues é esse compromisso conosco mesmo.

    As mães que se esforçam para manter viva a língua materna, em ambientes completamente distintos, são exemplos de resistência.

    Os jovens que chegam aqui, e com muito esforço, estudam, conversam, se comunicam e aprendem o idioma estrangeiro, são exemplos de resistência.

    Os cônjuges que largam suas próprias vidas e carreiras para apoiarem seus parceiros em mudanças para o exterior, são exemplos de resistência.

    Os profissionais que passam a viver uma nova rotina de trabalho, em empresas, culturas e ambientes estranhos ao que se formaram, são exemplos de resistência.

    Os aventureiros, que sem visto, sem dinheiro e sem garantia, voam para países distantes em busca de uma vida melhor, são exemplos de resistência….

    Leia também: violência e armas de fogo nos EUA

    E a lista vai embora! Acho que quem chegou até aqui, onde eu estou hoje, certamente entende o que falo e sabe o significado dessa palavra.

    Mais do que nunca, creio que somente os que sabem lidar com isso, conseguirão enfrentar com sanidade mental e emocional, os dias nebulosos que temos vivido.

    Eu resisto. Ensino minhas filhas à resistirem e enquanto todos seguem confusos e loucos, aplaudindo políticas sinistras, discursos de ódio e violência, retrocessos e desumanidades, preferimos o caminho da coerência aos valores que moldam nosso caráter. Isso nos fortalece, ainda que machuque, mas com certeza somos vencedores perante nossa própria consciência.

    Até mês que vem!

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    movimento de resistência sociedade valores valores morais viver nos eua
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    Gabriela Albuquerque
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    Gabriela é de São Paulo, capital. Depois de 5 anos vivendo nos EUA, entre Washington DC e Seattle, resolveu experimentar a vida na Europa. Desde julho de 2019 mora com suas filhas e marido, na charmosa cidade de Cascais, nos arredores de Lisboa. Movida pela arte, sempre direcionou seus estudos e carreira nessa direção, cursando Letras na Universidade de São Paulo e Curadoria de Artes na PUC- SP. Imersa em uma nova cultura encontrou novas inspirações para escrever, resgatando assim um hobby que estava adormecido. Mantém um blog, onde procura dividir experiências e compartilhar as descobertas da vida de expatriada além de questionar as dores e delícias da vida contemporânea.

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    3 Comments

    1. Tabata on April 17, 2019 7:38 am

      A palavra q mais uso desde q virei imigrante eh “paciencia”. Preciso sempre respirar muito muuuuito fundo e ter muita paciencia pra conseguir viver aqui…

      Reply
    2. Larissa Rinaldi on April 25, 2019 6:03 pm

      Uaaau!
      Resistimos!

      Me identifiquei em quase todos os processos da sua mudança. Pra mim foi bastante parecido.

      Reply
    3. Maira on April 27, 2019 12:10 am

      Gabriela, gratidao pelo teu texto. Depois de muitos anos na España, estou no Brasil a quase tres anos como imigrante nessa terra que desde que cheguei, nao reconheco como minha e isso doi. Tenho usado muito esse conceito enquanto conto os dias para o retorno a …minha casa que esta do outro lado do oceano.

      Reply

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