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    Home»Brasil»Como é ser estrangeira no Brasil
    Brasil

    Como é ser estrangeira no Brasil

    Mirella ArrudaBy Mirella ArrudaMarch 17, 2018No Comments6 Mins Read
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    Foto: Arquivo pessoal -Luísa Maria ao Campo
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    Neste mês das mulheres, trago uma entrevista realizada com uma estrangeira que vive no Brasil para compartilhar um pouco da sua história e como se sente vivendo em terras brasileiras.

    Ela é a Luísa Maria ao Campo, nascida na Colômbia e, para mim, muito mais que uma estrangeira, uma grande amiga que no decorrer do meu processo de amadurecimento, me empoderou em diversas causas, inclusive, foi muito crítica quando eu analisava questões com certa ingenuidade. Hoje, fico feliz de conversarmos de mulher para mulher além de nutrir um sentimento de irmandade mais forte.

     

    BPM: Fale um pouco sobre você e sua trajetória antes do Brasil.

    Antes de vir para o Brasil, trabalhava em empresas multinacionais capitalistas, um pouco escravistas e tinha uma vida muito corrida. Trabalhava apenas para suprir a manutenção do dia a dia e consumir. Queríamos deixar tudo isso e nos abrirmos para uma vida menos monótona. A gente tem que trabalhar para viver e não viver para trabalhar já que o tempo, é a única coisa que não recuperamos depois que perdemos, temos que aproveitá-lo.

    BPM: Por que você escolheu vir para o Brasil?

    Eu e meu companheiro decidimos vir para o Brasil, porque gostaríamos de viajar para um país latino-americano. Amamos muito nosso continente, nunca sonhei em ir para Europa ou EUA. Sou consciente da nossa riqueza cultural, espiritual, ancestral, indígena e das nossas lutas. Sempre quis muito viajar por aqui. Escolhemos vir para o Brasil pelo desafio decorrente do idioma ser diferente, já que nosso idioma materno é espanhol como o dos outros países latino-americanos. O idioma cria uma barreira que queríamos vencer.

    BPM: Há quanto tempo você está no Brasil? Conte um pouco de como chegou aqui.

    Estou há quase 5 anos. Meu companheiro chegou por terra primeiro e eu, cheguei de avião, ambos em Salvador, Bahia, onde a cultura era muito diferente da nossa. Fomos muito bem recebidos pela população local, pessoas muito gentis e alegres. A população africana é empoderada. A comida é muito diferente da nossa, mas começamos a vender comida colombiana e eles tiveram certa resistência para se abrir e conhecer.

    Mesmo assim, trabalhamos muito vendendo arepas, que são como uma massa fina feita de canjica de milho para recheios salgados, típicos da Colômbia, tínhamos uma barraquinha perto da praia. Ganhávamos o suficiente para sobreviver até conquistarmos nosso público. Gostávamos muito de lá. Viajamos para conhecer Brasília, Minas Gerais e queríamos ir para o Sul, mas também nos fixarmos, por isso, pensamos no Paraná para nos estabilizarmos. Londrina foi a cidade escolhida sem conhecermos, mas quando chegamos nos apaixonamos pela cidade e já estamos aqui há quase 2 anos. Gostamos pelo fato da cidade ser alternativa, apesar dos fatos conservadores. Fizemos nossa família de amigos que nos acolheu.

    BPM: O que você faz aqui no Brasil hoje?

    Começamos a buscar fazer aqui coisas ligadas a nossa representatividade, possuo ascendência indígena como todo latino-americano essa é nossa ancestralidade.
    Assim, comecei a marca Mamajem que vende bolsas, ponchos e acessórios étnicos originais da Colômbia e Equador. Inclusive, peças produzidas diretamente da tribo indígena Embera Chami, com pagamento justo ao artesão indígena e exposição da representatividade deste trabalho original.

    Foto: Arquivo pessoal – Peças da Loja Mamajem da empreendedora colombiana Luísa Maria ao Campo

    BPM: Como é ser empreendedora no Brasil?

    No Brasil, acredito que meu trabalho de revender trabalhos artesanais é muito valorizado, pois acaba sendo uma maneira de resgatar no brasileiro sua memória ancestral indígena e também reaproximar o brasileiro dos outros países latino-americanos.

    BPM: Como é ser mulher estrangeira no Brasil?

    Ser mulher no Brasil, representa empoderamento. Em Londrina, conheci mulheres incríveis, empoderadas que sabem se posicionar frente ao machismo, mesmo vivendo em uma sociedade patriarcal. Percebi que quando nos empoderamos, também ajudamos outras mulheres. Aqui me sinto mais acolhida nessa questão feminista, porque a Colômbia é mais conservadora e machista. Aqui, mesmo com todas as dificuldades, ainda é mais forte que lá. Hoje, fico feliz em contribuir, emancipar minha mãe, minhas tias e também às novas gerações.

    BPM: E o que o feminismo representa para você aqui? Ele te representa?

    O feminismo representa inclusão, igualdade e equidade para mim hoje. Acredito em equiparidade dos gêneros. Homem não possui nosso poder de fala, mas pode nos acompanhar. Não acredito em um feminismo limitante que trata o homem como inimigo, eles também aprenderam a ser machistas e precisam desconstruir isso com ajuda da união. Equilíbrio é a base entre nossas relações. Inclusive, no dia a dia, recusar os rótulos impostos. É necessário empoderar ambos os gêneros com visão feministas.

    BPM: O que significa para você o dia das mulheres?

    O dia das mulheres tem que existir para o mundo reconhecer o valor e à luta da mulher, estarmos conscientes da exclusão e a invisibilidade que temos na sociedade ao redor da história. Valorizar a natureza divina da mulher, resgatando os valores ancestrais que um dia foi perdido e dominado. Se nunca tivéssemos sido dominadas, o feminismo não existiria, pois viveríamos com equidade e justiça. Devemos construir diariamente bons exemplos, recusar rótulos de estereótipos de beleza que são impostos e reduzir rivalidades entre nós mesmas. Há estereótipos de beleza, mas devemos mostrar que somos todas lindas e reeducar homens e mulheres com uma visão mais humana.

    BPM: E que barreiras comuns às mulheres enfrentam tanto na Colômbia quanto no Brasil? O que podemos fazer para seguir em frente?

    As barreiras aqui e na Colômbia são parecidas, mas na Colômbia o caminho a vencer é mais longo. Por isso, pretendo estudar aqui e depois retornar à Colômbia para empoderar às mulheres do meu país que também aprenderam a ser machistas. Na Colômbia, é muito mais comum o homem estar à frente e a mulher como dona de casa, escrava do marido, esquecendo dela mesma em sua vida submissa. Quero trabalhar com donas de casa, prostitutas e mulheres mais carentes – quero me dedicar aos estudos para realizar trabalhos de empoderamento com elas.

    Leia também: Dicas para viajar sozinha pelos Emirados Árabes

    BPM: O que você trouxe da Colômbia para o Brasil?

    Eu trouxe o amor do meu país, da minha raiz e minha cultura. Meu país é incrível, tem riqueza cultural que é nossa natureza. As pessoas são muito receptivas e nossa gastronomia é muito rica. Inclusive, escuto dos meus amigos que quando falo do meu país que eles sentem vontade de conhecê-lo. Quero ressaltar as qualidades do meu país e que não é somente o que a mídia vende. Antes de ser um país das drogas, é um país de camponeses, de indígenas, de lutadores, mulheres e homens fortes lutando para crescer.

    BPM: E o que levaria daqui para lá?

    O Brasil mudou minha vida e eu quero voltar para Colômbia um dia, lá é minha terra. Mas meu ciclo ainda está aberto no Brasil, sou muito feliz aqui. Ainda tenho muito o que fazer, aprender, muitos lugares para conhecer nessa terra, nesse país que amo muito. Tenho também que levar do Brasil esse empoderamento feminino, esse coração e mente aberta, liberdade, a gastronomia, o jeitinho brasileiro, muitas histórias para contar de momentos difíceis e maravilhosos.

    Agradeço a Luísa por colaborar com o Brasileiras Pelo Mundo.

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    Mirella Arruda
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    Mirella é de Londrina, no Paraná e uma jovem aventureira desbravando o mundo. Agora se encontra recorrendo os países da América do Sul de carona. Gosta de trabalhar de maneira livre, faz pinturas, comida vegetariana, faz tarot e quiromancia. É autora do blog Sagrado Caminho.

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