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    Home»Arábia Saudita»Arábia Saudita – É menino!
    Arábia Saudita

    Arábia Saudita – É menino!

    Carla FerreiraBy Carla FerreiraOctober 15, 2014Updated:November 5, 20148 Comments5 Mins Read
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    Euzinha grávida dos meus meninos
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    Quando um casal forma uma família, o próximo passo (que pode acontecer bem rapidinho ou levar alguns anos), é a chegada dos filhos, certo? Em se tratando de Oriente Médio, ter filhos é uma parte extremamente importante dentro do casamento (as vezes com cláusula estipulada até no contrato de matrimônio).

    Por aqui, casamento sem filhos é algo impensável pela maioria das pessoas. Mas quando se fala em “filhos”, o que vem à mente na cultura árabe é filho do sexo masculino. Isso mesmo, por aqui os meninos são os mais especiais.

    Euzinha grávida dos meus meninos
    Euzinha grávida dos meus meninos

    Eu quando passeava com os meus meninos, ainda bebezinhos por Dubai, sempre era abordada (e aliás, ainda sou aqui na Arábia Saudita), por locais, e a conversa é mais ou menos assim:

    -“Nossa, são dois meninos?”

    -“Isso”

    -“São gêmeos?”

    – “Sim”

    -“Mashallah! (Uau! Que respeito eu tenho por você! Que benção isso, Deus te abençoe!)

    Eu sentia que eles realmente ficavam felicíssimos de ver os meus meninos, e sinceramente essas pessoas pensavam na benção que eu tenho ao ter tido de uma vez só dois meninos de forma natural.

    Então eu pensava comigo: mas por que essa paixão apenas pelos meninos?

    Aqui nessa região, os meninos são os que carregam o nome da família. São eles que lideram a casa. São os homens que cuidam da mãe, das irmãs, esposas desde sempre… afinal são os homens que possuem os maiores direitos dentro da sociedade. Ter meninos é a maior alegria que um família árabe pode ter, são eles que garantem que o nome e as tradições de toda uma geração sejam mantidas.

    E eu me perguntava, “nossa, mas e as meninas?” Por que elas não são assim também queridas?

    Na verdade, as meninas até são queridas, mas não são tão idolatradas como os meninos. Quando os árabes tem uma bebê menina, para eles, isso significa que eles terão que vê-la deixar a família quando se casar. Isso porque, quando uma mulher daqui se casa, ela praticamente abandona a sua família, e passa a ser a filha da sua sogra. Ela se torna parte de outra família, e o mais importante agora é a família do seu esposo, a quem ela deve todo o respeito e dedicação.

    Nessa cultura, assim que uma menina nasce, muitos pais já se planejam para começar a juntar o valor para o “dote” do casamento. A idéia é que quanto maior o dote oferecido, “melhor” é a família que ela irá fazer parte. O dote nada mais é do que uma espécie de pagamento para a família do noivo por aceitar um novo membro na família, nesse caso a esposa.

    Mas essa preferência pelos meninos não é exclusividade somente dos países árabes. Na Índia, Sri Lanka e alguns países da África e Ásia, incluindo a China, ter um menino é certeza de alegria na família.

    Aqui na Arábia Saudita, diferentemente da China em que as famílias sofrem com o controle de natalidade, as famílias daqui podem ter quantos filhos desejarem. E a maioria vai tentando ter o maior número de varões possíveis. Quanto mais homens melhor. É incrível ver essa preferência inclusive entre as próprias mulheres.

    Uma amiga fez um tratamento para engravidar aqui na região (e muito feliz teve uma meninA linda!). Ela me contava que na sala de espera do médico especialista em fertilização, via vários casais árabes e outros vindos de países vizinhos. Muitos já tinham tido filhos de forma natural, e estavam fazendo o tratamento, única e exclusivamente por desejarem um menino. Eu não sei bem como isso funciona, mas parece que por aqui é possível escolher o sexo do bebê.

    Olha que curioso: ter um menino é tão importante, que muitas famílias se submetem a tratamentos longos, caros e com diversos efeitos colaterais (para as mulheres), tudo para ter o tão sonhado meninO. Uma vez essa amiga me contou que um dos casais devia ter por volta dos seus vinte anos, mas já estavam lá fazendo o tratamento. Eles ainda não tinham filhos. Ai me pergunto: “será que eles realmente, tão novinhos assim, não podiam mesmo ter filhos, ou queriam a todo custo, de primeira, já ter um meninO?”

    Sem contar que em muitos casos, quando o tão sonhado menino não vem, seja de forma natural ou tratamento, um segundo casamento é cogitado, tamanha a importância que é ter um filho homem.

    Só para esclarecer que existem sim muitas famílias por aqui que ficam radiantes ao saber que estão esperando uma menina, e que as amam e as cuidam com todo carinho. Mas apesar dessa minoria feliz com as suas meninas, não dá para não reparar a preferência que a região tem pelos meninos.

    Daí eu penso: “mas se não nascerem as meninas, quem vai ser mãe e esposa de todos esses meninos? Quem vai dar aos meninos o carinho, a doçura, a coragem e a ternura?” Particularmente eu peço em minhas orações para que, em todo o lugar, não apenas no Oriente Médio, meninos e meninas tenham a mesma importância e valor dentro de todas as famílias e sociedades.

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    Carla Ferreira
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    Carla é administradora, pós graduada em Gerenciamento de Projetos, e mora no Qatar com o marido e os filhos gêmeos. É autora do blog Carioca Travelando.

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    8 Comments

    1. Christine Marote on October 16, 2014 1:52 am

      OI Carla,
      Adorei o texto… eu também sou mãe de 2 meninos (não gemeos…rs) e aqui na China também sou tida como uma pessoa de muita sorte! hehe O interessante é que parece que eles não sabem que a definição do sexo vem pelo pai… e colocam nas mães toda a sobrecarga da ‘falha’. Dá vontade de sair ensinando o pouco que sei de Biologia…hehehe. Os motivos são sememelhantes, mas tem algumas divergências do OM. Vou escrever sobre isso também. Uma ótima inspiração…rs Obrigada! =]

      Reply
      • Carla Ferreira on November 5, 2014 6:19 am

        Que bacana Christine!
        Eu me interesso muito pela cultura chinesa – por ser tão exótica e diferente da nossa. Oba, vou ficar esperando ansiosa pelo seu texto! Um grande abraço

        Reply
    2. Tati Sato on October 16, 2014 3:04 am

      Gente, que loucura, Carla! Mas, como já sabemos, diferentes culturas, diferentes conceitos… Eu também imagino como seria o mundo sem mulheres e, embora na sociedade árabe e muitas sociedades asiáticas prefiram, claramente, meninos, vejo que as mulheres sofrem bastante preconceito velado em muitas sociedades ocidentais, como na busca por emprego ou mesmo em questões salariais… Beijos!

      Reply
      • Carla Ferreira on November 5, 2014 6:16 am

        Verdade Tati! Um beijo grande 🙂

        Reply
    3. Bruna on October 18, 2014 5:08 pm

      Nossa que interessante! Adorei o texto mais uma vez Carla …virei fã 😉

      Reply
      • Carla Ferreira on November 5, 2014 6:15 am

        Oi Bruna, fico feliz que tenha gostado do texto. Muito Obrigada 🙂

        Reply
    4. Renata Salas Collazo on November 14, 2014 10:05 am

      E verdade, esse culto ao menino. Tenho uma menina, moro em Abu Dhabi e para ter o segundo bebe( q ainda não veio) procurei uma clinica de fertilização aqui em AD. Em todo o Oriente Medio e permitido a escolha do sexo, alem do tratamento vc paga um exame chamado PDG e vc descobre o sexo e pode escolher que embriões implantar. Logo na primeira consulta perguntam se vc ja tem filhos e o sexo, entao falei tenho uma menina, eles de cara responderam : não se preocupe, te daremos o seu menino!!! Fiquei chocada e respondi não me preocupava com menina ou menino, eu queria um outro bebe!!! Mas na sala de espera, tinha varias mulheres so preocupadas com o menino, tinha uma que me marcou que o marido havia falado que se dessa vez ela não tivesse um menino ( eles tinham 4 meninas) ele procuraria a 2 mulher. Outra ja era a segunda esposa e estava com medo do marido querer um terceira, pq ela tinha apenas 1 menina. Morar no Oriente Medio e isso, aprender a cada dia.

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    5. Pingback: Arábia Saudita – Qual é o nome da sua mãe?

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