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    Home»Áustria»O choque cultural ao contrário
    Áustria

    O choque cultural ao contrário

    Ana DietmüllerBy Ana DietmüllerFebruary 3, 2016Updated:September 14, 20186 Comments3 Mins Read
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    O choque cultural ao contrário aqui na Áustria.

    Hoje vamos falar sobre choque cultural!

    Recente moradora de Viena, filho de oito meses nos braços, ainda me adaptando à língua e costumes, recebo ligação de uma de minhas amigas me perguntando se queria ir visitar algumas escolinhas com Jardim de Infância.  Me interessei bastante pelo convite e aceitei na hora.

    O animalzinho da curiosidade, que mora dentro de mim, não sossegou até iniciarmos as visitas. Eu nem fazia ideia de que isso era possível: agendar uma visita ao Jardim de Infância, para conhecê-lo, conversar com a Diretora, e, após, decidir se é o que eu gostaria, ou não, para o nosso pequeno. E tudo isso com os nenês a tiracolo!

    À data marcada, rumamos mais nossos pimpolhos nos carrinhos para o estabelecimento onde a Diretora nos aguardava. Fomos muito bem recebidas e todas as orientações nos foram – a contento – repassadas. Havia apenas um ponto que me causava incômodo: o prédio do Jardim de Infância ficava encravado dentro de um condomínio residencial construído na década de 30. Como brasileira que me preze, ainda muito mal acostumada a nova vida, já parti para a desconfiança:

    Leia também: Tudo que você precisa saber para morar na Áustria

    – O risco de um sequestro é altíssimo! Qualquer passante leva nossas crianças. Um condomínio gigantesco desses! Que maluquice de construção!

    Com aquilo ainda mal resolvido e sem dizer nada sobre meu mal-estar, combinamos a próxima visita.

    Ok, tudo mais uma vez super, mas, de novo: uma escolinha encravada em um condomínio residencial, construído pelos idos da década de 20. E, na terceira visita: igual! Aquilo, de fato, me incomodava.

    Não sendo mais possível refrear meus pensamentos perversos acerca da localização dos prédios públicos das escolas infantis visitadas, resolvi abrir minha boca:

    – Por que esses prédios estão localizados dentro de habitações residenciais gigantescas? Isso não me traduz segurança. E, para não ser indelicada, insinuando que os austríacos sequestram crianças, expus da seguinte maneira:

    – No Brasil, creio que tal tipo de construção seria proibido por questões de segurança da escola. O trânsito de estranhos é imenso!

    Ingrid, minha amiga que estava comigo, austríaca “da gema” -, esclareceu-me a dúvida “para todo o sempre, amém”:

    – Ana, fica tranquila. Eu, medo, não tenho, mas sempre me indaguei também do motivo pelo qual esses prédios antigos têm um Jardim de Infância no seu centro. Tu podes perceber que eles estão localizados sempre dentro de condomínios construídos entre as décadas de 20 e 30 (todas as construções de habitações residenciais trazem, na sua fachada, a seguinte inscrição: “esta habitação pública foi construída nos anos de 1923-1924 com o dinheiro dos contribuintes do Estado de Viena”).

    Trata-se do período entre guerras. Pesquisei e encontrei o fundamento: já tendo passado pelo horror da Primeira Guerra Mundial e, prevenindo-se contra a iminência de um novo conflito, que viria a ser a Segunda Guerra Mundial, a administração austríaca, da época, decidiu por construir os Jardins de Infância dentro de condomínios residenciais, para facilitar o resgate de suas crianças da forma mais rápida e eficaz possível, em caso de bombardeio. Desta feita, qualquer cidadão teria condições de levar qualquer dessas crianças, que estudassem nessas habitações, para os abrigos antiaéreos situados no subterrâneo desses prédios. O risco de extermínio do futuro da nação estava, dessa forma, minimizado.

    Vários autotabefes – imaginários – após, rumei para casa com uma sensação de alívio e admiração, pois a explicação era algo de jamais se jogar fora na bagagem da minha existência!

    Um choque cultural e tanto. Mas, felizmente, ao contrário!

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    austria choque cultural
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    Ana Dietmüller

    Ana é gaúcha de Porto Alegre e advogada. “Escrevinhadora” por aventura; curiosa e analítica por hobby. Acostumada aos 15 anos de correria profissional, quando chegou à Áustria, em 2012, precisou aprender a desacelerar: e, morar em um lugar que é destino de férias para muitos, ajudou bastante. Com outro olhar e outra alma, o mundo passou a ser visto através de cores, de cheiros, de sons, de sabores e de imagens maravilhosamente desconhecidos. Mora na Áustria com o marido e o filho e, após toda essa mudança de vida e de hábitos, escreveu seu primeiro livro: Histórias de morar fora. São crônicas que mostram como é, de verdade, morar fora do Brasil. Disponível pela Amazon na versão eletrônica e para impressão.

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    6 Comments

    1. tiago bertoldo on February 4, 2016 2:17 am

      Parabéns Aninha! Lindo texto!! Bjao, Tiaguito Bertoldo

      Reply
      • Ana Dietmüller on February 5, 2016 3:26 pm

        Valeu, queridão!!! Abraço!

        Reply
    2. Tanise Piletti on February 8, 2016 7:47 pm

      Sentir a tua alma no texto Aninha, o jeito só teu de ser, foi muito bom! Adorei! Saudades, amiga.

      Reply
      • Ana Dietmüller on February 9, 2016 9:20 am

        Amada!!!

        Eu adorei foi o teu comentário.

        Muito obrigada.

        De fato, quando se faz o que se gosta, tudo fica mais leve e transparente. Foi isso que tu viste no texto!

        Enorme beijo e muitas saudades!!!

        Reply
    3. Francine on June 24, 2017 3:56 pm

      Sinceramente, isso me pareceu tão óbvio desde o início… Mas obrigada por dividir sua experiência conosco.

      Reply
      • Ana Dietmüller on June 27, 2017 9:53 am

        Olá, Francine.

        Obrigada por ler e comentar.

        Cada pessoa tem suas percepções. E, no Brasil não temos absolutamente nada parecido, pois não houve batalha da Segunda Guerra em solo nacional. Não há esse tipo de raciocínio lá. Por essa razão me surpreendi com a solução dada pelo governo daqui para um assunto vital.

        Mas novamente obrigada por ler e comentar.

        Abraço e até a próxima.

        Reply

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