Custo de vida na Tailândia.
Um dos principais pontos a serem analisados quando se trata de mudar de país, com certeza, é o custo de vida e a relação custo-benefício.
Existem países em que o custo de vida é elevadíssimo, porém os benefícios proporcionados são condizentes, em outros países, isso não ocorre dessa mesma maneira. Obviamente, devemos considerar o modo como se deseja viver pois essa escolha influencia diretamente o custo de vida. Por exemplo, morar em bairros nobres, de classe média ou baixa; comprar itens importados ou preferir os nacionais; utilizar meio de transporte próprio, público ou outro.
Na Tailândia, na minha opinião, o custo de vida não é alto e os benefícios oferecidos também não são de extrema qualidade. De acordo com a Central Intelligence Agency (CIA), a Tailândia se encontra na 99ª posição em relação ao produto interno bruto per capita. Nesse mesmo ranking, o Brasil se encontra na 110ª posição. Além disso, em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano da Tailândia, o país se encontra na 83a posição, já o Brasil se encontra na 79a posição. Todos os dados citados são referentes ao ano de 2017.
Considerando esses dados, é possível verificar que a Tailândia possui inúmeros problemas, inclusive econômicos, que refletem nos benefícios oferecidos aos cidadãos. Porém, os tailandeses possuem uma cultura e, arrisco dizer, religião (budista) que, na minha opinião, parecem minimizar os efeitos deletérios da situação econômica e de desenvolvimento que o país se encontra.
Agora, vou mencionar os principais itens relacionados ao custo de vista na Tailândia:
Moradia
No que se refere à moradia, é possível encontrar apartamentos ou casas de todos os valores e tipos. Como eu moro em uma cidade turística próxima a Bangkok, acredito que os valores aqui são um pouco inflacionados, mas de qualquer forma é possível encontrar boas opções com um orçamento mais restrito. Encontrei, em sites de algumas imobiliárias, apartamentos de 30 m2, 1 quarto, 1 banheiro, ar-condicionado e com alguns itens de cozinha (microondas, geladeira, mesa de jantar) localizados em áreas turísticas e centrais por cerca de R$700. É possível também alugar apartamentos em condomínios de médio a alto padrão com piscinas, saunas, academias e outros itens do tipo; assim como casas, em áreas turísticas ou não, pelo preço mínimo de, aproximadamente, R$ 1500.
É importante mencionar que, na Tailândia, muitos apartamentos não possuem cozinha ou possuem apenas alguns itens para realizar refeições rápidas e fáceis e armazenar alimentos. Isso se deve ao fato de a comida tailandesa ser relativamente barata e de, por isso, cozinhar em casa não ser a opção mais recorrente.
Você pode procurar por mais detalhes aqui.
Alimentação
Em relação à alimentação, já escrevi bastante sobre essa temática anteriormente. Mas de forma geral, a comida local não é cara. Você pode comer, por exemplo, um prato local contendo noodles, frango e alguns vegetais por R$8 ou até menos, dependendo do lugar onde você come.
Porém, se você não se adaptar à comida tailandesa, você gastará mais, e eu diria muito mais, pois os produtos ocidentais são importados, muitas vezes não são fáceis de achar e não são muito explorados na culinária daqui.
Eu e meu marido fizemos um teste, comparamos quanto custava comer apenas em casa, sendo que, nosso padrão alimentar é à base de produtos daqui (frutas, verduras e hortaliças, peixes e frutos do mar, ovos, frango), sem incluir bebidas alcoólicas e quanto custava comer a maior parte das refeições em pequenos restaurantes tailandeses, concluímos que é mais vantajoso financeiramente realizar refeições como almoço e jantar fora de casa.
Leia também: Alimentação na Tailândia
Contas mensais
Em relação às contas mensais, vou mencionar os valores que eu e meu marido gastamos mensalmente:
– Luz, aproximadamente R$300 (ligamos o ar-condicionado com frequência e temos 1 forno elétrico, mas moramos em um apartamento pequeno de 1 quarto);
– Água, aproximadamente R$40;
– Internet, aproximadamente R$60;
– Celular, aproximadamente R$150 (100GB de download).
Transporte
No que tange ao transporte, em Pattaya, existem algumas opções:
– Carro próprio, com o litro da gasolina custando R$3,60;
– Táxi. Existe também o aplicativo Grab, uma espécie de Uber;
– Mototáxi, uma das formas mais baratas de se locomover;
– Songthaew, uma caminhonete adaptada usada para transportar passageiros, onde cada passagem custa em torno de R$1,20, porém os trajetos não são interligados e muitas áreas não possuem esse tipo de transporte.
Em Bangkok, existem outras opções de transporte como metrô (até R$5,30 dependendo do destino), barcos, ônibus, além dos táxis, mototáxis e Tuk-Tuk (uma espécie de triciclo motorizado com cabine para transporte de passeios).
Leia também: Tipos de visto para morar na Tailândia
Lazer
Na Tailândia é possível achar diversas atividades de lazer que cabem em diferentes orçamentos. Desde templos até baladas, muitas vezes pagos, outras vezes não, as mais diferentes praias em diversos locais, feirinhas de rua, bares, restaurantes, festas de rua, etc.
Como existem diversos estrangeiros de férias ou, assim como eu, morando aqui, existem várias opções de festas, restaurantes e afins dos mais diversos países do mundo. Obviamente, os valores sobem quando se trata desse tipo de lazer, podendo ser incrivelmente caro.
Como a bebida alcoólica é mais cara quando comparada ao Brasil, se você deseja beber qualquer coisa, com exceção de cerveja, pagará um preço mais alto. Os drinks, por exemplo, custam, em média, R$30 (os mais baratos); um vinho de qualidade intermediária custa aproximadamente R$80 (os mais baratos dentro dessa classe).
Enfim, com um valor médio de R$3500 acredito ser possível ter uma vida confortável aqui na Tailândia, mais especificamente em Pattaya, a cidade onde vivo.
Caso tenha interesse, é possível verificar mais informações aqui.
4 Comments
Olá, ainda mora na Tailândia? Se sim, gostaria de saber se a Internet daí é boa ou é semelhante a da Copel Telecom aqui em Curitiba-Pr? Grato pela atenção.
muito bom essas dicas ,quero saber qual idioma e ai se tem algum lugar que fala português/
Sebastião,
Agradecemos pela visita. A autora não faz mais parte do nosso time de colunistas. No momento, não temos ninguém que possa lhe responder.
Equipe BPM
pretendo ir ai na Tailândia assim que passar essa pandemia