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    Home»EUA»Dores e delícias de morar no exterior
    EUA

    Dores e delícias de morar no exterior

    Alessandra FerreiraBy Alessandra FerreiraAugust 2, 2016Updated:October 26, 2017No Comments5 Mins Read
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    Foto: Dreamstime.com
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    Um dia meu amigo Rafael e eu conversávamos sobre as delícias e dores de morar em outro país. Ao contrário de mim, meu amigo mexicano morou em aproximadamente 4 países diferentes, incluindo Turquia e Chile. Observamos que, entre surpresas boas e decepções, todos os expatriados passam por algumas fases típicas. Desta conversa concluímos que há três fases típicas de adaptação que todo estrangeiro vivencia. Alguns vivem de forma mais acentuada uma ou outra fase; outros, de maneira suavizada. Segue aqui uma breve descrição a respeito do processo de adaptação e suas fases que Rafael e eu concluímos.

    Inicialmente vivemos como um turista em tempo integral. Nesta fase a tendência é olhar para tudo à nossa volta maravilhado. Tudo parece muito melhor. Comparamos tudo com nosso país de origem, mas sempre achando que o novo é melhor. É um período de anonimato, também. Investigar e vasculhar tudo à nossa volta como agente secreto é fantástico e melhor ainda, porque não tem a pressão de um chefe. Passar horas nos supermercados, nas lojas, nos shoppings a sós consigo mesmo pode ser uma experiência única. Eu mal sabia cozinhar, mas sempre ia ao supermercado para ver toda aquela lataria curiosa e desconhecida do meu mundo. Isto tudo ganha um colorido especial porque ainda não conhecemos muita gente, não temos amigos ou conhecidos e nem sabemos muito sobre a cultura local. Ficamos impressionados quando vemos produtos do Brasil e de outros países nas prateleiras. O anonimato, neste caso, tem um saborzinho muito especial.

    O tempo passa e, pouco a pouco, saímos do anonimato para entrarmos numa fase mais ativa. Na fase nova começamos a nos engajar em atividades diversificadas que vão do trabalho a atividades na escolinha dos filhos. Uma vida “normal” começa a tomar forma. Porém, não se iluda. Este estado de normalidade tem um diferencial. A famosa zona de conforto nunca mais vai ter o mesmo conforto de antes, porque todo estrangeiro vive em dois mundos. Isso se manifesta de diversas formas e em diferentes ocasiões. Os sentimentos mais profundos somente podem ser expressados no idioma nativo, no nosso caso, em português. Não nos damos conta do choque cultural até o dia que interpretamos uma resposta ou comportamento do nativo do país como algo pessoal. Muitas vezes, eu me via assombrada com “falta de empatia” de meus ex-familiares americanos quando eu não entendia as suas sacadas humorísticas. Nesta fase de horror linguístico lembro-me de assistir ao noticiário e pensar o quanto as pessoas podem ficar alienadas com aquele tipo de jornalismo. Certa vez, uma de minhas amigas americanas veio me visitar num dia de verão, calor escaldante. Era a sua primeira vez me visitando. Ao entrar em minha casa ela foi direto na minha geladeira para pegar água. Eu achei aquilo uma falta de educação sem tamanho. Mal sabia eu que isto é muito comum e aceitável entre americanos. Mas, naquela ocasião tudo que era lindo e maravilhoso parecia confuso e desbotado. Estava difícil diferenciar o joio do trigo. A única coisa certa na ocasião era que tudo estava errado à minha volta.

    Um dia levantamos a bandeira da paz, deixamos de lado as comparações e iniciamos uma fase de aceitação. Ufa!

    Embora a aceitação tenha seu curso natural, é necessário fazer algumas tarefas para facilitar a sua chegada. Primeiramente, é preciso se abrir de corpo e alma para o novo. Baixar as expectativas ou colocá-las de lado também ajuda.

    Ir à academia, tomar um café num lugar diferente, sair com novos amigos ou participar de atividades culturais nos expõem a cultura, hábitos e linguagem coloquial do lugar. Depois de algum tempo morando aqui eu incorporei todas essas atividades rapidamente, o que me ajudou a melhorar muito o meu inglês. Trabalhar também me ajudou a entender melhor a cultura norte-americana. Sempre é possível conhecer pessoas de muitos outros países e estrangeiros gostam e se identificam com outros expatriados.

    Os trabalhos voluntários são fantásticos e são os meus favoritos. É uma ajuda tridimensional, pois ajuda o próximo, a si mesmo e o abre a nossa mente para realidades antes desconhecidas. Muitas empresas atualmente incentivam seus funcionários a dedicar algumas horas de suas semanas para voluntariar. Eventos, hospitais, teatros, abrigos de animais ou pessoas e muitas outras organizações amam voluntários. Este tipo de serviço também ajuda a nos inteirar de nossos direitos e deveres como imigrantes.

    As comparações entre o país de origem e o de residência vão desaparecendo com o passar do tempo e a vida no exterior vai ganhando um colorido diferente. Entre um mundo e outro criamos o nosso, único e com diferentes perspectivas de olhar e viver o cotidiano. Uma experiência singular para qualquer indivíduo.

    Enfim, o caminho é glorioso se facilitamos a aceitação.

    No final de nossa conclusão, Rafael e eu constatamos que, mesmo sendo possível, muitos expatriados não conseguem chegar a esta fase final. Resistir às mudanças deixa a vida mais árdua. Portanto, aventurar-se e explorar seja a vizinhança, a cidade ou um café do outro lado da cidade dá coragem e ânimo para ir mais longe e quem sabe ajudar outros no futuro.

     

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    Alessandra Ferreira
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    Alessandra é paulista, mora no sul dos Estados Unidos há quase duas décadas. Intérprete médica e apaixonada pelo mundo bilíngue escreveu um livro infantil bilíngue chamado: Mimi, a gatinha iogue. Este pode ser comprado na Amazon ou Barnes and Noble. Ela acredita que as artes, viagens, leitura e diversidade ampliam a consciência cultural e desmistificam crenças originadas no preconceito e racismo.

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