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    Curiosidades Pelo Mundo

    Geórgia, o berço do vinho

    Maíra MoscardiniBy Maíra MoscardiniMay 17, 2018No Comments5 Mins Read
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    Produção de vinhos georgianos (foto: Wikimedia Commons)
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    Geórgia, o berço do vinho.

    O título deste post pode parecer um grande clichê para aqueles que, como eu, já visitaram ou vivem há algum tempo na Geórgia. Mas, quem nunca esteve por aqui, talvez não consiga imaginar que o país não só produz (bom) vinho, como é o pioneiro na fabricação da bebida.

    Pois em novembro do ano passado, foi divulgado o resultado de uma pesquisa conduzida por um grupo internacional de arqueólogos, que encontrou vestígios da fabricação de vinhos no território georgiano datados de 8 mil anos atrás, os mais antigos de que se tem notícia até hoje.

    O vinho georgiano é um orgulho – e uma preferência – nacional. Está presente em todos os lugares, é largamente consumido pelos locais e é, na minha opinião, o melhor souvenir que um turista pode levar daqui. Digo isso porque o vinho georgiano é único e dificilmente se encontra algo parecido em outros lugares.

    A começar pelas uvas. A Geórgia possui mais de 500 variedades diferentes e nativas em seu território. Esqueça o cabernet, o chardonnay, o malbec. Aqui você vai encontrar saperavi, rkatsiteli, shavkapito, kisi, tavkveri, khikhvi, ojaleshi, só para ficar nos mais conhecidos… Os nomes são quase impronunciáveis, mas o resultado certamente é muito agradável, melhor ainda quando se mistura mais de uma espécie, o que é muito comum por essas bandas. Uma vinícola bem conhecida aqui, por exemplo, produz um vinho tinto que mistura 417 uvas diferentes! O vinho tinto mais comum, quase onipresente no país, vem da uva saperavi.

    O processo de fabricação também pode ser diferente do que estamos acostumados. Claro que as grandes vinícolas daqui, que operam em larga escala e são responsáveis pela maior parte da bebida fabricada no país, produzem seu vinho como na maioria dos outros países, com a tecnologia costumeira envolvida. Mas a graça aqui está no método tradicional georgiano (aquele de 8 mil anos atrás), que fermenta as uvas em grandes ânforas de barro, chamadas qvevri, que são seladas com argila e enterradas no solo por um tempo que varia de acordo com o tipo de vinho. É assim também que a população produz seus vinhos caseiros, coisa que muitas das famílias locais fazem. As parreiras nos quintais das casas (e mesmo saindo das janelas de apartamentos) fazem parte da paisagem de praticamente toda cidade Georgiana.

    Qvevri (foto: Wikimedia Commons)

    Boa parte da produção no modelo tradicional é natural também, ou seja, não leva aditivos ou conservantes, apenas as uvas, em alguns casos com casca e tudo. Muitos também não são filtrados, em alguns é até possível ver os resíduos da fermentação depositados no fundo da garrafa. Esse processo todo também acaba influenciando na cor da bebida. Alguns tintos são bem escuros e, dentro da categoria dos vinhos brancos, vários apresentam uma coloração alaranjada. São os vinhos âmbar, super difíceis de se ver fora da Geórgia, mas completamente comuns aqui.

    Quanto ao sabor, o resultado é mais marcante e certamente bem diferente do que se costuma ver por aí. Muita gente estranha no início e alguns continuam estranhando (já vi alguns europeus, franceses especialmente, torcendo o nariz). E, claro, há vinhos ruins e de baixa qualidade também, mas no geral a resposta de quem prova é quase sempre muito positiva.

    Vinho âmbar (foto: Wikimedia Commons)

    Apesar da qualidade, os vinhos georgianos ainda são pouco conhecidos fora da região. Nos últimos anos, porém, as exportações têm crescido em ritmo intenso. No ano passado, por exemplo, o país vendeu cerca de 76 milhões de garrafas para o exterior. A maior parte do que exportado, no entanto, ainda tem como destino os países vizinhos, como a Rússia, a Ucrânia e os demais países da antiga URSS. A Rússia, aliás, é o destino de quase 60% das garrafas exportadas pela Geórgia e, curiosamente, cerca de metade são vinhos semi-doces, que eu particularmente acho horríveis, mas que são bem populares nas redondezas. A China também tem se interessado cada vez mais pelos vinhos daqui e já é o quarto país que mais compra o produto local.

    O crescente interesse por vinhos naturais também tem ajudado na maior divulgação em alguns países europeus e nos EUA, onde também é possível encontrá-los, muitas vezes até os de vinícolas menores. E também dá para encontrar vinhos georgianos, inclusive os produzidos no qvevri, no Brasil. Um e-commerce nacional de bebidas está, desde o mês passado, importando alguns rótulos de uma grande vinícola daqui.

    Leia também: Culinária Georgiana

    A região de Kakheti, no leste da Geórgia é onde se encontra a maior parte da produção de vinho da Geórgia. Seu clima subtropical e solo rico concentram cerca de 65% dos vinhedos e as maiores e mais conhecidas vinícolas do país, inclusive com produção significativa no método tradicional. Visitar alguma delas – em especial por volta do mês de setembro, época da colheita – é uma ótima opção de turismo por aqui. Em alguns passeios, além da visita e, claro, da degustação, ainda é possível aprender a preparar churchkhela, um doce típico que também tem a uva como matéria-prima principal.

    Durante o ano também acontecem eventos locais, como feiras e festivais, para promover o vinho local. O maior deles, o New Wine Festival, acontece sempre em maio e atrai tanto o público local quanto os turistas que começam a lotar Tbilisi na primavera, todos interessados em experimentar (e de graça, já que o acesso ao evento, em um parque da cidade, é livre) a enorme variedade da produção natural georgiana. Estive na última edição e recomendo. Para quem pensa em passear por aqui nesta época, é mais um grande atrativo. Saúde!

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    Georgia produção de vinhos vinho
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    Maíra Moscardini
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    Paulistana atípica, sempre soube que não nasceu para viver em um lugar só. Em 2005, trocou a arquitetura pela carreira de Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores, que já a levou para lugares tão distintos quanto o Cazaquistão e a Suíça, onde viveu por quatro anos. Depois de um período de volta ao Brasil, se mudou para a Geórgia em outubro de 2016, mas como boa nômade, já está planejando qual será seu próximo destino.

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