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    Home»Brasileiras Pelo Mundo»Meus 15 anos de EUA, o que mudou?
    Brasileiras Pelo Mundo

    Meus 15 anos de EUA, o que mudou?

    Alessandra FerreiraBy Alessandra FerreiraDecember 28, 2018No Comments6 Mins Read
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    Foto: arquivo pessoal
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    Meus 15 anos de EUA, o que mudou?

    A minha jornada como imigrante começou em 2003. Em março daquele ano comuniquei aos meus pais que eu iria morar com meu namorado nos EUA. Eu tinha 27 anos. Em maio, embarquei, com o coração apertado por deixar aqueles que amo e fui em busca do que o futuro tinha a me revelar.

    Vou compartilhar aqui um pouco da minha experiência pessoal na terrinha do tio Sam.

    Embarquei com duas malinhas pequenas e levei na bagagem o jeito da Alessandra do interior paulista mas um tanto calejada da correria da capital. Trabalhei por 5 anos numa companhia aérea. Desembarquei no meu destino final que não era a glamourosa Nova York, nem Chicago ou San Francisco. Era a histórica Memphis, a cidade do rei do Rock Elvis Presley, que fica no estado do Tennessee, no centro-sul dos EUA. Quero dizer que pousei na região mais conservadora dos país, onde a segregação racial não tem vergonha de existir. Pessoalmente, Memphis foi uma grande escola e fiz amizades maravilhosas.

    Leia também: Memphis, a terra do Elvis

    Choque cultural no relacionamento

    Antes de me mudar, uma amiga tentou me convencer a desistir de meu relacionamento com meu então namorado americano. Não sofri abuso psicológico ou físico mas o relacionamento multicultural me fez perceber que, às vezes, parecemos dois bicudos tentando nos beijar. Um exemplo é como nós brasileiros, assim como a maioria dos latinos, somos mais afetuosos e não temos vergonha de mostrar isso. Enquanto que, aos olhos de muitos americanos, demonstrar afeto em público pode parecer vulgar. Com o tempo notei que duas pessoas vindas de culturas diferentes podem se chocar mas ao mesmo tempo se entender.

    Quando o ex me ajudava a limpar a casa ou cozinhar eu achava tudo muito esquisito, pois “eu deveria fazer isto” porque minha minha mãe e tias fizeram. Confesso que demorei a me acostumar com isso. Hoje acho inadmissível alguém esperar que o/a cônjuge trabalhe fora, mantenha a casa impecavelmente arrumada e ainda tenha energia à noite.

    Certas coisinhas minhas como, por exemplo, tomar muito banho ou colocar a roupa para lavar depois de usá-la somente um dia era estranho para ele. Apesar de nossas diferenças, um ano depois da minha chegada, nos casamos.

    A vida continua – Inglês & empregos    

    Em um ano meu inglês decolou. Mais ou menos um ano e meio depois recebi a autorização de trabalho. Mas eu amava a flexibilidade de horário e meio-período. Era ideal. Fui vendedora de butique, ensinei português, inglês a hispânicos e fazia algumas traduções. Também fui fotografada, e bem paga, como modelo comercial para propagandas de bancos, seguros, Fedex, 911, etc. Três anos depois eu comecei a trabalhar em tempo integral.

    Roda da fortuna                                                                                      

    Mesmo quando a vida flui bem no novo local, a saudade daqueles que amamos está sempre presente. No início da vida aqui a depressão era minha “companheira” persistente. Na ocasião não tinha WhatsApp, e o Skype era um filme de horror. Usei muitos cartões telefônicos. Falava com minha família quase todos os dias. Mandei e recebi muitas cartas e ainda guardo algumas delas. Com o tempo fiz novas amizades que me ajudaram muito. Mas a adaptação é algo muito pessoal e leva seu tempo.

    No final de 2008, comecei a ter cólicas menstruais fortíssimas, que se intensificavam a cada mês e me deixavam de cama. Fui a três médicos aqui, mas ninguém descobria o que eu tinha. Numa visita a minha família no Brasil passei mal, e foi o médico brasileiro, Dr. Armani, que me diagnosticou com endometriose. Voltei com o diagnóstico, fiz um tratamento hormonal que funcionou.

    Leia também: Visto para morar nos Estados Unidos

    Nessa altura, o meu casamento já não ia bem. Depois de seis anos e meio de casados, nos divorciamos amigavelmente. Após a separação embarquei num luto. Sempre fui parte da minoria por ser mulher latina, imigrante e agora divorciada e sem nenhum familiar por perto. Sabia que precisaria desenvolver nervos de aço para aguentar tudo isso. Terapia, companhia de boas amigas e trabalho voluntário me ajudaram muito. Cuidar da minha própria manutenção me ensinou o valor de ser realmente independente e isso não tem preço.

    Vday – foto: arquivo pessoal

    Amizades multiculturais e trabalho voluntário                  

    Como expatriada, tive a oportunidade de conhecer outros expatriados, incluindo brasileiros, de todo canto e isso tem sido mega bacana. A diversidade cultural me fascina e creio que nos ajuda a explorar novas possibilidades de crescimento pessoal e espiritual. O dinheiro não compra isso, e só a mente aberta sabe receber e cultivar. No final das contas o que todos queremos é o mesmo: família, oportunidade de trabalho, paz e amor.

    O trabalho voluntário me abriu os olhos para novas causas, para ver que não somos os únicos a passar por dificuldades.

    Consumo           

    Ah, comprar!!!! Aquelas prateleiras cheinhas de coisas em promoção… As coisas aqui são baratas, e é fácil se empolgar. Vi muitas pessoas deixarem seus carros fora da garagem para armazenar bugigangas. A crise de 2008 levou muita gente à falência. Com isso, outras pessoas repensaram o consumo e nasceu uma forma mais sustentável de praticá-lo.

    Nunca fui uma consumidora compulsiva mas não optei pelo minimalismo. Hoje compro o que preciso e reuso vidros, caixas e o que for possível.

    Foto: arquivo pessoal

    Yoga, saindo da depressão e de Memphis

    Desde a minha chegada comecei a praticar yoga, mas descobri a Bikram Yoga há 12 anos. Nessa modalidade faz-se yoga a 40Cº por 90 minutos. Nunca mais tive gripe. Com a meditação, a depressão diminuiu.

    Leia também: Desafios de um casamento multicultural 

    No décimo aniversário em Memphis recebi uma oferta de emprego da Apple, aceitei e tive que me mudar para Austin, no Texas. Uma cidade progressiva e multicultural. Voltei a fazer dança do ventre. Aqui conheci alguém muito especial, com um jeitinho meio brasileiro, meio americano, nascido na Nicarágua, um cidadão do mundo que agora é meu marido.

    Foto: arquivo pessoal

    Creio que todos nós temos um lugar especial neste planeta. Nem sempre vai ser no lugar mais bacana, mas sim onde a vida fluir generosamente. No íntimo, sabemos o que é o melhor para nós. A resposta reside em nós mesmos.

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    Alessandra Ferreira
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    Alessandra é paulista, mora no sul dos Estados Unidos há quase duas décadas. Intérprete médica e apaixonada pelo mundo bilíngue escreveu um livro infantil bilíngue chamado: Mimi, a gatinha iogue. Este pode ser comprado na Amazon ou Barnes and Noble. Ela acredita que as artes, viagens, leitura e diversidade ampliam a consciência cultural e desmistificam crenças originadas no preconceito e racismo.

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